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Forum Cinema em Cena

Rocky Balboa


Sith_Master
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eu gostei da serie rocky  mas so digo uma:

 eu? ver stallone no auge de seus 60 com aquela cara de ameixa seca que ele tem? eu acho que ele precisa é deum travesseiro de pena de ganso e de uma cadeira de balanço, ou entao, porque ele nao fez ue nem o shwazeneger? nao procurou uma prefeitura ou um governo pra mandar ou bancar o fodao????

e mais..... hahahaha, o cara vai lutar com um outro cara de 30 anos no filme! é de rolar de rir! mudei de ideia! vou estar na primeira fila do cinema pra essa comedia!!!!!!!!

 agora..... taquem as pedras!!!!!!!
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'Rocky''s Comeback Revives MGM

 

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MGM will not only make money in theaters from its release of Rocky Balboa, the sixth Rocky film, but it also stands to make big bucks from the older Rocky movies, the London Financial Times

observed today (Thursday). "We own the first five movies and have set

DVD catalogue promotions around the world to coincide with the release

of Rocky Balboa," Rick Sands, chief operating officer of MGM, told the FT.

Sands said that a promotional Rocky DVD pack being offered by Wal-Mart

is "selling very big numbers." Sands also observed that the studio has

relicensed TV rights so that the older films can be rebroadcast around

the time of the current movie release.

 

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"Rocky, Um Lutador" foi o roteiro com os personagens mais verdadeiros que já vi no cinema. E olha que é uma característica natural do norte-americano o de ser forçado. São diálogos tão autênticos que levaram nas costas atores razoáveis a concorrer prêmios máximos.

 

Sempre acreditei no Stallone. Desde "Alta Velocidade" não tenho dúvidas quanto a consciência que tem de sua idade e de suas capacidades. O filme é regular, até ruim. Mas sempre fico satisfeito em ver como ele conseguiu ser o protagonista do filme sem ser o personagem principal da história, da forma mais discreta.

 

 

 

Estou ansioso por Rocky Balboa!
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Chamaram o Stallone de "esforçado". É uma boa palavra pra ajudar a defini-lo, porém eu acho que ele é um pouco mais do que isso. O cara tem talento e fez um nome forte na história do cinema americano. Portanto, definir o Sly como "esforçado" é quase uma ofensa.

 

Ps.: O cara é uma lenda viva. Veja quantos framboesa ele ganhou:

 

Recebeu 13 indicações ao Framboesa de Ouro de Pior Ator, por "Rhinestone - Um Brilho na Noite" (1984), "Rambo II" (1985), "Stallone Cobra" (1986), "Falcão - O Campeão dos Campeões" (1987), "Rambo III" (1988), "Condenação Brutal" (1989), "Rocky V" (1990), "Oscar - Minha Filha Quer Casar" (1991), "Pare! Senão Mamãe Atira" (1992), "O Especialista" (1994), "Assassinos" (1995), "Daylight" (1996) e "O Implacável" (2000). Venceu por "Rhinestone", "Rambo II", "Rambo III" e "Pare! Senão Mamãe Atira".

Recebeu 3 indicações ao Framboesa de Ouro de Pior Ator Coadjuvante, por "Hollywood - Muito Além das Cãmeras" (1997), "Alta Velocidade" (2001) e "Pequenos Espiões 3" (2003). Venceu por "Pequenos Espiões 3".

Ganhou o Framboesa de Ouro de Pior Ator da Década de 80.

Ganhou o Framboesa de Ouro de Pior Ator do Século.

Recebeu 2 indicações ao Framboesa de Ouro de Pior Dupla, por "O Especialista" (1994) e "Alta Velocidade" (2001). Venceu por "O Especialista".

Recebeu 8 indicações ao Framboesa de Ouro de Pior Roteiro, por "Rhinestone - Um Brilho na Noite" (1984), "Rocky IV" (1985), "Rambo II" (1985), "Stallone Cobra" (1986), "Rambo III" (1988), "Rocky V" (1990), "Risco Total" (1993) e "Alta Velocidade" (2001). Venceu por "Rambo II".

