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Os Infiltrados


-felipe-
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- "Ask me why I didn't tell." Alguém sabe?

 

 

Ué' date=' ele simplesmente não disse. Mas era bem deduzível - por covardia, por respeito a ele, ou por incapacidade de aceitar que aquele cara era o rato.
[/quote']

 

 

 

Bom, pensei aqui, e uma explicação lógica seria o cara realmente ser policial. Ele não contaria nada pra ninguém.

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Ok Mitzplik. Só algumas considerações:

 

E como pode observar' date=' um bando de malucos, que gostaram desse filme brega, com atores se expressando com cara de quem defeca!
[/quote']

 

Eu não disse que eles são malucos, calma aí... o maluco seria eu.

 

Você citou Oldboy' date=' um filmaço. Mas é um filme coreano e, os coreanos tem uma cinematografia mais hollywoodiana. Diferentemente dos chineses e dos japoneses, que ainda mantém as suas particularidades.
[/quote']

 

Não acho que os coreanos tenham uma cinematografia mais hollywoodiana não. Tanto que estou apavorado com o remake agendado de Oldboy, esse sim, um filme com idiossincrasias o suficiente para não conseguir ser transposto para o Ocidente.

 

Mas acho que você ainda não entendeu. Devo estar me expressando mal' date=' deve ser isso. A cinematografia chinesa é diferente da Hollywoodiana. As trilhas sonoras, a edição, os filtros de imagem - tudo tem sua peculiaridade, posto que o cinema deles é outro. Outra FORMA (relativa as idiossincrasias que menciono).
[/quote']

 

Eu concordo.

 

Não conheço o bastante de cinema chinês que eu gostaria, mas vou dar um exemplo: eu já vi trechos do citado Amor à Flor da Pele na televisão, e achei excepcionais, pelo pouco que vi, e lembro de ter gostado do Tony Leung. O meu problema com Conflitos Internos não é as idiossincrasias, e sim a falta de qualidade técnica, que se desenrolou em outros defeitos (sub-aproveitamento do roteiro e dos atores, por exemplo). E além disso, percebo essas peculiariades em filmes japoneses (como os de Kurosawa), coreanos (Oldboy). Não conheço o cinema de lá como deveria, mas eu vou tentar me fazer claro: não tenho nenhum problema com as idiossincrasias.

 

Bom' date=' pensei aqui, e uma explicação lógica seria o cara realmente ser policial. Ele não contaria nada pra ninguém. [/quote']

 

Não sei, não é impossível isso que vc disse, considerando que haviam mais infiltrados na polícia do que imaginávamos. Mas acho que as outras possibilidades são um pouco mais palpáveis...
rubysun2006-11-18 20:39:18
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Ave Maria!! :)

 

"O meu problema com Conflitos Internos não é as idiossincrasias, e sim a falta de qualidade técnica"

 

Esta referida falta de qualidade técnica na verdade são as idiossincrasias!#!@#!$$!#@!#!

 

Tá difícil, jesus! :)

 

O que você acha que é uma trilha ruim, uma edição cheia de cortes, etc são características do cinema chinês!

 

Veja mais filmes de ação chineses, e aí você irá entender! Desde os filmes de kung fu dos anos 70, passando pelos filmes do John Woo dos anos 80, o cinema deles é assim!

 

As trilhas sonoras - do ponto de vista do ocidental - podem parecer piegas! Mas não são se você utilizar de relativismo cultural! Não julgue pelo sua perspectiva ocidental, mas contextualize aquilo que você vê! Se não tudo irá parecer ridículo, afinal nossa cultura e nossos padrões serão sempre o ponto de referência para qualquer julgamento.

 

Os cortes parecem excessivos, mas o cinema deles é assim! Sempre foi! Não é falta de qualidade técnica. É uma singularidade deles!

 

Porra, última vez que falo sobre isso! :)

 

Veja mais filmes de ação chineses! Só isso.
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Olha, veja só. Eu já presenciei erros de cortes como aqueles em filmes ocidentais (Ray é o exemplo mais recente; Assassinos por Natureza é um outro exemplo de cortes ligeiros que funcionaram comigo). Não tem nada a ver com ser chinês. Não conheço a filmografia do John Woo, mas sei que cortes rápidos podem ser bem utilizados, o que infelizmente não foi o caso de Conflitos Internos. Ao invés de darem agilidade pra narrativa, eles atrapalharam ela, deixando cansativa. Se cortes mal utilizados (veja bem, não nego que cortes excessivos possam ser bem utilizados) são características do cinema chinês, então vc está me dizendo que os editores chineses são ruins, o que eu sei que não é verdade.

 

O coreano Oldboy tem no começo, na seqüência na delegacia, vários cortes bem rápidos, que ajudaram ao expectador montar um panorama da situação. Esse é um exemplo de cortes rápidos que funcionam. Em Conflitos Internos eu mal consegui acompanhar.

