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Forum Cinema em Cena

A Moda Agora é Ser Cinéfilo


Forasteiro
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Você' date=' o Forasteiro, o Dook... ou então eu realmente interpretei errado. Mas aí, porra, vocês devem tomarem mais cuidado com o que falam. Porque se 'conscientização' para aproveitar melhor o que o cinema tem a oferecer não é manual, eu tô frito. [/quote']

 

Eu falei em manual? Onde?
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Você' date=' o Forasteiro, o Dook... ou então eu realmente interpretei errado. Mas aí, porra, vocês devem tomarem mais cuidado com o que falam. Porque se 'conscientização' para aproveitar melhor o que o cinema tem a oferecer não é manual, eu tô frito. [/quote']

 

então prepare a cervejinha que a gente vai degustar. cê tá fritinho fritinho mesmo.

 

ah, mas, se tu compactua com a idéia de ver filmes simplesmente pra noteá-los, então, au revoir, nem tenho mais nada a dizer. o consciente sabe o que faz. e a conscientização não é manual. deveria ser automática.

 

 Eu não concordo com essa idéia. Eu assisto filmes porque eu gosto. Eu assisto quase 10 filmes num feriadão porque eu gosto. Simplesmente isso. O negócio é que parece que todo mundo já concordou que isso ser ruim ou não vai de cada um, mas a discussão ainda persiste.

 

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Você' date=' o Forasteiro, o Dook... ou então eu realmente interpretei errado. Mas aí, porra, vocês devem tomarem mais cuidado com o que falam. Porque se 'conscientização' para aproveitar melhor o que o cinema tem a oferecer não é manual, eu tô frito. [/quote']

 

então prepare a cervejinha que a gente vai degustar. cê tá fritinho fritinho mesmo.

 

ah, mas, se tu compactua com a idéia de ver filmes simplesmente pra noteá-los, então, au revoir, nem tenho mais nada a dizer. o consciente sabe o que faz. e a conscientização não é manual. deveria ser automática.


 Eu não concordo com essa idéia. Eu assisto filmes porque eu gosto. Eu assisto quase 10 filmes num feriadão porque eu gosto. Simplesmente isso. O negócio é que parece que todo mundo já concordou que isso ser ruim ou não vai de cada um, mas a discussão ainda persiste.

 

não entendi tua última frase. e essa conversa persiste porque continuam postando opiniões aqui. enquanto isso acontecer, obviamente, o assunto vai prosseguir. quem não quer participar, não precisa.
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Não sei se tem a ver com o assunto, mas enfim citaram Cineclube então vai...  06

 

 

Quarta' date=' 12 de setembro de 2007, 10h41 
Ancine encerra consulta pública sobre cineclubes

 

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) quer regulamentar a atividade dos cineclubes no Brasil, definir critérios para seu registro facultativo e estabelecer políticas de financiamento público. Para isso, colocou em seu site um documento com possíveis normas, na expectativa de receber sugestões e críticas.

A consulta pública termina nesta quarta-feira. As propostas serão analisadas pela diretoria da agência, que pretende oficializar as medidas ainda este ano. Em junho, o assunto também foi discutido no Seminário Internacional sobre Diversidade Cultural.

Pelos cálculos da Ancine, existem cerca de 600 cineclubes no País.Eles se caracterizam como salas de cinema não comerciais que exibem filmes gratuitamente, democratizando o acesso à cultura. De acordo com o diretor da Ancine, Leopoldo Nunes da Silva Filho, os cineclubes funcionam em locais variados, desde escolas e universidades, associação de moradores e garagem de casas.

"Se não é definido o que não é comercial, esses estabelecimentos ficam sujeitos à mesma lei que rege o cinema comercial e isso implica, entre outras coisas, em cobrança de direitos autorais", explica Silva Filho.

Segundo ele, com o reconhecimento, os cineclubes poderão participar dos programas de financiamento do governo e terão acesso facilitado aos equipamentos e cópias de filmes. "A Ancine vai fazer um cadastro dos cineclubes e isso permitirá o surgimento de novas políticas voltadas para o setor."