Fonte: wikipedia

LeonardoBastos2007-01-02 17:50:28
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Opa, serei o primeiro a comentar sobre o filme.

 

ROCKY BALBOA - smiley10smiley10smiley10 ou 7/10

 

Definitivamente o Rocky V foi um acidente de percurso da saga, já que esse último trabalho de Stallone é muito bom, talvez o 3o. melhor da sére, perdendo somente para os dois primeiros.

 

Realmente era um filme que ele precisava fazer pra provar q ainda é bom e manteve o mesmo personagem, coisa que nem o Anthony Hopkins conseguiu com seu Hannibal.

 

Talvez se fosse melhor dirigido, saisse ainda melhor, mas ainda assim é bom, e um dos melhores que assisti esse ano, pq a safra tá muito ruim.

 

Recomendo principalmente para quem adora a saga assim como eu.

 

 

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A safra desse ano tá ruim? i_surprise.gif

 

Tá certo, devia ter dito fraca, sorry...é q teve muito filme q deixou a desejar, como O Labirinto de Fauno, Os Infiltrados (esse eu já sabia q era ruim mesmo), A Última Noite (nunca gostei do Altman), Filhos da Esperança (me decepcionou, muito fraco) e até Babel (esse eu tava c/ uma puta espectativa e nem correspondeu).

 

Não consigo montar uma lista dos 10 melhores acredita? Os único BONS q vi até agora foram Fonte da Vida, Pequena Miss Sunshine (esse é o melhor do ano), Rocky Balboa, O Grande Truque e Volver (e olha q nem gosto do Almodóvar).

 

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Engraçado é que de todos que ele achou fraco eu colocaria num top 10 de melhores do ano, e garantem como safra boa (excluindo Babel, que eu não vi).

E dos melhores, não vi tudo isso em Pequena Miss Sunshine nem O Grande Truque...

 

Não boto fé nesse filme do Rocky. A história tem o mesmo tipo da história do primeiro, pode até ter um cheiro de Superman Returns, que tentando homenagear o filme de 78 quase plagiou...
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Olha, eu achei esse ano muito bom mesmo. E até os filmes foras do "mainstream" fizeram bonito.

 

O cinema tá num nível excepcional, até por ser muito novo. E todos esses filmes que você considerou ruim aí, hein.. todos bons filmes. Bom, não vou falar mais nada, é sua opnião.

 

Quanto ao Rocky 6, ainda não vi. Mas parece estar no nível do I e II, ou seja, um filme bacana, mediano, pelo que eu li. O III e V são ridiculos. O IV é horrível, um dos piores filmes ever.

 

 

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Não gostei do filme...

Não chega ser pior que o quinto filme, mas tá quase lá!!!

 

Um roteiro muito fraco, um Stalone mais passado que uma uva passa e uma final com uma luta bem fraquinha (no sentido da sua montagem e fotografia)

 

Rocky foi bom mesmo os 2 primeiros filmes e só!

 

Nota do Filme (0 a 10): Prefiro não cotar06
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  • 3 weeks later...
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Sylvester Stallone veste as luvas do Garanhão Italiano pela sexta vez

08/02/2007   Cíntia Cristina da Silva

O boxe é o esporte mais fascinante que existe. É também o mais real e assustador.

Dois homens se enfrentando num quadrilátero até que um deles vá ao

chão é o reflexo mais apurado da espécie humana que - malgrado as

regras modernas e condutas civilizatórias - mantém uma essência

primitiva e cruel.

Quem sobe num ringue sabe que, invariavelmente, vai sair dali com o

rosto esfacelado, centenas de neurônios mortos e sabe lá quais outras

seqüelas. E, ainda assim, não faltam aspirantes a Muhammad Ali, Mike

Tyson, Sugar Ray Leonard...

Impossível não reconhecer uma certa poesia nisso tudo e admirar esse

tipo de coragem irracional. Há uma dignidade profunda nesses homens que

se arriscam tanto por uma chance de mudar de vida. Para muitos, o

ringue é a única alternativa para se alcançar a grandeza e deixar de

lado a trivialidade de uma existência comum. A glória, porém, é

reservada a poucos. E o preço a ser pago é alto.

