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Forum Cinema em Cena

Falsificação das Carteirinhas: Quem é o Culpado?


silva
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Nunca se falou tanto de meia-entrada (mais especificamente, da falsificação de carteirinhas estudantis para pagar meia-entrada) como esse ano. Cada lado da discussão (aritistas, estudantes, donos de estabelecimentos), têm a sua opinião, com culpados e possíveis soluções, além de cada um defender o seu lado.

 

Mas quem será o verdadeiro culpado dessa situação?? Não é de hoje que as pessoas reclamam dos preços para shows, peças de teatro e até mesmo o do cinema, mas porque eles ficaram tão caros?? E porque temos hoje em dia uma quantidade absurda de documentos falsificados circulando por aí???

 

Esse é um bom assunto para discutirmos.... 
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o círculo vicioso começa antes. a maior parte do público de cinemas, shows e afins é estudante [pelo menos é o que dizem], e a instituição da meia entrada acabou aumentando os preços. pelo menos o carro chefe, as sessões e shows que lotam. não que eu não concorde com a meia entrada em si, mas... se o público que paga a inteira for tão pequeno quanto aparenta, fica cada vez mais conveniente sair dessa patota e contribuir pro ciclo.

em nova york, a entrada no cinema é em média 10 dólares, e não existe meia entrada. que é mais ou menos o preço da meia em alguns lugares por aqui [em r$]. não sei se eu concordo com isso, mas é o que ficou na minha cabeça quando li sobre o assunto.
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Concordo com o que o Dook falou.

Mas apenas quero salientar que mesmo com ingressos mais baratos,as pessoas continuaram falsificando.

Não têm jeito,sempre que houver um modo de pagar menos,as pessoas o vou arrumar um modo de estar dentro dos que pagam menos.

Isso vale para meia-entrada,passe-livre no ônibus,etc....

 

O ideal seria acabar com a meia.....o valor deveria ser um meio termo entre a meia e a inteira.
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Existe, sim, o problema do preço. Alguns cinemas do centro de São Paulo, até onde me lembro, chegavam ao cúmulo de cobrar R$ 19,00 por uma sessão. Isso sem falar que outras formas de cultura (como shows e teatro) estão cada vez mais caras e restritas ao público com maior poder aquisitivo (sei que é um exemplo meio exagerado, mas um pacote especial para a apresentação do Cirque du Soleil aqui em Curitiba sai pela bagatela de R$ 375,00).

 

Nada que justifique, claro, a falsificação dessas carteirinhas, mas acho que já tá na hora das distribuidoras, promotoras de eventos e afins começarem a repensar sua tabela de preços numa tentativa de adequá-la à realidade brasileira. Senão, infelizmente, ao invés da cultura ser de fácil acesso a todos, ela se tornará cada vez mais elitizada...

 

 

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Se o problema for o preço' date=' no centro de São Paulo já vi entradas por até R$ 6,00 com 1/2 então fica por R$ 3,00. Então não tem desculpa para reclamar dos preços dos ingressos.

[/quote']

 

THX, no centro mesmo, esses cinemas mais baratos sumiram, só resta um, o resto se transformou tudo em cine porno. Dependendo do cinema tinha meia de até 2,00.

 
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Se o problema for o preço' date=' no centro de São Paulo já vi entradas por até R$ 6,00 com 1/2 então fica por R$ 3,00. Então não tem desculpa para reclamar dos preços dos ingressos.

[/quote']

 

THX, no centro mesmo, esses cinemas mais baratos sumiram, só resta um, o resto se transformou tudo em cine porno. Dependendo do cinema tinha meia de até 2,00.

 

Aff 07 Então retiro o que eu disse...

 
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Se o problema for o preço' date=' no centro de São Paulo já vi entradas por até R$ 6,00 com 1/2 então fica por R$ 3,00. Então não tem desculpa para reclamar dos preços dos ingressos.

[/quote']

 

THX, no centro mesmo, esses cinemas mais baratos sumiram, só resta um, o resto se transformou tudo em cine porno. Dependendo do cinema tinha meia de até 2,00.

