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Paris Te Amo


Marko Ramius
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Paris, te amo

de Alfonso Cuarón, Gus Van Sant, Isabele Coixet, Olivier Assayas, Sylvain Chomet e mais dezesseis diretores (Paris, Je T'Aime, França, 2006).

 

O embrião dessa produção coletiva são dois filmes curtos, realizados a partir de 2002 pelos americanos Joel e Ethan Coen e pelo alemão Tom Tykwer. Três anos depois, mais dezoito cineastas -- alguns em dupla, caso dos brasileiros Walter Salles e Daniela Thomas -- foram chamados para o projeto, que reúne um elenco estelar. O desafio proposto era rodar uma história romântica em um bairro parisiense. Como todo filme de episódios, o resultado é irregular. Entre os melhores está 14ème Arrondissement, uma pequena jóia de Alexander Payne (Sideways -- Entre Umas e Outras) sobre uma turista americana solitária (Margo Martindale) em Paris. Salles e Daniela deram um viés tocante ao tema, no drama da babá vivida por Catalina Sandino Moreno (Maria Cheia de Graça). E que melhor cenário teria o especialista em terror Wes Craven senão o cemitério do Père-Lachaise? Não faltam também homenagens cinematográficas, caso da historinha co-dirigida por Gérard Depardieu. Ele reuniu Gena Rowlands, atriz e mulher do diretor John Cassavetes, e um dos atores preferidos deste, Ben Gazzara, para um ajuste de contas ferino. Com Elijah Wood, Fanny Ardant, Juliette Binoche, Miranda Richardson, Natalie Portman e Nick Nolte (126min).| por Orlando Margarido.

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PARIS, TE AMO (Paris Je T'aime - Vários)

Paris Je T'aime tem dois episódios pavorosos, que se fossem executados logo no início do longa, fariam com que eu me levantasse da cadeira e saísse da sala de projeção. Não dá para compreender o que levou um fotógrafo tão talentoso como Christopher Doyle fazer algo tão esquisito e freak e imbecil e retardado e mongol (homenagem ao Carioca) como  "Porte de Choisy". O italiano Vincenzo Natali não fica muito atrás com sua pseudo-propaganda trash "Quartier de la Madeleine", onde Elijah Wood é atacado _ e se apaixona!!!_ por uma vampira (!!!!).
Paris Je T'aime tem outros episódios medíocres, como o primeiro, o segundo, vários no meio...espécies de "quase-filmes" que tentam abordar assuntos como a diversidade de raças, religiões numa cidade universal como Paris, mas que nunca conseguem chegar a lugar algum.
Paris Je T'aime tem alguns episódios "wanna be", aqueles que poderiam ter sido e não foram, como o pretensioso episódio "Place des Victoires", de Nobuhiro Suwa, em que o drama de Juliette Binoche quase é bem retratado, mas a impossíbilidade do tempo curto limita o desenvolvimento. Ou também "Quartier des Enfants Rouges', de Olivier Assayas, com Maggie Gyllenhaal, que quando parece que vai chegar em algum ponto relevante, capuft, se esvai pelo ar.
Paris Je T'aime tem episódios razoáveis, como "Loin du 16ème", de Walter Salles e Daniela Thomas, que ganha peso pela competência de Catalina Sandino Moreno e pela boa opção dos diretores em não mostrar o rosto de nenhum outro personagem. Alfonso Cuáron mostra um pouco da sua cara em "Parc Monceau", com plano seqüência em travelling mostrando uma história com profusão de línguas e uma piadinha (sem muita graça) a respeito de um personagem. Wes Craven também vai mais ou menos bem com seu "Père-Lachaise", um espécie de comédia de situação entre um casal prestes a se casar passeando por um cemitério (o amor já estaria condenado?).
Paris Je T'aime tem episódios bons, como o amor dos mímicos no bonitinho "Tour Eiffel", de Sylvain Chomet, o episódio/conto de Isabel Coixet sobre um homem que se reapaixona pela mulher quando decide se dedicar a ela ao descobrir que ela está prestes a morrer ("Bastille"), e um bom jogo de amor entre Bob Hoskins e Fanny Ardant em "Pigalle", de Richard LaGravenese.
Paris Je T'aime tem 3 episódios excelentes, capazes de valer a maior parte dos longas que estão em cartaz por aí. "Quartier Latin", de Gerard De Pardieu e Frédéric Auburtin, prova que Gena Rowlands é uma atriz absurda de tão boa e que algumas palavras podem valer muito mais que a maior parte do vituosismo barato que vemos em algumas partes. "Faubourg Saint-Denis", de Tom Tykwer, tem Natalie Portman (não é necessário dizer mais que isso) e uma história de amor contado de maneira meio videoclípitica, mas ainda assim muito tocante. E "Tuileries", dos Coen, prova que eles são gênios (como se já não fossem desde Blood Simple) no episódio mais hilário de todo o filme, com Steve Buscemi me fazendo rolar de rir sem abrir a boca uma única vez.
E, por fim, Paris Je T'aime tem dois episódios geniais. Gus Van Sant é técnico com poucos cortes, sensível nas simples palavras, sutil na abordagem e faz de "Le Marais" os melhores 5 minutos que eu tive nos últimos tempos no cinema. E Alexander Payne fecha o filme com a maior e menos piegas das declarações de amor a Paris, uma verdadeira obra de arte conduzida por uma personagem outsider como é a de "14th arrondissement", capaz de identificar o exato momento em que um amor nasce. Ali eu também me apaixonei pelo projeto, ainda que tão irregular.