A labuta diária para vencer no esporte, a superação de obstáculos e

dificuldades é a realidade de 9 entre 10 lutadores. É também a história

do boxeador mais célebre dos últimos trinta anos de cinema: o Garanhão

Italiano Rocky. Ele está de volta. E está com tudo! No sexto round, Rocky Balboa encerra, e muito bem, a série iniciada em 1976 com Rocky, Um Lutador, que rendeu a Sylvester Stallone fama, fortuna e o prazer de um Oscar de Melhor Filme.

Quando escreveu o roteiro de Rocky, Stallone tinha em mente

uma luta específica. Em março de 1975, um boxeador pouco conhecido de

Nova Jersey teve a ousadia de desafiar o então campeão dos pesos

pesados para uma luta. O combate entre Chuck Wepner e Muhammad Ali

aconteceu em Cleveland, Ohio, e inspirou Stallone a escrever a história

de um boxeador amador que desafia o campeão Apollo Creed - e aguenta

até o último round. Nunca uma derrota teve um gosto tão pujante de

vitória!

Rocky Balboa (segundo Stallone a derradeira aventura do

herói) começa com o ex-campeão mundial tentando superar adversários

muito mais complexos. Ele precisa aprender a lidar com a dor da perda

da sua amada e salvar a relação tumultuada com o filho.

Rocky ganha a vida com um restaurante, narra aos clientes os

combates inesquecíveis e vai levando uma existência bem pouco

satisfatória, até que um programa de televisão faz renascer sua vontade

de lutar. A simulação por computador de uma luta entre ele e o atual

campeão Mason Dixon (Antonio Tarver)

dá a vitória por nocaute a Rocky e inicia uma série de discussões sobre

a grandeza do ídolo do passado e do campeão atual, de carisma zero.

Nessa polêmica toda, os empresários de Dixon têm a idéia de

organizar um combate em Las Vegas para saber quem é de fato o melhor.

Em vista da idade avançada do sexagenário Rocky, a luta é propagandeada

somente como uma demonstração, mas claro que isso não é o que

acontece...

O início do filme, excessivamente melodramático, pode cansar um

pouco. Mas perseverem! Quando começa o treinamento e soam as primeiras

notas da trilha sonora de Bill Conti, o coração acelera. Um quase flashback

lembra os treinamentos dos outros cinco filmes. Lá está o agasalho

mescla, a escadaria, as refeições com ovos crus... Mas nessa última

preparação, Rocky tem outras dificuldades: artrite, pouca velocidade,

falta de agilidade, enfim, problemas que surgem com o passar dos anos.

A luta é bem filmada e emocionante. Além disso, o roteiro tem uma

coerência razoável que afasta a trama do ridículo e até faz com que o

espectador se reconcilie com o personagem depois do desastroso Rocky V.

Aliás, não dá para deixar de traçar um paralelo entre a própria

carreira decadente de Stallone e a aposentadoria de Rocky. O ator

reconheceu que, se tivesse feito alguns filmes de sucesso, não teria voltado ao ringue. O fato é que voltou. Quebrou vários ossos do corpo durante o treinamento, forçou-se a uma abstenção sexual bem ao estilo dos boxeadores e o resultado é um filme emocionante com a dose certa de nostalgia.

1.jpg2.jpg3.jpg

 

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Acabei de ler uma matéria que faz comparação interessante entre Rocky Balboa e Mike Tyson. Vale uma conferida, pra entrar no clima do filme, hehehe:

 

 

Eu estou muito curioso para assistir a Rocky Balboa. Cresci vendo os filmes da série Rocky, e havia ficado profundamente desapontado com o fim dado a ele em Rocky 5. Espero que a sexta parte seja tão boa quanto tenho ouvido dizer, e que depois disso Rocky se aposente. De verdade.
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Eu sempre gostei do personagem e estou interessado em ver como ficou este aqui. Uma coisa que ainda não engoli ( embora eu saiba que já acponteceu de verdade com o Foreman, acredito eu ) é esse pretexto que utilizaram do jogo de vídeo-game simulando a vitória do Rocky para dar início a trama, achei muito fraquinho ... mas acredito que será uma abordagem mais humana.

