Members Gago Posted January 9, 2010 Members Report Share Posted January 9, 2010 Só consegui assistir ao filme nessa quarta-feira. Em parte graças ao Dook, que me passou boas dicas sobre os cines de Campinas (é, precisei viajar para encontrar 3D legendado). Obrigado mesmo pela presteza, Dook! Quanto ao filme, nem sei muito bem o que dizer por agora, pois a Ursa, o Alexei e o Jack expressaram muito do que senti durante a sessão. É um filme relativamente bonzinho, com defeitos e boas escolhas e intenções convivendo na tela, constantemente escoltados por uma revolução tecnológica que, a meu ver, não veio. Devo ser muito leigo e/ou ingênuo no assunto, pois esse é um filme que, pra mim, só tem mais profundidade de campo, perspectiva, esse tipo de coisa. Vários outros filmes me levaram com muito mais força e facilidade para seu universo. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Conan o bárbaro Posted January 9, 2010 Members Report Share Posted January 9, 2010 Acho que a revolução foi tanta que as pessoas nem se deram conta de que aconteceu algo ali. Só pelo fato de tudo ter sido criado em computador já deixa o filme lá em cima. A criações são perfeitas! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members dinhoems Posted January 9, 2010 Members Report Share Posted January 9, 2010 quarta vez que assisti, fui no kinoplex do shopping Dom Pedro em Campinas e todas as sessões em 3D estavam com ingressos esgotados. Pergunta-se, quando o filme vai parar de lotar as salas de cinema. Sim, estamos diante de mais um fenômeno da cultura pop ocidental e em cada sessão escutar a reação da platéia é arrepiante.É muito bom ver as pessoas tentando pegar as folhas ou as flechas durante sessão. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Giordanno Posted January 9, 2010 Members Report Share Posted January 9, 2010 Conferi hj, como muitos já falaram, o roteiro não é original nem nada, mais a diferença está na direção do Cameron e na Puta q par...!!!! CGI foto realista perfeito, movimentos das arvóres reagindo aos ventos, fogo e movimentos de personagens perfeitos!!! A última vez que eu fiquei embasbacado com um cgi tão foda foi com o Tiranossauro de Jurassic Park!! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Scarlet Rose Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Acho que a revolução foi tanta que as pessoas nem se deram conta de que aconteceu algo ali. Só pelo fato de tudo ter sido criado em computador já deixa o filme lá em cima. A criações são perfeitas! Só posso lamentar por essas pessoas... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Perucatorta Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Acho que a revolução foi tanta que as pessoas nem se deram conta de que aconteceu algo ali. Só pelo fato de tudo ter sido criado em computador já deixa o filme lá em cima. A criações são perfeitas! Não sei direito o que você quis dizer com isso mas revolucionário ou não, pra mim filmes devem funcionar como cinema. Esse funciona parcialmente. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Nostromo Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 CGI mais realista e efeitos 3D um pouco diferentes são uma "revolução"? A palavra revolução anda tão banalizada ultimamente... Nostromo2010-01-10 14:35:54 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Skywalker Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Crítica da Contracampo(http://www.contracampo.com.br/94/critavatarjr.htm): A inovação tecnológica gera uma confusão: a pressuposição imediata de que com ela se desbrava um terreno inaudito, descobre-se um mundo jamais visitado. Avatar vem provar o contrário: o parceiro ideal da mais avançada tecnologia em efeitos visuais é o mais ancião dos enredos. O recuo é monumental, pois recupera muito mais que uma simples tradição cinematográfica (Cameron aproveita para alertar os cinéfilos de que o cinema é só uma fração de segundo na duração da história da humanidade), retornando ao ponto zero de um antigo mito da criação, que fala de uma época em que tudo nos seres humanos era duplo e eles tinham dois rostos, dois órgãos genitais, quatro mãos, quatro pés, etc. Essa história de Avatar, de dois corpos que ocupam situações distintas – um acondicionado a uma cápsula enquanto seu duplo se imiscui num mundo pleno de vida e movimento – até que um decida