O presidente do Conselho Nacional de Cineclubes, Claudino de Jesus, considera a consulta pública uma iniciativa importante. "Qualquer um pode querer ser um cineclubista, basta ter a intenção de exibir os filmes a gerar uma discussão em torno disso. Hoje o movimento apóia muito a produção alternativa do país", ressalta Jesus.

De acordo com ele, o cineclubes enfrentam diversos problemas. Entre eles, a dificuldade de acesso aos filmes e a proibição de exibir produções que tenham direitos autorais.

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Mas aí é que está Dook. Se a pessoa não consegue apreciar algo que você considera apreciável' date=' é problema dela. Esta maturidade é ela que vai ter que buscar, se quiser buscar.

 

Pra MIM, LM vai ser sempre um filme genial, independente de quantas pessoas vierem aqui e falar mal dele. Isso não afeta a arte em si...

 

Eu penso que 500 pessoas assistindo LM geram uma probabilidade maior de mais gente gostar, consumir e gerar novos LM. Maior do que concentrá-lo em um nicho.

[/quote']

E até pq mesmo se não gostarem (e a maioria talvez não vá gostar mesmo) pelo menos eles se deram a chance, tem gente que passa a vida inteira sem ver um filme tão bom e se tivesse visto talvez gostasse. E pra quem não gostar tbm não perdeu nada, pode voltar a assistir os filmes do Bay após a experiencia.

 

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Idem, também ia ler todas, mas não consegui; obviamente. Vou comentar sobre a primeira página, pelo que li e notei.

 

Não vejo nada de errado em ver muitos filmes. Senti uma certa "ironia" e preconceito de alguns presentes contra aqueles que querem ver a filmografia inteira de um diretor. Se um determinado diretor é relevante e bom, eu sempre quero ver todos os seus filmes, e o fato de vê-los e dizer isso a outros me torna uma pessoa "metida"?

 

Sobre os blogs sou completamente favorável, e muita coisa interessante é postasa e escrita por aí; é a questão sempre que atinge todas as áreas das merdas e qualidades - em todos os campos terão bons e ruins escritores, na internet não é diferente. Eu acho que a quantidade de filmes assistidas por uma pessoa não determina o conhecimento adquirido por esta mas é uma característica de quem ama cinema querer ver muitos filmes. Eu tento ver um filme por dia, tenho Tv a Cabo e muitos filmes disponíveis, e pago caro justamente por isso, pela variada programação e pra ver a maior quantidade possíve que eu puder. Um verdadeiro apaixonado por cinema não se satisfaz apenas com uma ida ao cinema por semana, por exemplo; acho que os que amam cinema de verdade querem ver o maior número possível de títulos, pois o prazer ao assistir um filme é tamanho que a vontade de descobrir, assistir e saborear filmes é imensa. É muito simples a separação entre amante de cinema genuíno e fraude, o pseudo-cinéfilo.

 

Primeiro, o pseudo-cinéfilo, já perceberam, meio que é contra filmes "americanos", e vem com quele discursso babaca de que quem vai ao cinema comercial é ignorante e alienado. Pessoas que SÓ assistem a um determinado gênero/tipo de filme me soa como falsário. Assistir a um filme só pra "aumentar" a bagagem ou por pura diversão é uma atitude bem mediocre. Pra mim o verdadeiro cinéfilo assisti a filmes porque gosta, acima de tudo, e não só os vê por diversão/passatempo, e sim pela apreciação da arte em si. E quantidade não diz nada mesmo nesse caso, mas, aqueles que vêem mais filmes consequentemente o fazem por ter um interesse maior em cinema, ou seja, cinéfilos.
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Estou com a impressão que este tópico, apesar de ter começado com uma idéia muito interessante, virou uma partida de paintball entre deficientes visuais. Ninguém sabe que já foi eliminado, por isso todos continuam atirando. E dá-lhe tinta.

