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Forum Cinema em Cena

Os Infiltrados


-felipe-
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Tanto Os Infiltrados quanto Conflitos Internos são filmões.

 

O problema, IMO, é cultural. Eu estranhei a trilha sonora (não em cenas de ação) e algumas músicas em certos momentos também. Mas isso é normal, por lá. O filme é mais sério. O jeito que ele é filmado também é diferente.

 

Acho que é complicado pra nós, acostumados ao humor, violência, etc. "ocidental" gostar tanto de Infernal Affairs quanto The Departed.

 

Mas concordo que já foi muita masturbação mental nesse tópico. Então, paro aqui.

 

 

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Putz! Acho interessante o pessoal ter achado o final do filme esquisito. Eu achei o máximo, por mim ficaria mais legal se matassem mais uns três...,  a psicóloga, por exemplo devia ter seu crânio estourado lá mesmo no velorio, 03.

É isso aí gente, adoro finais trágicos e,  por que não mais próximos da realidade. Aqui no Brasil tem acontecido coisas bem mais inacreditáveis do que nesses filmes06

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  • 1 month later...
  • 4 weeks later...
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Concordo com quem disse que o filme se perde quando chega ao final. Em geral eu não considero o final tão importante quanto a forma como se chega a ele, mas nesse caso, fechar o roteiro inteligente com uma saída digna teria tornado o filme um marco. Mesmo assim, achei muito bom, extremamente bem dirigido, bem editado, e com atuações excelentes. Um dos melhores do ano passado.

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Texto grande' date=' com alguns spoilers. Se incomodar, basta não ler.

 

Lá vou eu, mais uma vez, ficar na posição desconfortável do cara que não viu tudo isso no filme que todos estão amando. É meu carma aqui no CeC? Hehe

 

Eu acho que Os Infiltrados começa muito bem, com toda aquela imoralidade sendo exposta sem concessões, de forma frenética. Ótima a cena da entrevista/interrogatório/tortura do Bill Costigan (DiCaprio, falarei dele depois), feita pelo Queenan (Sheen, bom) e pelo Dignam (Wahlberg, perfeito; por que ele não teve mais tempo em tela?), assim como a progressão dos dois personagens principais. Nicholson, Baldwin e todo o elenco secundário maravilhosos, assim como a edição, que caminha no limiar entre a agilidade e a histeria, e a fotografia cintilante. Nem o Damon compromete, pelo contrário.

 

Depois de uma hora, mais ou menos, parece que o Scorsese percebeu que a estória que tinha para contar não era lá grande coisa, ou simplesmente perdeu o prumo. Um sinal disso está nas sobrancelhas do Nicholson. Pra mim não falha: quando ele começa a erguê-las demais, as coisas não andam bem no filme. Não coincidentemente, nessa hora Infiltrados se torna um jogo de esconde-esconde, um tanto raso, com soluções misógenas (os bambambans da estória são supermachos, o traíra é broxa e por aí vai) e exageros crescentes - personificados pelo próprio Nicholson, que vai se tornando uma mera excentricidade à medida que o filme evolui. Há lampejos de brilhantismo, como a passagem da ópera e a simbologia do retrato, mas considero isso muito pouco para tanto tempo de filme.

 

Concomitantemente e não coincidentemente, aparece outro grande problema do filme, a personagem da Vera Farmiga, que nem o nome eu lembro. Um peso-morto de duas toneladas - apesar dos esforços da atriz - cuja única função parece ser unir os dois protagonistas a partir do que tem no meio das pernas. Um triângulo insosso e bobo, que nem amoroso chega a ser e que demonstra, pra mim, a barriga que o roteiro faz da metade até o final.

 

Falando no final, com ele vêm outros problemas. De repende infiltrados começam a pipocar de ambos os lados, um monte de gente se revela agente duplo e, invariavelmente, morre no final (fechando com o plano do rato, que parece ter funcionado com muita gente mas que pra mim ficou muito óbvio, beirando o ridículo). O que salva muito essa última meia hora - talvez o filme inteiro - é o Leonardo DiCaprio, que está perfeito. Ele parece entender seu personagem muito mais que o próprio Scorsese, dá textura e tridimensionalidade ao Billy Costigan. Isso nem o Mark Wahlberg conseguiu fazer por ter tão pouco tempo em tela, tornando Dignam uma sinfonia de uma nota só. Agradável de se ouvir, mas de uma nota só ainda assim.

