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Eu Sou A Lenda - (I Am Legend)


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Gostei do filme,inclusive do final...O cara cumpriu seu dever,criou a cura e agora poderia morrer em paz.

O que me incomodou foram apenas os bichos mesmo...eram muito velozes e o CGI ficou gritante.

 

Em tempo:Eu lí o livro errado ou esse filme nada têm haver com o livro?

-Robert Neville não é cientista.

-Não tinha cachorro (Ele chegou a achar um na rua,mas o cachorro morreu em uma semana)

-OS bichos passavam a noite toda cercando a casa dele

-O livro não fala nada de uma colonia de humanos,fala de uma nova sociedade que surge com os bichos que se adaptaram ao mundo.
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Isso é verdade, Rafal.

 

Para uma versão mais apurada do livro, veja ''Mortos que Matam'', com Vincent Price.

 

Apenas conceituando:

 

 . A Idéia de Robert Neville ser um virologista militar veio de ''A Última esperança da Terra'', com Charlton Heston.

 

 . O Cachorro está apenas em ''Mortos que Matam'' e aqui, onde ele é mascote do Neville.

 

 . As criaturas realmente cercavam a casa dele nas versões anteriores.

 

 . A Tribo de infectados controlados aparece apenas em ''Mortos que Matam''. Em ''A Última esperança da Terra'', é um grupo de não-infectados que vive em Los Angeles.
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Isso é verdade' date=' Rafal.

 

Para uma versão mais apurada do livro, veja ''Mortos que Matam'', com Vincent Price.

 

Apenas conceituando:

 

 . A Idéia de Robert Neville ser um virologista militar veio de ''A Última esperança da Terra'', com Charlton Heston.

 

 . O Cachorro está apenas em ''Mortos que Matam'' e aqui, onde ele é mascote do Neville.

 

 . As criaturas realmente cercavam a casa dele nas versões anteriores.

 

 . A Tribo de infectados controlados aparece apenas em ''Mortos que Matam''. Em ''A Última esperança da Terra'', é um grupo de não-infectados que vive em Los Angeles.
[/quote']

Obrigado.....achei que lí algum livro errado achando que era Eu Sou a Lenda06

O livro apenas diz que Neville era militar,provavelmente um soldado,e que não é cientista (Ele chega a pegar um livro para aprender como usar um microscópio)

-Neville fica apenas uma semana com o cachorro,e ele não era dele.

-As criaturas não eram tão habilidosas como essas mostradas no filme.

 

Vou ver se acho esse Mostos que Matam05
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Apenas ok. Lawrence acerta nos vários momentos de silêncio absoluto realçando a solidão e o isolamento, mas erra no visual das criaturas (que parecem ter saído de mais uma continuação de A Múmia) e em alguns pontos da narrativa no tocante ao passado do protagonista. Sem mencionar a conclusão que até agora estou tentando processar para achar algum sentido dentro do contexto para o que rolou naquele laboratório... A Alice Braga contudo está bem fofuti...

 

3/5
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Spoilers:

Soto, percebi o final do filme como muito razoável para a manutenção da idéia original. Note que a palavra Lenda do título e retomada nas frases finais justifica plenamente o caráter heróico (é elemento constante na descrição de tais estórias), de redenção (inspiração para quem escuta a estória) e talvez inverossímil (normalmente lendas são repletas de reafirmação da moral). Muitas vezes é possível fazer um paralelo com Jesus Cristo e seu sacrifício. A idéia não é ser original de jeito nenhum, mas ser uma reedição do que é comum a estórias que adquirem o caráter da palavra-título.

[/quote']

 

Mais spoilers:

 

O problema é que ele não tinha razão de se sacrificar ali como ele fez...
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Spoilers:

 

Soto, percebi o final do filme como muito razoável para a manutenção da idéia original. Note que a palavra Lenda do título e retomada nas frases finais justifica plenamente o caráter heróico (é elemento constante na descrição de tais estórias), de redenção (inspiração para quem escuta a estória) e talvez inverossímil (normalmente lendas são repletas de reafirmação da moral). Muitas vezes é possível fazer um paralelo com Jesus Cristo e seu sacrifício. A idéia não é ser original de jeito nenhum, mas ser uma reedição do que é comum a estórias que adquirem o caráter da palavra-título.