 

O que eu entendi do post inicial é que o Forasteiro está alertando para o possível desvirtuamento da cinefilia. As pessoas estão vendo descontroladamente filmes complexos e de diretores cultuados muito mais para poder aumentar seu repertório - satisfazendo a vaidade - e menos para assimilá-los realmente. Estão olhando mas não estão vendo. E um possível sintoma disso seria a pouca densidade dos comentários, do tipo "eu nem gostei (ou nem entendi) tanto, mas certamente é uma obra-prima!".

 

Se isso estiver realmente acontecendo, também me preocupa (concordo com o Forasteiro, portanto) porque ninguém está obrigado a se maravilhar só porque o filme é do diretor A ou B, e muito menos a elogiar quando não concordou ou mesmo não entendeu. Essa auto-violação é desnecessária porque o verdadeiro objetivo do filme, que é se comunicar com o espectador, não está sendo alcançado.

 

Sendo assim, a mensagem definitiva é: não forcem a barra só para se gabar de estar vendo Atom Egoyan ou Peter Greenaway (citei-os porque nunca vi um só filme desses caras que fosse de fácil digestão), levem o tempo natural para assimilar filmes. Me corrija aí, Foras, se eu estiver enganado.

 
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Para evitar maiores problemas' date='considere como "discutir cinema",unica e exclusivamente,"discutir filmes".
[/quote']

 

Ué, o silva, agora, tem de ser obrigado a acatar a sua maneira de encarar o nível das discussões (sempre unifocal, pelo que aparenta)? Fundamente o porquê de "cinema" = "filme" no âmbito da discussão, em uma maneira geral.

Calma meu caro,não fique nervoso e,antes de se meter na conversa dos outros, leia todo o caso.

Quando eu falei isso,estava falando para o silva(e acho que ele entendeu já que ele encerrou o assunto03) para ele considerar o termo que eu falei "discutir cinema" como sendo "discutir filmes"....

Não estou falando que cinema se restringe a filmes,mas que,quando usei essa expressão ,estava me referindo a filmes03
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Estou com a impressão que este tópico' date=' apesar de ter começado com uma idéia muito interessante, virou uma partida de paintball entre deficientes visuais. Ninguém sabe que já foi eliminado, por isso todos continuam atirando. E dá-lhe tinta.

 

O que eu entendi do post inicial é que o Forasteiro está alertando para o possível desvirtuamento da cinefilia. As pessoas estão vendo descontroladamente filmes complexos e de diretores cultuados muito mais para poder aumentar seu repertório - satisfazendo a vaidade - e menos para assimilá-los realmente. Estão olhando mas não estão vendo. E um possível sintoma disso seria a pouca densidade dos comentários, do tipo "eu nem gostei (ou nem entendi) tanto, mas certamente é uma obra-prima!".

 

Se isso estiver realmente acontecendo, também me preocupa (concordo com o Forasteiro, portanto) porque ninguém está obrigado a se maravilhar só porque o filme é do diretor A ou B, e muito menos a elogiar quando não concordou ou mesmo não entendeu. Essa auto-violação é desnecessária porque o verdadeiro objetivo do filme, que é se comunicar com o espectador, não está sendo alcançado.

 

Sendo assim, a mensagem definitiva é: não forcem a barra só para se gabar de estar vendo Atom Egoyan ou Peter Greenaway (citei-os porque nunca vi um só filme desses caras que fosse de fácil digestão), levem o tempo natural para assimilar filmes. Me corrija aí, Foras, se eu estiver enganado.

 
[/quote']

 

 Muito bem posto!

 Eu nunca escolho filmes pelo diretor.  Legal  é escolher um filme pelo simples prazer de ver "contada" uma boa história.

 

  Há os  diretores que fazem  O.P. e  estes mesmos, tb fazem umas porcarias. 

 

  Muitas dicas de filmes eu tiro daqui e não me arrependo.

 Pode ser que eu seja sugestionada pelo comentário, visão de outra pessoa sobre o filme...e daí?

