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Terror Em Silent Hill


Terminator
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Mas ter experiencia com o jogo não é pré-requisito para entender o filme. As vezes as pessoas acham que por ser uma adaptação de video game, o jogo tem toda uma conexão dependente com a fonte, mas acho que Silent Hill funciona bem sem o jogo.

 

Claro que, quem conhece o jogo acaba se identificando mais com o filme. Como por exemplo na cena das enfermeiras, que são guiadas pela luz.. 

 

 

Eu mesmo tive uma breve experiência com o jogo. Creio que tenha sido o suficiente para logo entrar no clima do filme. Mas uma coisa é certa: o jogo é muito mais divertido.

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acabei de chegar do cinema e gostei pra caramba do filme....

 

volto a repetir... esse filme e Mortal Kombat - o filme até agora são as melhores adaptações de jogos de videogame para o cinema

 

 

Por quê?

 

Porque foram fiéis com os jogos: Mortal Kombat - o filme  tinha a história do primeiro jogo, os golpes famosos dos personagens (o fatality que o Scorpion tira a máscara e o chute bicicleta do Liu Kang), além do visual dos três ninjas (Reptile, Scorpion e Sub-Zero) que é fiel ao MKII e Silent Hill também tem elementos dos três jogos da série como a pessoa crucificada em carne viva, Rose desmaiando com os ataques das crianças carbonizadas

 

cinéfilo2006-9-2 19:48:6

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Silent Hill

 

Obviamente, corresponder às expectativas de um fã de Silent Hill (um dos melhores jogos que existem, a melhor coisa do PSone) seria uma tarefa mesmo impraticável. A idéia da atmosfera de suspensa da cidade é a mais inventiva que eu conheço, e não tem como não ser eficiente. No entanto, você sente que poderia ter sido melhor. Um diretor mais habilidoso teria feito as pessoas saírem do cinema na metade do filme. No jogo, a interatividade faz com que você realmente sinta medo. Isso, principalmente, pela existência do rádio que começa a produzir ruídos quando os monstros se aproximam. Isso acontece uma vez só no filme. No jogo, você anda pelas ruas da cidade sem enxergar dois palmos na sua frente. De repente, aquele rádio começa a funcionar e você entra em pânico. É como se você estivesse cego. Então, algo pula na sua frente, e você cai da cadeira.<?:namespace prefix = v ns = "urn:schemas-microsoft-com:vml" /><?:NAMESPACE PREFIX = V /><?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><?:NAMESPACE PREFIX = O /> ESSE era o principal efeito causado pelo jogo, e que o transformou num sucesso, tendo sido desintegrado pela transposição às telas de cinema.

Senti a falta de um tratamento mais profundo à externa da cidade. O carrinho de bebê que aparece no começo do filme é um clássico para os jogadores. Os becos, as casas vazias e, caramba, onde estão os cachorros?! Também senti falta do piano na escola. Ele começa a tocar numa sala trancada quando o alarme soa. Você o ouve em quase todo o prédio. As enfermeiras ficaram ótimas, e o mundo paralelo trazido pela "Escuridão", todo úmido e pútrefo, também ficou muito bom. A fotografia do filme realmente é uma coisa linda. Confesso não ter gostado do banho de sangue no terceiro ato (apesar de ter adorado o final). Ficou trash demais. Fora que Dhalia cumpre um clichezinho típico de "personagem-misterioso-que-fala-por-código", no início.

De qualquer forma, é a melhor adaptação de um jogo até agora. Gans se manteve fiel a detalhes que serão facilmente reconhecidos pelos fãs da série. O filme ficou lindo, mas não chegou nem perto do efeito que nem seria tão difícil de causar, devido à atmosfera dantesca de Silent Hill. Digamos então que o que prende o espectador na tela não são os méritos do diretor, mas a história que herdou. Espero não estar sendo chato, mas fiquei com a sensação "merda! Desperdiçaram a idéia!" A propósito, não acho nada ruim que seqüências apareçam, já que se mostrarm necessárias devido aos pontos não esclarecidos da trama.

Forasteiro2006-9-3 13:24:15
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Sinceramente. Preciso de explicações... Desculpem a ignorância. Eu nunca joguei o jogo e me confundi totalmente com os nomes e situações. Quem puder responda minhas perguntas abaixo do SPOILER!!!

