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Forum Cinema em Cena

Videocast # 05 - Versões do diretor


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Falar nisso' date=' o Director's Cut de Tróia já está pra sair do forno. (Não sei se vc cita no vídeo Pablo, já que não conseguí ver) mas de qualquer forma, pra quem quiser adquirir a pérola...06[/quote']

 

Poxa...que bacana. Eu queria mesmo é ver Tróia com a trilha sonora original do Gabriel Yared. Ficaria um filme muito bom!

Aliás, encaixando o comentário dentro do tema que o Pablo levantou, acho que a versão mais interessante seria justamente a não versão do diretor, já que ele escolheu trocar em cima da hora com compositor.
Conan o bárbaro2007-03-22 14:46:52
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Esse videocast foi o mais interessante até agora..... to esperando a continuação! 

Eu até acho legal algumas "versão do diretor".... mas realmente tem várias desnecessárias que parecem só estar querendo ganhar mais dinheiro... olha o "Alexandre" por exemplo... vão lançar a 2ª versão do diretor!
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Muito interessante a tua colocação Pablo.

Eu acho que tenho que acabar com essas infinitas versões pq a maioria é só pra ganhar dinheiro mesmo. Tem umas que são até necessarias, outras nem tanto mas interessantes por curiosidade e outras (maioria) só pra lançar mesmo.

 

Bem, sei que o que falei foi cliche, mas to comentando mais para te ajudar no incentivo de continuar com os videocast que são muito interessantes e nos ajudam a entender mais sobre cinema além de nos deixar bem informados com as atualidades.

 

abraço
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Adorei as colocações do Pablo. Principalmente por deixar bem claro e distanciamento delas quanto à legalidade jurídica [caso contrário, os advogados do fórum iam tomar de conta rsrs].

 

Realmente, Pablo, o George Lucas não tem vergonha de continuar ganhando fortunas em cima de Star Wars. Incrível. rs Nem ele, nem os outros grandes diretores que fazem isso.

 

Mas, como você comentou, para os pequenos diretores isso é excelente. [para eles, e para o público de seus filmes].

 

Só que, virou uma moda tudo isso. Aí é que fica delicado. Qual o limite da aceitação moral das versões dos diretores. É um limite muito ténue. Quase [ou inteiramente] subjetivo. Em qual momento isso deixa de ser um elemento a mais para a aclamação da arte do diretor e se torna um desreipeito aos fãs e à arte cinematográfica.

 

É um assunto interessantíssimo. Acho que renderia boas discussões.

 

 

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Bom, o importante é saber porque o diretor está lançando aquela versão.


Muitas dessas versões trazem introduções do diretor explicando o motivo. E várias vezes parece bem sincera: o Mark Steven Johnson no seu Demolidor Director's Cut basicamente critica fotemente os produtores por editarem seu filme. O curioso é que os produtores por sua vez, defendem ferrenhamente os cortes feitos. É um extra interessante que tem no dvd. Nesse caso, visivelmente a obra foi alterada: uma cena de amor do Matt e da Elektra imposta pelos produtores, menos violência, menos subplot. Não era assim que o Mark SJ tinha proposto o filme. Acho essa versão do diretor bem válida, e é realmente um filme melhor.

Filmes de  terror normalmente são obrigados a cortar cenas violentas para adequarem o filme a uma censura mais baixa. Até Grindhouse, que tem um medalhão como o Tarantino no comando, teve cecnas cortadas. Numa entrevista recente, o Robert Rodriguez admitiu que cenas foram cortadas de ambos os segmentos do filme, para o filme noão pegar uma classificação NC-17. Esse eu acho outro tipo de director's cut válido.

Agora o caso Ridley Scott. O que Alien, Cruzada, Blade Runner, Falcão Negrgo em Perigo tê em comum? Todos tiveram sua versão do diretor. Dá a impressão do Scott não gozar de prestígio algum ao montar seus filmes. 06 No caso de Alien, especificamente, a inclusão da cena do "ninho" no final do filme contradiz fortemente toda a mitologia Alien. Então para quê incluí-la no filme?
Não vi a versão do diretor de Cruzada, mas sei que foram adicionados 45 minutos na trama. Sem levar em consideração o fato de ser caça-níqueis ou não, o filme melhora efetivamente?

E como foi dito aí em cima, se preparem para um novo corte de Alexandre, agora com incríveis 224 minutos.

