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O Libertino


Plutão Orco
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O Libertino 10 de 10 smiley10smiley10smiley10smiley10smiley10

 

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Já no seu início vemos o ‘monologo’ de John Wilmot, o Segundo Conde de Rochester. Ele é curto e grosso, e é a personificação do anti-herói do longa. E já esclarece que não é um exemplo de pessoa a qual, estão acostumados a ver em uma sociedade ‘decente’. Ele não quer ser agradável. E olha que aqui nem de longe se compara ao Capitão Jack Sparrow de Piratas do Caribe. Não mesmo. Johnny Deep não cria personagens repetidos, ou atua como Johnny Deep. Seus personagens são imiscíveis, irreconhecíveis. O que é para mim, a melhor forma de ser um excelente ator.

 

O personagem de John Wilmolt era um libertino completo, em plena era da Restauração Inglesa. E um dos motivos de seu expurgo temporário da Corte, era em função de dizer o que se pensa sem dar meia volta. Um dos grandes motivos de não ser bem visto na sua época, era sua posição promiscua, obscena e ateia. Mas ele mesmo diz que aqueles que não gostam dele, ou é por inveja ou por serem idiotas. Não só naquele tempo que se aplica a falta de visão de aproveitar a plenitude do que se quer enquanto está vivo. Mesmo hoje bandos e legiões de moralistas e especialmente de pseudo-moralistas, além de estragarem suas vidas ficam ainda dando pitaco de como devemos conduzir a nossa. Muitos que odiaram este filme e depredaram foram em função das cenas picantes. Só lamento é muito por o filme não ter cenas reais de sexo explicito, para eu ter uma ereção melhor. Afinal, é pecado o filme expor sexo ou insinuações devassas, como se isto não fosse natural ou não existisse. Mas por hora deixo minha indignação para mais tarde, para este bando de consumidores não assumidos de filmes pornôs.

 

Além de o filme possuir um dos melhores atores em atividade em minha opinião. Temos uma considerável fotografia, deixando o ambiente em um clima desagradável, e claustrofóbico. Que como se fosse à visão da própria época que reprimia os excessos do personagem pelo seu pensamento ‘devasso’. Além disto, temos uma música igualmente sombria de Michael Nyman, que deixa ainda mais carregado o clima gótico em pela era da Restauração. A condução e o roteiro me pareceram bem agradáveis, e em nenhum momento deixaram a transparecer que o anti-herói se tornaria um herói ou um ser agradável. E mesmo na cena do julgamento do Rei quando Wilmolt fala na defesa do rei, seu lado não estava querendo ajudar a nação ou mesmo a figura do rei. Ele estava querendo era se vingar do rei, este foi o momento mais inusitado de todos deixar o Rei como ele estava era o seu castigo. Exatamente como o rei o puniu deixando Wilmolt como estava, ao ser encontrado pelo seu último grande escândalo. 

 

Outros pontos técnicos interessantes do longa foram a maquiagem especialemte quando o personagem estava com Sífilis, foi bem produzida.

 

As personagens de Rosamund Pike, Elizabeth Malet, e o Rei Charles II, John Malkovich, foram agradáveis interpretações. No entanto, o mesmo não se pode dizer de Samantha Morton, Elizabeth Barry. Seu personagem em nenhum momento me convenceu, que poderia ter algum atrativo para Wilmolt pois era totalmente apática, irritante ao que ele prezava. Sendo o oposto de uma amante, aqui os papéis até se invertem, parece ser a mulher a amante e a esposa a meretriz. O que é mais um ponto a favor, só que acho que foi muito caricato a personagem de Samantha Morton.  E pro fim, a cenografia foi interessante e é harmônica com a música sombria e a fotografia mórbida.

 

Curiosidades


- John Malkovich estrelou a peça teatral de Stephen Jeffreys na qual O Libertino é baseado.