 

***************************** SPOILER:

Quem era filha de quem? Quando aconteceram aqueles fatos? Sharon representava o que? Alessa' date=' o que? Por que o pai enxerga a cidade completamente diferente estando (aparentemente) no mesmo lugar e na mesma hora? Elas morrem no final? Elas já estavam mortas desde o começo? E, por favor, uma sinopse explicativa daquele 'documentário Dharma' que acontece quando a mulher chega na 'sala do arquiteto'.

[/quote']

Bruno, acho que as respostas para estas perguntas serão dadas no segundo filme, quando o personagem do Sean Bean volta à cidade para procurar sua mulher e filha.smiley2.gif

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Com muitos spoilers. Leia por sua conta e risco!

Nunca joguei Silent Hill mas gostei muito do filme. Ele começa mal, com as situações mal justificadas e a Radha Mitchell meio perdida. Mas vai melhorando gradualmente e se torna muito perturbador, mais que propriamente assustador. Na execução de Silent Hill Gans bebeu muito do Hellraiser de Clive Barker, do Inferno de Dante e de Fausto também, pois vários elementos na cena da revelação no quarto de hospital indicam um pacto demoníaco.

Logo após o filme eu estava com uma teorias bem interessantes acerca das três dimensões do filme. Achei que o trauma vivido por Alessa e o subseqüente pacto com o Diabo haviam aberto um verdadeiro buraco na Terra, ligando-a diretamente ao inferno, e a Silent Hill enevoada e coberta de cinzas (sulfurosas?) estaria servindo como um purgatório, com Sharon e Rose obviamente mortas e a Alessa má a todo o tempo comunicando os dois mundos, tentando se vingar e levar as almas dos seus algozes para o lugar onde deveriam estar. Faria todo o sentido, já que a cidade tinha um histórico de perseguições religiosas e penas de morte causadas por fanatismo. Depois li em algum lugar que, segundo Gans, são apenas dimensões paralelas mesmo, já que em Silent Hill não se está vivo ou morto, mas numa espécie de meio-termo. Pra mim, uma pena, já que as referências bíblicas apontam o tempo todo para um Juízo Final precoce e, nesse aspecto, Christabella e seus asseclas, mesmo com toda a sua loucura, estariam impedindo que isso realmente acontecece (há uma fala nesse sentido no meio do filme). Sob este viés o final apontaria realmente para o fim dos tempos, com o mal claramente com a vantagem. Isso me assustou mais que qualquer cena do filme.

Teorias à parte, o substrato psicológico é que é o filé mignon aqui. Tão interessante quanto a concepção dos dopppelgangers (Sharon/Alexa) é a noção da presença de Deus e do Diabo em cada pessoa e o fato de que, no entender do filme, é melhor aceitar o lado mau e ter uma chance de redenção, como Sharon, do que negá-lo e viver (ou pior, não-viver) em uma eterna ilusão, como Christabella, sendo punido por isso ao final.

Visualmente, o filme é um primor e tem toda a cara do Christophe Gans, que tem um senso estético refinado. As cenas das crianças miando no início (as que zombaram de Alexa), o Zelador (que poderia fazer carreira como cenobita) e o cara com a pirâmide na cabeça nos fazem realmente temer a existência de um inferno. Também não achei nenhuma cena gratuitamente violenta, nem mesmo a de Christabella, que é violada com arame farpado antes de morrer. Este fato em particular torna clara a posição do filme contra a repressão da sexualidade feminina, que se manifesta também quando culpam Alessa por ter sido estuprada pelo Zelador. Por mais que esta tecla tenha sido batida em outras obras, é sempre bom tocá-la mais uma vez.

A única coisa que me incomodou foi a comicidade involuntária de alguns diálogos ("está tudo bem", diz Rose o tempo todo, quando é óbvio que nada está bem), mas nada que prejudique o conjunto.

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  • 2 weeks later...
  • 4 weeks later...
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Caso não tenha assistido ao filme, não leia. Possíveis spoilers.

 

Assim que Rose pega a estrada eu comecei a me sentir incomodado, o que foi gradativamente aumentando, principalmente quando de fato as personagens chegam a Silent Hill. E nesse momento, é muito legal darmos crédito ao soberbo trabalho de Christophe Gans, Dan Laustsen (o contraste com o mundo "real", que coisa!) e ao pessoal da direção de arte. E foi justamente esse clima que acabou me colocando de verdade dentro do filme.