 

 

Fui uma vez a um cinema chamado Gemini, na Av. Paulista... realmente, cinema muito bom, preços acessíveis, mas... os filmes em cartaz não eram exatamente "lançamentos". Na época, estava passando "Manderlay", que já tinha saído de cartaz há mais de um mês de cinemas como o Frei Caneca e o Bristol.

 

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No Cinemark' date=' sessões iniciadas até às 14:00, em fins de semana, todo mundo paga meia... portanto, não me admira pagar R$ 7,00 em fim de semana em um cinema de shopping... [/quote']

Não,

essa sessão que vejo é de noite.....

Só que não é no Cinemark04.....é no Siveriano Ribeiro(acho que é esse o nome)
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eu so falsifico a carteirinha (de exame medico) de ingresso a piscina do meu predio..e mais nada...06 Ja cinema? hummmm.. vou nos do centrao mesmo, na boca do lixo...onde o estilo ainda é meio Grindhouse.. e na saida ainda pego um peep-show ou uma das bunitinhas q fica te assediando la fora..0806

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Algumas reportagens sobre a meia-entrada (e todo o imbroglio que ela está causando) retiradas do globo.com:

 

Quase metade dos internautas consultados já fraudou a carteira de estudante. E você?

 

Publicada em 13/07/2007 às 09h40m

Erika Azevedo - O Globo Online

 

Carteira%20de%20estudante%20da%20UNE/Jovem%20Pan,%20feita%20com%20comprovante%20fictício%20-%20Foto:%20Leo%20Dresch

 

 

RIO

- Nunca se falou tanto em meia-entrada quanto neste ano de 2007.

Também, nunca foi tão fácil fraudá-la. É cada vez maior o número de

jovens de classes média e alta que buscam manter o benefício da

meia-entrada falsificando carteiras de estudante, forjando comprovantes

de matrícula, ou até mesmo comprando documentos pelo Orkut. Com base na

facilidade encontrada pela reportagem do Globo Online em obter uma

carteira oficial pela internet apenas usando um certificado de

matrícula fictício, perguntamos aos internautas se eles já fraudaram o

documento. E você, já fraudou carteira de estudante para conseguir meia-entrada?

Nos comentários da matéria, a dicussão em torno do polêmico tema é

bastante acalorada. Há desde os "veementemente contra meia-entrada" -

"fui jovem e nunca precisei desse benefício" - aos que atribuem as

fraudes a uma questão ampla, relacionada aos padrões éticos do

brasileiro: "O povo aceita a corrupção 'de cima' por que está

corrompendo também". Comente

 

!

 

Para demonstrar como é simples fraudar a meia-entrada, a

reportagem do Globo Online conseguiu obter uma carteira de estudante

apresentando um comprovante de uma faculdade que sequer existe, sem

encontrar qualquer dificuldade. Também entrevistamos pessoas que fazem

- ou já fizeram - carteiras de estudante ilegalmente, e a motivação de

todos é a mesma: não aceitam pagar o preço cobrado pelos eventos

culturais. Os produtores, por sua vez, alegam que os preços poderiam ser menores se não houvesse tanta gente pagando meia-entrada

 

.

 

- O preço dos ingressos hoje é tão absurdo que eu me vejo

obrigado a usar a carteira de estudante. Se eu não fizer isso, meu

padrão de vida não vai me permitir ir ao cinema e, muito menos a shows,

que hoje custam R$ 150. Para quem tem família, não dá. Eu lembro da

época em que o cinema era acessível. Hoje, é proibitivo - diz o

advogado E., 31 anos, formado desde 1999 e que admite usar carteiras de

estudante fraudulentas desde 2005.

 

Acho

um absurdo que cobrem tanto pela inteira. Mas eu entendo.Realmente, os

produtores não têm como cobrir o custo de um evento sem saberem quanto

vai receber. Eu falsifico como protesto para que mude a lei da

meia-entrada

 


 

Para

conseguir uma carteira de estudante, a reportagem do Globo Online fez

uma solicitação via internet para a Jovem Pan, uma das empresas que têm

convênio com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e com a União

Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) para a emissão dos

documentos. A STB- Student

Traveal Bureau é outra empresa privada conveniada às entidades.

