O Leitor (The Reader, Stephen Daldry)

[jujuba]

Acho que Michael se espantou mais em não ter pecebeido esse detalhe sobre Hannah antes....ou de repente, ela se deixar condenar  SÓ por isso.

Nesse ponto acho que entra o talento de Winslet.

Ela conseguiu mostrar o deslumbramento  que os livros lhe causavam.

E talvez explique o pq dela dar uma dimensão desmesurada a sua "deficiencia", digamos assim, como se esta fosse uma vergonha maior do que o crime d que era acusada... aff!

[Stradivarius]

Vi ontem. Fiquei decepcionado em ver um Daldry tão esquemático, são poucas as cenas que remetem ao talento do diretor de As Horas. Mas mesmo assim, isso não teria problemas se o filme não fosse tão auto-suficiente, ele simplesmente não precisa do expectador. Qual o sentido de mostrar o desespero silencioso de hanna ao saber que foi promovida para trabalhar em um escritório, se mais tarde o fato de ser analfabeta é esfregado na nossa cara? 

Até acho que isso seria interessante de ser discutido, (expectador x cinema), mas é flagrante que está não foi a intenção do projeto.

 

PS: Não que eu me importe muito com isso, mas achei a maquiagem da Winslet atroz. A impressão é que fizeram vários retoques "nas coxa", mas a estrutura jovial de seu rosto permaneceu intacta.

[Administrator]

Eu não acho que o principal assunto de O Leitor seja a culpa, mas o relacionamento de Hanna e Michael. A culpa é apenas a cereja do bolo.

[jujuba]

Talvez nem seja o romance  entre os dois.

Pode ser que seja sobre o único cara que conheceu uma Hanna diferente da que estava sendo julgada.

 

Enqto muitos viam a maledeta que não destrancou a porta da igreja (sem mais p/ evitar spoilers) Michael via a Hanna amante, a que chorava, se emocionava ao ouvir um coral... sensivel como qquer mulher.

[MacGruber]

Eu gostei, mas realmente não é o Daldry de As Horas. O grande trunfo é o elenco: Fiennes ótimo (como sempre), a revelação David Kross e, claro, Kate, genial. 4/5

[Administrator]

Talvez nem seja o romance  entre os dois.

Pode ser que seja sobre o único cara que conheceu uma Hanna diferente da que estava sendo julgada.

 

Enqto muitos viam a maledeta que não destrancou a porta da igreja (sem mais p/ evitar spoilers) Michael via a Hanna amante, a que chorava, se emocionava ao ouvir um coral... sensivel como qquer mulher.

[/quote']

 

Eu acho que trata do romance sim. A culpa de Michael foi por deixar a única mulher por quem ele já sentiu alguma coisa e que o entendia ser levada, não por ter evitado contar a verdade.

 

Dito isso, Hanna é uma criatura repulsiva que mereceu este castigo.

[jujuba]

Michael não a deixou, ela sumiu qd foi promovida.

 

Hannah é um personagem muito cifrado, não dá p/ saber se houve romance da parte dela ou se se ligava a Michael por ele lhe mostrar coisas que a fascinava, tipo as histórias dos livros, os passeios...

 

As vezes penso que ele foi usado.

Digo isso pq na primeria vez que Michael vai ao apt. de Hannah, ela créu  nele, não se importando de que era só um garoto... ou de repente usasse o sexo como retribuição.

Em certo ponto do filme ela diz, primeiro o livro depois "sexo".

 

Acho que ela não era má.

MariaShy2009-02-23 15:20:16

[Administrator]

Michael não a deixou, ela sumiu qd foi promovida.

 

Hannah é um personagem muito cifrado, não dá p/ saber se houve romance da parte dela ou se se ligava a Michael por ele lhe mostrar coisas que a fascinava, tipo as histórias dos livros, os passeios...

 

As vezes penso que ele foi usado.

Digo isso pq na primeria vez que Michael vai ao apt. de Hannah, ela créu  nele, não se importando de que era só um garoto... ou de repente usasse o sexo como retribuição.