Gostei da matéria sobre o filme na "SET", é bom e ao mesmo tempo uma pena ver que Stallone adquiriu maturidade ( só ) aos 60 anos e muitos fracassos depois ...

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Um filme espetacular!! Já assisti no PC 3 vezes e irei assistir hoje no cinema.

Um filme emocional, porém inteligente. Um encerramento perfeito ao personagem e uma lembrança nostálgica de nossa juventude.

Há quem prefira o existencialismo frio e impenetrável de algumas "obras primas"... gosto mais da maneira simples que Stallone utiliza neste filme.

O melhor filme da série!!

 

MAD TIGER
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A humanidade do herói no ocaso

 

Por Mario Abbade<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

08/02/2006

 

Quando foi anunciado que seria feito uma sexta parte sobre o personagem Rocky, a primeira reação foi de gargalhadas. Como Sylvester Stallone conseguiria ser convincente estando com 60 anos de idade? Por mais que o personagem estivesse na casa dos cinqüenta, ficava impossível acreditar que o geriátrico lutador pudesse subir ao ringue e enfrentar o atual campeão de peso de pesados. Os realizadores explicaram que na vida real o ex-campeão George Foreman, aquele mesmo que vende grills, voltou a lutar aos quarenta anos e conseguiu ser campeão mais uma vez. Mas de qualquer forma seria uma diferença de 10 anos, pelo menos, entre a ficção e a realidade. E para completar, “Rocky <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />5”, feito em 1990, foi um fiasco de público e crítica.

 

Mas contrariando todos os prognósticos, Rocky Balboa (2006) finaliza com dignidade a franquia do lendário personagem criado por Sly - apelido de Stallone. O filme custou 24 milhões de dólares e faturou 70 milhões nos EUA e 50 milhões pelo resto do mundo. Vale dizer que ainda falta estrear em vários países. E grande parte da crítica especializada elogiou bastante a produção. As razões para esse sucesso estão no roteiro enxuto e na direção segura de Sly. A fórmula é a mesma de seus predecessores. Quase uma hora para desenvolver a trama, o treinamento e por fim o combate. Mas a diferença esta na abordagem humana e honesta para com o personagem. O heroísmo idílico dos quadrinhos (“Rocky 3”), propagandista (“Rocky 4”) e a contrafação (“Rocky 5”) das outras seqüências dão espaço para os verdadeiros atributos que nos fazem admirar um ser humano, seja ele um personagem de ficção ou de carne e osso. Os predicados aqui são não desistir de seus sonhos, não dar ouvidos aos outros e ter preserverança diante de tantos obstáculos.

 

Desde o primeiro filme da franquia que Rocky não recebia esse tratamento, condizente com a sua importância como fenômeno de massa. Em 1976, quando recebeu 3 Oscar (Filme, Direção e Edição), entre as 10 categorias que foi indicado, não era o melhor filme entre os 5 concorrentes (“Taxi Driver” era o melhor de todos). Mas para se entender o porquê de ter vencido, é necessário analisar os acontecimentos de época. Muitos são os exemplos de filmes que venceram por tratar de assuntos condizentes do período em questão (a guerra do Vietnam, o caso Watergate e a chegada da comemoração do bicentenário da independência norte-americana). “Rocky – Um Lutador” era um estudo sobre o sonho americano. Como um João Ninguém pode ter sua chance na terra das oportunidades.   

 

Em Rocky Balboa esse tema é ligeiramente tocado, mas de forma inversa. O destaque aqui vai para o paralelo entre a ficção e a vida real. De como Rocky e Stallone são reflexos de um mesmo espelho. Ao mesmo tempo um estudo sobre como o sucesso é fugaz. Seja um lutador de boxe ou uma estrela de Hollywood. A glória e o ostracismo andam lado a lado em ambos os universos. O espectador mais atento poderá apreciar essa metáfora da própria vida de Sly. Da mesma forma que Rocky se tornou uma celebridade que com o passar dos anos entrou em declínio, Stallone percorreu o mesmo caminho na vida real.