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Mais spoilers:

 

O problema é que ele não tinha razão de se sacrificar ali como ele fez...

 

Spoilers! Atenção, Spoilers!

____________________

 

Eu acho que tinha sim, pois, ele tinha achado "a cura", e se os zumbis fossem atrás da personagem da Alice, a sua busca iria ser em vão.

Inté!

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SPOILERS

 

 

Continua sem sentido... Primeiro que mesmo ele se explodindo, isso não asseguraria que Alice conseguiria fugir, afinal, quem poderia garantir que todas as criaturas de NY estavam ali atrás dele? Segundo que ele poderia muito bem ter entrado no tunelzinho com a Alice...

 

Me pareceu mais um subterfúgio do roteiro para justificar o título do filme.
Dr. Calvin2008-01-21 21:50:48
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Ou ainda, a explosão não poderia ter matado Alice e o menino? E alguém pode explicar a armadilha que o doutor cai? Quando ele fica pendurado? Quem colocou lá? E como pode alguém que se exercitava diariamente cair daquele forma? Mais um "jeitinho" do roteiro?

Sobre a Boscov, se ela gostou, já sabe... 06

Nacka2008-01-21 23:03:09
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SPOILERS

 

 

Continua sem sentido... Primeiro que mesmo ele se explodindo' date=' isso não asseguraria que Alice conseguiria fugir, afinal, quem poderia garantir que todas as criaturas de NY estavam ali atrás dele? Segundo que ele poderia muito bem ter entrado no tunelzinho com a Alice...

 

Me pareceu mais um subterfúgio do roteiro para justificar o título do filme.
[/quote']

Não há porque procurar um sentido profundo para o sacrifício.

Como disse, tratamos aqui de uma lenda, de caráter heróico, até mesmo de martírio. O fato é: na cabeça do personagem (inclusive extremamente abalado - estava simplesmente cansado demais - e, portanto não tão racional mais assim) esta ação aumentaria a chance de sobrevivência de Alice, que era para ele a única esperança de salvar a humanidade. A única coisa que pode se acrescentar é que ele se sacrificou porque cansou de viver sem sua família e longe das pessoas que amou um dia (seu único amigo fora morto pelas criaturas - note o tratamento atípico que ele dá para o cachorro, que representa o último vínculo familiar restante - e o laço com a realidade, que ia se desfazendo aos poucos entrou em colapso...viver por quem?)

Se era coerente ou não com a situação o sacrifício, se aumentaria muito ou pouco as chances da garota não cabe a nós discutirmos, estamos falando de uma ação de um personagem cuja degradação psicológica intensa no decorrer do filme deixa claro que utilizar saídas totalmente racionais como conclusão seria incoerente com todo o universo que teve contato e todas as suas atitudes.

A propósito, aqui, em minha opinião, o apelo para o sentimentalismo com a morte do herói e o fio de esperança nas mãos de Alice são absolutamente normais pois, como disse, isso caracteriza uma lenda, algo para as pessoas ouvirem e sentirem orgulho. É característica desse tipo de estória exagerar pontos, amplificar sentimentos. Não há preocupação em compromisso com uma realidade palpável, lendas têm caráter fantástico, fantasioso, imaginativo.

Mr. Scofield2008-01-22 07:33:51

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SPOILERS BRABOS!!!

 

Não há porque procurar um sentido profundo para o sacrifício.

 

Dentro do contexto apresentado o ato dele precisava ter nexo' date=' simples assim. Ele não sabia com absoluta certeza que aquilo era uma cura. Ele viu avanços no espécime, mas não uma cura completa e irreversível. Nada justifica um sacrifício ali.