 Acho que  afunção primeira do filme é divertir, te dar prazer.

 

 Se há os que forçam a barra p/ parecer cinéfilos, tudo bem.

 Cedo ou tarde eles cansam ...senão cansam, perigam se tornarem um de verdade... Who's to know? 17

 
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Estou com a impressão que este tópico' date=' apesar de ter começado com uma idéia muito interessante, virou uma partida de paintball entre deficientes visuais. Ninguém sabe que já foi eliminado, por isso todos continuam atirando. E dá-lhe tinta.

 

O que eu entendi do post inicial é que o Forasteiro está alertando para o possível desvirtuamento da cinefilia. As pessoas estão vendo descontroladamente filmes complexos e de diretores cultuados muito mais para poder aumentar seu repertório - satisfazendo a vaidade - e menos para assimilá-los realmente. Estão olhando mas não estão vendo. E um possível sintoma disso seria a pouca densidade dos comentários, do tipo "eu nem gostei (ou nem entendi) tanto, mas certamente é uma obra-prima!".

 

Se isso estiver realmente acontecendo, também me preocupa (concordo com o Forasteiro, portanto) porque ninguém está obrigado a se maravilhar só porque o filme é do diretor A ou B, e muito menos a elogiar quando não concordou ou mesmo não entendeu. Essa auto-violação é desnecessária porque o verdadeiro objetivo do filme, que é se comunicar com o espectador, não está sendo alcançado.

 

Sendo assim, a mensagem definitiva é: não forcem a barra só para se gabar de estar vendo Atom Egoyan ou Peter Greenaway (citei-os porque nunca vi um só filme desses caras que fosse de fácil digestão), levem o tempo natural para assimilar filmes. Me corrija aí, Foras, se eu estiver enganado.

 
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Sim Alexei, esse foi o ponto levantado pelo Forasteiro, mas se não me engano, o assunto prosseguiu para a questão de como identificar se realmente estão agindo dessa forma. Qualquer um pode estar, até quem escreve para o cineclube. Como saber se alguma resenha lá não é uma mescla de várias outras críticas, escrita com outras palavras, apenas pra conseguir prestígio? Vc pode argumentar que mesmo assim a pessoa estaria indo atrás do conhecimento, mas como saber se ela faz isso com todos os filmes que assiste?

 

E eu discordo de vc na parte sublinhada. Como já disse antes, existem vários filmes em que até hoje não entendi tudo, e no entanto os considero muito bons. Concordaria com vc se tivesse dito que o problema é quem assiste, não entende, e nunca mais pensa ou reflete sobre o filme. E mesmo dentro desse "grupo" de filmes, existem os que eu considero bons e ruins, exemplo Cidade dos Sonhos (bom) e Sexy Beast (ruim), logo não vejo isso como uma forma de me acomodar com meus "limites" de entendimento.

 

Deixando claro que existem pontos em que eu concordo com o Forasteiro, mas o tópico se aprofundou na questão e realmente é algo muito delicado de se discutir, e poderia servir pra qualquer um e não só para os "pirralhos" que tanto comentam. 
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Estou com a impressão que este tópico' date=' apesar de ter começado com uma idéia muito interessante, virou uma partida de paintball entre deficientes visuais. Ninguém sabe que já foi eliminado, por isso todos continuam atirando. E dá-lhe tinta.

 

O que eu entendi do post inicial é que o Forasteiro está alertando para o possível desvirtuamento da cinefilia. As pessoas estão vendo descontroladamente filmes complexos e de diretores cultuados muito mais para poder aumentar seu repertório - satisfazendo a vaidade - e menos para assimilá-los realmente. Estão olhando mas não estão vendo. E um possível sintoma disso seria a pouca densidade dos comentários, do tipo "eu nem gostei (ou nem entendi) tanto, mas certamente é uma obra-prima!".