Mas é fato que as versões do diretor/unrated, etc, atraem muito minha atenção. Tento levar menos em consideração o fato de ser caça-níqueis ou não, e espero efetivamente que o filme fique melhor com as adições/exclusões de cenas.

Gostaria de ver um videocast de você comentando algumas director's cut, comparando-as com as versões de cinema.

Abraços!
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O pablo falou uma coisa interesante, é realmente ruim para a arte essas novas versões.

 

 

 

Mas acho que varia muito de filme, tem filme que realmente não existe nescessidade de se ter uma nova verssão.

 

 

 

Mas tem filmes que isso pode se ter por culpa da censura, por exemplo um caso recente que li, parece que o filme o Tarantino e Robert Rodriguez, teve algumas cenas cortadas para diminuir um pouco a censura, ai no futuro sera legal ter uma verssão inteira.

 

 

 

 

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Muitas dessas versões trazem introduções do diretor explicando o motivo. E várias vezes parece bem sincera: o Mark Steven Johnson no seu Demolidor Director's Cut basicamente critica fotemente os produtores por editarem seu filme. O curioso é que os produtores por sua vez' date=' defendem ferrenhamente os cortes feitos. É um extra interessante que tem no dvd. Nesse caso, visivelmente a obra foi alterada: uma cena de amor do Matt e da Elektra imposta pelos produtores, menos violência, menos subplot. Não era assim que o Mark SJ tinha proposto o filme. Acho essa versão do diretor bem válida, e é realmente um filme melhor.
[/quote']

 

Bem lembrado... acho a versão do diretor do Demolidor muito melhor que a versão do cinema..... pra mim a diferença foi bem grande....

Também acho que seria interessante no próximo videocast uma análise de algumas versões, como a do Exorcista, lembrada pelo Gary.....

 

 
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O assunto é muito legal e quero, mais uma vez parabenizar o Pablo pela iniciativa...

Bom, acho que o caso mais interessante de versão do diretor que tive a oportunidade de assistir foi do meu filme preferido, Donnie Darko. Foi lançada uma versão em 2004 com mais de meia hora a mais que o original e repleta de elementos que "esclareciam" melhor a estória (alguns deles eram essenciais e ficaram de fora da original de 2001). O ponto é: muitos detestaram a versão por conter fatores que antes enriqueciam a estória quando obscurecidos, por permitir múltiplas interpretações e maior liberdade para o espectador "escolher" sua visão preferida da estória.

Eu já acho que é praticamente impossível compreender a estória em sua plenitude com os "cortes" da versão de 2001 e acho que todas as cenas adicionais são extremamente importantes, pois aprofundam as características do personagem principal, lhe conferindo uma complexidade psicológica ainda mais interessante e mudando um pouco da perspectiva do espectador. E o detalhe é que, mesmo sendo mais "clara", a estória continua apresentando mil e uma visões diferentes.

A questão nesse caso específico para mim é: existe um limite na qual essa "liberdade" conferida ao público é razoável e enriquece o filme com possibilidades interpretativas, na qual quando ultrapassado, acaba por proporcionar o prejuízo da compreensão do enredo?

Mr. Scofield2007-03-24 21:09:33

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Não vi a versão do diretor de Cruzada' date=' mas sei que foram adicionados 45 minutos na trama. Sem levar em consideração o fato de ser caça-níqueis ou não, o filme melhora efetivamente?
[/quote']

Eu vi e é de dar pena o que a FOX fez com o Ridley Scott. Diferentemente de boa parte das versões alternativas, a de Cruzada não altera uma ou duas cenas apenas, o roteiro é COMPLETAMENTE diferente. Existem até personagens que foram estrategicamente cortados da versão para o cinema para eliminar a trama original e criar outra artificialmente através da edição.

Eu acompanhei as gravações do filme e o cara estava realmente empolgado. Não parecia apenas "mais um épico", dava a entender ser um projeto pessoal mesmo. Pagaram o William Monaghan para não fazer nada! O roteiro que ele escreveu foi para o lixo. O mais interessante (ou indignante) em tudo isso é que as críticas não pouparam nenhum dos dois. Tanto roteirista quanto o diretor foram apedrejados como se aquilo que foi para a tela fosse a obra legítima construída por eles.