 

Como disse, tratamos aqui de uma lenda, de caráter heróico, até mesmo de martírio. O fato é: na cabeça do personagem (inclusive extremamente abalado - estava simplesmente cansado demais - e, portanto não tão racional mais assim) esta ação aumentaria a chance de sobrevivência de Alice, que era para ele a única esperança de salvar a humanidade.

 

Se o filme fosse contado na perspectiva do personagem, tudo bem... Mas como se trata de um filme em terceira pessoa, não há que se falar que é fato que na cabeça do personagem a ação aumentaria as chances da Alice, até pq foi uma atitude cuja motivação correu à revelia do expectador que nunca fica sabendo a razão pela qual o cara se sacrificou...  

 

Se era coerente ou não com a situação o sacrifício' date=' se aumentaria muito ou pouco as chances da garota não cabe a nós discutirmos, estamos falando de uma ação de um personagem cuja degradação psicológica intensa no decorrer do filme deixa claro que utilizar saídas totalmente racionais como conclusão seria incoerente com todo o universo que teve contato e todas as suas atitudes.
[/quote']

 

A degradação psicológica do personagem ocorre aos trancos e barrancos graças à edição trôpega que vai diluindo seu passado em flashbacks intermináveis que, com o intuito de gerar suspense sobre fatos de seu passado, geram apenas diminuição substancial do impacto dramático e, por consequência, o expectador nunca vivencia de perto a degradação psicológica do personagem. Ficou ruim sacar que ele só tinha a cachorra como último vínculo familiar quando descobrimos que toda a família morreu cenas e cenas depois, justamente quando a personagem da Alice entra na história.

 

E mais: o próprio surgimento da Alice poderia, facilmente, representar uma segunda chance de relacionamento e vínculo emocional para o protagonista.

 

A propósito' date=' aqui, em minha opinião, o apelo para o sentimentalismo com a morte do herói e o fio de esperança nas mãos de Alice são absolutamente normais pois, como disse, isso caracteriza uma lenda, algo para as pessoas ouvirem e sentirem orgulho. É característica desse tipo de estória exagerar pontos, amplificar sentimentos. Não há preocupação em compromisso com uma realidade palpável, lendas têm caráter fantástico, fantasioso, imaginativo.
[/quote']

 

Isto se aplica somente aos 5 minutos finais do filme. Em momento algum da narrativa somos expostos à possibilidade de que tudo aquilo que nos está sendo mostrado é "exagerado", "amplificado", "sem compromisso com a realidade dos fatos".

 

A morte do herói foi bela, um momento de clímax, mas sem justificativa narrativa. Fazendo um paralelo, pegue Alien 3 onde a protagonista, sabendo que está gerando uma rainha alienígena, se sacrifica para evitar que tudo comece de novo. O filme deixa claro a motivação dela em fazer isso e vc se compadece do ato, sempre achando que poderia haver uma outra alternativa. Não é o que ocorre em Eu sou a Lenda.
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Ou ainda, a explosão não poderia ter matado Alice e o menino? E alguém pode explicar a armadilha que o doutor cai? Quando ele fica pendurado? Quem colocou lá? E como pode alguém que se exercitava diariamente cair daquele forma? Mais um "jeitinho" do roteiro?

[/quote']

 

Vai ver q os monstros aprenderam a dar o troco na mesma moeda pro Neville, criando um tipo de inteligencia.17 Mas ela bem q podia ter sido tb minimamente utilizada pra agir tb durante o dia, utilizando algum bloqeador, protetor solar ou guarda-sol..06 embora nao duvide da possibilidade do Neville ter caido na propria armadilha...assistir Shrek interminaveis vezes é prejudicial à saude.
Jorge Soto2008-01-22 08:51:00
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Ou ainda, a explosão não poderia ter matado Alice e o menino? E alguém pode explicar a armadilha que o doutor cai? Quando ele fica pendurado? Quem colocou lá? E como pode alguém que se exercitava diariamente cair daquele forma? Mais um "jeitinho" do roteiro? [/quote']

 

Essas questões físicas realmente não me interessam. É como criticar a subida do avião presidencial em ID4 dizendo que a bola de fogo na pista eliminaria o oxigênio e aí o avião não poderia subir então a cena é uma droga.