 

Esse é a questão em Rocky Balboa. Como aceitar uma vida medíocre depois de ter sido o alvo dos holofotes. Como confortar um ego que por quase um década foi massageado pelo público, os fãs e os poderosos de Hollywood. E Sly nos dá pistas desse desconforto em quatro cenas marcantes. Na primeira ele está com Paulie no frigorífico. Rocky fica com os olhos aguados tentando explicar os motivos de sua volta aos ringues. Como está difícil aceitar passivamente a aposentadoria por causa da idade (na vida real imposta pelas fracas bilheterias de seus últimos filmes). Na segunda, Rocky esta com Marie (Geraldine Hughes) em seu furgão. Ele confessa sua insegurança e o papel de ridículo que fará perante o público. Nesse momento, o personagem Marie serve como uma consolação espiritual e uma satisfação ao espectador. Não o da ficção, mas o que está sentado no cinema: “Não interessa o quanto patético pareça, vou fazer e dar o melhor de mim. Estou fazendo isso por mim. Eu preciso.” O terceiro recado vem na cena entre Rocky e seu filho (Milo Ventimigllia). A vida irá te bater até sangrar. E o que importa não é sua capacidade de revidar ou culpar os outros pelo seu infortúnio e sim de suportar a surra e se manter em pé, não importando a força do soco. A quarta cena é mais poética. É quando ele vai a um canil com o filho de Marie para escolher um bicho estimação. O premiado é um maltrapilho e tristonho cachorro, mas de acordo com Rocky basta carinho e atenção para ele voltar a sua forma.

 

Em todos esses momentos o filme não descamba para o sentimentalismo barato. Rocky é filmado da forma mais pura e crua possível. Mesmo com suas limitações (devido a sua paralisia facial), Sly nos dá uma performance à altura de sua criação. Seus diálogos são ditos com bastante naturalidade, de quem conhece todas as nuances do personagem. Percebemos que por de trás do campeão mundial existe um homem de bom coração e vulnerável.  Fica claro que Adrian era seu combustível. Ele a perdeu por causa de um câncer. Agora Rocky tem um restaurante de segunda. Ele leva sua vida dando autógrafos e contando historias de seu passado para os clientes. Seu filho se sente prisioneiro de sua sombra. Todo ano ele faz um tour com Paulie (Burt Young memorável), seu cunhado, pelos pontos mais marcantes da cidade na sua vida para comemorar o aniversário de casamento com Adrian. São seqüências que deixarão os fãs emocionados. Essa viagem no tempo é prazerosa não só para o personagem como também para o público. E fica claro que sua nostalgia exarcebada só poderá ser sanada, quando seus demônios internos forem extirpados. Na cena final, isso será resolvido quando ele é visto no cemitério sem a cadeira.

 

A grande oportunidade de Rocky mudar esse melancólico cenário surge quando um programa de computador simula uma luta ente o atual campeão dos pesos pesados, Mason “The Line” Dixon (Antonio Tarver, campeão de boxe na vida real), com Rocky em seus áureos tempos. Segundo a simulação Rocky venceria a luta. Isso o deixa motivado a tentar conseguir uma licença para voltar aos ringues. Uma insanidade devido a sua idade. Mas perfeitamente crível por sua crise existencial. Dixon também encara o desafio esdrúxulo como uma forma de dar legitimidade a sua condição de campeão. Apesar de ser um lutador invicto (33 vitórias, sendo que 30 por nocaute), a imprensa o considera um vencedor fabricado pelos seus empresários.

