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Forum Cinema em Cena

O Cinéfilo


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Mas você não sabia? Isto é' date=' já não tinha visto em algum lugar, lido por aí, nem ouvido falar? Este é um problema que os espectadores de O Sexto Sentido vão enfrentar futuramente. 50 First Dates já conta o final do filme na cara dura.[/quote']

 

Isso é verdade, tem coisas que se enraizam tanto no imaginário popular que você já nasce sabendo delas, hauahuhaua. O fim de Psicose, e mesmo a mudança de protagonista, ou que Darth Vader era o pai do Luke são coisas que eu já sabia muito antes de assistir aos filmes, infelizmente.

 

Darth Vader é o Pai de Luke!?!?06

Essa eu nasci sabendo, e só vi os 6 filmes ano passado02.

 

O final de Titanic entra nessa? 06

 

É o único motivo pelo qual vale apenas esperar o final do filme.1606

 

Única cena que gostei do filme.
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Acho que sou o único a não ter se interessado pela saga Star Wars. Vi apenas o primeiro e depois passei bem longe. Ai que horror! 14.gif

Adoro os dois primeiros produzidos, o terceiro não consegui terminar de ver porque o filme estava com problema (e é ótimo), os três mais recentes não vi.

 

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Me diga' date=' você considera o segundo melhor? Muitos já me recomendaram, mas realmente não gostei nada do primeiro. 09.gif [/quote']

 

Achei melhor, mas só um pouco, a coisa não fica muito longe daquilo que você já viu. Eu não curto a mitologia da série (talvez pela saturação nerd), aí não tem jeito mesmo.
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Me diga' date=' você considera o segundo melhor? Muitos já me recomendaram, mas realmente não gostei nada do primeiro. 09.gif [/quote']

Star Wars    8,8/10

 

The Emperor Strikes Back     8,9/10

 

Se não gosta da atmosfera da série, provavelmente não vai gostar de TESB também. Mas vale a pena dar uma conferida.

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Boa tarde pupilos, amigos e amigas.

 

Enquanto a PROVA 6 continua em ritmo lento, vamos então divulgar aqui o trabalho feito pelo HAL2000 e Troy Atwood*, para a PROVA EXTRA, que dará uma segunda chance a um dos dois de retornarem a "O Cinéfilo", ainda nesta 6ª prova. O resultado desta prova sairá na próxima segunda-feira. Srs. Jurados, é com vocês.

 

img161/3143/segundachancerf7.jpg

 

PROVA EXTRA:

 

1) PROVA 3 - MUITO ALÉM DE HOLLYWOOD:

Elaborar uma resenha para um dos seguintes filmes Bergmanianos: "Persona", "O Sétimo Selo" ou "Gritos e Sussurros". Além da resenha, enviar um pequeno resumo sobre o histórico do cinema sueco e um comentário sobre Ingmar Bergman, auxiliado pela sua resenha e mais um ou dois filmes vistos.

2) PROVA 4 - BOMBAFIGHT! CUP:

Disserte sobre o seguinte raciocínio, proferido com frequência no tópico do filme "Transformers" de Michael Bay: "Transformers é bom porque é idiota".

3) PROVA 5 - ROTEIRO E DECUPAGEM:

Nos moldes do que foi realizado na 5ª prova, escolher alguma cena do filme "Profissão Repórter" ou "Blow-Up", do Antonioni, e nos entregar a cena escolhida devidamente trabalhada.

 

=================

 

 

PROVA EXTRA : POR HAL2000

 


Etapa 1

A Obra

O ser humano, atemporalmente, sempre foi e será engolido pelos princípios da indagação (voltados aqui, para religiosidade). Morte, Deus, céu, inferno... Todos estes, quando levado pela fé pessoal (além de traçar o caminho teórico da ambígua ‘morte’), tende a fortalecer o corpo e a alma, amenizando a dor e refletindo significativamente no convívio do meio social.
Em 1956, Bergman conduz este marco sobre a religiosidade, traçando definitivamente seu futuro cinematográfico, assim como o futuro de muitos outros, que ali, se inspiraram e construíram uma visão jamais apresentada na sétima arte.