 

Entretanto, um filme deve pelo menos dar pistas viáveis para o comportamento de seus personagens, até para que sintamos pelo seu destino final. E o duro é que não se trata nem de mistério a morte do Smith já que fica claro pq ele se matou: pensou ter achado a cura e precisava impedir as criaturas ali. A questão é que pra mim isso não faz sentido.  
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alguem sabe qual a funcao da brasileira e do moleque na trama? duvido q estivessem ali apenas pra levar a cura, no final.. achei vaga demais a caracterizacao deles (do moleque, principalmente), s/ falar no desconehcimento dela do Bob Marley17. Pior q mataram a cadelinha04, q realmente marcou presenca no filme + q estes dois..

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SPOILERS

 

Nacka,

creio que foi o mutante mor que colocou a armadilha alí...tanto que ele estava no galpão logo atráz da armadilha com dois cachorros para pegar o Neville.

 

Quanto a morte de Neville,concordo com o Scofa.

Neville estava piscologicamente abalado (Inclusive têm uma fala da Alice que mostra bem isso:"Você esqueceu como é viver em sociedade né?").

O cara tinha achado a cura (Pelo menos era isso que ele achou) e,mesmo que não fosse realmente aquela a cura,o cara já estava a tanto tempo procurando a cura que qualquer sinal de resultado para ele já era a cura.

Quanto a explosão atingir à Alice,creio que não atingiria.A casa era do cara e ele saberia se uma explosão daquela passaria pela porta do buraco.(Acho que não passaria.Afinal,aquilo não era uma bomba,era uma granada)
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Robert Neville era a última esperança da Humanidade. Ele queria muito morrer, mas não permitia-se enquanto não encontrasse a cura. Quando ele conheceu Anna, ele ficou ainda mais abalado, por causa da história da colônia.

 

Quando as criaturas atacaram a casa dele, ele se viu em um ponto crítico: Ele havia encontrado a Cura. Foi quando ele ''prestou atenção'' e ouviu o plano de Deus: A Borboleta. As últimas palavras de sua filha foram sobre Borbolentas. Os estilhaços do vidro formaram uma borboleta. Anna tinha uma tatuagem de borboleta. Ficou claro o que deveria ser feito.

 

Lembrem-se que todas as criaturas estavam dento da casa. Quando ele colidiu no vidro, ele protegeu Anna. Vejam bem, ele poderia entrar na escotilha. Mas não queria. Ele só queria descansar.

 

E

 

O Líder das criaturas. conhecido como Alpha Male, organizou a armadilha. Ele tinha inteligência, ao contrário do que Robert imaginava, e copiou a armadilha que ele usou para capturar a infectada e prender Robert em um lugar acessível a ele e seus cães infectados.
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SPOILERS BRABOS!!!

 

 

Dentro do contexto apresentado o ato dele precisava ter nexo' date=' simples assim. Ele não sabia com absoluta certeza que aquilo era uma cura. Ele viu avanços no espécime, mas não uma cura completa e irreversível. Nada justifica um sacrifício ali.[/quote']

 

O ato tem nexo sim. Existem duas razões explícitas pra isso: a progressiva degradação devido a perda dos entes familiares e a possibilidade de aumentar as chances de Alice sobreviver. Se você acha que essas razões são fracas, lamento muito, mas o filme mostra o TEMPO INTEIRO um processo fortíssimo de degradação que por si só já justifica uma possível tendência suicida (o protagonista fala com manequins como se fossem humanos, tem momentos epifânicos cada vez mais fortes, embora lute contra eles desesperadamente, trata o cachorro como se fosse um ente familiar justamente por ser o único vínculo existente e tem atitudes mesmo agressivas quando encontrado por Alice, mostrando um progressivo processo de degradação que o leva a ira e desesperança). Para completar o motivo temos a idéia de aumentar a chance de Alice sobreviver, o que se encaixa perfeitamente e dá ao personagem uma razão NOBRE para morrer. Uma das maiores dificuldades dos suicidas é encontrar a coragem necessária para realizar seu ato. Eis que surge aqui a possibilidade de justificar a "entrega dos pontos" diante de um processo avançado autodestrutivo e entrar para a história como lenda. Além disso, ainda temos que associar que à medida em que ele está à beira de uma decisão difícil de desistir (ele fala pra Alice que não acredita que haja uma colônia de humanos e creio que ele só mantém a esperança explicitamente, mas no âmbito interno isso não aconteça) e diante de um caos psicológico, qualquer elemento que o empurrasse ladeira abaixo serviria como motivo justo e deflagrador do último estágio de crise.