 

Para obter a carteira, é solicitado um comprovante de matrícula,

uma foto 3x4, uma cópia de documento de identidade e o pagamento de uma

taxa de R$ 33,50.

Nossa reportagem preparou, então, num simples editor de texto,

um tosco "comprovante de matrícula" da fictícia Escola de Comunicação

Marquês de Pombal. Uma semana depois do envio dos documentos

solicitados, a carteira (oficial) chegou à redação.

Questionada, a Estepe, empresa responsável pelas carteiras

emitidas através do convênio UNE-Jovem Pan, ressaltou que a prática da

fraude, se comprovada, pode levar a um processo judicial.

- É muito antiético usar um comprovante falso para fazer

carteira de estudante. É crime de estelionato e podemos processar você

por isso. É igual a sair matando e não ser preso. Se você vai a um

banco e leva um documento falso, você faz o que você quiser. Você é

quem é o criminoso. O documento falsificado merece processo e denigre a

imagem de empresas idôneas que querem prestar um bom serviço. Se você

tivesse feito uma carteira sem comprovante, eu teria que me explicar.

Mas se você usou um comprovante falso, isso é antiético e desonesto -

argumentou a gerente de produto da Estepe, Rosecler Fonseca.

 

A%20carteirinha%20obtida%20pelo%20Globo%20Online%20foi%20inutilizada%20logo%20após%20a%20chegada%20à%20redação%20/%20Foto%20-%20Cristiano%20Cardoso

 

 

A carteirinha obtida pelo Globo Online foi inutilizada logo após a chegada à redação.

 

Com o crescimento das denúncias de fraude, os emissores vêm tentando, como podem, aumentar o rigor na emissão.

 

- Lógico que é possível fraudar, mas está ficando cada vez mais

difícil porque estamos apertando o cerco. Estamos estudando a

possibilidade de o estudante dar entrada no pedido na UNE e retirar a

carteira na universidade. Mas só isso não resolve o problema. É preciso

mudar a lei - argumenta o presidente da UNE, Gustavo Petta, que deixa o

cargo em agosto.

O resultado, aos poucos, começa a ser sentido.

 

- No ano passado, fiz minha carteira no McDonald's com um boleto

de pagamento antigo, que tinha mais de um ano. Agora, estão exigindo um

comprovante e eu nem cheguei a tentar fazer. Hoje, quase não vou mais

ao cinema e a shows, acho muito caro. Se o preço dos ingressos fosse

mais baixo, eu nunca teria tirado a carteira falsa - conta o analista

de sistemas E., de 29 anos.

A adulteração dos comprovantes de matrícula e boletos de

mensalidade é a prática mais comum entre os fraudadores. O designer A.,

25 anos, formado há três, é um dos que continuaram fazendo carteirinhas

de estudante depois que saíram da faculdade. Sua técnica, porém, é mais

"sofisticada": ele conta que muda a data do comprovante de matrícula

original em um programa de edição de imagens, e emite a carteira na

própria sede da UNE.

- Eu faço o falso virar o oficial. E, como minha carteira é da

UNE, nunca tive problema - explica o falso estudante, que porta a mais

aceita das carteirinhas.

No Orkut, também é possível comprar carteirinhas por até R$ 5.

Na maioria dos casos, nenhum comprovante é solicitado: bastam os dados

de identidade e uma foto.

- Tirei na internet uma carteira para o Bin Laden, uma para o

Pateta e outra para o Fernandinho Beira-Mar. A gente não tem como

controlar porque não tem como saber se são falsas ou não. Os emissores

são legalizados - desabafa Maria Juçá, diretora do Circo Voador.