 

Para os mais céticos e os que acompanham de forma xiita os outros filmes da franquia, alguns fatos novos podem incomodar. Tipo: “Por que ele tem o seu exame médico aprovado pela comissão de boxe, se em “Rocky 5” ele foi diagnosticado com danos cerebrais e proibido de lutar?” Segundo Stallone, a medicina esta mais moderna e justamente essa cena envolvendo a comissão é para ratificar que houve erro médico anteriormente. O treinamento de Rocky se baseou na teoria no realizado por George Foreman na vida real. Pela idade avançada, a rapidez e agilidade foram compensadas na máxima concentração de força possível. Não se deve levar muito a sério certas licenças, até porque eles não contrariam em nada o recurso de suspension disbelief (significa, literalmente, “suspensão da descrença”, na tradução) amplamente adotado pela sétima arte. E o conceito é o seguinte: para poder desfrutar de uma obra de ficção. Sobretudo no caso do cinema, você deve aceitar o mínimo de arranjo forçado nos fatos, coisas fora do comum, que dificilmente aconteceriam na vida real, como uma série de coincidências, etc.

 

Talvez nada disso importe ou faça diferença para o espectador que estará indo ao cinema para simplesmente ver Rocky se embulachar com seu oponente. Esse que procura diversão pode ficar tranqüilo. A música hipnotizante criada por Bill Conti está lá. O treinamento pouco ortodoxo também. E o terço final do filme captura a luta em todo seu esplendor com diversos recursos (alguns de “Sin City”). O combate é uma mistura de branco, preto e cor (vermelho do sangue). Oponentes que atravessaram seu caminho nos ringues surgem brevemente através de lembranças para o deleite dos fãs. Até Mickey (Burgess Meredith) não foi esquecido. Tudo isso graças ao eficiente trabalho de edição de Sean Albertson.

 

Mas o diferencial desse Rocky é desnudar o homem por trás do mito popular. Ver um ídolo indestrutível expondo suas cicatrizes mais profundas. Descobrir que por trás da montanha de músculos que tanto nos provocou inveja e segurança contra os facínoras da telona existem os mesmos medos que nos afligem. Sly conseguiu com Rocky Balboa chamar a atenção mais uma vez dos poderosos de Hollywood. As portas se abriram de novo. Ele promete para 2008 voltar a franquia de Rambo, outro ícone da cultura pop mundial. Se conseguir um resultado semelhante ao de Rocky pode-se dizer que na vida real ele chegou bem perto de suas criações ficcionais.

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Há quem prefira o existencialismo frio e impenetrável de algumas "obras primas"... gosto mais da maneira simples que Stallone utiliza neste filme.

 

Felizmente, o tempo nos diz que o existencialismo frio e impenetrável de algumas obras primas é o responsável por tais obras sobreviverem fresquinhas até hoje...

 

Há quem esbraveje contra isso, mas aí é como lutar contra a gravidade: vc vai perder.
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Vai ver eu devo estar muito exigente06...achei esse ano abaixo das expectativas' date=' tão fraco quanto 2002....acho q não teremos filmes tão bons como em 2003...quase todos os indicados ao Oscar eram excelentes.
[/quote']

 

Acho que vc não viu todos os filmes bons de 2006...
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Vai ver eu devo estar muito exigente06...achei esse ano abaixo das expectativas' date=' tão fraco quanto 2002....acho q não teremos filmes tão bons como em 2003...quase todos os indicados ao Oscar eram excelentes.
[/quote']

 

Acho que vc não viu todos os filmes bons de 2006...

 

Concordo! Alias, ao pensar sobre que filmes eu colocaria na minha lista de melhores de 2006, acho que o ano teve uma série de filmes de grande qualidade (mesmo que se desconsiderem os filmes de 2005 que só chegaram aqui em 2006, como O Segredo de Brokeback Mountain e Capote).
Jack Ryan2007-02-09 16:39:35
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Nossa eu assisti o Rocky Balboa hoje, o filme arrancou aplausos em 3 momentos, eu fiquei até emocionado em certa parte.

 

É tão bom ver uma continuação de filme que eu tanto gostei sempre, e uma continação tão boa, tão sensivel, com coisas tão inesperadas.

 

Eu achei o filme muito bom, adorei mesmo. Totalmente merecido ao rocky que termina em gloria, e não como tudo que aconteceu no quinto filme.

 

 

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