 

Para terminar, minha teoria é que Os Infiltrados - que começa muito bem, termina mal e poderia ter sido muito melhor - é um filme que os admiradores do Scorsese e do cinema em geral querem muito gostar, e eu me incluo nisso. Mas comigo não rolou, infelizmente.
[/quote']

 

Alex, acho que vc surtou de vez... 06
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Pessoal, me ajudem ...

Ontem estava eu repassando o filme "Os Infiltrados", que só assisti uma vez, e me veio na cabeça a última cena envolvendo o Damon e o Wahlberg e eis que de repente me veio algo na cabeça ...

 

SPOILER ... eu sempre imaginei que o personagem de Wahlberg havia matado o do Damon, pois descobriu e/ou desconfiava que ele era o informante e tal, mas ontem eu pensei numa outra perspectiva ... seria o Wahlberg o verdadeiro infiltrado ?????? ... FIM DO SPOILER

 

Quais dessas perspectivas é a mais correta ?
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Pessoal' date=' me ajudem ...

Ontem estava eu repassando o filme "Os Infiltrados", que só assisti uma vez, e me veio na cabeça a última cena envolvendo o Damon e o Wahlberg e eis que de repente me veio algo na cabeça ...

 

SPOILER ... eu sempre imaginei que o personagem de Wahlberg havia matado o do Damon, pois descobriu e/ou desconfiava que ele era o informante e tal, mas ontem eu pensei numa outra perspectiva ... seria o Wahlberg o verdadeiro infiltrado ?????? ... FIM DO SPOILER

 

Quais dessas perspectivas é a mais correta ?
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Eu tb pensei isso qdo sai da sessão, mas depois achei que não.

 

Acho que há uma interpretação dúbia proposital de Scorsese
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Mereceu o Oscar. Elenco espetacular e Scorcese inspiradissimo. Leonardo entendeu perfeitamente o seu papel. Brilhante.

Duvida:( Spoillers) Sai da sessão achando que Walbergh matou Damon porque a psicologa contou a ele que Damon era  o informante. Estou certa ou errada?
cinefila032007-03-02 21:00:23
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Pessoal' date=' me ajudem ...

Ontem estava eu repassando o filme "Os Infiltrados", que só assisti uma vez, e me veio na cabeça a última cena envolvendo o Damon e o Wahlberg e eis que de repente me veio algo na cabeça ...

 

SPOILER ... eu sempre imaginei que o personagem de Wahlberg havia matado o do Damon, pois descobriu e/ou desconfiava que ele era o informante e tal, mas ontem eu pensei numa outra perspectiva ... seria o Wahlberg o verdadeiro infiltrado ?????? ... FIM DO SPOILER

 

Quais dessas perspectivas é a mais correta ?
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Spoilers

 

Não sei não. O Wahlberg já não ia com a cara do Damon desde que ele tava na polícia, fazia exigências demais (queria os arquivos exclusivos, pedia pra saber a identidade do infiltrado), deu mole em turning points, como a captura do Costello, a morte do DiCaprio e a morte do Sheen; já havia uma animosidade desde antes, além dos documentos que ficam lá. Ele podia suspeitar, mas o próprio comportamento do personagem do Wahlberg já justificava o assassinato.
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Pessoal' date=' me ajudem ...

Ontem estava eu repassando o filme "Os Infiltrados", que só assisti uma vez, e me veio na cabeça a última cena envolvendo o Damon e o Wahlberg e eis que de repente me veio algo na cabeça ...

 

SPOILER ... eu sempre imaginei que o personagem de Wahlberg havia matado o do Damon, pois descobriu e/ou desconfiava que ele era o informante e tal, mas ontem eu pensei numa outra perspectiva ... seria o Wahlberg o verdadeiro infiltrado ?????? ... FIM DO SPOILER

 

Quais dessas perspectivas é a mais correta ?
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Sobre o Wahlberg ser um infiltrado: do ponto de vista estratégico, não faria sentido, pois ele sabia da identidade do DiCaprio, então a polícia não conseguiria manter segredo de nada.

 

Mereceu o Oscar. Elenco espetacular e Scorcese inspiradissimo. Leonardo entendeu perfeitamente o seu papel. Brilhante.

Duvida:( Spoillers) Sai da sessão achando que Walbergh matou Damon porque a psicologa contou a ele que Damon era  o informante. Estou certa ou errada?

