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Forum Cinema em Cena

2007: Uma Quinzena Com Kubrick


ltrhpsm
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É' date=' minha crítica ficou sem figurinhas 04

 

06

 

Corri pra entregar a crítica dia 22 e hoje descubro que ela recém foi postada, hehehe. Vou ver se amanhã eu leio as resenhas já postadas e faço comentários.
[/quote']

 

Jack, eu mandei uma MP para todos os usuários inscritos, pedindo a confirmação; para que eu ficasse tranqüilo. Infelizmente, você pôde vir apenas no dia de entregar, não que eu desconfiasse de você, proém tinha de deixar tudo programado, caso você não pudesse vir. E, s evocê não voltasse, eu ainda teria de arranjar alguém para resenhar Lolita, daí adiei (dando tempo para um outro alguém escrever, o que - graças - não foi preciso). Desculpe-me, espero ter deixado claro.

 

E já coloquei as figuras; é que eu só estava encontrando a mesma. Nem pôster, eu consegui arranjar diferente.

 

Hehehe, sem problema, ltr, eu só tava fazendo drama mesmo...06
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Pô' date=' magoou... 04 Nem adianta fingir rindo, seu miserável. 110606 Não fossem suas ajudas, eu iria atrás da sua cabeça. 06


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06, mas o pesado que eu me referia vai até a uma obstinação um pouco mais forte, e pelo tom do texto vc teve sucesso no que se propôs... enfim, foi uma crítica e um elogio ao mesmo tempo, se eu não tinha deixado isso claro.
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Li as últimas duas agora...

Spartacus: Gostei da crítica do Noonan... interessante ele falar sobre a posição de Kubrick em relação ao Império Romano e os escravos. Pra falar a verdade, quando eu vi eu nem reparei nisso... foi meu primeiro Kubrick e eu nem prestava a atenção nessas coisas... outro filme dele que eu preciso rever.

Lolita: Também está muito boa a crítica do Jack. As questões levantadas no penúltimo parágrafo são muito interessantes. Eu gostei bastante do filme..... vi ele recentemente. A atuação do Peter Sellers é incrivel. Kubrick também faz um excelente trabalho. O legal é que não deixa explícita a relação da Lolita com o cara (apesar que a cena dele beijando a mulher olhando pra foto da filha dela é bem mais "pesada" do que qualquer outra cena).Pra mim, um ótimo filme.
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O Grande Golpe, por David Dunn:

The Killing (1956). Roteiro de: Stanley Kubrick, com diálogos adicionais de Jim Thompson, baseado no livro de Lionel White. Com: Sterling Hayden, Coleen Gray, Vince Edwards, Jay C. Filippen, Elisha Cook, Marrie WindsoR e Ted de Corsia.

 

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Um Kubrick menor? Depende. Depende. Depende. Ele é um diretor de filmografia relativamente curta. Doze longas, de 1955 até 1999. Este é seu segundo. A maior parte dos seus filmes aborda temas sérios, como 2001, Laranja mecânica, De olhos bem fechados, Dr. Fantástico, Nascido para matar, Glória feita de sangue ou até mesmo Barry Lyndon e O iluminado. Todos carregados de uma perversa ironia e personagens em constante estado de desumanização. A bem da verdade, kubrick pode muito bem ser considerado por aí como um doido autista e frio, porque haja outro cineasta para ser assim tão distante de seus personagens. O grande golpe tem tudo isso aí, mesmo em menor escala, o que não o impede de ser um grande filme. Talvez o mais subestimado da carreira dele, que foi esquecido com o tempo injustamente.

 

Em um momento, logo já da pra se ver Kubrick colocando suas manguinhas para fora. Estamos no início da cronologia do filme, quando estão recrutando pessoas para um plano inusitado de roubar um jóquei. É num diálogo em que o segurança-brutamontes careca (de quem o nome me esqueci) faz uma elegia ao 'estado de mediocridade total', de evitar grandes coisas para o bem ou para o mal. O que significa isso se visto pela ótica e pelo que acontece depois, com ele entrando no esquema do grande assalto da casa de apostas do hipismo? Os personagens parecem não dar muita importância à frase, mas vista pela ótica de espectador; Kubrick convida a todos nós para adentrar naquele universo no submundo, e sua veia de desumanizador pode ser vista quando nos é mostrado o final, que final destruidor. Só vendo para saber what's the difference...