Apoiando-me neste caso, acho que não podemos taxar de forma irresponsável o director's cut como  "mais uma alternativa para engordar o lucro". Há muito do processo criativo que fica preso na burocracia dos grandes estúdios. Nada mais justo que os diretores terem o seu direito de resposta reconhecido.
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Legal o vídeo, mas eu sou meio que a favor disso. COmo o Cube já citou, há casos em que é necessária uma versão sem cortes, melhor exemplo que Grind House impossível. E sobre os filmes que o Pablo citou, a versão não é a original, é uma versão alternativa então só aceitará quem assim desejar, não?!

 

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To curtindo o Videocast ... quanto a história da versão do diretor : Existem casos necessários e desnecessários como você disse ... mas tem alguns que não adcionam tanta coisa mais que é sempre bom ter algo a mais , como O Exorcista , que ambas as versões são excelentes já que muda pouca coisa .E pense que é melhor uma versão do diretor do um Alexandre 2 AHUAHUAHUAHAUHAUHAAHUA

 

 

 

 

 

A do Alexandre foi excelente ... nem sabia disso ... e será que tem gente que compra ??

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Do ponto de vista legal: filme é do seu diretor. Isso é pacífico e óbvio;

 

Do ponto de vista da arte: o filme é também do seu diretor. Ele o concebeu. Se ele não tem o direito de mudar, que direito sobre a obra tem os fãs? Peguemos as HQs: TODAS as HQs tiveram reformulações drásticas em um ou outro momento de sua história. Qual a reação dos fãs? Meramente de recusa do material 'novo', material esse que acaba gerando uma nova legião de fãs.

 

Em tempo: é necessário lembrar que tanto Scott, quanto Lucas e Spielberg disponibilizaram as versões originais de suas obras modificadas, justamente para respeitar a decisão dos fãs de optar por essa ou por aquela versão da obra. Nada contra Leonardo voltar à vida e mudar a Monalisa, desde que ele me permita escolher qual das duas versões eu prefiro adquirir (se for o caso).

 

E modificações no corte do filme não são novidade na história. Contatos Imediatos do 3º Grau possui, ao que me consta, nada menos que SEIS versões, desde seu lançamento original em 1977. A disponível em DVD é a 6ª e em alguns pontos completamente diferente da versão que a Globo passava (que não era a original mas provavelmente a versão de 1980 com mais algumas alterações).

 

Bottom line: levar a discussão para o âmbito do 'o filme pertence aos fãs/humanidade depois de lançado' ignora um ponto CRUCIAL que vejo na questão: se o autor não detêm o poder de propriedade sobre a sua obra, que poder NÓS temos, já que em momento algum participamos de sua concepção e processo artístico de criação?  

 

Fica pra pensar...
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Bem, no início concordava com o Pablo. Mas depois fiquei meio em dúvida.

Para mim o autor tem sim o poder de propriedade sobre a obra, limitado  mas tem. Limitado pois por mais que a parte criativa seja de autoria dele, muitos outros elementos (como recursos) que não dependem do diretor impedem tal monopólio. Seria então propriedade (em escalas distintas) de vários indivíduos.

Mas se o pablo comparou a alteração feita pelos diretores a uma hipotética vontade de Leonardo Da Vinci alterar a sua obra, eu faço uma outra analogia com um contemporâneo do italiano: Thomas More. Ele não lançou primeiro a segunda parte do Livro A Utopia, para depois complementar com a primeira?

Alterações e complementos nos filmes não são semelhantes também às várias edições de um livro?

Para mim, a comparação com os livros é mais adequada, pois a MonaLisa é um quadro, único, propriedade de quem comprou e está guardada lá no Louvre. Já os livros, todos (desde que atendam variados critérios) podem adquirir. E no caso que o Dook disse, que não se importaria se o Da Vinci mudasse a pintura desde que ele oferecesse opções de escolha para nós, isso acontece com os livros: temos várias edições.

 
Conan o bárbaro2007-03-28 15:01:31
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Aí é que tá Conan: no que se refere aos 'recursos' vc quer dizer dinheiro? Isso já retornou aos cofres de quem bancou a obra cinematográfica. Toda a grana arrecadada em bilheteria, venda de DVDs, games, licença para exibição em TV e tudo o mais, salvo disposição contratual em contrário, vai para o bolso do estúdio.