 

Minha interpretação é parecida. Há que se considerar um fator importante: o envelope que o DiCaprio entregou pessoalmente à psicóloga, para ser aberto no caso de algo acontecer a ele. É racional imaginar que aquele envelope contivesse instruções que a levassem ao único policial no qual ele, DiCaprio, poderia confiar, que era o Wahlberg. Ela leva o conteúdo do envelope a ele, e ele se vinga do traidor.
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Texto grande' date=' com alguns spoilers. Se incomodar, basta não ler.

 

Lá vou eu, mais uma vez, ficar na posição desconfortável do cara que não viu tudo isso no filme que todos estão amando. É meu carma aqui no CeC? Hehe

 

Eu acho que Os Infiltrados começa muito bem, com toda aquela imoralidade sendo exposta sem concessões, de forma frenética. Ótima a cena da entrevista/interrogatório/tortura do Bill Costigan (DiCaprio, falarei dele depois), feita pelo Queenan (Sheen, bom) e pelo Dignam (Wahlberg, perfeito; por que ele não teve mais tempo em tela?), assim como a progressão dos dois personagens principais. Nicholson, Baldwin e todo o elenco secundário maravilhosos, assim como a edição, que caminha no limiar entre a agilidade e a histeria, e a fotografia cintilante. Nem o Damon compromete, pelo contrário.

 

Depois de uma hora, mais ou menos, parece que o Scorsese percebeu que a estória que tinha para contar não era lá grande coisa, ou simplesmente perdeu o prumo. Um sinal disso está nas sobrancelhas do Nicholson. Pra mim não falha: quando ele começa a erguê-las demais, as coisas não andam bem no filme. Não coincidentemente, nessa hora Infiltrados se torna um jogo de esconde-esconde, um tanto raso, com soluções misógenas (os bambambans da estória são supermachos, o traíra é broxa e por aí vai) e exageros crescentes - personificados pelo próprio Nicholson, que vai se tornando uma mera excentricidade à medida que o filme evolui. Há lampejos de brilhantismo, como a passagem da ópera e a simbologia do retrato, mas considero isso muito pouco para tanto tempo de filme.

 

Concomitantemente e não coincidentemente, aparece outro grande problema do filme, a personagem da Vera Farmiga, que nem o nome eu lembro. Um peso-morto de duas toneladas - apesar dos esforços da atriz - cuja única função parece ser unir os dois protagonistas a partir do que tem no meio das pernas. Um triângulo insosso e bobo, que nem amoroso chega a ser e que demonstra, pra mim, a barriga que o roteiro faz da metade até o final.

 

Falando no final, com ele vêm outros problemas. De repende infiltrados começam a pipocar de ambos os lados, um monte de gente se revela agente duplo e, invariavelmente, morre no final (fechando com o plano do rato, que parece ter funcionado com muita gente mas que pra mim ficou muito óbvio, beirando o ridículo). O que salva muito essa última meia hora - talvez o filme inteiro - é o Leonardo DiCaprio, que está perfeito. Ele parece entender seu personagem muito mais que o próprio Scorsese, dá textura e tridimensionalidade ao Billy Costigan. Isso nem o Mark Wahlberg conseguiu fazer por ter tão pouco tempo em tela, tornando Dignam uma sinfonia de uma nota só. Agradável de se ouvir, mas de uma nota só ainda assim.

 

Para terminar, minha teoria é que Os Infiltrados - que começa muito bem, termina mal e poderia ter sido muito melhor - é um filme que os admiradores do Scorsese e do cinema em geral querem muito gostar, e eu me incluo nisso. Mas comigo não rolou, infelizmente.
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 Eu quase me peguei assinando tudo o que você escreveu acima, Alexei. Mas... Sabe, até que eu gostei bem do filme. O PROBLEMA é que ele é só um filme bom, period. Nada mais que isso. Quero dizer vira e mexe eu alugo "Taxi Driver", "Cassino", "Os Bons Companheiros", "Touro Indomável". Até "Cabo do Medo"! 06 Mas vai demorar (muito) eu rever "Os Infiltrados"... Saca? 03     
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Scorsese ter ganho o Oscar foi  legal para quem é seu  fã. Caso meu. É natural torcermos por quem gostamos. Ainda mais ele, diversas  vezes injustiçado, perdendo o prêmio para filmes hoje completamente esquecidos, enquanto os seus são cada vez mais idolatrados.

Mas ao mesmo tempo, dá aquela sensação de que ele   merecia por um filme "mais seu".

