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Direção ou Roteiro?


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A relação decupagem está mais para talento e criatividade do diretor, somado as suas influências e a linguagem narrativa que vai empregar ao curta/longa do que a viabilidade que o roteiro proporciona. O roteiro pode proporcionar indicações visíveis devido ao espaço físico em que se localiza o mot do filme, somente isso.

 

Respondendo algo atrás, acho que foi a Pa, um roteiro foda não mascára uma direção ridícula, isso é uma ilusão. Pois mesmo o papel sendo bom, quem vai tirá-lo dele é medíocre, ou seja, ficará aceitável para as pessoas que não sabem ou não entendem e se contentam com essa situação. Mas para os outros olhos seria como se roteiro e direção entrassem em choque a cada tomada, tornando assim, a assistida do filme uma experiência por demais dolorosa!06 É questão de entendimento básico.

 

Exemplo disso que mais me veio a cabeça recentemente: Inferno, roteiro do Kieslowsky e direção de "esqueci o nome", afinal foi uma experiência desastrosa. O roteiro já era mediano, com flashbacks toscos que em nada eram necessários. Fora isso, tinha algo de interessante. Já a direção do ser, foi um desastre completo, desde sua péssima mão para atores até suas escolhas de decupagem, como por exemplo usar uma grua para apenas mostrar o local bonito em que filmava, sendo que era um soco na linha narrativa do filme, trilha sonora, à todo o momento enfatizando algo de terror que não estava contido no roteiro, ou seja, o roteiro queria seguir para um lado, mas a direção o levava para outro, causando um choque, transformando imagem e papel em coisas completamente antagônicas.
FeCamargo2007-08-16 14:10:07
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acho que existem alguns filmes onde o roteiro é mais importante do que a direção como Sociedades dos poetas mortos ou Conduzindo Miss Daisy. Team America é engraçado por causa do roteiro inteligente, não por causa da direção. Uma linda mulher (só um exemplo) funciona bem por causa do roteiro engraçado e romantico na medida não pela direção habilidosa de Garry Marshall. Ate mesmo grandes diretores como Altman, que ja fez varias obras-primas, entregou filmes mediocres quando não tinha roteiros tão bons em mãos. Outro exemplo que me veio em mente foi Mike Nichols que fez obras como Quem tem medo de virginia woolf? com um grande roteiro mas com roteiros ruins ja fez bombas como Birdcage.

 

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Garbo, vc tem como me apontar onde os méritos de Sociedade são exclusivos do roteiro? Tem como vc me dizer se os aspectos que vc gostou do filme do Weir são MESMO do roteiro e não de uma direção que o Weir quis tomar? Enfim, vc leu o roteiro dos filmes que você citou para fazer as afirmações que fez?

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Respondendo algo atrás' date=' acho que foi a Pa, um roteiro foda não mascára uma direção ridícula, isso é uma ilusão. Pois mesmo o papel sendo bom, quem vai tirá-lo dele é medíocre, ou seja, ficará aceitável para as pessoas que não sabem ou não entendem e se contentam com essa situação. Mas para os outros olhos seria como se roteiro e direção entrassem em choque a cada tomada, tornando assim, a assistida do filme uma experiência por demais dolorosa!06 É questão de entendimento básico.[/quote']

 

Eu quis dizer um roteiro EXCELENTE, dear. 03É claro que um guião bonzinho, não remirá o diretor de suas deficiências. Engraçado que, na mesma via, um roteiro paupérrimo de inteligência e bom senso pode arruinar o trabalho de um grande cineasta, caso este seja forçado (por questões mercadológicas ou comodidade) a filmá-lo irrestritamente, situação de vc-sabe-quem com vc-sabe-quem.1906
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Não conheço nenhum exemplo concreto do trecho em negrito...

 

Se eu citar o que considero como o exemplo ideal, vc provavelmente irá discordar. Poderia usar Oliver Stone com Platoon, como já fiz no outro tópico, ou mesmo o Shy com O Sexto Sentido (embora eu admire bastante a autoralidade com que ele conduz seus filmes). Mas é claro que vc terá um argumento escondido na cueca para cada afirmação minha.06 Não tenho muita saúde pra ir além nisso, mas em suma, acredito naquilo que expus: casamento perfeito = roteiro bom + direção boa. Se dão certo em separado, são, digamos...uma união informal de sucesso.0603
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É... não tenho dúvidas de que as pessoas confundem roteiro com história (incluindo aí suas reviravoltas e todos os goodies narrativos). Se a história do filme é boa então é pq o roteiro foi bem escrito. Obviamente isso está bem longe da verdade.