E é trazendo Antonious Block, um cavaleiro de volta a seu país após participação nas Cruzadas que se inicia o precioso estudo sobre o relacionamento de dois gigantescos polos: o homem e a filosofia.
Suécia... A religião ali, sempre caminhando juntamente com a política, faz da invasão de pestes no país, o autoritarismo na sociedade, tornando Deus, morte, céu e inferno, sinônimos de terror e sofrimento... assim como o aumento da revolta dos povos para com tal religiosidade (representada principalmente por Block após sua volta).

O Sétimo Selo, oferece então como principal atração, a antológica disputa estratégica do cavaleiro com a Morte a partir de um jogo de xadrez. Buscando fontes de conhecimento para a liberdade e sentido desta indagada sociedade na qual ali convivera, o cavaleiro opta também pelo objetivo de prolongação do tempo de vida (conseqüente do prazo de finalização do jogo).

Sobre ótimos quadros estáveis (a cena da rivalidade em frente ao mar que o diga) acompanhado a agressividade da trilha, surge no decorrer do jogo, ao lado do cavaleiro (juntamente com todos os espectadores), a angustia levada pelo medo... De um lado, o inofensivo, do outro, mistério e superioridade (reforçado com o penetrante olhar de Bengt). Bergman faz da Morte, um ser de presença fora dos limites de tempo ou espaço (sobre simbologia física, logicamente), manipulando e transmitindo uma espécie de paranóia (principalmente após a tomada em que o cavaleiro faz a confissão) que consegue prender a todo o público.

Mesmo com alguns quadros mais voltados para o humor (vide o marido traído), a presença da Morte despeja inevitavelmente a atmosfera de terror... E é justamente desta palavra que Bergman, concluindo toda a perseguição psicológica ali apresentada, faz a definição de morte aos olhos da população. Como a única verdade, em fato, aqueles que a final ajoelham e reverenciam sua presença, acabam por ‘desmascarar’ todo o principio religioso que tamém a fim, acabou por se tornar o principal tema e matéria-prima de construção da velha religiosidade, ‘amenizadora’ da paranóia.

A obra assim, se desfecha, fazendo a indagação, duvidas e crenças que ‘acompanhavam’ a todos aqueles já mostrados, serem carregados pela morte. Enquanto o camponês, juntamente com a mulher e filho, filosofa ‘descontraído’ com suas visões, seguindo o trecho da vida.... a vida que está ali, antes de QUALQUER coisa, aproveitada para ser vivida...



A terra’

Década de 20. Foi aí que a Suécia conseguiu o maior destaque cinematográfico no mundo. Trazendo Greta Garbo e vários clássicos a Hollywood, cineastas como Victor Sjöström e Mauritz Stiller marcaram e expandiram definitivamente a sétima arte para a popularidade.
É desta terra que mais tarde foram colhidos preciosos frutos, como Ingmar Bergman e Jan Troell, cujo trabalhos, caracterizaram de vez a atmosfera do cinema sueco, que, generalizando, foi marcada pelas sérias, frias e ‘paradas’ obras, utilizando de conceitos como morte e drama o principal embasamento para produções.
O cinema sueco teve também, uma interessante adoção. Em 1963, o governo assinalou uma lei conhecida como “A Reforma do Cinema” que tinha como princípios, o objetivo de disponibilização de fundos para o impulso da industria cinematográfica. Acontecia que a cada bilhete vendido (são vendidos cerca de 18 milhões de bilhetes de cinema a cada ano), 25% do valor geral era acarretado como impostos. Em volta, os donos dos cinemas populares pagariam 10% das receitas gerais arrecadadas com as bilheterias ao Instituto do Cinema Sueco, apoiando a produção.
Enfim, esta (belíssima) estratégica, foi fonte de mais uma vasta leva de diretores...
Mikael Hafström (Vendetta), Lasse Hallström (Regras da Vida), Stig Bergqvist, e vários outros que estão aí, sustentando o cinema sueco a partir dos mais variados gêneros.

