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O Cinéfilo


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Acabei de dar notas para os participantes, que trabalheira. Minhas costas doem e a mente já está cheia de ler "Sam Raimi", "Peter Parker", ''Homem-Aranha"... Só sei que houve uma boa quantidade de notas 0 - e nenhum 10 -, de minha parte. Infelizmente, não pude justificar, hoje, o trabalho de quatro participantes; mas, se quiserem, amanhã, eu poderei comentá-los. Bem, o melhor texto ganhou quase qeu disparado; assim como aquela(e) que, para mim, executou melhor toda a prova 1. E, pelo amor de Deus, façam por onde merecer o nosso sacríficio. Tem gente que aparenta muita preguiça - e falta de vontade, ousadia. Amanhã, colocarei os comentários para o Enigma do Avtar (óbvio que era o Nosferatu de Herzog, pela cancha que o Thico deu). Isto, claro, se eu conseguir acessar a Internet novamente. Até!

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"Bem' date=' o melhor texto ganhou quase qeu disparado"

 

 

Isso foi dito por quase todos os jurados. De quem será esse bendito texto? 17

 

[/quote']

 

 Nem me fala. Eu só consigo pensar nisso ultimamente. Não vou nem estudar hoje, só por causa dessa porcaria de programa 1106

 

 Apesar de que eu tenho um palpite.... secreto... 1906

 

 Vamos fazer mais forcas então! Mas melhor não me deixarem fazer, ou então vocês vão ter que adivinhar até o espaço.

 

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b70-6556.jpg

 

Engima do Avatar - 2.2:

 

O HAL2000 merece algum crédito pelo Enigma do Avatar, de ontem. Claro que estava facílimo (e se não era o original, era o remake); mas, já vi algo de construtivo por aqui. Apesar de eu ainda não ter visto o original de Murnau, ou o Drácula de Coppola, posso dizer que será muito difícil ultrapassar a qualidade deste filme do alemão Werner Herzog, de cuja carreira, eu vi apenas dois filmes - e já posso me dizer fã dele. O outro foi O Enigma de Kaspar Hauser, superior até. Pode ser chamado de excêntrico, maluco, o que for; mas nada tira a qualidade de suas direções. Segue o que eu comentei quando vi o filme:

 

"Após o forte e intranscritível para o papel, O Engima de Kaspar Hauser, Werner Herzog empenhou-se em fazer uma nova adaptação para o eterno livro de Bram Stoker, Drácula, no final da década de 70. Aliás, sua inspiração foi além de Stoker, baseando-se mais no filme mudo de F. W. Murnau - outro ícone alemão do cinema - que criara o nome Nosferatu, com o objetivo de não ter que pagar os direitos autorais (lá em 1922) a Stoker. Ao invés de se ater a um suspense horripilante, podendo cair no fácil esquecimento de "outro", Herzog elabora "o" filme de Drácula, "o" filme da lenda. Mas que se percebe que não é "o" filme de vampiros, uma vez que a tática (certeira) do diretor é recair sobre um drama. As cenas fortes não são aquelas em que se sua frio, ou em que se cai no terror; são aquelas capazes de buscar novo material, com contornos típicos de Herzog - fazendo , em apenas minha segunda incursão ao seu cinema, um estilo autoral sublime.

Nosferatu - O Vampiro da Noite começa um pouco troncho, o que desfaz a nota máxima e plena da sua obra. Falta tato para que Herzog torne mais funcional a razão concreta da ida de Jonathan Haker (Bruno Ganz) para o castelo do Conde Drácula. Herzog cai em planos óbvios (vide: Haker responde, num bar, que vai para o castelo e todos viram seus olhares para "surpresa" sem razão - para quem o conhece e quem existe, uma vez que a história de Drácula é tão ou mais conhecida que a Bíblia) e vai apressado ao encontro crucial, recostando-se num inglês esquisito (se o filme passasse-se na Inglaterra, OK, mas por que ele escondeu seu alemão?) e o próprio Ganz aparente dificuldades em se adequar à língua estrangeira. São apenas pequenas pedras para que Herzog ponha em cena seqüências poéticas e argumentos tão profundos e ricos, fazendo do filme uma grande metáfora, sem deixar de contar com o seu estilo documental. O momento em que Haker passa por um barranco ao lado de uma cachoeira conta com uma direção certeira, insitgante, perseguidora. Por conseguinte, Kalus Kinski entra em cena e derruba tudo, tornando seu Drácula crível, humano, buscando apoio em seus objetivos - e não no passado ou nas suas características, como muitos costumam tratar, pelo fato de seu mito. Mais adiante, fica reforçado esta valorização, pois o fator "imagem sem reflexos no espelho" é sobreposta por algo mais importante.

