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Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road)


Bart Scary
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<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Gostei bastante de Winslet, mas o que salta aos olhos no filme sem dúvida não é tanto  Di Caprio ou Winslet e sim Shannon.

 

Daí que depois de assistir “Dúvida” morro de medo de que Winslet e não Streep leve o Oscar... aff

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Um baita de um embuste esse trabalho do Mendes. Nenhuma sutileza, nenhuma elegância, e o conteúdo é bem, mas bem batido. O que redime, em parte, é o elenco, que está bem, apesar de trabalhar com personagens bestas. Pra mim, o que se sai melhor é o DiCaprio, que parece ter entendido que interpretava um mero clichê, e adaptou isso ao personagem. Ele me fez sentir a ânsia de fugir daquela vidinha de m**** muito mais do que a Kate com seu estoicismo de farmácia popular.

 

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CRÍTICA

 

Mesmo

recebendo vários elogios e indicações,e sendo um dos favoritos ao

Oscar,tive um certo

 receio em assistir Apenas Um Sonho.Um certo navio

envolvendo os dois protagonistas me deixou em dúvida sobre a qualidade

do novo filme de Sam Mendes.Não seria um filme pré-fabricado?A escolha

de Kate Winslet e Leonardo DiCaprio deixa claro as intenções da

produção,é claro que eles fizeram o filme pensando no cobiçado prêmio

da academia.A fórmula é simples:

CASAL DE LIXONIC + SAM MENDES + MUITAS LÁGRIMAS = OSCAR!!!

Sam Mendes é um ótimo diretor.Ele despontou logo em seu primeiro filme para o cinema,o já consagrado Beleza Americana.Depois

vieram os ótimos Estrada Para Perdição e Soldado Anônimo.Revolutionary

Road volta a mesma temática de Beleza Americana,mesmo se passando em

épocas diferentes,os dois filmes falam sobre o "lado B" da classe média

americana.O clássico de 99 é superior,e possui um efeito provocador

muito maior,mas Revolutionary Road ainda merece uma conferida.Eu me

surpreendi,apesar das intenções óbvias,o filme é uma ótima releitura do

livro de Richard Yates,possui personagens marcantes e uma história

muito bem desenvolvida.

Mesmo o filme tendo uma cara de "épico",a história é bem simples.Mostra

que a velha idéia do "sonho americano" não passa de uma ilusão.Não

basta ter um emprego rentável,uma boa casa e filhos felizes se não

temos nenhuma realização pessoal.O casal Wheeler possui uma vida

confortável em um bairro nobre da cidade,mas seus sonhos e anseios

estão todos presos por serem considerados irreais.O relacionamento dos

dois muda quando April abre os olhos e percebe o quanto eles são

infelizes,dando a idéia de se mudarem para Paris.A partir daí as brigas

se tornam frequëntes,e o sonho parece ainda mais distante.SPOILER O final é extremamente trágico e fatalista,mas a cena do velhinho desligando a aparelho auditivo é genial FIM DO SPOILER.

O

filme perde tempo com alguns momentos de histeria,em que o casa

briga.As sucessivas brigas acabam cansando espectador,enquanto alguns

personagens importantes aparecem pouco.Os filhos do casal tem um papel

importante,são eles que decidem o rumo da história no fim.E mesmo

assim, eles aparecem em duas ou três cenas curtas,um espectador

desatento pode nem notar a existência das crianças na história.

O

nome do filme é uma alusão a prisão que impedia os Wheeler de realizar

seus sonhos,a Revolutionary Road e sua aparente perfeição.Como sempre,o

título no Brasil teve de ser mudado para um título mais rentável:o

enfadonho nome "Foi Apenas Um Sonho".

Revolutionary Road tem grande chance de levar alguns prêmios técnicos

do Oscar: fotografia,figurino etc..A reconstituição dos anos 50 é

perfeita.As atuações também são boas.Leonardo DiCaprio prova mais uma

vez seu talento em mais um filme de época,o sétimo de sua carreira.Kate

Winslet está perfeita como sempre,ela possui uma espécie de aura das

grandes atrizes dos anos 50.Mas a melhor atuação é com certeza a de

Michael Shannon interpretando um matemático louco,é a primeira vez que

eu o vejo desde seu grande trabalho na obra-prima "Bug".

Resumindo:Apesar de pré-fabricado é um bom filme.Recomendado.