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Vejam só como são as coisas. Ontem à noite vi Vôo Noturno, do Wes Craven, e um dos extras do DVD era o depoimento de várias pessoas envolvidas no projeto. Logo no começo o Wes Craven fala do roteiro do filme, elogiando etc. Pouco depois ele diz o seguinte: "sem um bom roteiro, o diretor nada pode fazer". Até voltei a reprodução para ouvir as palavras em inglês, a fim de ter certeza de que a tradução estava certa. Estava mesmo.

 

Essa é a opinião dele, de um cara cujo ofício é dirigir filmes. Eu discordo, mas o ponto aonde quero chegar é outro. Certamente há diretores com  mais habilidade que outros para transformar maus roteiros em bons filmes. Também deve haver temas onde a qualidade do roteiro é fundamental para o desempenho do filme, talvez - quem sabe? - mais importante que a direção. Isso porque a variedade de estilos, gêneros e enredos é muito grande.

 

Por isso é que, por mais que a direção seja o aspecto mais importante para o sucesso ou o fracasso de um filme (e essa é uma percepção tipicamente européia de cinema, conquista e legado da Nouvelle Vague), exceções a essa regra são perfeitamente plausíveis.

 
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Alexei, mas Nouvelle Vague mudou toda a postura cinematográfica  justamente por essa linha de pensamento autoral.

 

Mas falando honestamente, um diretor pode fazer muita coisa sem um roteiro bom, depende do projeto e da disputa de poderes dentro dele. Em Hollywood, provavelmente, um diretor, sem grande gabarito, ou que tenha um roteirista poderoso por trás, é impossibilitado de alterar o roteiro durante as filmagens, isso DEVE ser um fato na indústria de lá.

 

Aqui no Brasil, onde a profissão roteirista inexiste, exceto o Moretti, o diretor tem a possibilidade de alterar o roteiro de acordo com a sua visão para o filme, portanto, se o mesmo não muda, ou não altera ou faz quaisquer outras alterações positivas ou negativas que elevem ou o denigrem o roteiro, entramos novamente no ponto diretor da questão, entende?

 

Querendo ou não, caímos sempre na Nouvelle Vague!06 Principalmente no Brasil, onde o cinema autoral é o mote principal. O que está começando a mudar, diga-se de passagem.
FeCamargo2007-08-17 13:03:47
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Nos extras de Last Days, o cinematógrafo do Van Sant afirma categoricamente que o filme foi feito sem o auxílio de um roteiro. A coisa foi gravada no improviso mesmo...até os atores puderam opinar e alterar determinadas falas e desfechos (o que já ocorrera em Elephant). Isso vai muito mais fundo no estilo do diretor do que na concepção da arte em si. Pro Van Sant, é normal que os personagens conservem os nomes dos atores e que a câmera procure o máximo de naturalidade possível. É algo dele, da sua própria forma de filmar.  Não é uma regra e muito menos um consenso. Aposto que existem diretores muito mais ligados ao roteiro do que o Gus...Enfim, existem inúmeras variações no processo de filmagem de acordo com o perfil do diretor.

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A questão é: se o diretor opta por filmar sem roteiro, na base do improviso e tudo o mais e consegue fazer um filme bom, resta provado o que venho dizendo desde o início: o filme pronto é resultado de uma direção eficaz e apurada, independente da existência ou qualidade de um roteiro. É muito mais que uma regra 'acadêmica', portanto. Isso não exclui a possibilidade de um filme ter elementos de seu roteiro se sobressaindo à direção, mas again, caímos naquela: temos o roteiro em mãos para comparar com o produto final e ver o que foi mantido e o que foi alterado?

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Eu já pensei muito nisso, mas nunca cheguei numa conclusão fechada. Achava que a direção tinha uma óbvia importância a mais que o roteiro, no sentido de que é o diretor quem agrega os demais valores ao texto, planejando e convergindo todos os aspectos da produção e transformando no protudo que acabamos por ver, alguns de forma brilhante, outros sofríveis, e bastante meios-termos entre eles.