 

Página%20do%20Orkut%20oferece%20carteiras%20de%20estudante%20sem%20comprovante%20de%20matrícula%20/%20Reprodução

 

O

promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro Rodrigo Terra reforça

que fraudar carteira de estudante é um crime tão grave quanto

falsificar carteira de motorista ou de identidade.

- Cada vez mais pessoas vêm engrossando esse percentual de

público que, na verdade, não tem direito à meia-entrada, mas que comete

crime de estelionato. Porque a utilização de um documento falso para

obter uma vantagem patrimonial indevida caracteriza um crime – explica.

Quem lança mão desses artifícios sabe dos riscos que está correndo, mas isso não intimida a prática da fraude.

 

- Acho um absurdo que cobrem tanto pela inteira. Eu já ouvi

várias vezes que os produtores cobram o preço do ingresso dobrado para

quem não tem carteira de estudante. Mas eu entendo. Realmente, os

produtores não têm como cobrir o custo de um evento sem saberem quanto

vão receber. Eu falsifico como protesto para que mude a lei da

meia-entrada - justifica o designer A..

Por protesto ou não, o fato é que falsificar documentos para

obter vantagens é crime de estelionato, previsto no Artigo 171 do

Código Penal. A pena é de um a cinco anos, além do pagamento de uma

multa.

 

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< name="titulo" value="Quase de dos internautas consultados já fraudou a carteira de estudante. E você?" ="">

 

< name="autor" value="Erika Azevedo - O Globo Online" ="">

 

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Problema da meia-entrada virou 'bola de neve'. É a 'lei do engana-que-eu-gosto'

 

Publicada em 12/07/2007 às 09h34m

Erika Azevedo - O Globo

 

Os%20ingressos%20vendidos%20nos%20cinemas%20São%20Luiz,%20no%20Flamengo,%20chegam%20ser%2072%%20de%20meias-entradas%20/%20Leonardo%20Aversa%20-%20O%20Globo

 

 

RIO

- Produtores culturais e exibidores de cinema resolveram botar a boca

no trombone para tentar reverter uma situação que, segundo eles, está

esvaziando teatros, shows e salas de cinema: o uso ilegal das carteiras

de estudante no Brasil.

O problema virou uma "bola de neve": os preços das entradas

aumentam porque a alta quantidade de ingressos para estudantes diminui

a renda dos produtores, ao mesmo tempo em que cada vez mais pessoas

"aderem" à carteirinha alegando que os ingressos estão caros demais.

Dessa forma, saem prejudicados produtores, que têm seu público

reduzido, o consumidor comum, que paga caro ou deixa de ir aos eventos,

e o estudante, que acaba vítima de uma meia-entrada inflacionada.

- É a lei do engana-que-eu-gosto. O estudante finge que paga

meia, a gente finge que dá desconto e os deputados fingem que estão

legislando pelo bem do cidadão. Enquanto isso, o consumidor comum está

deixando de ir a teatro, cinema e shows porque não tem dinheiro para

pagar o ingresso, que está realmente custando o dobro. Ou ele vira um

ilegal, um falsificador, ou ele não vai. O preço caro não é bom para

ninguém. Se eu estivesse ganhando com isso, não estaria aqui reclamando

- desabafa Ricardo Chantilly, presidente da Associação Brasileira dos

Empresários Artísticos.

A questão do uso das carteiras de estudante é complexa. Segundo

um levantamento nacional da rede Severiano Ribeiro, em 1997, apenas

13,8% dos ingressos de cinema vendidos eram de meia-entrada. Em 2006,

esse número passou para 61% na média nacional. Só no Rio, em cinemas

como o São Luiz e o Leblon, a proporção alcança os 72%. Na Bahia é

ainda mais grave: as salas da rede UCI chegam a ter 90% de seus

ingressos vendidos pela metade do preço. Comportamento semelhante é

encontrado nas bilheterias de shows e teatros, forçando produtores e

exibidores a inflacionarem artificialmente seus preços para conseguir

cobrir custos.

Mas o que mudou nesses dez anos?