Em certo ponto do filme ela diz, primeiro o livro depois "sexo".

 

Acho que ela não era má.

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Eu que me expressei mal aqui. Quando digo "deixar", refiro-me ao fato dele ter deixado ela ser presa.

 

Acho que houve sim. Quando em certo instante, uma mulher diz que ela fazia as mulheres mais fracas lerem para ela, acho que ela não só está saciando seu prazer de leitura, como também se lembrando daquele caso que ela teve.

 

Ambos usuaram um ao outro, creio eu. A relação deles não era feita na base da conversa já que, afinal de contas, o que eles teriam pra conversar? Por isso eles só tinham como coisa que os uniam o sexo e a leitura. E isso funcionava muito (eu, pelo menos, consegui sentir um amor entre ambos). Ambos eram pessoas que não sabiam se expressar, tanto é que Michael jamais disse a Hanna seu amor por ela. Acho que ela não o usava, pois ela até aprendeu a escrever só para se comunicar com ele.

 

Talvez se ela tivesse sido melhor educada, ela não teria feito estes atos, mas ela era nojenta. Tanto é que ela mesma percebeu isso na prisão e se envergonhou, querendo até dar seus míseros trocados as famílias que mal tratou.

[PRuby]

Tbm não acho que The Reader seja sobre pena/culpa/etc, É sobre a vergonha de Michael de assumir que teve um relacionamento com uma mulher que foi guarda nos campos e cometeu todos aqueles crimes, chegando ao ápice quando ele não vai visitá-la. Pena que Fiennes esteja fraco e não consiga passar muito bem esses sentimentos

 

Digo isso pq na primeria vez que Michael vai ao apt. de Hannah, ela créu  nele, não se importando de que era só um garoto... ou de repente usasse o sexo como retribuição.[/quote']

 

[jujuba]

Ow! Eu coloco em branco e tu em negrito?!    Isso aí pode ser considerado spoiler !<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Não tinha pensado sobre esse lance de vergonha, mas faz sentido.
Um dos colegas de Michael lhe diz que percebeu ele olhando p/ aquela mulher (Hanna Schmit) e  ele nega.
Mas tb pode ser um misto de revolta e  mágoa por ter sido abandonado sem nem um adeus e por ela deixar coisas importantes de sua vida em detrimento de um segredo que pode ser vergonhoso apenas p/ ela.

MariaShy2009-02-26 22:05:11

[Calvin]

boa ediçao,fotografia,boas atuçoes

òtimo filme

[jujuba]

Há uma certa injustiça em “The Reader, que é não se falar tanto de David Kross. Talvez por estar entre fodões como Winslet e fiennes.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

São poucos os que conseguem se equivaler a Fiennes, com seu jeitão soturno de interpretar.

Ele é sempre uma presença forte em cena.

Mas esse Kross... aff!

Não sei como ele consegue fazer tão bem essa transição de um garoto tímido e inseguro e de repente esse mesmo ator, sem maquiagem nem nada se transforma em um homem 8 anos mais velho. O mesmo rosto, mas posturas diferentes, mas então ele chora no tribunal e volta a ser o garoto de novo... aff!

 

By the way, sem desmercer Fiennes, por mim metiam uma maquiagem nele, tal qual fizeram com Winslet e deixava o cara interpretar Michael na velhice tb.

[Calvin]

"by the way", é verdade

[Administrator]

Mas aí também não dava certo né, MariaShy, se nem com a Winslet fizeram o trabalho direito.

 

Agora que eu pude ler melhor os comentários, discordo veemente de quem diz que O Leitor não tem o mesmo Daldry de As Horas. A essência está lá, aquela tristeza brutal que cerca todos os personagens e que envolve o espectador de imediato. Acho fantástico esse controle do Daldry sob o espectador.

[MacGruber]

Até a pipoca que eu tava comendo tinha mais controle sobre mim do que o Daldry.

[Administrator]

Vc devia estar com fome.