No entanto, nunca achei uma discussão encerrada (aliás, se fosse, não haveria esse tópico) Alguém escreveu (e agora não lembro quem, porque faz tempo demais que li) algo mais ou menos assim: "Se você tirar tudo de um filme, a direção, a fotografia, a direção de arte, os efeitos visuais, etc, e ainda assim sobrar uma boa história a ser contada, fatalmente o filme funcionará".

E não discordo disso, não. Ao menos não totalmente. Acho que um execelente roteiro pode segurar sim uma direção fraca. O que quero dizer é que acho mais fácil uma direção fraca passar despercebida do que um mal roteiro. Até porque, no senso comum da coisa, é natural que alguém saiba dizer se uma "história" foi boa ou ruim do que saber dizer se uma direção foi boa ou ruim, se a marca de fulano ficou evidenciada, se o ritmo foi bem conduzido, etc. Com ênfase no senso-comum, pra ficar claro que há diferença entre roteiro e história.

Se um diretor pega um roteiro ruim e o transforma em um bom filme, porque transformou o roteiro ruim em um bom roteiro, não seria mérito dele como diretor, mas TAMBÉM como roteirista? Não sei, são apenas questões.

Sobre comparações entre o roteiro original e o filme, me veio à cabeça Batman Begins. Quando li o roteiro deste filme (originalmente de David Goyer), comparei com o filme pronto, e algumas coisas (poucas) tinha sido mudadas. Algumas para pior, outras para melhor (na minha opinião). Isso porque, posteriormente, Cristopher Nolan pegou o roteiro e deu seus pitacos também, sendo inclusive creditado como roteirista. No caso, acho que, no geral, o filme melhorou, ele trouxe uma economia narrativa adequada para algumas cenas (principalmente de treinamento) e afinou alguns diálogos. Isso, creio eu, foi mérito dele como diretor, visto que ele resolveu visualmente (na decupagem das cenas, e na montagem final) problemas que ele possivelmente identificou no roteiro de Goyer.

Outras escolhas, no entanto, como a mudança de cenário e ações em uma determinada sequência (para passar, diga-se, exatamente o mesmo conteúdo, na cena em que Katie Holmes é atacada no trem deserto), achei inapropriada, embora tenha sido bacana visualmente, acho que a forma como ela havia sido escrita anteriormente por Goyer estava mais lógica. E isso, foi falha de Nolan como roteirista, a meu ver.


Citei este caso porque calhou de eu conhecer os dois, filme e roteiro, mas acho que me compliquei demais. O fato é que o que me pertuba é que esses exemplos dão o tom da importância tanto do roteirista quanto do diretor, e mostra porque não consigo chegar numa conclusão sobre o assunto.


Ao mesmo tempo em que não hesitaria em assistir um filme com direção ruim, se me garantissem que o roteiro é excelente, também não deixaria de ver um filme bem dirigido de um diretor que aprecio com roteiro pífio.

Mal comparando, porque são mídias diferentes, digamos que alguém me recomendasse uma hq alegando que tem um excelente roteiro, mas pessimamete desenhada, com composições mal-feitas, enquadramentos mal pensados, decupagem pobre, arte-final ("fotografia") mal-feita, etc. Leria a hq tranquilamente.

Assim como também leria uma hq com roteiro pouco recomendado, mas com referências de um trabalho soberbo de Geroge Perez, Dave Gibbons ou Alex Ross, para citar artistas com traços e estilos diferentes.

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No entanto' date=' nunca achei uma discussão encerrada (aliás, se fosse, não haveria esse tópico) Alguém escreveu (e agora não lembro quem, porque faz tempo demais que li) algo mais ou menos assim: "Se você tirar tudo de um filme, a direção, a fotografia, a direção de arte, os efeitos visuais, etc, e ainda assim sobrar uma boa história a ser contada, fatalmente o filme funcionará".

[/quote']

 

Discordo. Pegue uma história boa e coloque nas mãos de um Bay ou um Uwe Boll e veja o que acontece.