 

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A ousadia não está apenas em um olhar um pouco baixo para esses divertidos universos que o cinema cria, mas também está do lado narrativo. Talvez um dos primeiros notórios filmes com uma narrativa quase 100% embaralhada. Seu filhote mais famoso é Cães de aluguel, dirigido por Tarantino em 92. Kubrick se mostrava em pleno domínio de seus atores, não só Sterling Hayden à frente - em cada fragmento de história o diretor não deixa a peteca cair nunca. O filme quase extrapola o lado ficcional, pq eh narrado em fragmentos; em seu segundo filme, SK já se mostrava afiado na direção: alterna imagens vistas em diversos pontos-de-vista em planos muito bem preenchidos, sabe muito bem a hora de acompanhar os personagens ou apenas mostrar o ambiente. Falando nisso, após a sessão do filme vc se sente quase como se conhecesse cada corredor do jóquei - tão isso que se pode observar a habilidade do diretor em colocar os personagens, seja quando estão correndo em direção ao cofre, seja quando estão entrando de carro, seja quando estão atirando em um cavalo. A edição mostra os vários ângulos e sua agilidade chega a um ponto miraculoso naqueles minutos finais em que vc esgota seu estoque de unhas.

 

Não raro esse filme aparece na lista de film-noirs, e apesar de passar um pouco distante de clichês do gênero como femme fatales e detetives, apresenta uma conspiração deliciosa de acompanhar ainda mais na narrativa ousada e numa visão completamente cínica realçada pelo final - todos estavam lá por interesse próprio, e tem um resultado que acaba sendo devastador. É aquele jogo de aparências, de vc nunca saber em quem confiar, sendo raros aqueles de ética confiável. Auxiliados por uma fotografia que segue as inspirações do gênero, cuja própria existência acaba quase sendo uma qualidade... haha.

 

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Não quero soltar muitos spoilers, mas o final é uma maneira simples e fascinante do diretor selar o destino de todos os personagens; e isso enriquece com aquilo levantado no começo, dos universos criados no cinema e de como lá o estado de mediocridade é quebrado. Talvez isso não seja material para encher mesas de debate como a maioria de seus filmes, mas a soma de uma narrativa ousada, mais um universo noir bem colocado, mais uma conclusão solução inusitadíssima, quase um absurdo, dão numa ótima maneira de Kubrick selar sua visão sobre todas as relações que um 'filme de assalto' pode ter. E que de um jeito ou de outro, acaba fazendo uma rima bem interessante com o cineasta frio e irônico dos filmes que viriam a seguir.

 

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ltrhpsm2007-03-29 19:44:13
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O Grande Golpe é perfeito, uma obra-prima! Não consigo encontrar defeito algum no filme. Sua narrativa é inventiva, ousada e extremamente inteligente, a direção de Kubrick é bastante segura e o trabalho de fotografia, com destaque para sua iluminação, é algo espantoso, quiça único. O modo como Kubrick utiliza as sombras, os contrastes dos ambientes, é maravilhoso, e já revela o talento singular que o gênio possuia. O filme é rápido, direto, praticamente de ação ininterrupta, por vezes complexa em razão disso, mas jamais deixa de ser divertido, muito pelo contrário, é entretenimento puro em sua mais perfeita forma. Talvez seja um dos três melhores filmes do diretor, atrás apenas de 2001 e Dr. Fantástico ("pau-a-pau" com Laranja Mecânica, outra de suas obras-primas inesquecíveis). Ademais, tentem imaginar Cães de Aluguel sem a existência deste filme... e de mais alguns outros dos quais Tarantino "chupou" idéias, claro.

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De Olhos Bem Fechados, por rubysun:

Eyes Whide Shut (1999). Com: Tom Cruise, Nicole Kidman, Madison Eginton, Jackie Sawiris, Leslie Lowe, Todd Field, Peter Benson e Sidney Pollack. Roteiro de: Stanley Kubrick & Frederick Raphael, baseado no livro de Arthur Schnitzler.

O que é "De Olhos bem Fechados"? Uma terapia? Uma viagem? Um sonho? Apenas um filme?

 

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Ele pode ser tudo isso aí... começar falando por uma coisa quase extra-fílmica: no DVD está escrito que o filme está formatado para a tela da TV, do jeito que Stanley Kubrick pretendia... cheguei a dar uma procurada na internet e alguns sites diziam que o aspecto do filme é o 1:66 e outros diziam que é o 3:4 (o da tela de tevê). O que interessa é que Kubrick aparenta estar em plena vontade da estética, pelo que eu revi o filme.

 

Logo no início, temos Nicole Kidman se despindo e Kubrick já demonstrando seu talento/obsessão com a steady cam, que passeia pela casa do casal com velocidade e precisão, acompanhando a valsa que trilha o filme nesse momento. Tom Cruise é o respeitado médico Bill Harford, e Nicole Kidman é a curadora de arte desempregada Alice Harford. Eles estão se arrumando para uma festa chique... quando eles chegam na tal, uma das primeiras coisas que nos é mostrada é a steady cam depois de Bill e Alice se separarem por um tempo e Alice pegar uma taça de champagne e virá-la rapidinho... depois disso, ela recebe a investida de um húngaro, que no final acaba dançando com ela. Enquanto isso, Bill Harford andava ao lado de duas jovens interessadíssimas nele; até o momento em que o anfitrião o chama, e pede na amizade para ele tratar de uma espécie de meretriz qualquer pra ele, que teve uma overdose. É aqui que Kubrick começa a preparar o seu terreno...