 

Se o filme fosse contado na perspectiva do personagem, tudo bem... Mas como se trata de um filme em terceira pessoa, não há que se falar que é fato que na cabeça do personagem a ação aumentaria as chances da Alice, até pq foi uma atitude cuja motivação correu à revelia do expectador que nunca fica sabendo a razão pela qual o cara se sacrificou...  [/quote']

 

O filme narra uma lenda. É característica de uma lenda algo que seja passado de uma pessoa para outra..através de comunicação. As pessoas vão acrescentando pontos naturalmente à idéia inicial, vão ampliando, amplificando o conteúdo dramático e tornando tudo ainda mais moralista e acentuando o caráter heróico. E lembre-se de uma coisa: nem todas as pessoas (e você há de concordar com isso) têm a preocupação ou capacidade de estabelecer uma adição coerente com a realidade ou prever as consequências de sua adição na estória. Típica cena disso é a da armadilha. Ela é totalmente absurda! Mas as pessoas adicionam à estórias coisas absurdas às vezes, já viu estórias no interior contada por seus avós? Acho que isso é perfeitamente natural, essas falhas são previstas e acentuam o caráter lendário. E pasme, se elas não existissem, se fosse tudo plausível, isso perderia muito o caráter de uma lenda.

 

 

A degradação psicológica do personagem ocorre aos trancos e barrancos graças à edição trôpega que vai diluindo seu passado em flashbacks intermináveis que' date=' com o intuito de gerar suspense sobre fatos de seu passado, geram apenas diminuição substancial do impacto dramático e, por consequência, o expectador nunca vivencia de perto a degradação psicológica do personagem. Ficou ruim sacar que ele só tinha a cachorra como último vínculo familiar quando descobrimos que toda a família morreu cenas e cenas depois, justamente quando a personagem da Alice entra na história.

E mais: o próprio surgimento da Alice poderia, facilmente,

representar uma segunda chance de relacionamento e vínculo emocional

para o protagonista. [/quote']

 

 

Acho que temos visões muito diferentes então. Pra mim, TODO o filme trata da solidão e de como nos tornamos frágeis diante de determinadas circunstâncias. Além disso, reforça como a necessidade de ter alguém que você ama se torna gradativamente insuportável à medida o tempo passa e vai corrompendo aos poucos. Sobreviver pra quê, viver por quem? Qual o sentido disso? Aliás, o filme acompanha a dificuldade do personagem em encarar a realidade. Os flashbacks acompanham o protagonista que vai definhando aos poucos, há NECESSIDADE que sejam assim ou o personagem seria muito mais distante do espectador. Encarar a morte da família é algo que corresponde a uma realidade duríssima que quando é de fato absorvida pelo personagem, ao mesmo tempo que por nós e, portanto, necessariamente com um período de tempo longo, o leva a perguntas como essas que falei há pouco (sobreviver pra quê, viver por quem).

O último parágrafo pra mim é absurdo. Ninguém substitui a família que você ama demais, seus entes queridos e todas as pessoas com as quais você conviveu um dia. Uma estranha não faria esse papel facilmente nem que você fosse o mais corajoso de todos os seres (além de tudo a estória sequer sugere uma relação amorosa entre os dois). Não pra mim, pelo menos. Nunca.

 

 

Isto se aplica somente aos 5 minutos finais do filme. Em momento algum da narrativa somos expostos à possibilidade de que tudo aquilo que nos está sendo mostrado é "exagerado"' date=' "amplificado", "sem compromisso com a realidade dos fatos".