 

Dica: o Michael Bay teve, pela primeira vez em sua vida, uma história fantástica para contar. Sabe o que ele fez com ela? A Ilha...

 

03

 

 

E não discordo disso' date=' não. Ao menos não totalmente. Acho que um execelente roteiro pode segurar sim uma direção fraca.[/quote']

 

Exemplo?

 

 

O que quero dizer é que acho mais fácil uma direção fraca passar despercebida do que um mal roteiro. Até porque' date=' no senso comum da coisa, é natural que alguém saiba dizer se uma "história" foi boa ou ruim do que saber dizer se uma direção foi boa ou ruim, se a marca de fulano ficou evidenciada, se o ritmo foi bem conduzido, etc. Com ênfase no senso-comum, pra ficar claro que há diferença entre roteiro e história.[/quote']

 

Esse é o problema. O senso comum não poderia estar mais errado. Quando vc vê um filme vc está vendo o resultado da direção sobre todas as outras áreas (roteiro, fotografia, trilha sonora, direção de arte, etc).

 

Roteiro não é história. A história vai sendo alterada no decurso da produção de um filme. Leia o roteiro de Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel e compare com o filme finalizado. Veja a diferença.

 

 

Se um diretor pega um roteiro ruim e o transforma em um bom filme' date=' porque transformou o roteiro ruim em um bom roteiro, não seria mérito dele como diretor, mas TAMBÉM como roteirista? Não sei, são apenas questões.[/quote']

 

Hein? Como pode um diretor transformar um roteiro ruim em um roteiro bom e ainda assim o crédito ser do roteirista?

 

090909

 

Sobre comparações entre o roteiro original e o filme' date=' me veio à cabeça Batman Begins. Quando li o roteiro deste filme (originalmente de David Goyer), comparei com o filme pronto, e algumas coisas (poucas) tinha sido mudadas. Algumas para pior, outras para melhor (na minha opinião). Isso porque, posteriormente, Cristopher Nolan pegou o roteiro e deu seus pitacos também, sendo inclusive creditado como roteirista. No caso, acho que, no geral, o filme melhorou, ele trouxe uma economia narrativa adequada para algumas cenas (principalmente de treinamento) e afinou alguns diálogos. Isso, creio eu, foi mérito dele como diretor, visto que ele resolveu visualmente (na decupagem das cenas, e na montagem final) problemas que ele possivelmente identificou no roteiro de Goyer. [/quote']

 

Tá aí um exemplo bem interessante. Mas cabe uma pergunta: o roteiro que vc leu, tinha marcação dos planos?

 

Outras escolhas' date=' no entanto, como a mudança de cenário e ações em uma determinada sequência (para passar, diga-se, exatamente o mesmo conteúdo, na cena em que Katie Holmes é atacada no trem deserto), achei inapropriada, embora tenha sido bacana visualmente, acho que a forma como ela havia sido escrita anteriormente por Goyer estava mais lógica. E isso, foi falha de Nolan como roteirista, a meu ver. [/quote']

 

Como vc pode dizer que isso é falha do Nolan 'roteirista'? Vc leu o draft que ele escreveu onde constava essa alteração? Ou será que ele mudou o que estava originalmente escrito na hora da edição? Ou na hora das filmagens?

 

 

 

Citei este caso porque calhou de eu conhecer os dois' date=' filme e roteiro, mas acho que me compliquei demais. O fato é que o que me pertuba é que esses exemplos dão o tom da importância tanto do roteirista quanto do diretor, e mostra porque não consigo chegar numa conclusão sobre o assunto. [/quote']

 

Sem querer me gabar aqui, mas fiz curso de roteiro e direção e tive a oportunidade de, por um pequeno período de tempo, não só escrever como também ter a experiência de dirigir. O roteiro tem a sua importância, mas quando vc vê o filme pronto, é o resultado da direção sobre os outros aspectos. Não se trata de dizer que direção é melhor que roteiro, mas a criação feita em cima do roteiro é que resulta no filme pronto. E quem cria em cima do roteiro? O diretor.
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Putz, é muita coisa. E eu nem sei usar essa ferramenta de quotar direito, eehehe.

Esse tópico é interessante, depois vejo com mais calma, aqui no trabalho é complicado, ehehe. Então, aos pontos mais importantes.