 

De acordo com dados do Ministério da Educação, em 2000 havia

cerca de 2,6 milhões de estudantes de nível superior no Brasil. Em

2005, no último censo consolidado feito pelo MEC, o número quase

dobrou, chegando a 4,4 milhões.

- Tudo bem que o número de estudantes duplicou nesse tempo,

mas a venda de meia-entrada quintuplicou! O que existe é uma fraude,

que não é feita por quem não tem dinheiro e não pode pagar: é por

jovens das classes média e alta – argumenta o vice-presidente da

Federação Nacional de Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec),

Luiz Gonzaga De Luca.

 

Isso

tem um reflexo direto no direito do consumidor, que passou a,

evidentemente, ter que arcar com o ônus dessa prática fraudulenta que é

a utilização da carteira de estudante por quem, na verdade, não tem o

direito ao desconto

 


 

Ao

contrário do que se poderia imaginar, não há embate aparente entre

produtores culturais e entidades estudantis. Entre os dois grupos há o

consenso de que a “derrama” de carteiras de estudante está diretamente

ligada à entrada em vigor da Medida Provisória 2208, editada durante o

governo Fernando Henrique, em 2001, que possibilitou a abertura da

emissão de carteiras a quaisquer entidades de ensino e representações

estudantis, agora não mais restrita a UNE e Ubes. A lei abriu margem

para a fraude na confecção, já que não há controle ou regulamentação

sobre a produção.

Na prática, qualquer um pode criar uma agremiação estudantil.

Para isso, basta registrar uma ata de fundação e um estatuto em

cartório. Enquanto isso, movimentos como UNE e Ubes encontraram em

convênios com empresas privadas, como a rádio Jovem Pan e o STB, uma

forma de se colocar na mídia e manter a renda das carteiras, principal

fonte de custeio dos movimentos.

- O fato de repassar o poder de emitir as carteiras a empresas

privadas, como McDonald's, Ibis e Skol me parece gravíssimo, justamente

por induzir a emissão fraudulenta desse documento. Isso tem um reflexo

direto no direito do consumidor, que passou a, evidentemente, ter que

arcar com o ônus dessa prática fraudulenta que é a utilização da

carteira de estudante por quem, na verdade, não tem o direito ao

desconto – explica o promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro

Rodrigo Terra.

As divergências entre produtores e estudantes aparecem quando

se discute sobre a melhor maneira de resolver o problema. As propostas

são conflitantes mesmo dentro de uma mesma categoria. Entre os

produtores culturais, por exemplo, há uma maioria que defende a

limitação da venda dos ingressos com desconto para 30% ou 40%, mas

outra parte afirma que essa medida seria apenas um paliativo, não uma

solução, já que não resolve o problema da fraude na emissão. Nesta

sexta-feira, o Globo Online apresenta o conjunto de soluções

apresentadas pelos grupos envolvidos. Você poderá conhecê-las e votar

na que jugar mais eficiente. Confira e participe.

Casa da Moeda está pronta para emitir carteiras de estudante. Solução sai este ano

 

Publicada em 16/07/2007 às 10h05m

Erika Azevedo - O Globo Online

 

Reprodução%20de%20carteira%20fraudada

 

 

RIO - Dentro do Governo Federal há uma contagem regressiva para a proposição de uma nova legislação para a meia-entrada (

 

entenda melhor o problema

). O Ministério da Educação pretende, até o fim deste ano, encaminhar

um projeto para ser votado em substituição à atual Medida Provisória

2208, de 2001, que permitiu qualquer estabelecimento de ensino ou

entidade estudantil produzir a carteira. Segundo o assessor de

Juventude do Ministério da Educação, Rafael Oliveira, a Casa da Moeda

já afirmou ter condições de unificar a produção de carteiras de

estudante no Brasil, mas a questão vem sendo discutida também em outros

âmbitos: considera-se seriamente ampliar o direito à meia-entrada para

todos os jovens.

Qual seria a melhor solução para o problema da meia-entrada?

 

-

A lei vigente hoje, na verdade, não regulou nada, só desregulou o que

já havia. Recebi representantes de ditas entidades estudantis de Goiás,

das quais nunca ouvi falar, que tinham mais cara de empresários do que

de estudantes - conta Oliveira.