 

Se isso estiver realmente acontecendo, também me preocupa (concordo com o Forasteiro, portanto) porque ninguém está obrigado a se maravilhar só porque o filme é do diretor A ou B, e muito menos a elogiar quando não concordou ou mesmo não entendeu. Essa auto-violação é desnecessária porque o verdadeiro objetivo do filme, que é se comunicar com o espectador, não está sendo alcançado.

 

Sendo assim, a mensagem definitiva é: não forcem a barra só para se gabar de estar vendo Atom Egoyan ou Peter Greenaway (citei-os porque nunca vi um só filme desses caras que fosse de fácil digestão), levem o tempo natural para assimilar filmes. Me corrija aí, Foras, se eu estiver enganado.

 
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Sim, é isso mesmo.

 

Só pra você? Santa pretensão... Novamente comete aqui o erro de tomar toda uma problemática como exclusividade sua. Destaque' date=' por favor, naquele post, as partes com as quais você se identificou, e por que se identificou.[/quote']

Foi mal, aí foi um problema meu mesmo. Me expressei de maneira incorreta. O que eu deveria ter dito é que o tópico não teria sido criado se os acontecimentos mais recentes envolvendo Taxi Drivers, resenhas de Taxi Drivers, manual de ser cinéfilo e etc. não tivessem acontecido. Logo, nós termos discutido naquele tópico um dos motivos para a criação desse. E como eu estava envolvido naqueles eventos, acho que o tópico foi um pouco (não completamente, errei ao dizer isso) para mim.

E não, Dook, não vesti a carapuça (acho). Me admira você, um cara que é impecável na hora de argumentar tirar uma conclusão dessas. Primeiro, porque VOCÊ LEU o que eu escrevi primeiro no tópico. Somente depois eu 'fui para o ataque', digamos assim. Eu não me identifiquei com porra nenhuma com o que o Forasteiro disse, mas sei que ele se referia muito a minha pessoa ali. Esse tópico foi um fruto de todo o ódio que o Foras nutriu de mim devido aos últimos acontecimentos.

E tipo, perdão, mas eu achei que não houvesse um manual para se assistir filmes. Então, de fato há? Me passe o link para o download, Forasteiro. Ou melhor, não me passe. Ou me passe. Ou não. Tipo, primeiro você decida se esse manual é real ou não, aí depois eu tomo minha decisão.

 

Quer dizer que o tópico é fruto de um sentimento que eu supostamente alimentaria por você? Santa pretensão 2... Não, Troy, eu não te odeio. Mesmo que você queira acreditar nisso.

 

Se você não se identificou com nada do que escrevi, por que continua acreditando que este tópico é um presentinho pra você? Pra que a gente comece algo que valha a pena, tente o que eu disse:

 

 

Não sei se vocês perceberam' date=' mas ultimamente chega essa piazada no fórum, lêem caras como Thico, Alexei, Nacka... E procuram em poucos meses, ou semanas, absorver toda a carga cinematográfica que eles levaram anos pra conquistar. Fatalmente, acabam atropelando os filmes que assistem, pegando-os aos montes sem se preocupar em refletir e analisá-los, mas acumulá-los. Talvez seja um problema de auto-afirmação (mesmo que se reafirmar em um fórum de internet seja meio patológico). A questão é que, todos sabemos, a 7ª arte carece de entrega, assim como todas as outras. Quem sai de Michael Bay pra Kubrick talvez não se dê conta, mas há filmes que exigem do espectador, e há "filmes" que não. Um passo de cada vez. De nada adianta eu entrar hoje num fórum de internet, ver os caras discutindo cinema, pegar todos os filmes que eu conseguir pra semana que vem poder estar discutindo com eles. Anda acontecendo muito, vide a proliferação de blogs de cinema por aí. E outra que quem não se dá tempo, acaba se condicionando a gostar dos filmes que aquelas pessoas naqueles espaços gostam. Porque a partir do momento em que se prioriza a quantidade e a obtensão rápida do "título" de cinéfilo, procura-se seguir uma fórmula com pré-requisitos demarcados para assimilar aquela cultura de uma vez. Se assiste filmes por vaidade, praticamente.