 

Sim, eu falei da difereça entre roteiro e história e como isso está arraigado no senso comum (que frequentemente está errado), que os confunde como iguais, mas mostra a força do roteiro frente ao espectador. Claro, que no processo de produção é muito diferente.


"Hein? Como pode um diretor transformar um roteiro ruim em um roteiro bom e ainda assim o crédito ser do roteirista?"

Não, talvez eu não tenha sido claro, mas quis dizer que o sujeito que transformou o roteiro ruim em bom talvez tenha o mérito não apenas de ser um bom diretor, mas também ser um bom roteirista (ele, o diretor).
 
 
O roteiro de Batman Begins que eu li era o do Goyer. Sobre a falha do Nolan como roteirista, inferi desta forma porque peguei o roteiro de Goyer e comparei com o roteiro do filme. Marquei as sequências que estavam diferentes do roteiro original e pensei a respeito, sobre qual escolha era a mais acertada. ACHO que ele mudou o que estava escrito quando pegou o roteiro para fazer o seu tratamento em cima dele, pois ele fala nos extras que trabalhou no roteiro posteriormente.

Se ainda tiver em minha máquina, posso te mandar o arquivo, é interessante fazer estas comparações.


sobre os cursos, sim, eu também fiz. E conheço bem a diferença. Passei por casos em que dirigi o produto tal qual estava no roteiro, passei por casos em que modifiquei o roteiro para adequar à realidade financeira da produção, já tive caso em que o ator que interpretava o protagonista faltou e tive de re-escrever uma cena, tirando-o do ato e redistribuindo seus diálogos entre os outros personagens porque não haveria como gravar outro dia e não havia possibilidade de atrasar o cronograma.

 

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Sim' date=' eu falei da difereça entre roteiro e história e como isso está arraigado no senso comum (que frequentemente está errado), que os confunde como iguais, mas mostra a força do roteiro frente ao espectador. Claro, que no processo de produção é muito diferente.[/quote']

 

Mas a história está SEMPRE e NECESSARIAMENTE no roteiro? Don't think so... Ou seja, existe um senso comum equivocado e você, ao dizer que esse senso mostra 'a força do roteiro frente ao expectador', vc está reforçando o senso de que roteiro é história.

Não' date=' talvez eu não tenha sido claro, mas quis dizer que o sujeito que transformou o roteiro ruim em bom talvez tenha o mérito não apenas de ser um bom diretor, mas também ser um bom roteirista (ele, o diretor).[/quote']

Ahh, sim... aí concordo.
 
 
O roteiro de Batman Begins que eu li era o do Goyer. Sobre a falha do Nolan como roteirista' date=' inferi desta forma porque peguei o roteiro de Goyer e comparei com o roteiro do filme. Marquei as sequências que estavam diferentes do roteiro original e pensei a respeito, sobre qual escolha era a mais acertada. ACHO que ele mudou o que estava escrito quando pegou o roteiro para fazer o seu tratamento em cima dele, pois ele fala nos extras que trabalhou no roteiro posteriormente.[/quote']

 

Então... mas esse roteiro que vc leu tinha marcação de planos do tipo 'em um plano aberto vemos o Batman'...??


sobre os cursos' date=' sim, eu também fiz. E conheço bem a diferença. Passei por casos em que dirigi o produto tal qual estava no roteiro, passei por casos em que modifiquei o roteiro para adequar à realidade financeira da produção, já tive caso em que o ator que interpretava o protagonista faltou e tive de re-escrever uma cena, tirando-o do ato e redistribuindo seus diálogos entre os outros personagens porque não haveria como gravar outro dia e não havia possibilidade de atrasar o cronograma. [/quote']

Pois é... então vc sabe na pele que a obra pronta é resultado da direção e não do roteiro.
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Garbo' date=' vc tem como me apontar onde os méritos de Sociedade são exclusivos do roteiro? Tem como vc me dizer se os aspectos que vc gostou do filme do Weir são MESMO do roteiro e não de uma direção que o Weir quis tomar? Enfim, vc leu o roteiro dos filmes que você citou para fazer as afirmações que fez? [/quote']

Desculpe a demora, é que não deu pra eu responder antes mesmo08

 

Quanto a sociedade dos poetas mortos eu ja li o roteiro (é facil de achar em sites do filme) e achei que tudo que eu mais gostei no filme ja estava ali, o senso de companheirismo entre os alunos, a personalidade e as mudanças em cada um, os belissimos poemas que ilustram varias situações ocorridas durante o filme. Pra mim o maior mérito do diretor foi não mexer muito no roteiro pq ja estava excelente como era.