"Os Infiltrados" tem o sério  problema  de ser uma refilmagem. E uma refilmagem bastante idêntica ao filme original. É estranho ver o filme ganhar os Oscar de roteiro, filme e direção quando ele foi  quase todo "chupado" do filme asiático.

Fui ao cinema empolgado pois havia visto o filme chinês 2 vezes   uns meses antes. Fiquei naquela de "como o mestre vai refilmar um filme tão bom"? Esperava algo mais. Um aprofundamento dos conflitos  dos personagens. Uma maior densidade na trama. Mas é quase  tudo a mesma coisa. Fora o  final, que no filme original é mais coerente,  mais filosófico, mais interessante.

Aliás, nessa semana  o  diretor chinês andou falando disso numa entrevista, onde se vangloriava por ter sido seu filme a premiar o Scorsese.

 

Bom, resumindo, é um bom filme, claro. Mas não é um filme exatamente do Scorsese.  Se ele tivesse virado o filme chinês do avesso, certamente o  prêmio seria mais merecido.

Agora, não vi os  outros filmes candidatos ao prêmio. São melhores?
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Não... só Cartas de Iwo Jima que é quase no nível.

Achei esse filme muito diferente do original chinês por vários motivos. O personagem de Nicholson é semi-centro na refilmagem, no original ele era coadjuvantíssimo. O personagem de Wahlberg não existia no original, e na refilmagem ele rouba as cenas... e o personagem do Sheen aparecia um pouco mais no original. Além da uma hora de duração a mais, responsável por tornar Costigan um personagem que faz jus ao termo scorseseano. Mas uma coisa eu até concordo contigo: imagina comparar aqueles primeiros quinze minutos com o resto do filme? Aquilo tem mais a cara do Scorsese mais clássico, o resto é bem diferente, mais rápido e frenético; mas mesmo assim não consigo chamar de defeito essa mudança; além do que, não senti uma queda de ritmo que o Alexei falou.

 

E uma coisa que é uma das maiores mudanças: o tom aqui é bem mais engraçado, escrachado por assim dizer. Pelo menos as pessoas que eu conheço que levaram o filme por aí engoliram bem melhor o final. Conflitos Internos é um filme bem mais intimista, pega mais pesado na crise de identidade dos personagens; Os Infiltrados pega mais pesado na forma como os personagens são tratados no mundo, como - bã - ratos (o plano final foi óbvio, mas acho que as pessoas levaram a sério demais, quando acho que não era essa a intenção), e o filme funcionou comigo como uma por assim dizer tragicomédia sobre o tema.
rubysun2007-03-03 23:58:18
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Rubysun, as diferenças apontadas por você existem. Mas não mudam substancialmente o filme. Me parecem superficiais em relação ao que foi seguido à risca. 

De certa forma me arrependi de ter visto o  original primeiro.

Quem não o conhece ainda deve ter gostado muito de "Os Infiltrados".

O mérito do Scorsese foi mais o de ter tornado conhecida essa estória pois sem seu filme poucos no ocidente ficariam sabendo de sua existência.

 

Agora, aqueles primeiros 15 minutos forma muito bons mesmo. Pena que não se seguiram  outros iguais.

Vendo-os, sem saber quem era o diretor, dava para dizer tranqüilamente que o filme era de Scorsese.

E aquela senhora fumando, com um aparelho de oxigênio nas narinas? 03

 

Não dá para  negar também que  o Scorsese deu um toque mais realista à trama. Ficou com um clima menos "aventuresco", como no original, e  mais  "pé no chão". E sem "mocinhos"  também.

Até porque se tivesse "mocinhos" aí sim, daria para dizer que não havia nada mesmo de Scorsese no filme.

Porque por mais humanos que sejam os personagens scorsesianos, eles são também quase sempre tremendos "filhos da puta". No sentido de que jamais iríamos querer conhecê-los, apertar suas mãos ou morar em sua vizinhança.
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O Oscar desse ano conseguiu ser mais patético do que o do ano passado. E não pensem que isso é pouca coisa. Superar a estatueta de Trash  e seu roteiro wanna be era uma tarefa árdua. Surpreendentemente, não precisaram de muito tempo para bater o próprio recorde.

Scorsese não merecia ganhar daquela forma. Uma desonra. Um oscar mendigado por um filme que sequer merecia a indicação. Não, não acho Os Infiltrados ruim. Pelo contrário...é melhor que 90% da temporada de blockbusters, mas nem a pau foi o melhor filme de 2006. Enfim...
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