perecer para a prevalência do outro, essa história nada mais é que a re-encenação do momento em que Zeus decidiu dividir cada ser humano em duas partes, automaticamente impelindo-as a querer se juntar e restabelecer o estado anterior, quando as duas metades fundiam-se em um só ser. Em Pandora, planeta no qual o filme literalmente se ambienta, tal estado anterior é passível de ser atualizado e convidado a participar da realidade presente. A população nativa é composta pelos Na'vi, humanóides com traços felinos e hábitos guerreiros que, nada por acaso, nos fazem pensar nos Navajos e em outros povos indígenas exterminados em massa durante a expansão da fronteira norte-americana. Eles só se tornam grandes guerreiros quando conseguem formar uma unidade visceral com algumas outras espécies locais. Para domar um animal parecido com o cavalo, por exemplo, os Na'vi precisam juntar as pontas de seus cabelos às da crina do animal, estabelecer um circuito energético único e fazer os dois corpos se comportarem como um só. Pandora, esse lugar distante, essa projeção futura, é no fim das contas uma terra primitiva, tão primitiva que nela as formas inteligentes de vida ainda se enxergam como parte integrante da Natureza. A vida para eles depende de uma porção de energia que tomam emprestada da natureza e que, ao morrer, devolvem à fonte. Entretanto, os humanos envolvidos na missão de colonização desse planeta, financiados pelo poder econômico de grandes corporações e amparados por uma estupidez que se legitimou como ideologia oficial, enxergam em Pandora tão-somente o reservatório de uma valiosa substância (um petróleo da era intergaláctica). Pandora funde os desertos das guerras do Golfo, do Iraque e do Afeganistão às florestas do Vietnã. Fusão, condensação, síntese: essa é a tática de Cameron. Sua versão para o mito do cinema-total não é a transparência absoluta que anularia as fronteiras entre o cinema e a percepção real da vida (não é para isso que lhe serve o 3D), mas sim a síntese perfeita de inúmeros marcos históricos do cinema, misturados meio anarquicamente, sem muita hierarquia, de modo que elementos de 2001, Jurassic Park e Redacted possam se combinar espontaneamente (ou seja, sem rejeição) aos de Dança com Lobos e Coração Valente. Mas as principais figuras de confronto/transformação do cinema de James Cameron possuem seu paralelo mais forte é na biologia, mais até que na mitologia, nas criações de outros mestres da ilusão cinematográfica ou nas grandes aventuras do romance oitocentista. Uma cena típica e indispensável em seus filmes é a da aquisição de um corpo ou de sua modificação: um robô exterminador vestindo uma pele elástica que simula o tecido humano (O Exterminador do Futuro), ou então se metamorfoseando em algum outro ser, ou ainda se camuflando no espaço tal qual um camaleão (O Exterminador do Futuro 2); uma mulher pilotando uma empilhadeira mecânica que parece um exosqueleto crustáceo (Aliens), prótese robótica que agora reaparece como um equipamento de guerra dos humanos vilões em Avatar. Em todos os casos, questão de sobrevivência. Muitas vezes a adaptação a um outro corpo, outra atmosfera, outro nicho, obriga um retorno aos primeiros estágios da vida: o personagem de Ed Harris em O Segredo do Abismo aprende a respirar no interior de um ambiente líquido como se voltasse a ser um feto no útero; o Jake Sully de Avatar ensaia os primeiros passos com o novo corpo e esbarra em tudo (“você parece um bebê”, a nativa Neytiri repete várias vezes, reprovando Jake por ainda não saber se mover em silêncio na floresta de Pandora). Nesses universos a que Cameron nos transporta, as leis biológicas (metamorfose, seleção natural) pesam mais que quaisquer outras. Enquanto a saga do casal de heróis de Titanic consistia em se livrar de um mundo agonizante (o Velho Continente e sua aristocracia decadente), o herói de Avatar precisa ir mais longe e se livrar de uma espécie moribunda, degradada por seus próprios meios: a espécie humana. Jake deixa o corpo humano paraplégico para trás e elege seu avatar no mundo alienígena como novo suporte vital. Outra dicotomia cara a James Cameron, aquela entre o soma (o corpo em sentido estrito, a metade mortal) e o plasma (potência imortal, devir permanente), recebe aqui uma sofisticada resolução: a parte imortal se transfere definitivamente de um corpo