O gênio

Nascido na Suécia, em 1918, Bergman cresce às raízes de um cruel regime, lidando com o autoritarismo religioso da época (devido principalmente ao fato de ser filho de pastor) e consequentemente auto-biografando o que mais tarde se tornara inúmeras obra-primas. Passando pelo teatro, até se estabilizar a sétima arte em ‘Kris’, vários trabalhos foram realizados... mas o verdadeiro ‘estouro Bergman’, veio após a produção de “Sorrisos de Uma Noite de Verão’, (1955) e ‘O Sétimo Selo’ (1956) mesmo. Daí pra frente então, o sueco foi responsável por várias obras (Persona, Gritos e Sussurros, O Sétimo Selo, A Hora do Lobo, Sonata de Ouro...), marcada pela complexidade nos personagens, religião, filosofia e espécies de desabafo para com tudo aquilo que conviveu, se tornando essencial em qualquer lugar do mundo e provindo a ser um dos cineastas mais premiados de todos os tempos.
Bergman conquistou e influenciou uma legião de cineastas, que, ainda hoje, retribuem com menções nas próprias obras. Segue uma frase de Godard, ‘definindo’ o cinema Bergmaniano.

"O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico".


Etapa 2

A principio, tendo a analisar o trecho “...é bom porque...” já entra, consequentemente, a obrigação da velha “análise-respeito”, construída pela diversificada visão do público. Levando em conta o (complexo) subjetivismo presente nas mais variadas mentes, este pode ser além da forma manipulada, que ‘carrega’ boa parte da população, ser da forma pessoal mesmo, como bem foram construídos.
Expondo o ponto de vista pessoal, vale notar que ‘idiotice’, atualmente, é a matéria-prima de maior presença em filmes/seriados de humor, essencial para elaboração da estrutura de qualquer um. Descartando a ignorância, com olhos abertos para as mais diferentes produções e vertentes do ‘idiota’, mesmo sabendo que a ‘estrutura’ já citada vale como sinônimo de clichês na maioria das vezes, a recepção, juntamente com a análise do bom e do ruim, como em qualquer meio artístico, sempre deve existir. O clássico “Três Patetas”, é um bom exemplo, de como o idiota quando procurado a momentos ideais e sendo taxado como diversão descontraída (descartando análises mais complexas) pode cumprir maravilhosamente o objetivo procurado.
Enfim, qualquer que seja a subjetividade composta pelos pontos preferenciais do público (aspectos técnicos, clichês, psicológicos, culturais...) e seguido por um desenvolvimento argumentativo que justifique de forma clara e convincente, o “idiota” ou “idiotice” abre um leque de infinitas possibilidades a serem visados.


Etapa 3


Roteiro e Decupagem:


Local: Estúdio de fotografias
Objetos em Cena: Câmera fotográfica e placas de vidro.
Ator: David Hemmings
Figurino: Camisa social azul-clara, calça social cinza, cinto, relógio e meia preta.
Figurantes: Modelos e assistentes


Plano 1: Thomas retira os sapatos, caminha pelo estúdio e observa o cenário a sua volta. (PG, pegando a fundo do estúdio de fotografia)

Plano 2: Funcionária faz breve ajuste às roupa das modelos que estão se preparando para sessão. (PP )

Plano 3: Modelos ensaiam os movimentos. Thomas observa o comportamento de duas delas e prossegue com pequenas advertências.
O olhar (irritado) volta-se a primeira.

Thomas -
- Aqui não se usa goma de mascar.
Livre-se disto...
Não no meu piso.

Em seguida para a segunda

Thomas -
- Você, abaixe o braço.

A modelo segue sua ordem.

Thomas -
- Bom.

O assistente posicionado a seu lado faz observações a respeito do ajuste da câmera fotográfica.

Assistente -
- Seis milímetros

Thomas faz os devidos ajustes. (PA, ‘pegando’ Thomas por trás das modelos que estão posicionadas de costas, às laterais do estúdio)

Iniciam-se as fotos. Após pouco tempo:

Thomas-
- Terrível

(PA, ‘pegando’ Thomas novamente por trás das modelos)


Plano 4: Se ‘levanta’ furioso, vai até as modelos e faz mais advertências para com as poses das atrizes.