 

[/quote']

 

Negrite as partes nas quais você se viu, que lhe fizeram acreditar que o tópico havia sido criado por sua causa.
Forasteiro2007-09-13 14:01:05
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(...)

 

E eu discordo de vc na parte sublinhada. Como já disse antes' date=' existem vários filmes em que até hoje não entendi tudo, e no entanto os considero muito bons. Concordaria com vc se tivesse dito que o problema é quem assiste, não entende, e nunca mais pensa ou reflete sobre o filme. E mesmo dentro desse "grupo" de filmes, existem os que eu considero bons e ruins, exemplo Cidade dos Sonhos (bom) e Sexy Beast (ruim), logo não vejo isso como uma forma de me acomodar com meus "limites" de entendimento.

 

Deixando claro que existem pontos em que eu concordo com o Forasteiro, mas o tópico se aprofundou na questão e realmente é algo muito delicado de se discutir, e poderia servir pra qualquer um e não só para os "pirralhos" que tanto comentam. 
[/quote']

 

Quanto ao primeiro parágrafo, a compreensão que tive em mente não foi tão segmentada quanto a sua, teve uma conotação mais global mesmo. Falando por experiência própria, até hoje a simbologia daquele abacaxi no final de Nazarín, do Buñuel, me confunde (embora eu tenha um teoria a respeito), mas isso não me impede de entender a proposta geral do filme e considerá-lo genial.

 

Sobre o segundo parágrafo, realmente os benefícios de entender aonde o Forasteiro quer chegar se aplicam a qualquer um de nós. Me utilizando como exemplo, mais uma vez: Crash, do Cronemberg, é um filme excepcional que trata (entre outras coisas) do tédio e da futilidade da vida moderna. Os personagens são pessoas inteligentes e de boa condição financeira que, apesar disso, só têm gosto verdadeiro pela vida quando vêem ou participam de batidas de carros. Esse absurdo de ter prazer com um evento que fere e mata chega ao ponto de excitá-los sexualmente, e com isso Cronemberg diz muito sobre a nossa própria vida também (nem é necessário que o objeto de excitação seja o mesmo). Estas conclusões só tirei quase um ano depois de ter visto o filme; no começo eu detestei ("tá, é só uma tara, mas qual o sentido de ver um filme sobre isso?", pensava) e precisei de um tempo para metabolizá-lo.

 

Isso ocorreu em meados de 1997 (vi esse filme no cinema) e eu já me considerava um cinéfilo. Se, ao contrário do que fiz, eu tivesse simplesmente acreditado na mídia especializada que elogiava o filme na época, certamente teria aproveitado muito menos do que quando passei a gostar do filme por meus próprios meios.

 

Percebe aonde quero chegar?
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 Aff! Sal de fruta ENO, conhece?[/quote']

 

Olha que ótimo, agora os posts da Maria Shy já vêm com receita.06
 

 

 

receita médica você quis dizer, né? 06

 

 

 

post do rike na primeira página do tópico:

 

Eu concordo com o Foras.

 

Aparenta-me que muitos procuram assistir filmes apenas para aumentar o repertório e consolidar uma pseudo-intelectualidade. Parece que não se assiste por puro prazer, mas para aparentar ter um ótimo repertório e ser entitulado 'cinéfilo'

 

tá, concordo nisso. mas também discordo, haha. como o troy disse em páginas anteriores, existem pessoas que assistem muitos por puro prazer e não para consolidar essa pseudo-intectualidade.