 

nota:7,7

 

VISITE:  www.cinemaacossado.blogspot.com

 

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Que mané pressão? Como se DiCaprio não tivesse feito bons filmes depois e precisasse provar algo...Mas cada um cada' date=' já o Beck achou o DiCaprio melhor, eu achei que ficou na mesma e estão supertestimando a atuação da Winslet.. [/quote']

 

Como assim "que mané pressão" Big ? Não entendi 06

 

Também acho que o Dicaprio não precisa provar nada pra ninguém
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Vi "Foi Apenas um Sonho" (Revolutionary Road).

 

 

 

 

 

Com: Kate Winslet e Leonardo DiCaprio

 

 

Filme de Sam Mendes, e tal qual Beleza Americana, Foi Apenas um Sonho

aborda um duro (?) retrato do "American Way of Life", só que dessa vez

menos sarcástico e mais pessimista. É tão pessimista que chega a

constranger.

 

Mas eu esperava mais, de fato eu não conhecia bem a premissa do filme, fui envolvido pelo hype

do Oscar. E agora que vi, não discordo de ter sido esquecido pela

Academia. Vi muita gente comentando o erro de não indica-lo para o Oscar de diretor, mas eu

achei tudo tão lento e ordinário que concordo com a decisão tomada. Kate

Winslet está soberba, mas sua personagem é tão vazia que talvez

concorrer apenas por 'O Leitor' tenha sido muito melhor para ela.

Roteiro Adaptado sim talvez fosse uma indicação aceitável, mas não

conheço a obra original, então não posso opinar.

 

 

E olha... gostei muito da atuação do DiCaprio. Mais do que a do Pitt em Benjamin Button.

 

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Tá... minha opinião.

 

 

 

 

 

Revolutionary Road foi, PRA MIM, sensacional. Assisti o filme ignorando

todas as comparações, críticas e comentários sobre as atuações, zerada

de emoções e hypes. E, talvez por isso, o filme me tocou profundamente.

 

 

 

 De uma sensibilidade incrível, ele não somente critica o tal "american way of

life"... isso seria ver o filme com um olhar raso. Acima de tudo o

filme faz um relato da realidade de muitos casais que deixam de lado

sonhos e pretensões, planos e ideais, para viver uma vida 'responsável' e 'adequada'.

Abdicar de coisas em função de uma vida à dois é algo que todos fazemos

um dia, mas a que custo? E se esse ato nos perseguir por toda a nossa

vida e nos amargurar, nos deixar insatisfeitos...e pior, se essa

insatisfação nos fizer sentir ainda mais culpados pois, teoricamente, a

felicidade deveria vir junto no pacote 'casamento-casa-carro-filhos'.

Então, potencializando esses sentimentos temos um casal jovem, cheio de

sonhos, que ficaram 'gravidos' e, agravado pelo fato de estarem na década

de 50 ou something, resolveram que o amor e a vontade de viver uma vida

juntos seria o suficiente para suprir suas outras vontades e que abdicar de

sonhos fazia parte de crescer e ser responsável.

 

 

 

 

Mas anos de amarguras, de alto misericórdia e transferência de culpa

(porque sempre culpamos o outro por nos ter impedido de fazer isso ou

aquilo quando na verdade na maioria das vezes, a culpa é unicamente

nossa) desgastam qualquer relação.

 

 

As traições, as vinganças pessoais e a vontade de magoar com palavras e

ações fazem parte do pay back time.. anos de sentimentos incrustados na

alma.

 

 

 

 

 

Diálogos chaves como o que o os Wheeler

discutem a nova gravidez e a

vontade dela em realizar o aborto, onde o casal nos informa as

circunstâncias em que tudo começou (uma gravidez inesperada, a casa no

subúrbio, a nova gravidez planejada para provar que a primeira não foi

um erro, e as diversas tentativas de fazer com que essa vida à dois

seja o suficiente para afogar qualquer outro sonho passado) nos mostram

o quão próximo de nós aquelas situações apresentadas estão.

 

 

 

 

 

E incrível perceber a sensibilidade que a Kate coloca em sua

interpretação quando nos passa tão bem toda a confusão em que sua

cabeça se encontra (April,no caso), lutando para entender como ela pode continuar

cumprindo sua função de mãe e mulher e ter também seus sonhos

realizados, ou ao menos parte deles para se sentir menos incompleta,

menos vazia e menos robótica, pois claramente toda aquela vida

suburbana não lhe satisfaz, não lhe é o suficiente.