 

libertino01.jpg

 

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Plutão Orco2007-06-12 13:55:07
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  • 4 months later...
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Nossa, nem sabia deste tópico 13

Enfim... Fui assistir pelo Johnny, obviamente. O filme não me agradou muito, Depp sem dúvida alguma já fez melhores; a atuação dele estava impecável, como sempre. Concordo com a Veras, também achei um pouco nojento o filme, mas nada de embrulhar o estômago, hehe. A maquiagem dele no final - quando John está com sífilis - ficou perfeita 10
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Além de o filme possuir um dos melhores atores em atividade em minha opinião. Temos uma considerável fotografia' date=' deixando o ambiente em um clima desagradável, e claustrofóbico. Que como se fosse à visão da própria época que reprimia os excessos do personagem pelo seu pensamento ‘devasso’. Além disto, temos uma música igualmente sombria de Michael Nyman, que deixa ainda mais carregado o clima gótico em pela era da Restauração. A condução e o roteiro me pareceram bem agradáveis, e em nenhum momento deixaram a transparecer que o anti-herói se tornaria um herói ou um ser agradável. 

[/quote']

 

Concordo 100%

 

A atuação do Depp nesse filme é coisa de outro mundo, cheguei a ficar com pena do Malkovich. 06

 

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Eu sinceramente acho esse oba-oba em cima do Depp meio exagerado. Qualquer merda que o cara faz é pretexto pra elogiarem como se fosse o Brando reencarnado...07

 

Aí é que tá ... parece que as pessoas só descobriram o talento do Depp e/ou passaram a reconhecê-lo depois de "Jack Sparrow" sendo que, apesar de ser uma composição riquíssima e deliciosa, trata-se de "apenas" mais uma de suas composições riquíssimas e deliciosas ... aí começam os comentários ... "ah, o cara não é tão bom assim ..."; "ah, qualquer coisa que o cara faz é colocado num pedestal"; "ah, agora tão dizendo que o cara é o Brando reencarnado" ... ele é bom sim, o cara é foda sim, um puta, um baita ator ... desde "Edward Mãos de Tesoura" ... é que agora como ele tá na crista da onda, faz parte do circo denegrirem o seu talento, tornando-o descartável ... os únicos papeis que eu acho que ele atuou de maneira automática foi em "Por que os Homens Choram" e "Era Uma Vez no México", poderia ser um outro ator qualquer no lugar dele que não faria diferença ... no restante foi sempre trabalhos que ressaltam aos olhos tamanho o talento ... Sparrow foi um ótimo personagem feito por ele, mas também é uma espécie de maldição já que a repercussão faz com que o "oba-oba" lhe torne fadado ao cansaço, justificável ou não.

 

Não estou direcionando o comentário a vc, Kako ... mas vi algumas declarações no próprio tópico do ator e até mesmo comentários de outras pessoas do meu núcleo social ... é impressionante como a partir do momento em que um "gênio" realiza uma obra "popular", ele passa a ser alvo ... antes de "PdC", o Depp era intocável ... agora, dá-lhe porrada ... acho um comportamento meio hipócrita. Não que parecer um admirador cego do trabalho do Depp, mas é uma tendência que está acontecendo ...

 

PS: Vou levar isso pro tópico dele ...
Thiago Lucio2007-06-12 08:41:03
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Discordo completamente. Ou melhor parcialmente. Acho que essa sua interpretação é possível tb.

 

Mas com exceção dos dois filmes que citei, os outros trabalhos que ele fez foram muito bons, em alguns casos até melhor que os próprios filmes.

 

PS: Ainda não vi "O Libertino".
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Nossa' date=' nem sabia deste tópico 13

Enfim... Fui assistir pelo Johnny, obviamente. O filme não me agradou muito, Depp sem dúvida alguma já fez melhores; a atuação dele estava impecável, como sempre. Concordo com a Veras, também achei um pouco nojento o filme, mas nada de embrulhar o estômago, hehe. A maquiagem dele no final - quando John está com sífilis - ficou perfeita 10
[/quote']

 

O pessoal achou o filme nojento. Poderia saber o motivo do escárnio? Ele não me lembra uma náusea total. Em suma qual o pecado ou pecados do filme? Não estou falando do conteúdo lascivo como pecado evidentemente, sim técnico e artístico.

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Discordo completamente. Eu acho que à partir de PDC todo mundo começou à babar ovo por qualquer lixo que ele faça. Sendo que ele já fez muito lixo antes e depois. Com atuações apenas corretas. Sim' date=' ele é um bom ator, mas está longe de ser isso tudo.

