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Forum Cinema em Cena

Direção ou Roteiro?


Dook
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Garbo' date=' seu comentário é tão antiquado e datado quanto a época da atriz que estampa o seu avatar (época essa que condiz com a "realidade" que você desenha no seu post) e, sinceramente, não reflete o mundo do cinema no qual estamos inseridos.

 

É claro que existem casos em que o estúdio decide sobre aspectos criativos de um filme ou mesmo o produtor. Porém há MUITOS anos - especificamente desde 1997, quando um certo diretor quase enlouqueceu e peitou toda uma corja de executivos para fazer seu filme do jeito que ele queria, resultando no filme de maior bilheteria da história do cinema até esta data, que os estúdios, SALVO ALGUMAS EXCEÇÕES, tem deixado os cineastas livres para criar. A liberdade não é 100% (essa sim, desfrutada por uns poucos sortudos como Kubrick, por exemplo), mas existe hoje em quantidade muito mais abundante do que nunca houve na história.  

 

Agora, se mesmo assim você acha que meu comentário não reflete a realidade, por favor, cite um blockbuster de sucesso recente que não teve impresso na tela a visão de seu diretor...
[/quote']

Algumas exceções? E pq vc chama apenas de "algumas exceções"? Eu não

tenho nenhuma estatistica pra te mostrar sobre os filmes que sofrem

essas influências, mas pelo que vejo são muitos. Há não muito tempo Os

diretores de Exorcista O início e Invasores foram até mesmo demitidos

por quererem fazer algo diferente do que o estúdio esperava. Julie

Taymor tbm foi afastada de Across the universe na pós-produção. E se

não me engano, a versão de a bussola de ouro que chegou aos cinemas não

era bem o que Weitz queria. O estudio colocou um outro diretor monitorando Judd Apatow nas filmagens de Ligeiramente Grávidos, pronto para assumir o filme, se "necessário". Os Weinstein cortaram mais de 50% do filme de Billy Bob Thorton, e ele afirmou que o que chegou aos cinemas não era sua visão. Existem vários casos em que o próprio

diretor cede (voluntariamente?) as preferências do público após um test

screening (em dvds é comum ver comentários do tipo "esse era o final

que pretendia, mas o publico não reagiu bem") e já vi em entrevistas ou

comentários em audio o diretor falando coisas como "essa cena eu

preferia ter cortado, mas o estudio estiuplou que o filme precisava ter

no minimo x cenas de garotas de biquini". Ou um exemplo como Duro de

Matar 4, que muita gente crítica pela natureza light, sem muita

violência e palavrões. Vc acha que o filme é assim pq Wiseman decidiu

que esse era o filme que ele queria fazer, ou pq o estudio impôs que o

filme deveria ser dessa forma pra conseguir uma classificação pg-13?

Aliás, no ultimos 10 anos (sim, mesmo depois de titanic), foram

inumeros os casos de filmes que tiveram de ser cortados (contra a

vontade do diretor) pra não pegar uma classificação nc-17.

Resumindo, as vezes o que chega as telas não é exatamente o que o diretor pretendia.

 

 

Diretor de Missão Babilônia acha o filme ridículo

 

Mathieu

Kassovitz (O Ódio), diretor de Missão Babilônia, não está feliz com o

resultado final de seu último projeto. O francês disse ao blog do site

AMC que "está muito descontente com o filme", protagonizado por Vin

Diesel (Velozes e Furiosos).

 

Kassovitz explicou o motivo de

tanta indignação. "Não tive a chance de fazer uma cena do jeito que

estava escrita no roteiro ou do jeito que queria. O script não foi

respeitado. Produtores ruins, parceiros ruins, foi uma experiência

terrível", contou.

 

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Godard foi citado, Mike Leigh...têm também o Wong Kar-Wai, que em muitos filmes partiu de uma concepção e começava a filmar de modo aleatório, respeitando a condição da câmera acima de tudo e depois, com o material que ia obtendo, dava um rumo, muitas vezes diferente da idéia inicial (exemplo disso, Amor à Flor da Pele, um filme que seria sobre comida!). Mas talvez o mais emblemático seja o caso de Cassavetes e seu Sombras, feito com uma diferença de mais ou menos dois anos, com mudanças no elenco, onde as seqüências filmadas determinavam a narrativa do filme. Assim ele "inventou" o cinema independente americano - e o melhor do cinema mundial, logo em seguida, na minha opinião - mas o próprio negava que seu trabalho fosse tão rígido, com relação à não-utilização do roteiro.

 

Seja lá como for, não é algo comum porque, como amplamente discutido, o roteiro é um guia necessário para que a coisa tome forma. Sua importância é - e deve ser - relativizada, de acordo com a obra a ser discutida, de acordo com o diretor. Eu só acho que roteiro não merece ser gesso, algo que determine mais que a própria criatividade, e que as palavras importem mais que a forma.
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