Thomas -
- Que tal a perna um pouco mais pra frente
(PA, ‘pegando’ Thomas por sua estável posição, na qual está a câmera fotográfica)


Plano 5: Thomas arrasta a perna da modelo à força e volta para a câmera fotográfica. (PAm, focando Thomas e as modelos a esquerda do cenário, voltado para o fundo)

Plano 6: Modelos continuam a ensaiar diversas poses. (PA. Pequeno ‘traveling’ focando todas modelos, pegando também, da ‘ponta’ na qual Thomas tira as fotos ao fundo)


Plano 7: Retorno para Thomas que volta a fazer os devidos ajustes na câmera, preparando para recomeçar..

Thomas-
- Agora... boca e lábios abertos.
Sim, bom.

(PA, pegando da esquerda do cenário, desta vez, voltado a ‘ponta)


Plano 8: Dá inicio a sessão fotográfica. Modelos continuam a fazer diversas poses enquanto são fotografadas. (PP, com travelings e variações de foco de modelo para modelo).

Plano 9: Thomas manuseia a máquina, segue a fotografar. (Close frontal entre a maquina e Thomas).



Plano 10:

Thomas -
Eu não gosto dessas expressões.
Comecem novamente.
Repensem isso, repensem isso.

(PM frontal. Thomas e a maquina)


Plano 11: Novamente modelos se esbaldam em poses e expressões.
(PG, novamente, pegando do ponto de fotografia de Thomas para o fundo)

Plano 12: Thomas para e faz mais observações.

Thomas-
- Fitas de seda. Deixem cair as dobras.
Não se mexam.
Levante os braços e os abaixem
(Igual ao Plano 7)

Plano 13: Retorno para a máquina, desta vez, demonstrando empolgação.

Thomas-
- Sim, muito linda. Eu gosto, eu gosto. Continuem.
Sim. Bem, agora mudem de posição.

Thomas se desloca juntamente com a câmera do local onde estava, mudando o ângulo de fotografia das modelos.

Insatisfeito com o que via, assobia nervoso e retruca com um grito.

Thomas-
- Acordem!

(Close frontal de Thomas, seguido por um pequeno Traveling a momento da deslocação. Logo, ponto fixo PM.)



Plano 14:

Thomas-
- Vocês tem sorte de serem modelos e trabalharem pra mim, não?
...
Muito bem, mais uma.
Agora sorriam. Vamos.
Sorriam, sorriam, sorriam...
Mais fotos são tiradas, até que, novamente, Thomas interrompe.

Thomas-
- Deus

(PA, pegando pela diagonal do estúdio a partir da ‘ponta’ com travelings até as costas de Thomas)


Plano 15:

Thomas-
Pedi-lhes para que sorrissem. O que aconteceu?
Vocês não sabem o que é sorrir?

(PP, com traveling às faces de cada atriz)


Plano 16: Thomas procura se controlar e dá um intervalo as mulheres.

(Idem ao Plano 14, menos traveling)

Plano 17:

Thomas-
- Eu não posso mais ver o globo de seus olhos.
Deixem eles apenas abertos o tempo todo.
Vamos, fechem os olhos... fechem os olhos.

(Igual ao plano 15)

Plano 17: Enquanto as modelos seguem seu comando, Thomas calça seu sapato, recolhe seu casaco e sai em direção a porta.

(PAm. Acompanhamento da câmera com o ator até sua retirada)


Fim de Cena.

 

PROVA EXTRA: POR TROY ATWOOD

 