Janela Secreta, Do Inferno, Blow, Donnie Brasco, etc, etc. Todos filmes bestas com atuações bestas. Sim, até os mestres erram, mas o ovo que babam pelo Depp é constrangedor.... [/quote']

 

Acho que não. Antes de Piratas Depp já deu boas caras que marcaram sua carreira.

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Do Inferno, embora você não tenha gostado, o filme está longe de ser uma porcaria, um ótimo suspense se deve a boa atuação dele especialmente. Ed Wood, hilário e divertido. Embora este longe de ser o melhor do Burton em minha opinião. O filme de Burton está longe de ser posto de lado. Edward Mãos de Tesoura. Aqui sim o cara não deixou de ser esquecido, quase toda pessoa que lembra dos filmes do Depp lembram basicamente deste. Basicamente este filme e Ed Wood já encabeçavam o talento e a fama do mesmo. O mesmo vale para Gilbert Grape - Aprendiz de sonhador, Benny & Joon – Corações em Conflito e Cry-Baby.

 

Mas concordo que ele fez filmes a quem do esperado e até bombas. Os deploráveis filmes A Hora do Pesadelo (tem que ser muito fã para engolir aquela série de filmes pecadores em todos os sentidos na sétima arte.). O mesmo vale para Enigma do Espaço, Férias do barulho, O Último Portal e até mesmo no tão elogiado na Em Busca da Terra do Nunca (embora o Depp seja o único elemento positivo no filme , para falar a verdade).

Plutão Orco2007-06-12 12:32:04
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Eu sinceramente acho esse oba-oba em cima do Depp meio exagerado. Qualquer merda que o cara faz é pretexto pra elogiarem como se fosse o Brando reencarnado...07

 

Brando é um santo. 06 Normalmente isto acontece quando o cara bate as botas. Vale lembrar de alguns encalços na sua carreira como Um Novato na Máfia, Loucos por Dinheiro e claro o pior de todos A Ilha do Dr. Moreau. 06

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Nossa' date=' nem sabia deste tópico 13

Enfim... Fui assistir pelo Johnny, obviamente. O filme não me agradou muito, Depp sem dúvida alguma já fez melhores; a atuação dele estava impecável, como sempre. Concordo com a Veras, também achei um pouco nojento o filme, mas nada de embrulhar o estômago, hehe. A maquiagem dele no final - quando John está com sífilis - ficou perfeita 10
[/quote']

 

O pessoal achou o filme nojento. Poderia saber o motivo do escárnio? Ele não me lembra uma náusea total. Em suma qual o pecado ou pecados do filme? Não estou falando do conteúdo lascivo como pecado evidentemente, sim técnico e artístico.

 

Agora você me pegou, não sei se vou conseguir explicar como achei o filme "nojento". Achei o filme pesado, com uma atmosfera densa e ambientes sujos. Mas não recrimino isso, concordo com o que você disse:

 "Temos uma considerável fotografia, deixando o ambiente em um clima desagradável, e claustrofóbico. Que como se fosse à visão da própria época que reprimia os excessos do personagem pelo seu pensamento ‘devasso’". Acho que isto explica o meu "nojento". 06

 

 

O pecado do filme para mim, foi não nos mostrar porque o Rei queria tanto que Wilmolt fosse seu escritor, e porque tantos o venerevam. A impressão que me ocorreu foi que a maioria sentia desdém por ele.

 

Eu vi este filme na estréia dele nos cinemas, não lembro muito bem, preciso revê-lo.
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Sua fama recaia por ser o mais ousado artista de seu tempo, suas obras eram de escárnio e criticava profundamente seu tempo através delas, por isto que era tão famoso. O rei na sua ingenuidade e burrice queria que ele se dobrasse aos caprichos da realeza, e criasse uma obra memorável para o reino de França. Além disto, o filme não se preocupou e com razão em por suas obras na película e sim a sua persona repulsiva que é resultado de sua genialidade nas artes. Sua crítica a realeza francesa é cômica e coerente, não só ao poder do rei de França como a qualquer governante. Conhecendo a mentalidade retratada no filme, sabemos que sua peça que encenou seria estrondosa e desafiadora como o próprio personagem.