 

Fala-se que o filme é propriedade de seu diretor pq o que vemos na obra é a visão DELE sobre o assunto. Quando vejo um filme de Spielberg, não vejo o roteiro de David Koepp, a fotografia do Kaminski, a edição do Michael Kahn, vejo a direção do Spielberg que definiu que a fotografia fosse mais escura ou mais clara, que a edição fosse mais movimentada ou mais contida, etc.
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Por isso o diretor tem uma parcela bem maior na propriedade de um filme. Mas não é a única. Mas sem sombra de dúvida é a mais importante. A vontade de mudar o filme só pode vir dele, mas a decisão se isso vai ocorrer ou não não é tão certo.

Mas de qualquer jeito, na minha opinião final, acho sim que o filme é propriedade do diretor (nestes termos que eu disse).
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Ué, se ele teve alguma participação no filme, ele tem direito de exigir que o nome dele esteja lá. 06 Mas de qualquer modo o nome do estúdio ainda está envolvido, e não deixariam os diretores ficarem brincando com os seus próprios filmes. Imagina se o Uwe Boll resolvesse fazer uma versão estendida do House of the dead...06

O que estou falando é que papel o diretor exerce? De alguém que cria a obra e busca o apoio financeiro ou de algum "mecenas" que contrata o serviço de um diretor para um projeto?
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Hey, exigir que o nome esteja nos créditos se participou do filme é uma coisa. Ter o poder de decisão na maneira como este será lançado/alterado é outra, completamente diferente...

 

O envolvimento do estúdio é meramente mercadológico, financeiro. O estúdio não deveria ter poder de cunho ARTÍSTICO sobre a obra.

 

E outra: vc vê filmes aos borbotões como todos aqui. É sério que é necessário descrever qual o papel que o diretor exerce em todo processo fílmico?  
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Ué...exigir o nome é algum poder sobre o filme, não? Em última instância ele tem um milionésimo de centésimo de propriedade do filme, mas tem. hehe. Mas não leve este exemplo a sério, foi só uma ilustração cômica. 06

É claro que o estúdio tem envolvimento mercadológico, mas se esta arte é uma arte de mercado, isso significa muita coisa. Tanto é assim que tem os filmes independentes, ou então no mesmo exemplo do Pablo, dos diretores de menor expressão que têm um poder sobre o filme muito menor que um Spielberg. Se a produção do filme tem como objetivo arrecardar dinheiro isso se reflete no seu conteúdo.

 

E esta minha pergunta foi mais retórica mesmo 06. Mas serve para colocar uma questão.
Conan o bárbaro2007-03-28 17:05:48
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Ué...exigir o nome é algum poder sobre o filme' date=' não? Em última instância ele tem um milionésimo de centésimo de propriedade do filme, mas tem. hehe. Mas não leve este exemplo a sério, foi só uma ilustração cômica. 06 [/quote']

Que bom que é uma ilustração... já estava achando que vc está confundindo direito puro e simples com direito de propriedade...

 

É claro que o estúdio tem envolvimento mercadológico' date=' mas se esta arte é uma arte de mercado, isso significa muita coisa. Tanto é assim que tem os filmes independentes, ou então no mesmo exemplo do Pablo, dos diretores de menor expressão que têm um poder sobre o filme muito menor que um Spielberg. Se a produção do filme tem como objetivo arrecardar dinheiro isso se reflete no seu conteúdo.
[/quote']

 

Sinto Conan... há duas assertivas erradas aí na minha visão:

 

a) O fato de ser arte de mercado não diminui o fator artístico (e portanto vinculado ao seu autor) da arte em questão. Arte é arte com todas as suas prerrogativas intrinsecas, independentemente de atender a um interesse mercadológico. Livros também atendem a interesses mercadológicos... A propriedade do autor sobre a sua obra é diminuída nesse sentido em relação à Literatura? Don't think so...

 

B) TODO filme tem como objetivo arrecadar dinheiro, mesmo que seja um objetivo secundário (sabemos que muitos diretores encaram o ofício apenas como uma profissão mecânica e meramente operacional, mas me refiro à conceito e não ao que alguns praticam). Isso nem sempre reflete no conteúdo. Hitchcock sabia aliar popularidade pela bilheteria com achievements artísticos impecáveis. Eis aí uma prova de que o objetivo nem sempre reflete no conteúdo.
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Imagina se o Uwe Boll resolvesse fazer uma versão estendida do House of the dead...06

 

Bloodrayne tem uma versão unrated. E olha que o filme foi um fracasso absoluto.

 

[momento bizarro on] Aliás' date=' eu mandei um email sem esperanças pro site do Boll perguntando dessa versão unrated. E não é que ele me respondeu? 1306 [/momento bizarro off']

 

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