para outro, a alma de Jake passa inteiramente para o lado dos habitantes de Pandora, primeiro simbolicamente, tão-logo ele se apaixona pela natureza local, por Neytiri e pelo povo Na'vi, depois fisicamente, naquela cena já para o final, quando debaixo da grande árvore ele se submete a um transplante espiritual que o integra de vez ao mundo dos Na'vi. Essa cena retoma e fusiona duas outras: a da “ressurreição” da personagem de Mary Elizabeth Mastrantonio em O Segredo do Abismo e a da despedida de Leonardo Di Caprio em Titanic. O único objetivo dos heróis de Cameron é manter acesa a chama da vida. No primeiro caso, dispõe-se de um só corpo, não é ainda o caso de tentar transferir a vida de uma matéria fragilizada para outra em bom estado; a luta (respiração boca-a-boca, desfibrilação e tudo mais) é para não deixar a vida se esvair desse único corpo de que a personagem dispõe para alojar sua energia vital. Em Titanic, já se trata de um drama partilhado por dois corpos: a mocinha está sobre um destroço do navio e o rapaz está congelando na água do mar, sacrificando-se para manter a amada viva pelo tempo necessário até que chegue o resgate. No já clássico momento em que ela solta o corpo inerte do rapaz e ele finalmente afunda, podemos enxergar a mais romântica ou humanista das mensagens, ou podemos simplesmente constatar o instinto de sobrevivência: a moça se desprende de uma pele morta para melhor se adaptar à circunstância. Avatar, por sua vez, propõe o raccord definitivo entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Jake também precisa se livrar de uma carcaça inútil, mas dessa vez é seu próprio corpo, e não o de outro, que deverá ser desertado. Acabou, para Cameron, o luto das grandes formas do passado, o cinema pode enfim prescindir de seus fantasmas, ou melhor, não vê-los mais como assombrações paralisantes. Uma vez plasmados pela mesma placenta digital, corpo real e corpo-imagem podem se resumir em um só. A passagem da energia vital de Jake de um corpo humano aleijado para um corpo alienígena sadio realiza ainda a utopia da comunhão do homem com o Outro. O filme que começara como uma espécie de remake em 3D de Aliens acaba sendo seu oposto radical. No filme de 1986, o trauma da maternidade indesejada – que é quando um ser humano se torna hospedeiro do alienígena – acha seu inverso, a boa maternidade, no momento em que Ripley adota a menina Newt, encontrada órfã no planeta LV-426 (escuro, soturno, cinzento, hostil, feio, inóspito, enfim, um negativo de Pandora). A verdadeira cena traumática, para a qual a catarse deve convergir, é aquela em que um alien rasga o peito de uma pessoa e vem à luz. É com essa cena que Ripley tem um pesadelo na primeira parte do filme, quando ela vive à semelhança de uma traumatizada de guerra. E é ao assistir a um alien saindo do peito de uma vítima, já durante a missão, que Ripley se dá conta de que está de volta ao inferno – ela assiste à cena através de um monitor de vídeo, e o rosto de Sigourney Weaver transmite toda a sensação de pavor de sua personagem ao ver aquilo acontecendo de novo. A menina Newt, portanto, será o agente positivo da catarse de Ripley: a única forma eficaz de exorcizar o medo do feto indesejado. Ripley não pode suportar sequer a idéia de trazer dentro de si um outro. Newt, sendo uma filha adotiva, poupa a mãe do trauma, afasta de Ripley a própria noção de gravidez e, mais ainda, de parto (que é a expulsão traumática, a violência originária da qual ela, mulher anulada em sua sexualidade, precisa fugir). Avatar já vai no sentido oposto. Diferentemente de Ripley, Jake não teme uma invasão alienígena em seu corpo. Ele mesmo é o invasor, que se depara com a mais positiva das alteridades e se converte a ela. À imagem grotesca do alien rasgando o peito de um humano se substitui essa outra imagem, poética, de um olho se abrindo uma vez que a alma de um humano habitou pacificamente o corpo de um alienígena. Tudo se inverteu. Avatar materializa um desejo – totalmente fora do contexto de Aliens – de se tornar o outro, de viver lá o que não se viveu plenamente aqui. Então, o classicismo? “Então, o barroco?”