ETAPA 1


Ingmar Bergman

Um cara em constante depressão, que se ultilizada do seu talento para escrever/dirigir para tentar encontrar uma solução para seus problemas pessoais. Ernert Ingmar Bergman nasceu em 1918, em Uppsala, Suécia. É o maior nome sueco na industria cinematográfica, tendo alcançado a fama internacional em 1957, quando lançou o provavél filme mais famoso de sua carreira, O Sétimo Selo.
Bergman nasceu num berço religioso. Seu pai era paster da igreja luterana, e comandava a infância do garoto Bergman com mãos de ferro, aplicando-o castigos psicológicos e corporais (como o próprio Bergman estuda em O Silêncio e em outros trabalhos). A dor e o sofrimento de Bergman são talvez os principais motivos pelo qual ele foi, depois de sua morte homenageado em todo mundo. Como a depressão do cara era sempre presente em seus filmes, facíl concluir que Bergman inseria toda a sua alma para aquilo que ele fazia.
Alguns dos filmes de Bergman chegaram a ser duramente criticados na época de seu lançamento, por ter uma carga erótica muito forte, mas esses são apenas exceções, pois o diretor costumava ser bastante elogiado por seus trabalhos que transcendiam ao do simples cinema, passando ser além de bastante divertidos, alvo de prazerozas dissecações.
Ganhou dois Oscar por sua direção em "A Fonte da Donzela" e "Fanny e Alexander". Faleceu dia 31 de Julho desse ano de 2007, deixando um legado de 56 filmes e mais um bocado de programas para rádio e peças teatrais. Antes da morte, já havia se aposentado de sua função de diretor de cinema e se dedicava única e exclusivamente à sua carreira nos palcos teatrais.

O Sétimo Selo - Resenha

Quem sou eu? Para onde vou? Duas das três perguntas fundamentais que ainda são incógnitas para o homem, já que a primeira - de onde eu vim? - parece ter sido bem explicada pela ciência. Por mais estranho que possa parecer, de fato nós não sabemos o que nós somos. Talvez uma grande piada, já que seres tão imperfeitos como nós nos achemos na condição de julgar nossos semelhantes que talvez sejam apenas diferentemente imperfeitos. E não estou falando de alguém que mata ou que rouba, não. Estou falando de um cara que olha torto pra vizinha que passa rebolando pela rua, mas que à noite, vai pra balada e pega umas quatro... de uma vez. Estou falando daquele gurí que chama o colega de sala de feioso, mas que mal consegue se olhar no espelho, e se o faz, é anta demais pra entender que a beleza é relativa. Ou ainda daquele cara não menos anta que tenta julgar todas essas pessoas, mas que está passando a madrugada escrevendo sobre um filme ao invés de estar curtindo a noite com os amigos. Céus, como o ser humano é cego de não poder enxergar isso tudo. Mas ainda bem que há alguns que, não julgam, mas pelo menos tentam compreender (e nos fazer compreender consequentemente) o que se passa pela mente tão perigosa desse ser, que comanda esse planeta, mas não consegue controlar a si mesmo quando os seus impulsos primitovos vêm à tona. O medo, por exemplo. Medo do desconhecido... do... vazio.
O Sétimo Selo é mais que um filme, é uma obra de arte que está exposta em um museu para ser analisada para sempre. É um daqueles filmes que podem ficar sendo dissertados durante horas e mais horas e que, provavelmente, as conclusões dessas dissertações não chegarão muito perto daquilo que o concessor da obra prima pretendia. Não que isso seja ruim, afinal, como toda obra de arte, o cinema esbalda subjetividade, o que é encorajador para quando se pretender falar um pouco sobre esse filme. Ao retornar das cruzadas, o cavaleiro Antonius Block encontra a Suécia devastada por uma peste que se alastrava por toda Europa. A igreja católica, que possuia um poder político muito grande na época alcunha a peste de 'um castigo de Deus'. Antonius tem um encontro inusitado: o da Morte. Ela vem pra lhe dizer que seu tempo se esgotara, mas o cavaleiro a convida para uma partida de xadrez apostando no jogo a sua permanência na vida. Orgulhosa, como só a Morte é, ela aceita o desafio e já alerta: não perde nunca.
Ingmar Bergman, que usava seu talando para o cinema como terapia para superar seus temores, faz em O Sétimo Selo uma análise bastante completa do ser humano. Desde sua insignificância enquanto ser idenpendente (virgem Maria, simbolizando a fé, serve de apoio para que o garotinho possa conseguir caminhar) até o temor agonizante do vazio, momentos antes do beijo da morte, não deixando de passar por tudo aquilo que há no meio disso tudo, como a paixão (casal de artistas), rejeição (triângulo amoroso), a rotina (tarde na colina) e etc. Questionando os paradigmas religiosos, Bergman entra nessa odisséia em buscas de respostas, ou de motivos para ter fé e crer em Deus. O tesouro da odisséia de Bergman pode não ser dos mais otimistas, mas não é você quem tem de terminar dançando com a morte. Tu pode apenas continuar a vida, seguir teu caminho, tomar esse tenebroso encontro com a Morte e com uma faceta diferente dos seus semelhantes como uma proveitosa experiência para a vida.