 

A morte do herói foi bela, um momento de clímax, mas sem justificativa narrativa. Fazendo um paralelo, pegue Alien 3 onde a protagonista, sabendo que está gerando uma rainha alienígena, se sacrifica para evitar que tudo comece de novo. O filme deixa claro a motivação dela em fazer isso e vc se compadece do ato, sempre achando que poderia haver uma outra alternativa. Não é o que ocorre em Eu sou a Lenda.
[/quote']

 

Não, não é. Pra mim há sinais de fantasia durante o filme inteiro...o caráter heróico do personagem é evidente. A situação da armadilha (claramente para reforçar o caráter dramático e sem motivação lógica e a consequente morte do animal) e o salvamento do rapaz por Alice EXATAMENTE na hora em que iria ser atacado são claros indícios disso. 

Mr. Scofield2008-01-22 10:07:31

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Não acho que a cena da armadilha tenha sido absurda.....os monstros não poderiam ter feito uma armadilha?

Quando Neville capturou aquela infectada,o "líder" daquele grupo ficou bem revoltado(a ponto de suportar,por um tempo,o sol),o que mostra algum raciocínio pelos monstros...talvez aquela infectada seja esposa dele.

 

 
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isto ja ja vai ficar mais divertido..06 mas alguem pode me dizer afinal qual a funcao narrativa e dramatica da brazuca q desconehcia Marley e do moleque mudo??110412

A função narrativa é a de mostrar que o impacto do vírus foi global.

A função dramática foi para criar a lenda.(Afinal,alguém têm que sobrar para contar a estória)
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Não, há indicativos de RASTROS de inteligência e não de algo tão avançado, Rafal. Montar uma armadilha daquela forma, colocar filtro solar, etc exigem um raciocínio por demais apurado, que eles não demonstram em nenhum momento. A idéia de ser a esposa dele só por causa disso não tem nenhuma motivação, uma vez que há afirmações no filme de que eles perdem totalmente as características humanas com o progresso da doença.

 

 

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Não, há indicativos de RASTROS de inteligência e não de algo tão avançado, Rafal. Montar uma armadilha daquela forma, colocar filtro solar, etc exigem um raciocínio por demais apurado, que eles não demonstram em nenhum momento. A idéia de ser a esposa dele só por causa disso não tem nenhuma motivação, uma vez que há afirmações no filme de que eles perdem totalmente as características humanas com o progresso da doença.
[/quote']

Não falei que eles usaram filtro solar....Na cena onde o "lider" fica no sol vemos claramente que a pele dele começa a criar feridas e ele volta para o escuro..não ví alí indícios de filtro solar.

A única afirmação no filme dessa perda das características humanas vêm do próprio Neville....e ele chega a está conclusão exatamente depois de ver o "lider" se expondo ao sol....o que,para mim,gera uma idéia totalmente contrária....este "líder" ficou furioso com a captura daquela infectada,o que mostra que há uma "ligação" entre eles.

Aliás,a própria idéia de um "líder" já mostra um raciocínio e organização por parte dos mutantes.

Ainda temos outro indicativo no climax do filme,quando Neville liga holofotes para simular luz solar e os mutantes quebram os holofotes.

Também têm a parte de quando Neville usa o carro para atacar os mutantes e eles derrubam um poste encima do carro.
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O ato tem nexo sim. Existem duas razões explícitas pra isso: a progressiva degradação devido a perda dos entes familiares e a possibilidade de aumentar as chances de Alice sobreviver. Se você acha que essas razões são fracas' date=' lamento muito, mas o filme mostra o TEMPO INTEIRO um processo fortíssimo de degradação que por si só já justifica uma possível tendência suicida (o protagonista fala com manequins como se fossem humanos, tem momentos epifânicos cada vez mais fortes, embora lute contra eles desesperadamente, trata o cachorro como se fosse um ente familiar justamente por ser o único vínculo existente e tem atitudes mesmo agressivas quando encontrado por Alice, mostrando um progressivo processo de degradação que o leva a ira e desesperança).[/quote']

 

Eu nunca disse que o filme não mostra o processo de degradação. Saliento que esse processo NUNCA estabelece um relacionamento emocional com o expectador por causa da diluição dos flashbacks...