 

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Antes de atender o ricaço e sua amante junkie, Bill Harford exibia o semblante do eterno sorriso Tom Cruise, alguém que de jeito difícil estava insatisfeito com aquelas duas mulheres ao redor... paralelamente, o húngaro flertava com Alice, e desferia frases que sucitam de um jeito ou de outro, um pensamento futuro direcionado à maneira da monogamia e ao casamento. A festa chega a ser muito divertida em si, e depois de visto o filme inteiro ela passa quase como ser um prenúncio interessante de acompanhar. Logo depois da festa vem uma das cenas mais conhecidas do filme, uma rapidinha de Cruise e Kidman no banheiro da casa do casal, sob a música "They've did a bad, bad thing" (Eles fizeram uma coisa feia, feia), uma ironia sobre os flertes deles, num rock que pode muito bem ser encaixado no gênero fuck-time. Hehehe.

 

Mas uma coisa que chama a atenção e que vai acabar norteando o resto do filme é um certo olhar de cumplicidade com que Kidman olha para a câmera mesmo, enquanto Cruise olha apenas para ela, ela demonstra esconder algo. Imagem que é o pôster do filme. Não chega bem a ser um segredo a ser escondido, mas um sentimento de insatisfação? Logo depois ela relata que teve apenas uma idéia de traição com um militar qualquer que eles tinham encontrado em um hotel. Na discussão de relacionamento, Bill Harford não chega a mentir dizendo que não faria nada com as duas jovens - essa é a maneira como ele quer se ver e como quer ser visto; além de querer se manter com a mulher. Mas Alice dá o ponto de partida, abre o jogo sobre algo que não aconteceu, que foi apenas um pensamento e que normalmente alguém ignoraria porque deixaria o parceiro um pouco arrasado - e deixou.

 

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É mais ou menos por aí que a jornada do filme começa. Uma das maiores críticas a este filme é quanto ao processo de edição, que deixou o filme muito longo e prolixo (somado ao fato daquelas informações que eu ainda acho imprecisas, da participação de Kubrick - que morreu em março de 99 - na pós-produção do filme). Não concordo - o filme é lento sim e está recheado de subtramas e não vejo motivo para se tesourar qualquer uma delas ou para acelerar o ritmo do filme; uma das coisas que mais valoriza o longa é o aspecto sensorial. Dos atores, Nicole dá um contraponto interessante embora sua participação seja menor, especialmente com Cruise que aparece em maior parte do filme. Cheguei a me incomodar um pouco com a atuação dele, mas hoje imagino ele como contido e correto, que não deixa de fazer o papel importante de servir de conexão entre o espectador e toda a jornada do filme. E bom, é uma jornada pra lá de importante porque representa para o personagem uma viagem de entrega ao mundo de fora, algo que um simples "eu aceito" talvez não compreenda, às pacientes desamparadas, às prostitutas do centro, ao amigo de faculdade que toca num bar obscuro e numa mansão escondida. Ele chega a tentar compensar uma traição que de fato não ocorreu, ela só aparece em imagens em preto-e-branco colocadas ilusoriamente pelo diretor em pensamentos e devaneios do personagem. É interessante a própria estética do diretor, que nunca abandona a steady cam e mantém sempre um ritmo lento nas tomadas que se extendem ao que geralmente é cortado nos filmes. Além disso, o filme nunca deixa de ser muito bem fotografado, tanto as casas que os personagens freqüentam quanto a Nova York escura.

 

O filme chega a ser um manifesto contra a monogamia? Ou ele apenas radiografa idas e vindas? Na verdade, enxergo no caso como a maioria dos Kubricks, do óbvio de não haver respostas e/ou soluções fáceis. Mesmo assim, é sintomática a inclusão de uma intrusão em uma cerimônia pagã. São pessoas mascaradas na qual se cultua o sexo pelo sexo - e isso é moralmente condenável? Talvez para os envolvidos (e alguns dos espectadores) a impressão não seja essa, mas o que me foi transmitido pelo protagonista é uma entrega aos próprios devaneios do sexo em si, com pessoas que não vêem os seus rostos, não criam vínculos. Naquela longa cena na sala de sinuca, dá pra destrinchar algo realmente interessante da maneira como Harford estava desolado com o casamento, em quais eram as intenções em se libertar numa jornada de olhos bem fechados (desculpem a pablizada), e de como se relaciona a entrada de um intruso e da mulher que se sacrifica para salvar a pele dele. O próprio ritual é marginalizado, mantido em segredo - por muita gente que consideraria esse filme uma putaria gratuita. E aí vejam só, aquilo é revelado como farsa, mas a mulher acaba sacrificada, o que fortalece o sentido de entrega. Acaba sendo bem interessante que, dentro da maneira como os relacionamentos são vistos nos dias de hoje, um homem resolve sair uma noite para respirar e acabe envolvido em tramas tão bizarras - mas que revelam o máximo do quanto as escolhas sobre o assunto podem proporcionar.