 

Assim como Alexei disse aí em cima, acho o filme mais perturbador que propriamente assustador, e em alguns momentos perdi o fôlego. Nos últimos tempos, foi a melhor coisa que assisti do gênero. E tudo fica um primor quando levamos em consideração o subtexto religioso. Aquilo sim é de arrepiar, permitindo uma leitura das mais fabulosas - e chocantes! Aqueles fanáticos religiosos, por exemplo, são tão assustadores quanto aquela coisa com um lâmina gigante rodeado de insetos.

 

E uma das cenas mais fodas do ano: a menina se deliciando com a vingança. Tudo bem, extremamente desconcertante, mas devo confessar que achei lindo.

 

Enfim, surpreendentemente, esse é um dos melhores filmes do ano. Achei um show.

 

Teorias à parte' date=' o substrato psicológico é que é o filé mignon aqui. Tão interessante quanto a concepção dos dopppelgangers (Sharon/Alexa) é a noção da presença de Deus e do Diabo em cada pessoa e o fato de que, no entender do filme, é melhor aceitar o lado mau e ter uma chance de redenção, como Sharon, do que negá-lo e viver (ou pior, não-viver) em uma eterna ilusão, como Christabella, sendo punido por isso ao final.

[/quote']

 

Perfeito, cara. Concordo plenamente.

 

 
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Que bom que você resgatou o tópico, Gago. E eu estava me sentindo um mutante por ter visto tudo aquilo no filme, que gosto mais a cada dia que passa (esse é um daqueles que decantam bem na cabeça). Ou nossas teses têm realmente fundamento, ou somos mutantes os dois, hahah! Qualquer das duas opções me satisfará.

 

A propósito, seja bem-vindo. Visite o Cineclube em Cena, tem muitas discussões boas por lá.
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Que bom que você resgatou o tópico' date=' Gago. E eu estava me sentindo um mutante por ter visto tudo aquilo no filme, que gosto mais a cada dia que passa (esse é um daqueles que decantam bem na cabeça). Ou nossas teses têm realmente fundamento, ou somos mutantes os dois, hahah! Qualquer das duas opções me satisfará.

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Eu também estava achando que vi coisas demais no filme, e que talvez estivesse exagerando, até porque assisti acompanhado e essa pessoa só havia elogiado o filme na parte estética e o final melancólico (que ainda acho ir além disso, chega ao ponto de ser aterrorizante). E tenho que concordar novamente com você, cada vez mais que penso no filme ele cresce na minha cabeça.

 

Apesar de não deixar de ser interessante a possibilidade de sermos mutantes, haha, acho que nossa tese tem fundamento. Com certeza não foi apenas um terror um tanto complexo (mesmo com aquele momento explica-tudo escrito pelo Roger Avary), bem ambientado e surreal. Tem mais coisa ali, tanto que isso já foi o suficiente para você levantar algumas idéias que deixam o filme bem interessante.

 

A surpresa do ano, até agora. 

 

A propósito' date=' seja bem-vindo. Visite o Cineclube em Cena, tem muitas discussões boas por lá.
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Obrigado. Já dei uma passadinha por lá, e deixei algumas impressões que tenho sobre alguns filmes no tópico "Filme x Filme". Estou gostando bastante daqui.

 

E pelo que deu para ver, perdi algumas "discussões semanais" (se é que entendi direito). Mas pretendo ler todas as críticas que pintarem por lá, e me tornar um pouco mais ativo.
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1) Não foram só vocês. Eu também gostei muito do filme, e o substrato religiosos embutido nele é sem dúvida muito mais perturbador...

2) Isso mesmo, Gago. Visita lá o "Cineclube me Cena", temos discussões interessantes por lá...

silva2006-10-06 10:45:06
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  • 2 weeks later...
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Tenho paixão pelo jogo e gostei muito do filme, apesar das concessões para se desenvolver no cinema. As atuações são boas, a estética é compatível, sendo q algumas cenas são identicas aos jogos. Mas acho q por misturar o enredo dos 3 primeiros jogos ficou meio confuso em algumas partes. Gostaria de saber se em DVD há cenas extras ou algo assim pq certas coisas não fazem muito sentido senão pelo fato de terem sido severamente editadas. Gostei do final, achei bem interessante. Mas o q gostaria q alguém me respondesse é por que diabos o nome da familia é Silva? Alguém sabe como surgiu isso? Achei engraçado e fiquei pensando nisso...

Um abraço!
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