. Assim Serge Daney terminava em 1982 o artigo “A rampa (bis)”, ampliação de um texto publicado numa edição especial dos Cahiers du Cinéma sobre cenografia no cinema. Tomando por base o sistema hegeliano das artes – popularizado na França por André Malraux –, modelo que desde cedo fora incorporado nos Cahiers, Daney indagava se o maneirismo que ele e outros detectavam em cineastas tão diversos como Syberberg e Coppola precipitaria uma era barroca. Dezesseis anos depois de “A rampa”, e seis após a morte de Daney, Titanic obrigou um outro crítico, Jean-Marc Lalanne, de uma outra geração dos Cahiers, a especular se James Cameron não estaria levando ao limite um novo sonho do cinema americano, um sonho neoclássico de “encontrar na morte uma forma de retornar às fontes, situar-se de novo nas origens”. “Será Titanic um ponto de mutação maior na história do cinema norte-americano, sua passagem do maneirismo ao neoclassicismo?”, interrogava Lalanne. Titanic era um filme menos sobre um naufrágio do que sobre um artista aventureiro, persuasivo e, acima de tudo, louco o suficiente para resgatar um gigante abandonado – a saber, o melodrama épico cujo segredo e cuja magia Hollywood havia esquecido no fundo do mar – e colocá-lo para funcionar novamente. Com Avatar, Cameron faz um recuo ainda mais lento e extenso, e dá razão ao que Rohmer vivia dizendo nos anos 1950: o classicismo, no cinema, pertence ao futuro, está sempre à nossa frente. No caso específico de Avatar, isso significa afirmar a forma clássica como a única que vai sempre casar com qualquer tecnologia, em qualquer época. Cameron se reconciliou com facilidade a um mundo do qual quase todos os outros cineastas se sentem completamente alienados. Nesse mundo, o artista sabe o que quer e pode o que quer, tem uma idéia perfeitamente clara do conteúdo substancial que deseja tornar perceptível e possui o poder técnico que sua realização exige; ele encontra seus conteúdos em mitos que precedem idéias originais, e suas obras se destinam à emoção das massas bem como ao ensinamento dos homens. Em geral, quando um cineasta filma o mundo de hoje com a paixão de ontem, o resultado é uma forma doente, fracassada. Cameron, contudo, triunfou mais uma vez. Luiz Carlos Oliveira Jr. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Gago Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Estabelecer o que é revolucionário e principalmente o que funciona como revolucionário para alguém é muito complicado. Por isso nem me atrevo muito a discutir abertamente sobre isso. Quando utilizo o termo no meu comentário, é mais no sentido da profundidade com que a tecnologia empregada no filme (que, concordo, é muito boa) conseguiu me sugar para dentro dele. Alguém comentou que normalmente não tem problemas para entrar de cabeça dentro de um filme, desde que ele seja cativante de algum modo. E eu concordo, é claro. O meu modo de enxergar esse tipo de relação no cinema é a competência com que os artifícios te conectam ao filme. Pra mim, de nada serve ser tecnicamente impressionante se na prática a minha experiência não sofre qualquer tipo de aprimoramento na maneira de experimentar o produto fílmico. É o que aconteceu comigo na sessão de Avatar. Embora eu particularmente não tenha alcançado um estado de enlevo sobrenatural com os aparatos tecnológicos do Cameron, ele é eficaz em mostrar um universo bastante próprio, criado em computador, possibilitando uma profundidade de campo mais realista, etc. É um lance bacana de experimentar, sem dúvida alguma. Mas o filme possui um sem-número de outras coisas na sua constituição, e várias delas me incomodaram, de um jeito ou de outro. À parte a sensação de novidade que o filme causa, ele me encanta muito por causa de suas intenções do que pelo modo como é desenvolvido narrativa e dramaturgicamente. O balanço, no fim das contas, é curioso, até interessante. Porém um tanto distante do arrebatamento que eu busco numa sala de cinema. Acontece, infelizmente. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Mr. Scofield Posted January 10, 2010 Report Share Posted January 10, 2010 Eu realmente gostaria que a maior parte das discussões que tenho visto sobre Avatar ultrapassassem esse estágio de "novidade tecnológica", "3D magnífico", "revolução", "CGI", Bilheteria (esse aqui então, não dou a mínima), etc. Particularmente acho o filme tão mais que isso que essas coisas se tornam secundárias, nem vale a pena discuti-las. Mr. Scofield2010-01-10 16:17:34 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Tensor Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Pra ter mais ou menos uma idéia do que o filme causou em mim, pegando aquela cena da árvore sendo destruída, eu fiquei pensando "uou, nossa, técnologia fantástica, que destruição plasticamente fodidona, parece que ela ta caindo nos meus pés, impressionante. mas hei, o que será dos azulzinhos? ah, foda-se eles, essa destruição foi muito massa". e é mais ou menos isso, efeitos lindões mesmo, mas capacidade de emocionar, de sensibilizar, criar um vinculo mais forte com aquela mensagem... quase nula, oca. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members RAZIEL Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Pra ter mais ou menos uma idéia do que o filme causou em mim' date=' pegando aquela cena da árvore sendo destruída, eu fiquei pensando "uou, nossa, técnologia fantástica, que destruição plasticamente fodidona, parece que ela ta caindo nos meus pés, impressionante. mas hei, o que será dos azulzinhos? ah, foda-se eles, essa destruição foi muito massa". e é mais ou menos isso, efeitos lindões mesmo, mas capacidade de emocionar, de sensibilizar, criar um vinculo mais forte com aquela mensagem... quase nula, oca.[/quote'] Então, vou falar o que o filme causou em mim (nesse ponto que vc tocou). Pra mim, foi o contrário. Fiquei preocupado com os tais azuizinhos (não apenas nessa cena, mas o tempo todo em que corriam perigo). Achei o filme emocionante, me sensibilizei, senti uma simpatia por esses personagens que não sentia faz anos no cinema. E nas cenas de batalha, que eu temia que iriam ser como as batalhas da "nova" trilogia Star Wars e similares (onde acontece muita coisa mas nada importa, não estamos nem aí), foi o contrário: cada Na'vi que morria, eu ficava com pena, e cada "maldito humano" que ia pro saco, eu vibrava! E não, não sou besta de me deixar enganar por efeitos especiais, por perfumaria somente (aliás, por isso não estava gostando de quase nada no estilo "blockbuster" nos últimos anos). De fato, eu já andava bem desanimado com cinema no geral, quase não via filmes novos; nem entrava no fórum pq não via nada que me animasse a conversar, debater, etc. Então, vejo Avatar, e a chama reascendeu! Avatar é o tipo de filme que faz isso, que renova o gosto pelo cinema. Ao menos, comigo foi assim. RAZIEL2010-01-10 17:15:01 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Renato Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Pra ter mais ou menos uma idéia do que o filme causou em mim' date=' pegando aquela cena da árvore sendo destruída, eu fiquei pensando "uou, nossa, técnologia fantástica, que destruição plasticamente fodidona, parece que ela ta caindo nos meus pés, impressionante. mas hei, o que será dos azulzinhos? ah, foda-se eles, essa destruição foi muito massa". e é mais ou menos isso, efeitos lindões mesmo, mas capacidade de emocionar, de sensibilizar, criar um vinculo mais forte com aquela mensagem... quase nula, oca.[/quote'] eu pensei exatamente o oposto, Bacaninha a árvore caindo... impressionante os efeitos, mas são só efeitos. O impacto da cena em si e o desespero dos azulzinhos e do próprio Jake me comoveram muito mais. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Aragorn Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 a destruição da árvore eu senti como se estivessem destruindo a minha própria casa, cena carregada de angústia, desespero, simplesmente um soco no estômago. cena sensacional, tanto visualmente como, sobretudo, no aspecto sentimental Aragorn2010-01-10 17:49:39 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Perucatorta Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Eu tenho dificuldade de me envolver e torcer por bonecos digitais. Esse filme tinha tudo para mudar isso, mas a parte mais "corriqueira" da coisa falhou comigo. Era como se eu presenciasse um mundo de novos seres perfeitamente digitalizados mas ocos por dentro. A conexão emocional entre eu e os personagens não existiu, pelos problemas já relatados. O Cameron falhou comigo em algo que ele já havia conseguido utilizando um robô! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members RAZIEL Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Eu tenho dificuldade de me envolver e torcer por bonecos digitais. Esse filme tinha tudo para mudar isso' date=' mas a parte mais "corriqueira" da coisa falhou comigo. Era como se eu presenciasse um mundo de novos seres perfeitamente digitalizados mas ocos por dentro. A conexão emocional entre eu e os personagens não existiu, pelos problemas já relatados. O Cameron falhou comigo em algo que ele já havia conseguido utilizando um robô! [/quote'] Esse robô seria o Terminator? Se for, achei a comparação meio estranha, já que esse robô foi interpretado por um humano (embora não pareça, o Schwarzenegger ainda é um ser humano ). Vc já conseguiu sentir esse envolvimento com algum personagem digital?RAZIEL2010-01-10 18:07:27 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Skywalker Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Eu acho que Avatar consegue a proeza de nos fazer esquecer por vários momentos que aquele personagens são digitais. Em vários momentos eu fiquei prestando atenção no realismo do CG, nas texturas, nos movimentos faciais. Mas na maior parte do filme eu estava envolvido dentro da narrativa e isso aconteceu logo de cara, já na cena em que Jake corre pela primeira vez. Se a parte do laboratório antes é um momento que vc realmente presta atenção nos efeitos, na cena seguinte isso passa pq algo mais importante e emocianante está ocorrendo. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members RAZIEL Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Eu acho que Avatar consegue a proeza de nos fazer esquecer por vários momentos que aquele personagens são digitais. Em vários momentos eu fiquei prestando atenção no realismo do CG' date=' nas texturas, nos movimentos faciais. Mas na maior parte do filme eu estava envolvido dentro da narrativa e isso aconteceu logo de cara, já na cena em que Jake corre pela primeira vez. Se a parte do laboratório antes é um momento que vc realmente presta atenção nos efeitos, na cena seguinte isso passa pq algo mais importante e emocianante está ocorrendo. [/quote'] Comigo foi mais ou menos o mesmo. Eu estava estranhando um pouco os Na'vi durante toda a "primeira aparição" e a primeira missão de Jake na floresta... Mas em algum momento que não sei definir, parei de pensar nisso e me envolvi. Infelizmente, um ou outro Na'vi não parecia tão bom durante o filme, e momentaneamente, eu voltava a pensar na questão dos efeitos, mas o saldo foi bem positivo. Na esmagadora maioria das cenas, eu estava envolvido com os personagens. Mas sim, ainda está pra nascer o filme com humanos (ou humanóides) digitais que serão convincentes em 100% do tempo. O próprio James Cameron admitiu, antes de Avatar estrear, que nem todas as cenas com os Na'vi seriam totalmente convincentes. A idéia era que o filme seria tão envolvente, que as pessoas não se preocupariam com isso. Eu acho que deu certo, mas nem todo mundo concorda que ele conseguiu, é claro. É o tal negócio: embora os efeitos especiais de Avatar não sejam "perfeitos", acho que eles são muito superiores a tudo que foi feito antes (e provavelmente, a muita coisa que será feita depois). Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members dinhoems Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Pra ter mais ou menos uma idéia do que o filme causou em mim' date=' pegando aquela cena da árvore sendo destruída, eu fiquei pensando "uou, nossa, técnologia fantástica, que destruição plasticamente fodidona, parece que ela ta caindo nos meus pés, impressionante. mas hei, o que será dos azulzinhos? ah, foda-se eles, essa destruição foi muito massa". e é mais ou menos isso, efeitos lindões mesmo, mas capacidade de emocionar, de sensibilizar, criar um vinculo mais forte com aquela mensagem... quase nula, oca.[/quote'] Então, vou falar o que o filme causou em mim (nesse ponto que vc tocou). Pra mim, foi o contrário. Fiquei preocupado com os tais azuizinhos (não apenas nessa cena, mas o tempo todo em que corriam perigo). Achei o filme emocionante, me sensibilizei, senti uma simpatia por esses personagens que não sentia faz anos no cinema. E nas cenas de batalha, que eu temia que iriam ser como as batalhas da "nova" trilogia Star Wars e similares (onde acontece muita coisa mas nada importa, não estamos nem aí), foi o contrário: cada Na'vi que morria, eu ficava com pena, e cada "maldito humano" que ia pro saco, eu vibrava! E não, não sou besta de me deixar enganar por efeitos especiais, por perfumaria somente (aliás, por isso não estava gostando de quase nada no estilo "blockbuster" nos últimos anos). De fato, eu já andava bem desanimado com cinema no geral, quase não via filmes novos; nem entrava no fórum pq não via nada que me animasse a conversar, debater, etc. Então, vejo Avatar, e a chama reascendeu! Avatar é o tipo de filme que faz isso, que renova o gosto pelo cinema. Ao menos, comigo foi assim. esse cara ae que usa o símbolo do jurassic park é o mais inteligente do fórum, ehheheheh, faço das suas palavras as minhas. resumiu em poucas palavras a experiência de assistir Avatar. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members RAZIEL Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 Eu realmente gostaria que a maior parte das discussões que tenho visto sobre Avatar ultrapassassem esse estágio de "novidade tecnológica"' date=' "3D magnífico", "revolução", "CGI", Bilheteria (esse aqui então, não dou a mínima), etc.Particularmente acho o filme tão mais que isso que essas coisas se tornam secundárias, nem vale a pena discuti-las. [/quote'] Bom, eu tentei algumas vezes conversar sobre outros assuntos relativos ao filme, mas pouca gente deu atenção (não, não estou reclamando, só constatando, rs). Mas se quiser conversar sobre aspectos do filme que te interessam, sou todo ouvidos. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Lucas Posted January 10, 2010 Members Report Share Posted January 10, 2010 O gostar... o se envolver com o filme é pessoal... Agora, presumir que esse envolvimento é derivado apenas dos efeitos especiais é de uma pequenez... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Nacka Posted January 11, 2010 Author Report Share Posted January 11, 2010 Vocês acham mesmo que é possível dissociar qualquer coisa que se sinta ao assistir Avatar dos seus efeitos? A cena da árvore eu já descrevi lá atrás. Para mim, simboliza todo o filme, o forte tomando do fraco tudo aquilo que ele acha que lhe pertence. Cameron sintetizou tudo em uma imagem poderosa. A dependência de Jack pelo mundo Na'vi é outra situação fantástica. Como esquecer a experiência (que compartilhamos com ele) de poder andar depois de tanto tempo? Sentir a terra sob os pés? Nenhum efeito especial é mais importante que isso e no entanto eles estavam lá. A experiência completa de Avatar é esquecer que aquilo é um mundo de fantasia, estando nele e a chave é o 3D. Não se enganem, Cameron não fez um filme para ser assistido de maneira normal (isso é necessário mas não é o propósito). E aqui acontece uma coisa curiosa, quem não conseguir ver essas coisas é uma pena, vai ver só mais um filme arrasa quarteirão com efeitos de ponta mas jamais terá toda a experiência. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Scarlet Rose Posted January 11, 2010 Members Report Share Posted January 11, 2010 De fato, eu já andava bem desanimado com cinema no geral, quase não via filmes novos; nem entrava no fórum pq não via nada que me animasse a conversar, debater, etc. Então, vejo Avatar, e a chama reascendeu! Avatar é o tipo de filme que faz isso, que renova o gosto pelo cinema. Ao menos, comigo foi assim. Mesma coisa aqui. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Perucatorta Posted January 11, 2010 Members Report Share Posted January 11, 2010 Esse robô seria o Terminator? Se for' date=' achei a comparação meio estranha, já que esse robô foi interpretado por um humano (embora não pareça, o Schwarzenegger ainda é um ser humano ). Vc já conseguiu sentir esse envolvimento com algum personagem digital?[/quote'] Sim, é o Terminator. Sim, o Schwarza é humano (creio), mas ele faz, perfeitamente aliás, o papel de um robô. E ele me emocionou em T2, torci por ele, etc. E sobre a pergunta, sim, pelo Gollum, que embora fosse digitalmente inferior aos Avatares, era mais bem desenvolvido e provoucou o envolvimento. E nem venero SDA como alguns, acho os filmes falhos, mas a condução desse personagem, a interpretação, etc é perfeita. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Perucatorta Posted January 11, 2010 Members Report Share Posted January 11, 2010 O gostar... o se envolver com o filme é pessoal... Agora' date=' presumir que esse envolvimento é derivado apenas dos efeitos especiais é de uma pequenez...[/quote'] Mas quem está presumindo isso? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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