 

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Vale dizer e acrescentar o quão kubrickiano que as cenas na mansão podem representar... são em várias e consideravelmente longas tomadas com steady cam, lentas, com uma trilha geralmente soturna. Não só por aquelas duas simples notas que já marcam o local, mas por toda aquela música ritualística, 'do demo'. Aliás, deve ter sido um inferno essas filmagens, pelo número de pessoas na cena, o perfeccionismo/excentricidade de Kubrick, pelas próprias 'coreografias' necessárias... e a cena da sinuca, por exemplo, aparentemente fácil de se fazer, acabou sendo repetido mais de 100 vezes até que o diretor se satisfizesse. Talvez tudo seja parte do mito que se formou em torno do diretor, mas a maneira perfeccionista, fria e sarcástica de ver as coisas vai também ao campo da plástica e sonora, que faz rimas interessantes com as visões dos temas abordados.

 

Paralelamente, Alice tenta lidar com a própria revelação do devaneio que teve com o militar... e como mesmo dizem no filme, 'um sonho nunca é apenas um sonho'; e ao contrário de Bill, sua jornada não acontece durante a insônia, mas sim durante o sono, onde alguns dos desejos mais reprimidos se manifestam. A famosa frase final do filme se mal interpretada pode ser vista como um retrocesso por parte das idéias desenvolvidas; mas pra mim apenas representa o rumo que os personagens resolvem tomar, o que pra mim talvez não surta tanto efeito negativo.

 

Talvez tenha sido muito expositivo, mas o maior trunfo de "De Olhos bem Fechados" é Kubrick, a cada frame, convidando o espectador para participar daquele delírio muito bem composto esteticamente por ele. O interessante é partilhar de toda aquela experiência, que acaba sendo uma jornada tão interessante para o espectador, quanto para Bill Harford significa para ele poder se redescobrir e tentar reenxergar o porquê de levar os relacionamentos daquela maneira, ou mesmo redescobrir sua própria família... como diz o próprio Kubrick: "a film is - or should be - a progression of moods and feelings. the meaning, what's behind the context, all of that comes later" (um filme é - ou deveria ser - uma progressão de climas e sentimentos. o sentido, o que está por trás do contexto, tudo aquilo vem depois). Talvez este seja um dos filmes mais herméticos dele junto com "2001", varia muito das suas próprias concepções de se redescobrir, assim como Bill Harford.

 

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ltrhpsm2007-03-31 16:19:03
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Ótima crítica, a de "Olhos Bem Fechados". Pra mim o filme é uma verdadeira terapia de casal que não chega a atacar a monogamia, como o texto segure, mas expõe as necessidades dos parceiros que estão nessa. Acho esse, como todos os filmes de Kubrick que já vi, bastante perturbador (embora em menor escala).

Os textos de "Lolita" e "O Grande Golpe" eu não li com medo de pegar algum spoiler.

E hoje tem "Laranja Mecânica"! 16
G4mbit2007-03-30 14:39:05
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Glória Feita de Sangue, por Guests:

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Quarto Kubrick que assisto, o mais velho e o menos próximo da perfeição (curiosamente, a minha admiração, filme a filme, é maior quanto mais velho o mesmo) atingida por Laranja Mecânica e 2001: Uma Odisséia no Espaço – ambos figuram meu top 5, na atual conjuntura – e próxima a Doutor Fantástico. Muitas semelhanças há de se notar com a última obra citada (Doutor Fantástico) e aqui Kubrick explora a Primeira Guerra Mundial de modo menos bizarro que outrora na sua carreira, porém com a crítica direta, polêmica e proibida em alguns países por diversos anos.

 

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Em preto-e-branco, Kubrick maneja um longa político e de guerra com a perfeição e vulgor de sempre, guiando a câmera quase como um documentário e a fotografia explora perfeitamente o recurso do diretor na marcante seqüência da tentativa de tomada à uma zona alemã decisiva para ajudar os franceses no findar da Guerra: a caminhada de Kirk Douglas é marcante e profunda. Para não perder o costume, Kubrick põe as músicas perfeitas; sendo elas: o hino da França (quem é que não se emociona com a Marcenesa?), um Strauss no baile e a música do desfecho, lembra o estilo Capra em A Felicidade Não Se Compra, tirando o clima frio e exaltando o humanismo dentro de nós. Só que seu roteiro não é “ingênuo” – do contrário, mostra o declínio da raça humana (ninguém melhor que Kubrick para fazer isso, certo?) dentro de um exército corrupto e explorador que mais tarde seria recebido com glórias e tratado como o “herói”. As várias personagens que aparecem transpões este sentimento que Kubrick levou consigo na carreira.