Cinema Sueco e Novo Cinema Sueco

O cinema Sueco automaticamente nos remete ao poderoso Ingmar Bergman. Nascido em Uppsala, Bergman não fugiu das raizes da cidade - já que é lá que está uma das faculdades mais conceituadas em cursos de artes da Europa -, tendo se dedicado bastante aos roteiros. O resultado, como já fora bastante citado por mim (e pelo Hal, for sure) em outros textos, todos já sabem. Bergman um dos nomes mais consagrados do cinema mundial. De todos os tempos.

Contudo, toda a fama e talento digno de um gênio de Bergman não fora o bastante para criar um movimento cinematográfico mais denso na Suécia. Mas a situação não é de toda calaminosa, já que atualmente conta com nomes de bons diretores, que ficaram marcados por retratar a juventude (o que na humilde opinião deste - jovem - que vos fala, é um tema grandioso) nos dias atuais. Lukas Moodysson, o diretor de "Amigas de Colégio" trouxe um retrato ousado dos esteriotipados filmes 'high school', contando a história de duas garotas que se apaixonam, trazendo um estudo bastante eficiente sobre rumos e decisões, que são conflitos presentes nos jovens de hoje em dia. Moodysson porém, é apenas um dos nomes do novo cinema sueco. Ao lado dele figura Daniel Fridell, que foi o responsável por "Beleza Sueca", filme que (mais uma vez na minha humilde opinião, lembra Virgens Suicidas, da Coppola) fala sobre a vida dos jovens lutando contra paradigmas sociais em uma cidade do interior da Europa. Beleza Sueca e Amigas de Colégio possuem vários pontos em comum, como por exemplo a crítica à futilidade jovem, que se limita a falar de garotos, maquiagem, carros tunados, garotas...

Como eu disse, o universo juvenil é um tema bastante promissor, e como o cinema da Suécia parece estar se centrando nesse tipo de terreno (assim como o cinema Brasileiro tem uma queda por violência/pobreza), posso concluir que TEMOS que ficar de olho em tudo que vai sair de lá.

 

 


ETAPA 2:



É bom porque é idiota

"É bom porque é idiota". Um raciocínio bastante equivocado quando está se referindo à Transformers, o novo filme de Michael Bay (vômitos) que estreou esse ano no mundo inteiro. Tranformers é um filme pretencioso, que parece a todo custo farejar à procura de um Oscar (e ficamos aqui na torcida pra que isso não aconteça, vale lembrar).
Pegar filmes com temáticas despretenciosas como "Os Simpsons", "O Balconista" ou - sim, eu gosto - "Bob Esponja - O Filme", que parecem se levar pouco à sério, pretendendo apenas arrancar umas boas risadas durante um bocado de minutos (e isso não quer dizer que não sejam piadas bem sacadas) e chegar a essa conclusão, de que se tratam de filmes legais por serem - assumidamente - idiotas, seria válido.
Por que exatamente Transformers não é legal por ser idiota? Bem, carros mutantes que se transformam em robôs é uma coisa. Carros mutantes que se transformam em robôs com uma gota que seja de carga dramática é bem NOT. E fazer um filme tendo como principal ponto de apoio os efeitos especiais (normais), é só idiota, mas não legal.

 

 



ETAPA 3:

Roteiro e Decupagem: Blow Up - Depois Daquele Beijo

Cena de Blow Up que vai desde o final do telefonema de Thomas para a mulher desconhecida do parque, até o começo do telefonema de Thomas para Ron.