 

Quanto aos outros filmes eu não li o roteiro, mas das duas uma:

 

1 - The birdcage tinha um roteiro pessimo, sem graça nenhuma.

 

2 - The birdcage tinha um otimo roteiro, muito engraçado e cheio de boas piadas, mas Nichols optou por cortar todas as piadas e deixar o filme sem graça.

 

acredito mas na primeira opção. Ou Borat por exemplo, vc acha que é extremamente engraçado por mérito do diretor ou de Cohen que fez o roteiro e as improvisações além de estrelar?

mas de qualquer forma esse nem é meu ponto. acho que cada caso é um caso. Tem filmes cujo maior mérito é a direção, outros o roteiro ou as atuações, vai de filme pra filme, de profissional pra profissional. Não vejo porque tentar generalizar.

 

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Quanto a sociedade dos poetas mortos eu ja li o roteiro (é facil de achar em sites do filme) e achei que tudo que eu mais gostei no filme ja estava ali' date=' o senso de companheirismo entre os alunos, a personalidade e as mudanças em cada um, os belissimos poemas que ilustram varias situações ocorridas durante o filme. Pra mim o maior mérito do diretor foi não mexer muito no roteiro pq ja estava excelente como era.[/quote']

 

Esse roteiro tinha indicação de planos?

 



Quanto aos outros filmes eu não li o roteiro' date=' mas das duas uma:

1 - The birdcage tinha um roteiro pessimo, sem graça nenhuma.

2 - The birdcage tinha um otimo roteiro, muito engraçado e cheio de boas piadas, mas Nichols optou por cortar todas as piadas e deixar o filme sem graça.[/quote']

 

Não vi Birdcage, mas como Nichols já fez filmes ruins, não duvido nada que o roteiro escrito (que era para o remake e não era o roteiro do original) tenha padecido nas mãos do diretor. 

Ou Borat por exemplo' date=' vc acha que é extremamente engraçado por mérito do diretor ou de Cohen que fez o roteiro e as improvisações além de estrelar?
[/quote']

 

A hora que eu ler o roteiro de verdade (difícil achar em sites) eu te respondo.

 

 

mas de qualquer forma esse nem é meu ponto. acho que cada caso é um caso. Tem filmes cujo maior mérito é a direção' date=' outros o roteiro ou as atuações, vai de filme pra filme, de profissional pra profissional. Não vejo porque tentar generalizar.[/quote']

 

Mas eu não estou generalizando, estou dizendo que um filme pronto é resultado do trabalho da direção sobre os outros aspectos. Roteiro é roteiro, filme é filme. É mera questão de lógica.
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- Se o roteiro for ruim' date=' o diretor não pode salvar o filme.[/quote']

 

Exemplos, por favor.

 

Lembre-se de, ao responder, desenvolver mostrando, no filme exemplificado, onde está o roteiro e onde está a direção.

 

- Um roteiro bom pode ser estragado por uma direção ruim' date=' mas não é isso que eu observo na maioria dos casos.
[/quote']

 

Idem acima...
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Se quer encarar como exigências, be my guest... Porém entendo que um bom cinéfilo deveria desenvolver PLENAMENTE seu ponto de vista, coisa que vc não fez... Obviamente que, se vc acha que não deve desenvolver os pontos propostos em meu post, talvez o seu lugar seja mesmo as discussões "errantes e paralelas"...

03
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Se quer encarar como exigências' date=' be my guest... Porém entendo que um bom cinéfilo deveria desenvolver PLENAMENTE seu ponto de vista, coisa que vc não fez... Obviamente que, se vc acha que não deve desenvolver os pontos propostos em meu post, talvez o seu lugar seja mesmo as discussões "errantes e paralelas"...

03
[/quote']

 

E quem disse que eu sou cinéfilo? Principalmente dos bons?

GustavoFarias2007-08-30 09:56:33

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