 

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Para começo de tudo, um general do Estado Maior Francês vê num front de batalha, a chance de sair daquela impugnante situação de ter que dar ordens e convence outro general a obrigar seus homens no ataque marcado com o selo do fracasso. A princípio, este general subordinado parece uma pessoa de bem, mas o roteiro esfacela toda a bondade que pudera-se ver nas suas declarações de que tinha os homens à frente de tudo e suas atitudes viram tão perversas quanto um inimigo perante seus próprios compatriotas – até o ponto de mandar dispararem bombas em seus próprio ordenados por não quererem investir. E para comandar este jogo, ele ruma para o Coronel Dax (na brilhante atuação de Kirk Douglas – igualzinho a Michael Douglas –, lembrando a de George C. Scott em Doutor Fantástico). Para um desatento, Dax é o grande “mocinho” no jogo de farpas; mas não há um ser puro (talvez o padre) e Dax, por mais que lute por seus homens e pela justiça, tem um ponto fraco que é não deixar sua honra ser manchada e parecer cansado, daí ele guia seus homens à marcha que para 1/3 será sua última e para outros, será um pudor a seus nomes, chamados de covardes por superiores.

 

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Apesar de não ter o mesmo fascínio das obras coloridas ou o deboche de seu primeiro indicado ao Oscar acentuados, Kubrick já mostrava genialidade para abalar as estruturas sobre as quais vive a sociedade, ainda manifestando-se contra o Estado e seus órgãos – aqui, o Estado. O discurso de Douglas perante a Corte Marcial é profundo e sob as lentes deste diretor elucidativo e alucinante vira histórico. Nesta situação fragmentada, o medo pela morte ainda é questionado – do que mais vivemos nós se para não morrer, por muitas vezes? – fechando com uma cena triste, os soldados com os hormônios nas alturas ouvem o cantar de uma alemã, tratada como um animal, porém capaz de tirar de homens que sequer sabem o que defendem, finalmente, lágrimas sinceras. Tudo para voltar à frente de batalha, de novo. Assim como na vida.

 

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* Observação a pedido do autor: este texto, do convidado, foi publicado em novembro; ou seja, poderia haver mudanças no primeiro parágrafo.
ltrhpsm2007-03-31 01:10:03
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O Iluminado, por G4mbit:

Uma grande parte do mérito que Stanley Kubrick adquiriu em sua pequena, mas altamente significativa carreira como cineasta vêm de seu conhecimento a respeito do poder que a arte cinematográfica pode exercer em quem a prestigia. Munido disso e de um talento natural como roteirista e, principalmente, como diretor, Kubrick jamais deixou de “cutucar” o público com a maior intensidade possível, mesmo quando esse gostaria de evitar encarar as facetas mais obscuras e complexas que os personagens de suas películas exibiam, conferindo-lhes singularidade na relativamente curta, mas expressivamente produtiva história da Sétima Arte. E isso talvez se aplique aos mais diversos gêneros por quais esse mestre já passou, seja ficção, drama ou terror, fato é que ele fazia de cada filme uma experiência única e perturbadora! Se digo “talvez”, entretanto, é apenas pelo fato de ainda não ter assistido a toda sua filmografia, porém, a proeza se repete dentre os que vi, seja na obra-prima incontestável e artisticamente riquíssima chamada “Laranja Mecânica”, ou mesmo na antes discutível e hoje consagrada adaptação literária de “O Iluminado”, da qual tratarei nesse texto.


Na trama, baseada num livro de Stephen King, Jack Torrance consegue um emprego no qual ele deve zelar pelo afastado Hotel Overlook, enquanto o lugar estiver vazio devido à baixa temporada (período que vai de meados do outono até todo o do inverno). Assim, o homem leva sua esposa Wendy e seu filho Danny (um menino sensitivo) para morarem no hotel, onde, no passado, um também zelador matou as duas filhas e a esposa. Até que o confinamento e o próprio lugar (que acaba se revelando assombrado) passam a comprometer a integridade psicológica de Jack, preparando para fazer com que ele repita o feito macabro do passado.