O Ministério da Educação é responsável por elaborar a proposta

da nova lei. Para isso formou, no início do ano, um grupo de trabalho

com representantes de todos os setores envolvidos com a questão - desde

produtores culturais, mediados pelo Ministério da Cultura, a entidades

estudantis e de juventude.

- Ainda não há uma conclusão. Existem algumas questões que são

consenso e outras, não. Mas a meta é que, antes do fim de 2007, exista

uma nova regulamentação que seja votada pelo Congresso Nacional.

 

A

emissão seria centralizada e a regulação seria feita por um conselho

federal, com representantes dos setores de educação, cultura, Justiça,

produtores, artistas, exibidores e estudantes

 


 

No

momento, existem duas fortes correntes entre as propostas discutidas.

Há o consenso de que, até os 15 anos, a meia-entrada seria obrigatória,

já que, segundo o MEC, mais de 90% dos jovens dessa idade freqüentam a

escola atualmente. As divergências existem quando se questiona o que

seria feito depois dessa idade.

Uma corrente defende que haja a necessidade da comprovação da

condição de estudante, entre os 15 e os 29 anos, com uma carteira de

identificação de modelo nacional e único - a que seria fabricada pela

Casa da Moeda. Depois dos 29 anos, a pessoa só voltaria a ter direito à

meia-entrada a partir dos 65 anos, de acordo com o Estatuto do Idoso.

- A Casa da Moeda foi consultada pelo Ministério da Educação e

afirmou que tem plenas condições de emitir carteiras nacionalmente a um

baixo custo. Com isso, a emissão seria centralizada e a regulação seria

feita por um conselho federal, com representantes dos setores de

educação, cultura, Justiça, produtores, artistas, exibidores e

estudantes - explica.

Nestas condições, qualquer grêmio estudantil poderia requerer a

permissão de distribuir as carteiras, através de um sistema

informatizado. Dessa forma, não existiria mais o recebimento imediato

da carteira. A solicitação seria feita, encaminhada para a Casa da

Moeda, e as carteirinhas seriam entregues nas instituições.

- O custo disso não é alto. Não fica muito acima do que hoje as

entidades dizem ter. Mas também queremos que as instituições continuem

a emitir as carteiras de estudante próprias. Para isso, criaríamos um

selo para evitar a falsificação e dar o direito à meia-entrada -

complementa.

A outra corrente, que, no entendimento do MEC, seria menos

excludente, seria de que todo jovem de até 29 anos tivesse direito à

meia-entrada.

- Temos 50,5 milhões de pessoas entre os 15 e os 29 anos no

Brasil. Mas, do ponto de vista sócio-econômico, um terço está alijado

de qualquer processo econômico e social. Outra grande parte não está

nos grandes centros urbanos e não têm acesso aos principais produtos

culturais. Então, o número de meias-entradas em relação a isso ia cair

muito - explica.

Segundo Oliveira, para o Governo Federal é mais interessante

garantir um direito amplo para a juventude, visando a atender também

quem tem que deixar a escola para entrar no mercado de trabalho.

- Para poder constituir esse tipo de política pública, você

pressupõe que o indivíduo não tem como custear um bem cultural.

Entendemos que os 29 anos seriam a faixa de corte ideal.

Ao contrário do que as outras categorias defendem, Oliveira

afirma que o problema das fraudes nas carteiras de estudante não é

causado pelos convênios das entidades estudantis com empresas privadas.

- O problema, na verdade, é de regulação e controle, não é a

parceria. O que não pode é abrir um quiosque no shopping e vender

carteirinha para qualquer um - afirma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Bom, parece meio consenso que muitos fraudam por causa dos preços abusivos... Curioso que, quanto mais se aumenta o preço, o movimento nas salas de cinema também aumenta... Sinceramente, restrinjam a emissão das carteiras apenas para as instituições de ensino sem intervenção da UNE e boa... Era assim antes...

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