 

Sobre a trilha: pode parecer piegas, mas até aí, qualquer coisa pode parecer piegas dentro do contexto que foram postas. Mas, a pieguice foi menos culpa da trilha, e mais do momento. Tipo, a trilha foi o que me fez me tocar que aquilo era uma situação triste. E isso não é tarefa da trilha sonora. Aliás, a música é bem bonita fora do contexto do filme.

 

Vamos lá: Oldboy é um filme coreano, mas serve de exemplo. Tem vários momentos da trilha que se assemelham à de Conflitos Internos, mas que estão bem dispostos e não soam piegas. Tem algumas cenas que os cortes são bem rápidos, e que servem para dar um contexto para a situação (muitas vezes, situada em um mesmo lugar); em CI eles estavam para apressar momentos, dificultando.

 

Sei do relativismo cultural que vc diz. Só que assim, se eu for gostar de Conflitos Internos por causa do filme ser chinês, eu seria 'obrigado' a gostar de qualquer filme chinês, pq qualquer defeito que seja, se ele for idiossincrasia, eu tenho que perdoar pq o filme é chinês. Existe o filme chinês bom, e o filme chinês ruim.

 

Quando vc fala em idiossincrasias, eu penso: 'Conflitos Internos não soube se utilizar dessas idiossincrasias'.

 

Espero ter sido claro.
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OK!

 

Gosto é que nem c*, cada um tem o seu. Só acho estranho que você desmereça justamente aquilo que muita gente valoriza (basta ler qualquer review elogioso ao filme - que são quase todos eles), como a trilha, a edição, as atuações etc

 

Mas, respeito sua opinião. A discussão foi boa. Gostei muito.

 
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Vixe quanta polêmica!

Assiti Os Infiltrados três vezes' date=' se gostei....0616

Spoiler

 

Alguém entendeu aquele lance da fotografia? Numa cena o quadro estava no apê do Colin, em outra bem posterior, Costigan deu uma boa olhada e até colocou numa posição de destaque, o contrário do Colin que a queria enfiada num porão.03
[/quote']

 

 

É verdade... o filme é bom e pronto.

Nem irei longe lendo isso aqui...é muita masturbação mental pra minha cabeça. Esses textões0906
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Alguém entendeu aquele lance da fotografia? Numa cena o quadro estava no apê do Colin' date=' em outra bem posterior, Costigan deu uma boa olhada e até colocou numa posição de destaque, o contrário do Colin que a queria enfiada num porão.03[/quote']

 

SPOILER * Gostei muito dessa cena por causa da metáfora envolvida: Colin decide não deixar a foto à mostra, como se assim não estivesse mostrando seu passado (a foto é da infância da namorada), enquanto Billy faz exatamente o contrário.

 

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Esquecí de comentar a trilha...excelente mesmo. Comfortably Numb perfeitamente enquadrada.16

 

E Gimme Shelter nunca é demais ...

 

Putz ' date=' eu amo essa música !
[/quote']

 

Gimme Shelter é um personagem de um filme do Scorsese.

 

É a melhor música dos Stones. E isso não é pouco.

 

Concordo que Comfortably Numb está muito bem aplicada. Apesar de eu preferir a versão do Floyd, acho que a versão do Van Morrison combinou mais com o momento, era mais intimista, e a do Floyd mais soturna.
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Gimme Shelter é um personagem de um filme do Scorsese.

 

É a melhor música dos Stones. E isso não é pouco.

 

Concordo que Comfortably Numb está muito bem aplicada. Apesar de eu preferir a versão do Floyd' date=' acho que a versão do Van Morrison combinou mais com o momento, era mais intimista, e a do Floyd mais soturna.

 
[/quote']

 

Scorsese também um conhecimento invejável de música . É só conferir a maneira como ele coloca as canções mais apropriadas em determinadas cenas .

 

Gimme Shelter , que eu amo e concordo ser a melhor dos Stones , já apareceu em Os Bons Companheiros e Cassino ; e continua sendo uma boa escolha .

 

Gimme Shelter rocks ! 16

 

Aliás o próximo trabalho do Scorsa é um documentário sobre os Stones .Ele já tem experiência no documentário musical : foi um dos montadores de Woodstock (1970) , além de ter realizado O Último Concerto de Rock (1979) e No Direction Home (2005) , sobre Bob Dylan .
Fernando2006-11-30 09:08:47
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Alguém entendeu aquele lance da fotografia? Numa cena o quadro estava no apê do Colin' date=' em outra bem posterior, Costigan deu uma boa olhada e até colocou numa posição de destaque, o contrário do Colin que a queria enfiada num porão.03[/quote']

SPOILER * Gostei muito dessa cena por causa da metáfora envolvida: Colin decide não deixar a foto à mostra, como se assim não estivesse mostrando seu passado (a foto é da infância da namorada), enquanto Billy faz exatamente o contrário.

 

Pois é tb gostei por causa disto. Mas a dúvida é: se a foto estava no apartamento do Colin por que raios ela aparece num cena bem posterior no apartamento da namorada, que na cena mencionada, estava numa caixa (de mudança) no outro apartamento? Ficou meio esquesito, será um erro de edição??
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Gostei muito do filme' date=' acho que dessa vez o velho Scorsese leva a estatueta...