01:06:17 - Plano Próximo (PP) das costas de Thomas, com duas fotos ao fundo. Foto da direite, a estranha desconhecida correndo. Foto da esquerda, foto ampliada mostrando a cerca e as árvores do parque. - Audio: Silêncio total.

01:06:36 - Câmera Panorâmica Horizontal, que vai seguindo Thomas desde o sofá até quando ele entra para o outro cômodo. Cenário de uma casa desorganizada, com um falso plano-de-fundo roxo e um cabide com plumas penduradas. - Audio: Apenas os passos de Thomas.

01:06:43 - Plano Médio (PM), com Thomas à direita na tela. Luz ambiente alaranjada. Cenário de um estudio de revelação de negativos. - Audio: Apenas barulho da água escorrendo.

01:06:57 - Panorâmica Horizontal novamente, fazendo o caminho inverso ao da primeira vez (1:06:36), com Thomas vindo do outro cômodo - estúdio de revelação de negativos - até a sala de estar, onde estão as outras fotos. - Audio: Novamente, passos de Thomas.

01:07:12 - Plano Geral da sala, com Thomas ao centro. Fotos penduradas no varal próximo à parade e ao suporte de madeira do teto. - Audio: Silêncio total.

Agora tem início uma série planos nas fotografias que Thomas tirou.

01:07:33 - Plano Geral com o casal à direita, passeando no parque. Fotografia em preto e branco. O bosque é composto por um espaço que é cercado por árvores e uma cerca. Dentro desse espaço, há um campo aberto, com umas poucas árvores, bem separadas umas das outras. - Audio: Som de "silêncio" em um bosque. Basicamente, é o barilho que o vento faz nas árvores.

01:07:36 - Close no casal passeando, ainda na fotografia em preto e branco. - Audio: Ainda o mesmo "silêncio" no bosque.

01:07:39 - Plano Geral do casal se beijando, exatamente ao centro. Fotografia em preto e branco. - Audio: Ainda o mesmo.

01:07:42 - Plano Próximo do casal, com a mulher olhando para o lado, com uma expressão preocupada. Fotografia em preto e branco. - Audio: Ainda o mesmo.

01:07:44 - Plano Geral do casal se beijando no bosque, na fotografia. Ainda na mesma fotografia, Travelling Horizontal/In para um detalhe no meio das árvores, à direita. - Audio: Ainda o mesmo.

01:07:49 - Close no detalhe por entre as árvores, ainda na fotografia. - Audio: Ainda o mesmo.

01:07:53 - Close meior no detalhe, que fica claro como sendo uma mão segurando um revolver. A pessoa segurando o revolver veste um conjunto social, ainda que só possamos ver sua mão e um pouco do seu braço. Na mesma fotografia em preto e branco. - Audio: Ainda o mesmo.

01:07:57 - Plano americano do casal, com a mulher encarando com uma expressão preocupada, agora em uma nova fotografia, em preto e branco. - Audio: Ainda o mesmo.


01:08:00 - Nova fotografia em preto e branco, Plano Americano do casal, mulher à esquerda e homem à direita. Ambos encaram o fotógrafo. - Audio: Ainda o mesmo.

01:08:04 - Close em Plano Americano do homem, exatamente ao centro, com uma expressão estranha no rosto meio encoberto pelas sombras. Ainda na mesma fotografia. - Audio: Ainda o mesmo.

01:08:08 - Close em Plano Americano da mulher, roendo as unhas e olhando para o fotógrafo. Ainda na mesma fotografia. - Audio: Ainda o mesmo.

01:08:12 - Plano Americano da mulher, correndo em direção ao fotógrafo. Fotografia batida de baixo para cima, à esquerda com as árvores e à direita apenas com o céu vazio. Fotografia em preto e branco. - Audio: Ainda o mesmo.

01:08:16 - Plano Geral, com o homem bem ao fundo, quase que imperceptível, com o cenário do bosque cercado por árvores, com duas árvores dentro da cercas. Fotografia em preto de branco. - Audio: Ainda o mesmo.

01:08:20 - PLano Americano da mulher, um pouco à direita, de costas para o fotógrafo. Fotografia em preto e branco, com menos tons aqui. - Audio: Ainda o mesmo.