[MacGruber]

huahuahua

 

Falando sério agora, eu acho meio óbvio que os dois filmes tenham o mesmo tom. As Horas meio que virou referencia e o Daldry seria procurado quando surgisse qualquer projeto semelhante. Mas, pra mim, esse novo não tem metade do poder do filme que deu o Oscar para a Nicole Kidman.

[pantalaimon]

Sim, "As Horas" é outra história, acho que o próprio material mesmo, era bem melhor, com o trio perfeito, gosto da dinâmica do filme, a edição, as tramas paralelas. Mas gostei de "The Reader", falaram tão mal, alguns amigos meus, achei que só iria achar as atuações boas, mas não; e não achei a segunda parte tão enfadonha e chata. A Winslet, acho, está bem, como sempre, mas só. Não vi "RR", mas só pelo trailer, percebe-se, que no filme de Mendes ela está melhor; porque em "O Leitor" não consigo ver nada de extraordinário. Gostei do jovem ator, bela surpresa, já vi o rosto dele antes, acho, não me é estranho. Mas o melhor do filme, claro, é a relação dos dois, e pronto. O resto é médio, e no final o saldo é positivo, mas a produção realmente não é algo memorável que vá se querer rever várias vezes e não fica na lembrança; não mancha o Daldry, mas esperamos mais dele. Curioso, que dois de seus filmes renderam prêmios de Melhor Atriz na Academia, o seu próximo projeto, se tiver personagem feminina central e forte, vai ser disputado no tapal em Hollywood.

[MacGruber]

Sim, como a própria personagem, o trabalho da Kate aqui, apesar do sotaque (odeio essa frescura), é mais marcante. Mas, revendo o filme, a coisa que mais me chamou a atenção é que a morte dela não provoca qualquer comoção. Tem coisa mais triste pra um dramalhão? É a maior prova do quão frio esse Daldry conseguiu ser. Boas atuações (o elenco alemão surpreendente), boa fotografia e uma história linda. Se tivesse um pouco mais de calor... 3,5/5 Jonny Greenwood2009-08-15 20:15:11

[jujuba]

Mas é dificil masi calor numa nazista que na verdade não tem compromisso emcional nenhum com causa nenhuma.

 

Ela só se alistou p/ fugir da vergonha de ser iletrada.

Deixou que uma tragédia acontecesse pq não queria descumprir uma ordem... aff!

 

Anyway, ela era um personagem  complexo,  parecia bipolar, uma se emocionava com histórias romanticas a outra era protagonista de uma coisa hedionda.

 

Como se compadecer de alguém assim?

[MacGruber]

Mas é dificil masi calor numa nazista que na verdade não tem compromisso emcional nenhum com causa nenhuma.

 

[/quote']

 

 

Ela é só uma personagem, não posso cobrar isso dela. Cobro o calor e a humanidade do diretor e de sua abordagem. Calor e humanidade que fizeram de As Horas um filmaço, na minha opinião.

[jujuba]

Mas há calor no persoanagem qd esta se comporta como uma mulher apaixonada... que destoa tremendamente da que é capaz de fazer algo ruim friamente.

 

Acho que o personagem é complexo pq era como se ela não fosse responsável pelo mau, afinal as ordens partiram de outra.

No tribunal, tu percebe que ela não está tentando se eximir de culpa, ela relamente se considera inocente.

 

[MacGruber]

Mais uma vez: ela é só uma personagem, não importa o que ela é ou deixa de ser, mas sim como o cineasta a retrata. Estamos falando de cinema, não é isso?

[jujuba]

Como separar o que a personagem é de como o diretor a retrata ?!

 

Achava que  a maneira como o personagem é retratado pelo diretor fosse como ele queria que vissemos a personagem.

 

Não sei como isso pode ser visto separadamente.

[MacGruber]

 

Achava que  a maneira como o personagem é retratado pelo diretor fosse como ele queria que vissemos a personagem.

 

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Me parece óbvio que sim. O cineasta não vai retratar de um jeito torcendo pra seja visto de outro, né? Mas se deu certo e nós vemos da maneira como ele quis retratar é uma outra história. E isso é fator fundamental para o sucesso do filme, acredito.