 

 

 

 

 

 
Kah*2007-09-13 18:27:24
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Sobre o segundo parágrafo' date=' realmente os benefícios de entender aonde o Forasteiro quer chegar se aplicam a qualquer um de nós. Me utilizando como exemplo, mais uma vez: Crash, do Cronemberg, é um filme excepcional que trata (entre outras coisas) do tédio e da futilidade da vida moderna. Os personagens são pessoas inteligentes e de boa condição financeira que, apesar disso, só têm gosto verdadeiro pela vida quando vêem ou participam de batidas de carros. Esse absurdo de ter prazer com um evento que fere e mata chega ao ponto de excitá-los sexualmente, e com isso Cronemberg diz muito sobre a nossa própria vida também (nem é necessário que o objeto de excitação seja o mesmo). Estas conclusões só tirei quase um ano depois de ter visto o filme; no começo eu detestei ("tá, é só uma tara, mas qual o sentido de ver um filme sobre isso?", pensava) e precisei de um tempo para metabolizá-lo.

 

Isso ocorreu em meados de 1997 (vi esse filme no cinema) e eu já me considerava um cinéfilo. Se, ao contrário do que fiz, eu tivesse simplesmente acreditado na mídia especializada que elogiava o filme na época, certamente teria aproveitado muito menos do que quando passei a gostar do filme por meus próprios meios.

 

Percebe aonde quero chegar?
[/quote']

 

 

Acho que sim, mas nesse tempo que vc teve pra refletir sobre o filme, vc não assistiu a mais nada?

E será que essa postura de assistir sem ver não é algo que vá mudar com a maturidade? Analizando a minha trajetória como cinéfilo, eu fico besta com o meu modo de pensar sobre filmes a alguns anos atrás (acredite ou não eu realmente considerava o Oscar importante, quando comecei a gostar de cinema 07). Alguns dos filmes que assisti naquela época com certeza precisam ser revistos, porque com a maturidade veio um olhar diferente sobre várias coisas, que provavelmente passaram desapercebidas antes.

O questão é, será que esse problema não é algo passageiro, por qual todos nós temos que passar (e não necessariamente em relação ao cinema)?
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Sobre o segundo parágrafo' date=' realmente os benefícios de entender aonde o Forasteiro quer chegar se aplicam a qualquer um de nós. Me utilizando como exemplo, mais uma vez: Crash, do Cronemberg, é um filme excepcional que trata (entre outras coisas) do tédio e da futilidade da vida moderna. Os personagens são pessoas inteligentes e de boa condição financeira que, apesar disso, só têm gosto verdadeiro pela vida quando vêem ou participam de batidas de carros. Esse absurdo de ter prazer com um evento que fere e mata chega ao ponto de excitá-los sexualmente, e com isso Cronemberg diz muito sobre a nossa própria vida também (nem é necessário que o objeto de excitação seja o mesmo). Estas conclusões só tirei quase um ano depois de ter visto o filme; no começo eu detestei ("tá, é só uma tara, mas qual o sentido de ver um filme sobre isso?", pensava) e precisei de um tempo para metabolizá-lo.

 

Isso ocorreu em meados de 1997 (vi esse filme no cinema) e eu já me considerava um cinéfilo. Se, ao contrário do que fiz, eu tivesse simplesmente acreditado na mídia especializada que elogiava o filme na época, certamente teria aproveitado muito menos do que quando passei a gostar do filme por meus próprios meios.

 

Percebe aonde quero chegar?
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Acho que sim, mas nesse tempo que vc teve pra refletir sobre o filme, vc não assistiu a mais nada?

E será que essa postura de assistir sem ver não é algo que vá mudar com a maturidade? Analizando a minha trajetória como cinéfilo, eu fico besta com o meu modo de pensar sobre filmes a alguns anos atrás (acredite ou não eu realmente considerava o Oscar importante, quando comecei a gostar de cinema 07). Alguns dos filmes que assisti naquela época com certeza precisam ser revistos, porque com a maturidade veio um olhar diferente sobre várias coisas, que provavelmente passaram desapercebidas antes.

A questão é, será que esse problema não é algo passageiro, por qual todos nós temos que passar (e não necessariamente em relação ao cinema)?

 

Passageiro, eu acredito (até por que, é um comportamento imaturo, na sua essência). Pode sim ser considerada uma etapa quando acontece, afinal, em qualquer sentido, a evolução nunca é composta apenas de acertos. Mas não que seja necessário.
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