Tudo isso poderia resultar num simples longa de horror estrelado por um sádico com um machado se fosse trabalho de qualquer outro diretor que visasse apenas lucro, mas se tratando desse em questão, o que temos é uma densa viagem até as profundezas da insanidade humana (como falarei no próximo parágrafo), que por si só já é apavorante, mas Kubrick vai muito além e consegue transformar todo o imóvel num lugar também assustador. A primeira causa disso é o uso intensivo da técnica travelling, na qual ele acompanha com a câmera os vários passeios dos personagens pelos corredores do Overlook (com a câmera focada em suas costas, na maioria das vezes), nos fazendo experimentar ao máximo a sensação de estar ali dentro. Em seguida, merecem crédito a trilha e os efeitos sonoros: a primeira surgindo apenas nos momentos de clímax, cedendo grande parte de seu espaço para o segundo, deixando-nos ouvir até mesmo os ruídos mais atípicos como, por exemplo, o barulho que as rodas do triciclo de Danny fazem ao atravessarem a madeira do chão, depois o tapete e novamente a madeira; desse modo, trilha e efeitos sonoros entram numa simbiose que dão a atmosfera climática do filme. Ainda vale notar que sempre que é anunciada uma mudança de período no tempo a primeira visão que nos é permitida é um foco externo do lugar para em seguida narrar o que acontece lá dentro, transformando o Overlook quase que num personagem próprio que, como descobrimos mais tarde, se manifesta através de fantasmas e visões bizarras. Esses elementos somados constituem num suspense silencioso e paralisante.


Por tratar de loucura, o filme é altamente gratificado por contar com a atuação de ninguém menos do que Jack Nicholson, a própria personificação da insanidade (e me permito ousar a dizer que é o ator vivo mais talentoso que a indústria do cinema tem) que, de início, não precisa se esforçar pra mostrar a transição que Jack Torrance, o marido, percorre até se tornar um assassino perigoso, até porque essa transição é bem sutil, quase inexistente, pois o personagem logo se apresenta como um homem enraivecido pelo próprio fracasso; repare na curvatura peculiar que têm no centro das sobrancelhas de Nicholson e que lhe dão um sorriso tremendamente sarcástico, algo que caiu como uma luva para o personagem interpretado por ele. Por fim, o ator se entrega ao papel resultando numa atuação até exagerada, em certos momentos, mas aqui devemos observar mais uma vez o valor de Stanley Kubrick e como seu domínio do filme é completo. Kubrick havia deixado claro, em suas obras passadas, que também era um excelente diretor de atores, tanto que toda a carga dramática de seus longas é exposta principalmente por eles. Assim, enxergamos nessa atuação a maneira encontrada pelo diretor para desbravar o psicológico de um homem louco, tanto que para ajudar Nicholson, ele o colocava em frente a um espelho quando ele deveria contracenar com um fantasma. Até mesmo a depreciada atuação de Shelley Duvall é proposital, pois através dela podemos ver como Wendy é uma mulher que se deixa levar pelo desespero (algo que fortalece a composição de Jack, pois ele passa a exalar domínio da situação) e ainda aparenta uma fragilidade que só é desmascarada quando a própria começa a agir para salvar a própria vida e a do filho; se o cineasta estivesse insatisfeito com a atuação da moça, certamente ele trabalharia até que ela melhorasse, pois paciência ele tinha, tanto que rodou uma mesma cena com a atriz nada menos que 127, até que ela ficasse como ele gostaria. Fechando o trio principal, temos Danny Lloyd, interpretando o personagem título, que por Kubrick acaba sendo deixado em segundo plano, embora ele sirva a trama em pequenos pontos chaves.


Em 1997, “O Iluminado” ganhou uma nova versão para a televisão americana, com Rebecca De Mornay no papel de Wendy e Steven Weber como Jack. Essa versão chegou ao Brasil em VHS na época e ainda foi divida em quatro partes para ser exibida pela Rede Record. Com cerca de quatro horas de duração, esse filme/seriado abdica de qualquer originalidade para se tornar uma cópia carbono do livro de King e eu até o indico para quem está com preguiça de ler o original e se interessa em saber mais sobre a história. Mas, longe de querer debater a qualidade dessa versão, vale alertar que ela não leva a assinatura de Stanley Kubrick e, em se tratando de cinema, isso faz toda a diferença.

 