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Não gostei tanto assim de O Libertino. Não o achei tão perturbador quando poderia ter sido.

 

(spoilers)

 

O filme começa muito bem com o monólogo do protagonista, estabelecendo uma esperta (além de inspirada) ligação com a peça teatral em que fora baseado; tanto o prefácio quanto o epílogo são as partes das quais mais gostei. O enredo caminha sem derrapar do início para o meio, da construção dos personagens até estar consumada a experiência do protagonista com a atriz rebelde, sem esquecer da montagem e execução da polêmica peça teatral para o Rei - que renderia o mote de um filme inteiro. Daí pra frente, a trama perde o foco ao pincelar momentos avulsos da vida de Wilmot sem dar muita profundidade, apenas folheando páginas importantes de sua biografia sem dar muita atenção ao que está escrito. O que me lembra exatamente Lutero, com o Ralph Fiennes, outra biografia sem sal. A trama só vai se reencontrar no fim, naqueles que foram os grandes momentos de Depp no filme, o discurso de Wilmot, já doentíssimo, para a nobreza em favor do Rei, e, também, seus últimos momentos -  os mais difíceis - com a esposa.

 

(fim dos spoilers)

 

O que mais me frustrou nessa adaptação, foi a falta de porralouquisse do diretor. A falta de ousadia. Está certo que o nome do filme não é "O Libidinoso", mas Wilmot foi o maior deles no seu tempo, segundo a própria obra. Era obrigação do diretor pegar pesado na carga erótica, ou pelo menos mostrar que ela estava lá. Mãozinha em baixo do vestido é coisa de jardim de infância, comparando-se a um Laranja Mecânica, por exemplo. E John Wilmot merecia muito ter seu personagem figurando entre os grandes devassos do cinema, como Alex de Large. Em certo momento, a direção chega bem perto da lascívia doentia do protagonista ao conduzi-lo, em sonho, à uma floresta onde um bando de pessoas está reunido numa suruba (algo que deve lembrar De Olhos Bem Fechados). Infelizmente, há uma neblina tão pesada envolvendo aquele ponto da floresta, fora o corte rapidíssimo, que torna a cena uma visão do pecado quase religiosa 07. Uma coisa triste. O filme arma uma arapuca para si próprio, ao demonstrar que os companheiros nobres de Wilmot são tão ninfomaníacos quanto ele, embora estes sejam mais podres e o poeta muito mais extravagante. Mas no sexo, não se sobrepõe a eles, da forma que deveria.

 

Quanto as atuações, todas estão ótimas. Lembro que a interpretação de Malkovich me agradou bastante, um Rei sensato e frio que soube extravasar toda a sua fúria na dose exata, e, mesmo punindo-o, soube demonstrar consideração pelo seu apadrinhado. Rosamund Pyke faz um grande dueto com Depp. E também gostei muito de Samantha Morton, tomando conta do final do filme.

 

Johnny Depp é um caso à parte. É visível o esforço do ator para encarnar seu personagem em todas as suas nuances. Dá para vê-lo suar em cena. É bem verdade que em certo momento ele deu uma desmunhecada a lá Jack Sparrow... mas não há problema, se não estou errado O Libertino foi rodado antes do primeiro JDC mesmo. Vou falar mais do ator no tópico dele.

 

 

 

 

Não sou muito de dar notas, mas daria um 7/8 para esse filme... Muito pela atuação dos atores e pela direção, que mesmo não sendo do meu agrado, tem o seu valor artístico.
Filipaum2007-06-12 14:27:09
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Não gostei tanto assim de O Libertino. Não o achei tão perturbador quando poderia ter sido.

 

(spoilers)

 

O filme começa muito bem com o monólogo do protagonista, estabelecendo uma esperta (além de inspirada) ligação com a peça teatral em que fora baseado; tanto o prefácio quanto o epílogo são as partes das quais mais gostei. O enredo caminha sem derrapar do início para o meio, da construção dos personagens até estar consumada a experiência do protagonista com a atriz rebelde, sem esquecer da montagem e execução da polêmica peça teatral para o Rei - que renderia o mote de um filme inteiro. Daí pra frente, a trama perde o foco ao pincelar momentos avulsos da vida de Wilmot sem dar muita profundidade, apenas folheando páginas importantes de sua biografia sem dar muita atenção ao que está escrito. O que me lembra exatamente Lutero, com o Ralph Fiennes, outra biografia sem sal. A trama só vai se reencontrar no fim, naqueles que foram os grandes momentos de Depp no filme, o discurso de Wilmot, já doentíssimo, para a nobreza em favor do Rei, e, também, seus últimos momentos -  os mais difíceis - com a esposa.