Eu tenho uma dúvida: (spoiler) o conteúdo do envelope que o DiCaprio entrega a psiquiatra foi revelado no filme? Se foi, eu simplesmente não notei...
[/quote'] SPOILER  Não explicitamente, mas cá pra mim, tem algo a ver com a execução do fdp do Colin. Lembra que ele disse só abra se eu pedir ou se algo vir a me ACONTECER. Algo aconteceu; ele foi morto.
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Concordo Scarlet... pelamor' date=' ficar comparando com o original chinês, façam me o favor and get some sex.

 

 
[/quote']

 

Quando da minha volta, iniciarei uma campanha "anti-textões" por aqui06

 

Para o indivíduo que me mandou MP perguntando sobre o meu Q.I...sinto muito, não tenho a resposta. Nunca me interessei em saber. Há certas informações que so têm alguma validade pra quem não possui vida sexual ou perspectiva de uma e pesquisa de Q.I é uma delas03
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Texto grande, com alguns spoilers. Se incomodar, basta não ler.

 

Lá vou eu, mais uma vez, ficar na posição desconfortável do cara que não viu tudo isso no filme que todos estão amando. É meu carma aqui no CeC? Hehe

 

Eu acho que Os Infiltrados começa muito bem, com toda aquela imoralidade sendo exposta sem concessões, de forma frenética. Ótima a cena da entrevista/interrogatório/tortura do Bill Costigan (DiCaprio, falarei dele depois), feita pelo Queenan (Sheen, bom) e pelo Dignam (Wahlberg, perfeito; por que ele não teve mais tempo em tela?), assim como a progressão dos dois personagens principais. Nicholson, Baldwin e todo o elenco secundário maravilhosos, assim como a edição, que caminha no limiar entre a agilidade e a histeria, e a fotografia cintilante. Nem o Damon compromete, pelo contrário.

 

Depois de uma hora, mais ou menos, parece que o Scorsese percebeu que a estória que tinha para contar não era lá grande coisa, ou simplesmente perdeu o prumo. Um sinal disso está nas sobrancelhas do Nicholson. Pra mim não falha: quando ele começa a erguê-las demais, as coisas não andam bem no filme. Não coincidentemente, nessa hora Infiltrados se torna um jogo de esconde-esconde, um tanto raso, com soluções misógenas (os bambambans da estória são supermachos, o traíra é broxa e por aí vai) e exageros crescentes - personificados pelo próprio Nicholson, que vai se tornando uma mera excentricidade à medida que o filme evolui. Há lampejos de brilhantismo, como a passagem da ópera e a simbologia do retrato, mas considero isso muito pouco para tanto tempo de filme.

 

Concomitantemente e não coincidentemente, aparece outro grande problema do filme, a personagem da Vera Farmiga, que nem o nome eu lembro. Um peso-morto de duas toneladas - apesar dos esforços da atriz - cuja única função parece ser unir os dois protagonistas a partir do que tem no meio das pernas. Um triângulo insosso e bobo, que nem amoroso chega a ser e que demonstra, pra mim, a barriga que o roteiro faz da metade até o final.

 

Falando no final, com ele vêm outros problemas. De repende infiltrados começam a pipocar de ambos os lados, um monte de gente se revela agente duplo e, invariavelmente, morre no final (fechando com o plano do rato, que parece ter funcionado com muita gente mas que pra mim ficou muito óbvio, beirando o ridículo). O que salva muito essa última meia hora - talvez o filme inteiro - é o Leonardo DiCaprio, que está perfeito. Ele parece entender seu personagem muito mais que o próprio Scorsese, dá textura e tridimensionalidade ao Billy Costigan. Isso nem o Mark Wahlberg conseguiu fazer por ter tão pouco tempo em tela, tornando Dignam uma sinfonia de uma nota só. Agradável de se ouvir, mas de uma nota só ainda assim.

 

Para terminar, minha teoria é que Os Infiltrados - que começa muito bem, termina mal e poderia ter sido muito melhor - é um filme que os admiradores do Scorsese e do cinema em geral querem muito gostar, e eu me incluo nisso. Mas comigo não rolou, infelizmente.
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Bem dirigido, com boas atuações, sobretudo de Matt Damon, Mark Wahlberg e Jack Nicholson, o filme prende o telespectador do início até o final, só que o final do filme é sem pé nem cabeça. Se apenas o primeiro personagem que morre no clímax, morresse, tudo bem. Mas a matança sem sentido que acontece nas últimas cenas me deixou frustrado como telespectador.

 

 

 

 

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Cinema asiatico é subestimado mesmo ..

 

Onde ?!

 

 Se o cinema asiático é um dos focos de produção que conseguem emplacar sucessos de bilheteria ao redor do mundo , incluindo o difícil mercado americano ? Exemplos : os artes marciais de luxo e os supenses/terror tosqueiras .

 

Sem falar de diretores do circuito alternativo , como Wong Kar-Wai , que estão entre os mais celebrados e premiados mundo afora .
Fernando2006-12-12 14:21:16
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