Aí está, a análise do G4mbit para o filme mais polêmico - pelo menos em nosso curto Festival e aos olhos dos usuários de nosso Fórum - O Iluminado.  Uma pena que é o que é bom dura pouco e o envolvimento com tantos compromissos (BBBCeC, Cinefight Cup!, Cineclube, resultados do Festival Hitchcock, O Cinéfilo; entre outros) tenha afastado os comentários nesta reta final, fazendo com que 5 críticas tenham permanecido numa única página. Contudo, não pensem que paramos por aqui. Assim como as obras de Kubrick ficaram para sempre, 2007: Uma Quinzena com Kubrick irá além de sua quinzena, tenho certeza. Amanhã, deverei postar as considerações finais ou, no mais tardar, no decorrer da semana que está para se iniciar. Foi exaustivo, contudo com a colaboração de vocês pude fazer esta pequena homenagem ao maior diretor de todos os tempos. Sinceros agradecimentos, e espero novas respostas e colocações.
ltrhpsm2007-03-31 16:16:01
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Acabei de ler a crítica de Eyes Wide Shut. Concordo em parte com o que está escrita nela, porém, acho que sim, o filme é longo demais. A festa, que o rubysun disse ser divertida, é na verdade um pouco tediosa... Não que eu creia que a Nicole tenha atuado mal, mas sim que tenha sido erroneamente instruida a falar daquele jeito mole, de bêbada mesmo durante a dança com o húngaro. Lembro que fiquei profundamente irritado com essa cena em questão.

 

Mas quando o filme se desenvolve mesmo, é lindo, divertido e empolgante, de fato. Pra terminei, me corrijam se eu estiver enganado, mas a parte da prostituta que Cruise conhece na rua não é extremamente dispensável, já que não parece ter acrescentado nada na história?

 

 

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ótima critica de De Olhos Bem Fechados e as duas de O Iluminado, preciso rever esses filmes já !

 

Mas quando o filme se desenvolve mesmo' date=' é lindo, divertido e empolgante, de fato. Pra terminei, me corrijam se eu estiver enganado, mas a parte da prostituta que Cruise conhece na rua não é extremamente dispensável, já que não parece ter acrescentado nada na história?
[/quote']

 

mas... a prostituta que ele conhece na rua é a mesma mulher que o defende na mansão... não ? 12
Naomi Watts2007-03-31 20:49:36
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Não, a que defende ele na mansão é a ex-top-model. Mas eu acho que cortar a cena dele com a prostituta seria um pecado, iria quebrar um pouco o espírito da jornada sexual do protagonista, como um cara que quer experimentar tudo pra poder se redefinir.

 

Pra mim o filme é uma verdadeira terapia de casal que não chega a atacar a monogamia' date=' como o texto segure, mas expõe as necessidades dos parceiros que estão nessa.[/quote']

 

Então, eu até sugeri que o filme pode criticar, mas acho que levantei depois que o filme não deixa respostas, ele deixa dúvidas. Acho ele muito interessante por ser sensorial mesmo, ele te convida para uma jornada pra rever as suas próprias neuras e acaba funcionando muito bem para uma terapia de casal mesmo... 02
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Mas quando o filme se desenvolve mesmo' date=' é lindo, divertido e empolgante, de fato. Pra terminei, me corrijam se eu estiver enganado, mas a parte da prostituta que Cruise conhece na rua não é extremamente dispensável, já que não parece ter acrescentado nada na história?
[/quote']

Mas é claro que NÃO é dispensável! Como o rubysun disse, faz parte da jornada sexual do personagem, que apesar de não ser completa, nos mostra até onde ele estava disposto a ir. Sem falar na tensão que causa com a possibilidade dele trair ou não, graças ao ritmo angustiamente lento que o filme toma nessas cenas.
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Mas quando o filme se desenvolve mesmo' date=' é lindo, divertido e empolgante, de fato. Pra terminei, me corrijam se eu estiver enganado, mas a parte da prostituta que Cruise conhece na rua não é extremamente dispensável, já que não parece ter acrescentado nada na história?

[/quote']

Mas é claro que NÃO é dispensável! Como o rubysun disse, faz parte da jornada sexual do personagem, que apesar de não ser completa, nos mostra até onde ele estava disposto a ir. Sem falar na tensão que causa com a possibilidade dele trair ou não, graças ao ritmo angustiamente lento que o filme toma nessas cenas.

 

Mas na mansão, o Cruise pede a tal ex-top-model que saia da casa com ele. Aí nós vemos até onde ele estava disposto a ir também. É claro que depois, quando descobrimos que a tal prostituta era HIV Positivo, agente fica naquela de "putz! imagina de ele tivesse traído?". Mas se é como você e o ruby estão dizendo, não era essa a sensação que Kubrick queria nos proporcionar.

 

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Peço desculpas por não ter participado como devia nestes últimos dias. Essa semana tenho aula só até quarta-feira, então, vou poder ler e comentar com calma cada uma das resenhas. Meu top de filmes preferidos do diretor, no momento:

 

1 - Laranja Mecânica – OP<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

2 - O Iluminado – 8

3 - Barry Lindon – 10

4 - Nascido Para Matar – 8

5 - 2001 – 7

6 – De Olhos Bem Fechados - 7

Forasteiro2007-04-01 11:15:50
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Caramba! Quantas críticas! 13

Por enquanto só li a do Rubão... muito boa.