 

 

 

 

 

Enquanto isso, o personagem do DiCaprio luta para manter suas

responsabilidades de homem, o que tenta desesperadamente provar ser

para a mulher,trabalhando em um lugar que odeia e se submetendo a

situações que ele sempre jurou não passar. Ser como seu pai parece um

castigo divino. Mas superar as expectativas do pai.. ganhar mais e

viver melhor do que seu pai jamais viveu, isso sim se torna apelativo e

algo a se prender.

 

 

 

 

 

Quando April sugere lagar tudo e ir a Paris com a desculpa de que é o

que Frank sempre quis, nada mais eh que uma tentativa desesperada de

fugir daquela vida, daquela realidade que a lembra diariamente do

fracasso como atriz, do papel secundário, da falta de sucesso na vida,

do fato de que ela é comum e não extraordinária.

 

 

 

Além da temática da insatisfação, temos também outros claros fatos bem

no estilo Nelson Rodrigues de ver coisas. A forma como é mostrada as

traições de Frank, indiferentes e impessoais, com qualquer pessoa e sem

qualquer apelo emocional, o simples 'comeu e jogou fora', e depois a

traição de 'April', calculada, cruelmente planejada e totalmente

pessoal (mesmo que também sem sentimentos pelo o 'amante') ....Quando

ele trai, faz por se sentir diminuído e como forma de provar sua

masculinidade e poder...quando ela trai, faz para mostrar pra sí mesma

que não há mais nada que em seu casamento para salvar.. que não havia

sentimento e que ela seria capaz de trair seu marido com o melhor amigo

dele....porque não havia mais amor..desgastou-se ...

 

 

 

O fato de que apenas o 'louco' entendia realmente  o que se passava com

os Wheeler mostra apenas que para uma sociedade cheia de preceitos e

esteriotipos a serem mantidos é preciso está despido desses valores

sociais para enxergar o que se passava entre April e Frank.

 

 

 

 

 

Enfim, eu me estendi mais do que pretendia, mas posso dizer com

certeza que Revolutionary Road é meu próximo livro de cabeceira, pois se,

segundo o Pablo, o filme não fez jus ao seu homônimo literário, a obra

de Richard Yates deve ser uma Obra Prima!

 

 


 

 

 

 

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Eu também gostei muito do filme. As intepretações estão soberbas, e dizer que o filme é apenas uma crítica ao "american way of life" é limitado. O filme é universal, porque a apatia e o comodismo diante das escolhas da vida é algo que atinge todo mundo em todas as sociedades ocidentais.

Realmente senti que faltou aquela ligação emocional um pouco maior com os personagens. Sempre parecia que a gente estava distante. Mas se essa foi realmente a abordagem do diretor, então a direção foi primorosa.

 

Eu escrevi um pouco sobre o filme no blog que tenho:

http://ettelefoneminhacasa.wordpress.com/

 

Lá também escrevi sobre "O curioso caso de Benjamin Button", pra mim o melhor até agora. (ainda falta assistir Milk, Frost/Nixon, The Wrestler, O Leitor, e Slumdog Millionaire...)

 

Neudson2009-02-03 08:46:17

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De uma sensibilidade incrível' date=' ele não somente critica o tal "american way of

life"... isso seria ver o filme com um olhar raso.

 

 

[/quote']

Acho engraçado como a maioria vê dessa forma. Talvez seja mais fácil tirar o seu da reta, meio que "esse tipo de coisa, que só acontece nos EUA..."

 

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De uma sensibilidade incrível' date=' ele não somente critica o tal "american way of life"... isso seria ver o filme com um olhar raso.

[/quote']
Acho engraçado como a maioria vê dessa forma. Talvez seja mais fácil tirar o seu da reta, meio que "esse tipo de coisa, que só acontece nos EUA..."

 

Eu não acho que a maioria vê dessa forma. O "american Way of life" já deixou há muito tempo de ter o seu sentido literal (no caso =  modo de viver dos EUA) justamente porque é algo bem universal. Não consigo ver como alguém se esconde debaixo dessa faceta, honestamente. A única coisa que muda mesmo é o uso da expressão.
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O fato de que apenas o 'louco' entendia realmente  o que se passava com os Wheeler mostra apenas que para uma sociedade cheia de preceitos e esteriotipos a serem mantidos é preciso está despido desses valores sociais para enxergar o que se passava entre April e Frank.

Tb vi por aí.

Americano tem mesmo isso de se programar, boa casa, estabilizar na carreira, economicamente e tals. Esse é o pacote da felicidade conformista.

Daí que, só mesmo um louco poderia dar razão, entender o casal.