01:08:22 - Plano Geral, apenas com o bosque, sem nenhuma pessoa. Mesmo ponto onde foi batida a foto de '01:08:16'. Fotografia em preto e branco. - Audio: Ainda o mesmo.

Fim da série de fotos.

01:08:25 - Câmera Panorâmica Horizontal, que passa de duas fotografias e vai até Thomas, que continua a olhar para elas, e para, com o protagonista à direita. Ele para de olhar, reflete um pouco e decide tomar uma outra atitude. - Audio: Silêncio total.

01:08:38 - Travelling junto ao personagem. Thomas passa por debaixo do suporte de madeira do teto (onde as fotos estão penduradas), pega o telefone e liga para Ron. A casa de Thomas é desleixada, com parades brancas, uma grande janela e várias e várias pinturas pela parede, a maioria modernistas. Thomas veste um conjunto social com calça branca, blusa azul clara. Uma cena com tons claros e leves, mas com uma tensão (auxiliada pelo silêncio constante) assombrosa. - Audio: Ainda o silêncio total, com um ou outro ruido de Thomas andando, pegando o telefone e etc.

Fim da decupagem.

 

 

 

 

==================

 

 

 *O Dark não pôde participar.
Enxak2007-08-09 13:49:30
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  • Members

ATENÇÃO:

 

Troy e HAL, já podem selecionar os 5 filmes para a PROVA 6 (não há problema de repetir os filmes, já que só um de vocês participará, de qualquer forma).

 

E aos demais membros: O PRAZO PARA ENTREGA DOS QUESTIONÁRIOS ENCERRA-SE NO DIA 17/08 (SEXTA).

Portanto, não deixem para a última hora, as redações sequer foram escolhidas por todos (e elas deverão ser entregues também na sexta).

 

PS: Troy ou HAL terão só segunda, terça, quarta e quinta para realizarem a PROVA 6, os questionários e redações deverão ser entregues também na sexta, dia 17.

 

 
Enxak2007-08-09 20:31:58
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  • Members

Enxak' date=' dá para adiar um pouquinho para dia 19 (domingo). Desse jeito não vai dar para fazer nenhum do Bônus Track. 09.gif[/quote']

 

 

 

Não estou falando dos Bônus Track, estou falando dos 5 questionários pre-escolhidos.

 

 

 

Ok. Mas dá para adiar só por esses dois dias? 06.gif Tá meio apertadinho. 09.gif

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  • Members
Enxak' date=' dá para adiar um pouquinho para dia 19 (domingo). Desse jeito não vai dar para fazer nenhum do Bônus Track. 09.gif[/quote']

 

Não estou falando dos Bônus Track, estou falando dos 5 questionários pre-escolhidos.


Ok. Mas dá para adiar só por esses dois dias? 06.gif Tá meio apertadinho. 09.gif

 

Sem chance. Vocês estão folgados demais até... Já receberam os questionários há dias... Isso é uma competição, não se esqueça, deve haver dificuldade. 03
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Boa tarde pupilos...

Porra, só TRÊS questionários recebidos até agora... O que está acontecendo??? Não precisa (nem devem) enviar os 5 de uma vez, no dia do prazo final, vão mandando aos poucos, oras, facilita o trabalho dos jurados e adianta o resultado da PROVA 6, fazendo o jogo andar... Colaborem.
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  • Members
Por que tu não entrega os questionários pra mim e pro Hal de uma vez? Aí quem sair fora apenas dá Delete o pronto 06

 

Não deixa de ser uma boa idéia...

 

HAL e Troy, me repassem seus emails, para que eu possa enviar os questionários.

 

PS: Repita a lista de filmes que vc escolheu, Troy, por favor.
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  • Members
Enxak ' date=' se alguém entregar todos os questinonários antes do HAL ou TROY pode escolher o Bonus Track antes ??[/quote']

 

O conselho decidiu que não haverá mais "Bonus Track". Vocês só tem portanto que entregar os 5 questionários + 2 redações. Os questionários restantes serão guardados para "O Cinéfilo III".
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