Eu gosto muito do De Olhos Bem Fachados... na primeira ve que vi eu achei meio confuso e até um pouco longo. Mas na segunda eu adorei. Toda a jornada do Cruise mostra os conflitos do casal, se tornando um terapia, como disse o Gambit .

Pra mim tudo aquilo que acontece é uma mistura da realidade com sonhos em um momento de paranóia do Cruise. Isso só de pensar que sua mulher podia ter traido ele.

Gosto muito das atuações do casal, principalmente a do Tom Cruise. A Kidman está bem também, mas o que estraga é ela dando aquela gargalhada depois de fumar maconha.

O filme é interessante e prende a atenção. A trilha sonora de se cagar...e a direção do Kubrick leva o filme num ritmo contagiante e misterioso.
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melhor diretor americano de todos os tempos, indiscutivelmente.

pena que só assisti ao Lolita em diante. preciso ver o resto.

 

os curtas Flying Padre e Day of the fight são interessantes de se ver também... não assisti ao Fear And Desire.

 

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E o festival sobre Kubrick está terminando por aqui, mas está prestes a começar na TV. O canal TCM vai fazer uma homenagem ao diretor e exibirá durante o mês vários de seus filmes, além de um documentário sobre ele. Segue aqui o horário e a data, retirados do site "Omelete":

05/04, 23h35 - Stanley Kubrick: Imagens de Uma Vida
22h - Dr. Fantástico
06/04, 02h - Glória Feita de Sangue
12/04, 22h - 2001: Uma Odisséia no Espaço
13/04, 00h25 - O Iluminado
19/04, 22h - Lolita
20/04, 00h35 - Laranja Mecânica
27/04, 00h30 - Barry Lyndon.

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De fato' date=' eu poderia viver sem ter visto a gargalhada forçada ao extremo da Kidman. Kubrick também, eu acho. Mas não poderia ver sem ter visto a Kidman semi-nua, ponto alto do filme, aliás *nerd mode off* [/quote']

 

06 Idem...

Mas no geral, acho a atuação dela boa. A parte da festa não me incomodou... pra mim ela tá bem. E concordo com o rubyson que essa parte é divertida...
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O Dook me fez uma série de perguntas sobre 'O Iluminado' no tópico 'O que você anda vendo e comentando?'. Respondendo:

 

Quais situações?

Na minha opinião, o filme se auto-julga Trash na representação psicológica das personagens. Principalmente quando Kubrick explora a mente de Jack. Lógico, os acontecimentos se justificam através da sua loucura e de fatos fantasmagóricos do próprio, mas não irei negar que esbocei um leve sorriso na cena da Mulher nua do quarto 217, na polêmica cena do urso (?) realizando sexo oral no dono do hotel, o sangue que 'vaza' do elevador. O Iluminado, na minha opinião é dotado de uma natureza trash. Agora, mesmo se for proposital, não me agradou. Talvez, Trash seja uma expressão incorreta... Grotesco é mais adequado, creio eu.

 

Não acho que o único papel de um filme de terror seja provocar medo... E o que teve na forma do psicológico que te incomodou tanto?

Lógico, Dook. Não é só provocar medo, mas devida a expectativa de ser um dos filmes mais aterrorizantes da história, me decepcionei um pouco.

 

No psicológico.. Bem, o de Jack é até retratado de maneira convincente, apesar de alguns exageros (como os citados acima). Mas porque Kubrick não se aprofundou no psicológico do garoto Danny? Este era dotado de 'poderes' psíquicos e, na minha opinião, soa pretensioso pelo simples fato do diretor não ir mais à fundo na mente deste personagem tão instigante. Até o psicológico da esposa de Jack é superficial, o que desencadeia os clichês que citei. A personagem é, por deveras, burra.

 

Enfim.. Preciso reassistir, para opinar mais a fundo.

 

Concluindo, 'O Iluminado' é um filme que através de um problema, desencadeia vários outros.

 

 
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E o festival sobre Kubrick está terminando por aqui' date=' mas está prestes a começar na TV. O canal TCM vai fazer uma homenagem ao diretor e exibirá durante o mês vários de seus filmes, além de um documentário sobre ele. Segue aqui o horário e a data, retirados do site "Omelete":

05/04, 23h35 - Stanley Kubrick: Imagens de Uma Vida
22h - Dr. Fantástico
06/04, 02h - Glória Feita de Sangue
12/04, 22h - 2001: Uma Odisséia no Espaço
13/04, 00h25 - O Iluminado
19/04, 22h - Lolita
20/04, 00h35 - Laranja Mecânica
27/04, 00h30 - Barry Lyndon.

[/quote']

 

É engano meu ou está acontecendo uma coincidência bastante feliz entre os nossos festivais e a programaçaõ das TV's?? No final do nosso Festival Hitchcock a Rede Globo resolveu também passar no final de semana dosi filems do Hitch...01
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