Primeiro aspecto, é a fortaleza da personagem principal, sem depender de vínculos mitológicos. Kinski desempenha um Conde Drácula recaído e decadente, porém com a sobriedade e a frieza de sempre. Sua parte humana, suas lutas internas são mais importantes que o seu castelo, ou o fato de ele ir dormir num caixão e padecer diante do alho ou da hóstia consagrada. Entra em xeque a questão documental de Herzog, no ponto em que o meio para que Drácula atinja seu fim é o uso de ratos com a peste. Assim, ele relê outro aspecto que a humanidade pouco (ou nada) entendeu e dá-se ao luxo de permear fatores preponderantes em diálogos, que são eficientes na qualidade - em contrapartida à sua pouco quantidade. Entra também o duelo de como a humanidade reage a acontecimentos espontâneos e inesperados (semelhança com o Kaspar Hauser) e a fé, os duelos de superstição e ciência em nossas vidas, a loucura; pelas poéticas passagens de Lucy ["Dr. Van Helsing, será que não estamos todos malucos e acoradaremos no dia seguinte em camisas-de-força?] ou a contradição do doutor gritando "Fé! Fé!" para, em seguida, dizer que "deve-se analisar tudo cientificamente". O trio das personanges em Nosferatu é de tamanha imponência e significância, que é difícil comentar um e deixar o outro de lado. É obrigatório que se volte para contemplar a debilitação física e psicológica de Haker, a aura que enolve a presença de Drácula, desde o "louco" na prisão (que vai atrás de seu mestre) ao possível receptor de seus poderes; porém o filme deve ficar rodando em cada espectador e cada um que busque a melhor alternativa.

Há outras cenas não menos que majestosas, os ratos destruindo a última ceia de pessoas que adquiriram peste, o isolamento da cidade, o garoto tocando violino frente ao castelo fantasmagórico, os trechos finais de Lucy (Isabelle Adjani, magistral), enfim... Poderia ficar horas descrevendo que, mesmo assim, aquele que não viu o filme, jamais entederá. A prova de que o filme funciona acontece no discurso de Lucy e Drácula no banheiro e imediatamente entrincando O Engima de Kaspar Hauser nela: ora veja, tanto Kaspar quanto o Conde nunc ativeram provas do amor, porém enquanto o ingênuo Kaspar sofria por causa do mundo exterior, Drácula tem problemas com suas próprias limitações; falta amor nele - e não estaria faltando em todos? Por isto, ele se afasta e, ao invés de tentar uma reconciliação, é incapaz, uma vez que seus planos são maquiavélicos. O desfecho prova que Drácula sempre estará lá - no desafio de ser incapaz de morrer -, e novamente faz uma apologia a Kaspar Hauser, porque Haker corre pelos desertos funestos, aqueles que Hauser via em sua imaginação e era incapaz de descrever uma história."

 

Enigma do Avatar 2.3:

 

Descubram o próximo. Filme da década de 60, molezinha. Obra-prima.
ltrhpsm2007-05-15 09:14:25
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Tendo em vista que atribuí notas relativamente baixas, devo dizer que os critérios as quais, na minha opinião devem ser seguidos na elaboração de textos para quaisquer questões/resenhas/resumos, etc. são:

 

1) Adequação ao tema proposto na pergunta ou tarefa - Se você escrever muito sobre outro assunto que não esteja explícito na pergunta, mesmo que sejam observações interessantes, ganhará ZERO. É um erro gravíssimo.

 

2) Coesão - Seu texto deve possuir associação clara entre os elementos. Idéias "atiradas" no comentário prejudicam o raciocínio e a compreensão de quem está lendo. Decorrente disso, também deve possuir sentido completo. Você deve abordar os temas de modo a construir uma unidade que "é completa " por si só (não importa que existam spoilers) para quem quiser ler.

 

3) Coerência - Você não deve escrever uma idéia e negá-la dois parágrafos depois. Seu texto deve possuir idéias que se completem e não confrontos: eles fazem com que você perca credibilidade e demonstre insegurança. Erros de coerência são muito graves.

 

4) Argumentação - Não exponha uma idéia sem argumentos. É muito comum ler afirmações do tipo: "o ator x é maravilhoso", "é óbvio que...", dentre outras. Muito importante perceber que você está discursando para alguém que pode ter QUALQUER opinião sobre o que está falando. Algo só se torna óbvio se o raciocínio que o leva a afirmar isso o leve a essa conclusão. Aí, mesmo que o receptor não concorde, ele vai considerar sua idéia. A falta de argumentação é um erro gravíssimo e em geral é o maior motivo para notas baixas (mesmo para quem exige menos gramaticalmente dos candidatos).

 

5) Falta de idéias e repetições- Se você sabe pouco para responder uma pergunta, tem duas opções: pesquisar sobre o assunto (recomendado) ou escrever SOMENTE o que você sabe, sem enrolar ou "encher lingüiça". As repetições normalmente são decorrentes da falta de idéias sobre o assunto. Prefira SEMPRE entregar um texto com poucas idéias fundamentadas e pequeno que um texto grande cheio de repetições. Tamanho só prejudicará sua nota (se você tem muitas idéias e conhece bem um assunto, pode escrever um texto longo, claro - A NÃO SER QUE a pergunta diga que não).

 

6) Correção gramatical - ler um texto repleto de palavras com grafia errada, empregadas incorretamente ou frases confusas é pavoroso quando ocorre em excesso. Todos nós cometemos erros, mas quando excedemos ou os erros são muito graves (ancioso, pécimo, por exemplo) o texto perde gradativamente a credibilidade (não raramente TODA a credibilidade). Estes erros estão ocorrendo com muita frequência e é um dos principais fatores que devem ser avaliados pelos participantes.

 

Grande parte desses problemas pode ser resolvida relendo o texto que você escreveu como se nunca houvesse tido contato com qualquer idéia exposta antes. Se conseguir compreender tudo, o texto provavelmente está ok. 01

 

Mr. Scofield2007-05-15 11:56:38

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