***

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  • 2 months later...
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  1. Alexander Payne (gordinha): 1
  2. Alfonso Cuarón (Ludivine Sagnier) : 9
  3. Bruno Podalydès (desmaiada): 7
  4. Christopher Doyle (japonesa louca): 0
  5. Daniela Thomas e Walter Salles (Catalina Moreno): 8
  6. Ethan e Joel Cohen (Steve Buscemi)  : 2 
  7. Gérard Depardieu: 8
  8. Gurinder Chadha (muçulmana): 5
  9. Gus Van Sant (gays): 3
  10. Isabel Coixet (ex-maridos): 8
  11. Nobuhiro Suwa (Juliette Binoche): 3
  12. Oliver Schmitz: 5
  13. Olivier Assayas (Maggie Gillenhaal): 4

  14. Sylvain Chomet (mímicos): 3
  15. Richard LaGravenese (Fanny Ardat): 3
  16. Tom Tykwer (Natalie Portman): 9
  17. Vincenzo Natali (Eliah Wood): 8
  18. Wes Craven (Emily Mortimer): 4
No geral, dou 6,5

 

Richard2007-11-20 03:44:56

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  • 3 months later...
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PARIS, TE AMO - 7/10 - Gostei mais do que imaginei que gostaria. O melhor sem dúvida é o do Payne, mas gostei também daquele que mostra um jovem francês se apaixonado por uma garota árabe, o do Walter e da Daniela também é muito bom assim como os do Coen e o que conta com a participação da Natalie Portman. Tem três muito fracos: o primeiro (do carro), o outros das japonesas (o pior) e do cabeleiro e o do Wes Craven. Os demais são bem mornos, mas o saldo final é positivo.

 

PS: Vou tentar dar uma nota pra cada um tb ...
Thiago Lucio2008-03-13 01:13:34
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Alexander Payne (gordinha): 10

Alfonso Cuarón (Ludivine Sagnier) : 6

Bruno Podalydès (desmaiada): 3

Christopher Doyle (japonesa louca): 2

Daniela Thomas e Walter Salles (Catalina Moreno): 8

Ethan e Joel Cohen (Steve Buscemi): 8

Gérard Depardieu (Gena Rowlands e Ben Gazarra): 7

Gurinder Chadha (muçulmana): 8

Gus Van Sant (gays): 6

Isabel Coixet (ex-maridos): 9

Nobuhiro Suwa (Juliette Binoche): 5

Oliver Schmitz (negros): 5

Olivier Assayas (Maggie Gillenhaal): 4

Sylvain Chomet (mímicos): 7

Richard LaGravenese (Bob Hoskins): 5

Tom Tykwer (Natalie Portman): 9

Vincenzo Natali (Eliah Wood): 5

Wes Craven (Oscar Wilde): 4

MÉDIA GERAL: 6.0

PS: Digamos que os melhores curtas, compensam os mais fracos ...Thiago Lucio2008-03-13 01:16:50
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Sempre nesse tipo de filme, o saldo acaba sendo mediano. Há sempre curtas fracos que caem o nível do filme, para depois, curtas eficiente elevarem o nível do filme.

 

Fato é que, como um todo,  o filme é mediano. Há muitos curtas deficientes e poucos que realmente valem a pena.

 

 

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Eu entendo a opinião do Sync e digamos que por isso é que eu não fiz tanta questão de conferir "Paris, Te Amo" no cinema, de uma certa forma eu estava preparado para a montanha-russa, então preferi esperar pelo DVD mesmo.09

Mas fico com o Marko ... eu até tinha dado 8 para o filme, mas como analisando individualmente a média ficou 6 ... imaginei que estava supervalorizando o filme como um todo ... de qquer forma a sensaçao que eu tenho é que os curtas bons, são muito bons ... por isso é que eu aprovo o projeto, de uma maneira geral (7/10).03

 
Thiago Lucio2008-03-14 00:17:54
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Olha...tentando lembrar do filme, eu consigo me lembrar de apenas alguns curtas.... poucos me marcaram. Lembro desse do Payne, daquele da menina árabe, do gay que não sabe falar francês, do casal que discute no cemitério...acho que esses.06

 

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  • 3 weeks later...
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Paris, je t'aime (2006) - 6,5

 

Apesar da nota eu gostei do filme, tem ótimos momentos. Mas vou falar um pouquinho de cada, coisa rápida.

 

 

MONTMARTRE (Bruno Podalydès) - Mulher desmaiada na rua e cara no carro. Clichezento e mecanico demais. Porém gostei da parte dentro do carro e principalmente do ator.