 

Ademais, vc conclui que o processo de degradação emocional levaria-o ao suicídio quando o filme vai para outra direção: a degradação emocional do cara está levando-o à loucura (como mostra a cena do manequim no meio da rua). A tendência suicida surge quando a pessoa se vê sem esperança e sem perspectiva. Não é o caso do Smith, já que a sua motivação é a busca da cura e o motivo que o leva ao sacrifício é justamente o renascimento da esperança, a descoberta da cura. Contraditório ao extremo.

 

Acho que vc está querendo justificar um problema narrativo tão somente pq o filme apresenta elementos de fundo psíquico-emocional que te agradem...

 

Para completar o motivo temos a idéia de aumentar a chance de Alice sobreviver' date=' o que se encaixa perfeitamente e dá ao personagem uma razão NOBRE para morrer.[/quote']

 

Não vejo no quê a morte dele poderia aumentar a chance da Alice sobreviver... Mas daí vc vai dizer que na cabeça dele é assim que funciona e vai continuar nessa masturbação mental deduzindo coisas que o filme não fala...

 

Uma das maiores dificuldades dos suicidas é encontrar a coragem necessária para realizar seu ato. Eis que surge aqui a possibilidade de justificar a "entrega dos pontos" diante de um processo avançado autodestrutivo e entrar para a história como lenda. Além disso' date=' ainda temos que associar que à medida em que ele está à beira de uma decisão difícil de desistir (ele fala pra Alice que não acredita que haja uma colônia de humanos e creio que ele só mantém a esperança explicitamente, mas no âmbito interno isso não aconteça) e diante de um caos psicológico, qualquer elemento que o empurrasse ladeira abaixo serviria como motivo justo e deflagrador do último estágio de crise.
[/quote']

 

Discordo por tudo que já foi exposto. O filme não nos mostra tanta informação que nos possibilite elaborar uma tese como essa sua. Pelo contrário, o filme mostra que o isolamento trouxe ao cara a tendência iminente de se tornar insano, fora a sua obcessão com o lance de achar a cura. Cada vez que penso no filme, a motivação para o suicídio fica cada vez mais longe.

 

O filme narra uma lenda. É característica de uma lenda algo que seja passado de uma pessoa para outra..através de comunicação. As pessoas vão acrescentando pontos naturalmente à idéia inicial' date=' vão ampliando, amplificando o conteúdo dramático e tornando tudo ainda mais moralista e acentuando o caráter heróico. E lembre-se de uma coisa: nem todas as pessoas (e você há de concordar com isso) têm a preocupação ou capacidade de estabelecer uma adição coerente com a realidade ou prever as consequências de sua adição na estória. Típica cena disso é a da armadilha. Ela é totalmente absurda! Mas as pessoas adicionam à estórias coisas absurdas às vezes, já viu estórias no interior contada por seus avós? Acho que isso é perfeitamente natural, essas falhas são previstas e acentuam o caráter lendário. E pasme, se elas não existissem, se fosse tudo plausível, isso com certeza não seria uma lenda.
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O filme não possui elementos que sustentem essa tese. Reitero que se trata de um filme com narrativa em terceira pessoa (que não é a Alice) cujo título é justificado no final (inclusive o próprio Pablo menciona em sua crítica que a verdadeira razão do título jaz na questão dos "vampiros vivos" que o roteiro do filme suplantou) pela Alice que, a partir da morte do protagonista, assumiu a narração.