 

Notava-se admiração e espanto qd  Frank conta a seus amigos o plano de mudança de vida.

E o fato da cidade ser Paris, só deu um glamour a tudo.

Então pq o casal era tão frustrado?

Pq viviam uma vida que não tinham escolhido.

 
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Meio morno, né? As interpretações estão ótimas, sem dúvida. De ambos. Acho que chego até a preferir o Di Caprio, mas talvez por me identificar mais com o personagem dele.
Alardearam tanto sobre o final e não vi nada demais... bem fraquinho, até.

Agora, o Di Caprio tá zicado... ele está buscando só papel de Oscar e a estatueta não vem06

 

OBS: Caraleo, fiquei com nojo da April...07
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De uma sensibilidade incrível' date=' ele não somente critica o tal "american way of life"... isso seria ver o filme com um olhar raso.

 

[/quote']

Acho engraçado como a maioria vê dessa forma. Talvez seja mais fácil tirar o seu da reta, meio que "esse tipo de coisa, que só acontece nos EUA..."

 

Eu não acho que a maioria vê dessa forma. O "american Way of life" já deixou há muito tempo de ter o seu sentido literal (no caso =  modo de viver dos EUA) justamente porque é algo bem universal. Não consigo ver como alguém se esconde debaixo dessa faceta, honestamente. A única coisa que muda mesmo é o uso da expressão.

Aqui no fórum mesmo, sempre que sai um filme como Pecados Íntimos, Felicidade, etc, vc vê vários comentários tipo "o filme esfrega na cara dos americanos toda sua hipocrisia" ou "um soco na barriga da sociedade americana", e por aí vai... Na ultima semana mesmo postaram lá no tpc do Oscar que o filme só não foi indicado pois mostra como os americanos realmente são.09 Agora se tem pessoas que usam o termo "american Way of life" com esse sentido universal que vc apontou, realmente é algo que ainda não havia pensado.

 

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O que mais me incomodou no argumento do filme foi o fato de que April foi vitimizada e Frank foi demonizado por completo. O casamento já estava falido e a insistência era de que Frank, por ser incapaz de dialogar com a esposa, era o principal culpado. A própria postura covarde de April, sugerindo a adoção de um ato de rompimento com a rotina que era uma verdadeira loucura (a viagem a Paris com crianças pequenas e os dois desempregados), não foi objeto de qualquer investigação no filme. Pelo contrário, foi tratada como um gesto de coragem pelo matemático quando, de fato, era o extremo oposto.

 

O matemático, aliás, é o pior elemento estrutural do roteiro, disparado. Ele torna verbal (por meio de gritos e caretas, o que é pior) o que já estava sendo esfregado na cara do espectador desde o começo. Com isso Sam Mendes mostrou o quão inseguro ele estava quanto à missão de transmitir ao espectador a essência do fime. Faltou refinamento na linguagem cinematográfica.
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Pablo menciona que Mendes julga seus personagens... Alguns dizem (como o Alex acima) que April é a vítima e o Frank o demônio, ambas características também pintadas por Mendes...

 

Curioso que eu não vi nada disso... Vi um casamento frustrado, pessoas que não conseguiram se realizar (irrelevantes as razões, até pq seria chorar sobre o leite derramado) e tentando sair dessa. Porém o que ficou pra mim é que April é a mais frustrada ali e projeta sua frustração no marido, ou seja, se o marido deixar de ser quem é e ir atrás de sua vocação, ela é quem será feliz, justamente pq ele será feliz como resultado.

 

O problema é que Frank parece conseguir lidar (mesmo que de forma vacilante) com essa coisa do emprego e da vocação... Mas April insiste que a fórmula da felicidade está em surtar legal e jogar tudo pro alto (ecos de Beleza Americana aí?), o que, sinceramente, não parece ser uma postura razoável na condição em que eles se encontravam. Essa projeção de expectativas na pessoa do outro é que me fisgou, mesmo com os diálogos expositivos e outros problemas técnicos apontados...
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Acho que Mendes não só julga como também toma partido de um dos cônjuges. E isso, pelo menos pra mim, é uma bobagem sem tamanho, já que todos os sucessos e fracassos de uma relação são resultado de uma construção coletiva - e não apenas individual.

Aproveitando a deixa, quero só registrar que o final com os fones de ouvido foi a coisa mais ridícula que eu vi nos cinemas esse ano até o momento e indício de que o diretor, provavelmente, não estava sabendo como terminar o filme.
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