QUAIS DE SEINE (Gurinder Chadha) - Muçulmana e idiotas. Achei bem simpático. Mas sentiu o pouco tempo.

 

LE MARAIS (Gus Van Sant) - Galeria e o gay. Dos meus preferidos, a forma como o diretor mostra o artista que se apaixona falando para o americano foi perfeita.

 

TUILERIES (Joel & Ethan Coen) - Metro. só de ter o Buscemi já garante pontos. E conseguir ser engraçado apesar das poucas palavras e o Steve sem falas. um dos melhores do filme.

 

LOIND DU 16º (Walter Salles & Daniela Thomas) - Mãe, bebe e a canção de ninar. Agradável e a atriz é excelente. Mas o curta não é daqueles que marcam, é meio esquecivel.

 

PORTE DE CHOISY (Christopher Doyle) - Cosméticos e asiáticas. O pior do filme. E ainda é pretencioso. Nem merece mais comentários.

 

BASTILLE (Isabel Coixet) - Mulher com leucemia. Ta entre os que eu gostei muito. Já pensou se o cara acaba tudo com a mulher antes dela falar o resultado? Pederia os momentos mais felizes que teve ao lado da mulher que ama. E por quê? Por causa de flivolidades que ele deixou que crescecem e que deu impotância demais. E de uma garota mais nova que gostava dele.

 

PLACE DES VICTOIRES (Nobuhiro Suwa) - Binoche e o filho morto. A Juliette é fantástica e a historinha interessante, mas esse foi outro que parece que sofreu com o curto tempo. Poderia ser algo melhor.

 

TOUR EIFFEL (Sylvain Chomet) - Garotinho e mimicos. Esse foi um dos que mais gostei e tem coisas bem marcantes. A cena dele "andando de carro", o encontro na prisão (e a parte do companheiro de cela é das mais engraçadas do filme), etc. Um do que ficaram na minha memória. Que curta bonitinho.

PARC MONCEAU (Alfonso Cuaron) - Pai e filha. Em plano sequencia, ele é muito mais interessante do que bom.

 

QUARTIER DES ENFANTS ROUGES (Olivier Assauyas) - Gyllenhal e traficante. Gostei desse até certo ponto, eu amo a Maggie. Mas faltou algo. Outro com cara de inacabado.

 

PLACE DES FETES (Oliver Schmitz) - Negão, facada e café. Esse acaba caindo um pouco no dos esqueciveis, apesar de ter algumas coisas que gostei, como a ligação dele com a garota. Mas fica no apenas bom.

 

PIGALLE (Richard LaGravenese) - Casal e suas fantasias. Outro dos preferidos. Adorei esse e a forma como o cara tenta conquistar a mulher de novo, a formam como ele se atrapalha e acaba quase estragando tudo e de no final tudo dar certo do modo deles.

 

QUARTIER DE LA MADELEINE (Vicenzo Natali) - Vampiros. Esse é uma coisa interessante de se ver e falar. Tem o Elija Wood bem no papel. É dos piores do filme, mas é dos "lembráveis". Ele marca o espectador de alguma forma, o que o deixa na frente de um monte de outros curtas. Gostei do sangue e de algumas cenas, como a do coração de sangue, apesar de tudo.

 

PERE-LACHAISE (Wes Craven) - Casal no cemitério. Ta entre os que mais gostei. Com humor, o curta vai direto no ponto da situação do casal e convence, apesar do pouco tempo. Isso é algo que outros curtas não conseguiram fazer.

 

FAUBOURG SAINT-DENIS (Tom Tykwer) - Natalie Portman e o cego. O que a Portman cosegue fazer é maravilhoso. Ele é tocante em muitos pontos e se torna um dos favoritos devido a empolgação que se sente ao ver o curta.

 

QUARTER LATIN (Frédéric Auburtin & Gérard Depardieu) - Casal separado no bar. Este é outro dos que mais gostei. Dois ótimos atores, a mulher fenomenal. A sabedoria e a elegância de como levam os acontecimentos é tocante. Gostaria de chegar nessa idade com a mesma atitude, só que não separados.

 

14º ARRONDISSEMENT (Alexander Payne) - Último curta, da gordinha solteira. Este é provavelmente o melhor do longa. O cara consegue captar bem a paixão surgindo, na verdade ressurgindo e a vida se reascendendo. Tocante e a declaração de amor definitiva do filme a Paris.

 

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  "PLACE DES FETES (Oliver Schmitz) - Negão' date=' facada e café. Esse acaba caindo um pouco no dos esqueciveis, apesar de ter algumas coisas que gostei, como a ligação dele com a garota. Mas fica no apenas bom".[/quote']

 

 Seu mala!  Esse foi o mais maravilhoso! Aff! 101010

 

 Sabe o que? Uma história de amor com todas as sacanagens do destino: a imprevisibilidade, a  fatalidade e irreversibilidade da vida... ele chegou tão perto...

 
Chica2008-04-06 18:44:14
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