 

Acho que temos visões muito diferentes então. Pra mim' date=' TODO o filme trata da solidão e de como nos tornamos frágeis diante de determinadas circunstâncias. Além disso, reforça como a necessidade de ter alguém que você ama se torna gradativamente insuportável à medida o tempo passa e vai corrompendo aos poucos. Sobreviver pra quê, viver por quem? Qual o sentido disso? Aliás, o filme acompanha a dificuldade do personagem em encarar a realidade. Os flashbacks acompanham o protagonista que vai definhando aos poucos, há NECESSIDADE que sejam assim ou o personagem seria muito mais distante do espectador. Encarar a morte da família é algo que corresponde a uma realidade duríssima que quando é de fato absorvida pelo personagem, ao mesmo tempo que por nós e, portanto, necessariamente com um período de tempo longo, o leva a perguntas como essas que falei há pouco (sobreviver pra quê, viver por quem).
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Vc leu direito o meu post? Sua longa réplica parece indicar que sim, mas analisada com cuidado mostra que não. Eu nunca disse que o filme não mostra a degradação do personagem. O filme mostra, mas de uma forma que não me permitiu SENTIR aquela degradação, graças à edição do flashback. Eu apenas tomei ciência da mesma, de forma racional, não sensitiva.

 

Vou ilustrar: para mim teria sido infinitamente mais eficiente se a cronologia se fizesse dessa forma: quando vemos a primeira noite com eles na banheira, o filme já dá o primeiro flashback... Teria sido MUITO mais eficiente se o diretor mantivesse o flashback inteiro ali, principalmente pq o flashback só nos informa que o protagonista perdeu a família, mas o que realmente estava acontecendo ali, quem eram aquelas pessoas penduradas nos helicópteros que bateram no helicóptero da esposa do Smith? Isso somado ao fato de que na cronologia presente as criaturas ainda não haviam sido mostradas aumentaria a tensão para o expectador do que está realmente acontecendo. Mas não... o cara dilui isso e só nos mostra quando o personagem é salvo pela Alice muito depois que a cachorra morreu que, pra mim, é o ponto chave onde o personagem começa a perceber que ele vai tomar ferro mais cedo ou mais tarde.  

 

O último parágrafo pra mim é absurdo. Ninguém substitui a família que você ama demais' date=' seus entes queridos e todas as pessoas com as quais você conviveu um dia. Uma estranha não faria esse papel facilmente nem que você fosse o mais corajoso de todos os seres (além de tudo a estória sequer sugere uma relação amorosa entre os dois). Não pra mim, pelo menos. Nunca.
[/quote']

 

Mais uma vez, vc leu meu post direito? Agora eu tenho quase certeza que não. Vou repetí-lo para que fique mais claro:

 

"E mais: o próprio surgimento da Alice poderia, facilmente, representar uma segunda chance de relacionamento e vínculo emocional para o protagonista."

 

Leia a palavra em negrito em voz alta e aí vc vai perceber que em momento algum eu sugeri como certa a substituição da família, do ente querido perdido, mas sim uma possível saída emocional que fizesse o protagonista persistir mais um pouco. E mais: eu falei em relação emocional e não necessariamente amorosa (no sentido sexual, como vc empregou no seu post). De fato, o filme não sugere uma relação amorosa entre os dois... não houve tempo, o Smith deu cabo de sua vida, sem razão aparente, antes disso.

 

E, concluindo, já que vc acha absurda qualquer possibilidade de substituição de entes queridos, lanço uma questão: se vc se casar e ficar viúvo qual será a sua atitude? Vc vai tirar a sua vida já que a sua esposa é insubstituível?

 

Não' date=' não é. Pra mim há sinais de fantasia durante o filme inteiro...o caráter heróico do personagem é evidente. A situação da armadilha (claramente para reforçar o caráter dramático e sem motivação lógica e a consequente morte do animal) e o salvamento do rapaz por Alice EXATAMENTE na hora em que iria ser atacado são claros indícios disso. 
[/quote']

 

O caráter heróico do personagem não implica em sinais de fantasia no filme. Ao contrário, existem elementos de fundo emocional profundos demais para existirem num contexto essencialmente fantástico. O filme é fictício, sim, precisamos usar da suspensão de descrença em determinados momentos (como a explosão final), mas esses elementos não o tornam um filme de fantasia para poder encaixar a questão da "lenda"... Outros fatores precisam estar envolvidos.
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