 

(fim dos spoilers)

 

O que mais me frustrou nessa adaptação, foi a falta de porralouquisse do diretor. A falta de ousadia. Está certo que o nome do filme não é "O Libidinoso", mas Wilmot foi o maior deles no seu tempo, segundo a própria obra. Era obrigação do diretor pegar pesado na carga erótica, ou pelo menos mostrar que ela estava lá. Mãozinha em baixo do vestido é coisa de jardim de infância, comparando-se a um Laranja Mecânica, por exemplo. E John Wilmot merecia muito ter seu personagem figurando entre os grandes devassos do cinema, como Alex de Large. Em certo momento, a direção chega bem perto da lascívia doentia do protagonista ao conduzi-lo, em sonho, à uma floresta onde um bando de pessoas está reunido numa suruba (algo que deve lembrar De Olhos Bem Fechados). Infelizmente, há uma neblina tão pesada envolvendo aquele ponto da floresta, fora o corte rapidíssimo, que torna a cena uma visão do pecado quase religiosa 07. Uma coisa triste. O filme arma uma arapuca para si próprio, ao demonstrar que os companheiros nobres de Wilmot são tão ninfomaníacos quanto ele, embora estes sejam mais podres e o poeta muito mais extravagante. Mas no sexo, não se sobrepõe a eles, da forma que deveria.

 

Quanto as atuações, todas estão ótimas. Lembro que a interpretação de Malkovich me agradou bastante, um Rei sensato e frio que soube extravasar toda a sua fúria na dose exata, e, mesmo punindo-o, soube demonstrar consideração pelo seu apadrinhado. Rosamund Pyke faz um grande dueto com Depp. E também gostei muito de Samantha Morton, tomando conta do final do filme.

 

Johnny Depp é um caso à parte. É visível o esforço do ator para encarnar seu personagem em todas as suas nuances. Dá para vê-lo suar em cena. É bem verdade que em certo momento ele deu uma desmunhecada a lá Jack Sparrow... mas não há problema, se não estou errado O Libertino foi rodado antes do primeiro JDC mesmo. Vou falar mais do ator no tópico dele.

 

 

Não sou muito de dar notas, mas daria um 7/8 para esse filme... Muito pela atuação dos atores e pela direção, que mesmo não sendo do meu agrado, tem o seu valor artístico.
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Nisto eu concordo, o filme realmente deixou de ser ousando nesta parte. O filme só fica nas insinuações. No mais isto não ajuda ou atrapalha exatamente a narrativa como um todo, acho mais um detalhe da projeção.

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  • 1 month later...
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O LIBERTINO - 5/10 - Não é difícil entender pq Johnny Depp topou ser o protagonista deste filme, afinal o personagem passa por uma série de fases do boêmio até o moribundo com um certo rancor e sem baixar à guarda, além de ser um personagem bizarro, mas o filme peca justamente por não conseguir realizar essas transições dentro da própria narrativa. Em um momento ele é sagaz, no outro ele já se envolve com a atriz, no outro ele já está apaixonado, no outro ele volta a ser um transgressor e logo em seguida ele já está todo comprometido com a doença. Apesar da boa atuação de Depp (apesar de no começo sentir alguns momentos sutis de Jack Sparow), a trama com a atriz (Samanta Norton, muito bem) funciona até ser boicotada, porém falta motivação e um melhor cuidado para acompanhar a evolução do personagem e da história. Em suma, o filme não cumpre as promessas do prólogo plenamente: ao mostrar que não iríamos gostar dele, a verdade é que em nenhum momento chegamos a gostar ou a sentir qualquer outro sentimento já que não existe uma sincronia muito grande entre as aspirações do roteiro e a evolução da narrativa.

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