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Forum Cinema em Cena

Mais Estranho que a Ficção


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Caro Pablo, realmente vi o treiler desse filme e apesar de adorar Emma Thompson, não iria assiti-lo por justamente detestar o ator Will FeRRell(A feiticeira). Mas após ler sua crítica, que acredito estavas em estado de graça, mudei de idéia e irei vê-lo. Interessante abordares sobre a questão existencialista. Se seria realmente bom, alguem doar sua vida, para algo maior, para a humanidade. Lembro de uma frase do filme Tiros na Broadway do Woody Allen, onde John Cusack se questiona se em uma casa incendiada seria melhor salvar uma pessoa ou uma obra de arte?

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Pablo, Acho voce um excelente critico, suas criticas, assim como a do site a-arca, fazem uma analise do filme.

 

 

 

Mas, mesmo respeitando sua opiniao, eu, como escritor iniciante, acredito que teve uma ideia equivocada de MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO em relação ao final.

 

 

 

Voce, como amante de uma boa história, devia reconhecer que nao há motivo em matar um personagem que ja sabe que vai morrer... Qual seria a expectativa de uma história assim?

 

 

 

Esse filme so poderia ter um final, e era este... E ao nao ser que Kay fosse uma má pessoa, já que sabia que matando o personagem na historia, o mataria na realidade

 

 

 

No livro "Morte e Impostos" o livro so ficaria realmente bom com a morte de Harold, o filme "mais estranho que a ficção" so seria realmente bom se Harold sobrevivesse

 

 

 

E nao acho que Kaufman mataria Harold ao final, tanto que juntou Clementine e Joel no final de Brilho Eterno, e terminou o bloqueio criativo de Kaufman, em Adaptaçao

 

 

 

ate pq Kaufman sabe contar uma boa história

 

 

 

E finalizando, uma obra prima, por mais bela que seja, nao vale a vida de alguem que nao seja o autor desta... Eu DUVIDO que vc se mataria por uma obra de arte que nao fosse sua...DUVIDO que morreria pela Mona Lisa ou pelo manuscrito de Romeu e Julieta...

 

 

 

Mas, enfim, é so minha opinião, nao estou te ofendendo de modo algum.... aah, e antes que me esqueça, parabens pela tua fantastica critica de A HORA DE VOLTAR.... filme fantastico, critica fantastica...Abraço

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Cara, mesmo assim eu acho que o(s) autor(es) optaram por salvar o personagem, e não a obra. Sabendo das conseqüencias desta decisão. Inclusive o personagem do Dustin Hoffman reforça isso em sua crítica sobre o segundo final criado pela autora. Desta forma, eu os desculpo pelo final feliz... Grande filme.

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Adorei o filme mas tem algo me incomodando... Em mais de 60% das cenas com diálogos, é possível ver o microfone, as vezes avançando na cabeça dos personagens. Não consigo acreditar que uma produção deste nível deixaria passar tantos erros, uma ou duas cenas vá lá, mas TANTAS assim, não. Então, resta outra possibilidade. Terá sido intencional? Mais uma "brincadeira" metalinguística? O que vocês acham?

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  • 5 weeks later...
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Assisti ao filme hoje. E concordo com algumas pessoas: o final de Harold Crick deveria ser este mesmo. Além disso, não era só a Latifah q estava num papel desnecessário, a Gyllenhaal tb estava, mas isso não impediu q as duas brilhassem. Aliás, a Latifah, em especial, estava extremamente contida, evitando tentar se destacar já q a história claramente não era dela, Latifah acaba dando uma tridimensionalidade incrível a Penny (sua personagem), seus olhares, mostram a bondade e q Penny realmente qr ajudar Karen. Já Gyllenhaal comprova seu talento demonstrado no péssimo "As torres gêmeas", Ana só qr apenas viver do q gosta e se revolta com os impostos absurdos (por isso a intriga inicial entre ela e Crick), sua amabilidade é evidente após de fato conhecer Harold. Mas o destaque fica por conta da sempre ótima Emma Thompson, criando uma personagem q se vê no fundo do poço e q realmente tenta produzir uma obra-prima. De certo modo, Penny e Ana compõem a mesma personagem, são os "ajudantes" de Eiffel e Krik, na vida e no trabalho, por isso elas não saíram do filme. Marc Forster está bastante criativo, cada lance de câmera realmente ilustra a beleza do filme, existe certas partes em especial q realmente são ótimas: a câmera no olho mágico enquanto a Penny abre a porta, a câmera observando Crick e Pascal, enquanto estes estão em diferentes cômodos da casa, etc.

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  • 2 years later...
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Brilhante análise do Villaça que, embora tenha tido acesso um tanto atrasado, me fez descobrir um excelente meio de me inteirar de forma profissional e sensata sobre o mundo da sétima arte, tão escarafunhado por aqueles que pensam saber de cinema. Vomitam opiniões medíocres para o público de um país que ainda está apredendo a fazer cinema, e o vicia. Pena!

Cheguei aqui pelo mágico google, procurando a trilha adorável deste filme, sem saber que poderia encontrar esta crítica especial. Aliás, como eu disse, muito difícil encontrar quem saiba falar de filme sem estrelismo. O Pablo, de fato, me foi uma das raras exceções. Sou um apaixonado pelo cinema e me enerva ouvi tanta besteira! Aqui encontrei refúgio e certamente vou retornar diversas vezes.

Reitero o brilhantismo da crítica, tendo que discordar - para não deixar de lado o bom costume desses fóruns, e porque eu estava enchendo muito a bola do crítico, rs - com sua posição sobre o desfecho da película. Para mim, a arte é tudo na vida, mas calma lá! Tudo, menos a própria vida! O final do filme, ao contrário, mostrou a genialidade do roteiro quando faz o espectador encontrar, certeiro, a morte do protagonista e, ao revés, como num "ippon" da arte, o leva para uma saída genial do roteirista e da romancista-personagem. Ela, deve-se perceber, descobre que em muito de suas histórias, na qual matava  todos os seus personagens no final, muito demostrava seus fantasmas e conflitos que também possuía, e isso fica muito claro no seu estilo de vida e no diálogo final com a Latifah (e este foi realmente o único momento necessário da personagem no filme). A direção e a figurinista mandaram bem quando, reescrito o final, mostra uma outra Eiffel, bem aparentada e com outras luzes ao visitar o professor Jules. A "mudança" haveria de existir para ela também, lógico, e isso só seria possível se não se matasse o personagem de Farrel.  Além da obviedade evitada, o roteirista pôde trazer a ideia do professor Jules (e do Pablo) da "vida pela arte" e foi além. Trouxe um outro sentido para, numa linguagem metafórica, saber que os métodos humanos, às vezes são mau empregados e que a obssessão pelo relógio só lhe serviu para, tecnicamente, lhe salvar a vida!

Vale dizer que Emma Thomson está brilhante e bem que este papel poderia lhe render pelo menos alguma indicação para algum prêmio (não sei se foi), já que sabemos que não se trata de comédia de verdade (o que seria difícil), e ainda que fosse, era justo. Ela está grandiosa!

Não esperava tanto deste que, com certeza, está na lista de um dos grandes filmes holywoodianos!

Forte abraço!
Flávio Assub2009-09-19 01:58:37
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