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O Procurado (Wanted)


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O Procurado

Filme não tem nada a ver com a HQ. Tem, sim, idéias próprias

21/08/2008

O tempo inteiro o filme O Procurado desafia as leis da física, mas, se comparado com a HQ que lhe deu origem, fica parecendo até realismo à la Batman Begins. O filme tem carros que dão saltos mortais e tiros que fazem curva, mas a minissérie em quadrinhos do roteirista Mark Millar e do desenhista J.G. Jones tem em suas realidades alternativas um nazista viajante do tempo, um africano imortal, um vilão feito de fezes e outro que literalmente pensa com a cabeça de baixo.

Tirando a premissa - cara com emprego miserável descobre ser herdeiro de um dos maiores assassinos do mundo - o filme e a HQ têm pouco em comum. O primeiro é um thriller de ação e conspiração, o segundo é uma provocação com o universo dos super-heróis e dos super-vilões. No traço de J.G. Jones os protagonistas se parecem com Eminem e Halle Berry. No filme são interpretados por James McAvoy e Angelina Jolie.

McAvoy é Wesley Gibson, sujeito cuja insignificância se resume pelo resultado zero das buscas por seu nome no Google. Jolie é Fox, uma assassina da sociedade secreta centenária Fraternidade, que aparece para avisar que o pai de Wesley, que ele sequer conhecia, foi morto. A missão de Wesley é vingá-lo - e aceitar que seu destino não é ser um loser das 9h às 18h, mas um fodão em tempo integral.

Se em Guardiões da Noite o diretor russo Timur Bekmambetov cobria de efeitos um roteiro macarrônico, agora cobre de efeitos um roteiro minimamente depurado, o que já faz toda a diferença. Dá até pra atentar às boas sacadas visuais que não têm a ver com computação: a mira infra-vermelha sobre a pinta na testa da indiana, o rosto de Wesley visto pelo galão de água, o caminhão de gatos de cabeça balançante, a fusão das luzes do túnel para a banheira revigorante...

Não dá para esperar muita profundidade de O Procurado. Dura um segundo o questionamento de Wesley, "quem sou eu?" - depois de se perguntar, corta rápido e no plano seguinte ele mesmo dá a resposta. Bekmambetov só rende-se a um plano mais demorado se for estritamente necessário, como quando o close-up se prende no rosto de Jolie - bela como nunca - antes dela soltar uma frase importante. Espera-se que um filme de ação não dê tempo para o espectador respirar, e essa regra O Procurado segue religiosamente, sem perder o fio dramático.

Religiosidade, curiosamente, é um elemento que não existia na HQ e que Bekmambetov insere de forma velada. O subtexto é forrado de cristandades: o líder da Fraternidade fala em rebanho de ovelhas, há velas por todos os lados, Wesley deve seguir o caminho do pai, o respeito à mensagem cifrada lembra a Bíblia. E quando precisa buscar as raízes do grupo o protagonista vai a uma abadia na Europa. O Procurado não é um filme profundo, "de temas", mas provoca, tem idéias e invenção. Hoje em dia isso já é uma vitória.

Só seria melhor se o filme não conversasse com o espectador - e nisso se assemelha negativamente à HQ - com tanto menosprezo, do tipo "pare o que você está fazendo e me ouça". Em dois momentos, no começo e no fim, a narração em off de James McAvoy esgarça o ar de superioridade misturado com auto-ajuda. Precisava mesmo?

ovo_nota.gifovo_nota.gifovo_nota.gifovo_nota.gif4 ovos! 

 

Fonte: omelete.com.br

 

Crítica: Com Angelina Jolie, ‘O procurado’ deixa a lógica de lado

Filme de ação, que estréia nesta sexta-feira (22), traz tiros que desviam e outras façanhas.
James McAvoy e Morgan Freeman também estão no longa de Timur Bekmambetov.

Carla Meneghini Do G1, no Rio ico_email2.gifentre em contato

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA

Estrelado por Angelina Jolie, James McAvoy e Morgan Freeman, "O procurado" (Wanted), que chega aos cinemas nesta sexta-feira (22), é um filme de ação acelerado, violento e cheio de efeitos especiais. Mas é prudente avisar: ao sair para assisti-lo, deixe o cérebro e o coração em casa, pois você vai precisar tê-los bem longe para entrar no clima dessa produção inverossímil e insensível, mas que pode se tornar muito divertida.

 

Foto:%20Divulgação/Divulgação

Na trama, Angelina Jolie encarna a assassina profissional Fox, que muda a vida do protagonista (Foto: Divulgação)


Dirigido pelo russo Timur Bekmambetov, o longa-metragem traz tiros que viajam em círculo, balas que derrubam outras balas e assassinos que vencem a força da gravidade, tudo em imagens geradas por computador com apuro técnico de primeira. O cineasta constrói um mundo que se aproxima do videogame, onde as pessoas não parecem ter sentimentos e a violência é rápida e brutal, sem sofrimento ou sadismo.

Baseada nos quadrinhos de Mark Millar e J.G. Jones, a trama traz McAvoy (de “As crônicas de Nárnia”, “O último rei da Escócia” e “Desejo e reparação” ) como Wesley, um funcionário da área contábil de uma empresa afogado na frustração de sua própria rotina. Como se já não bastasse, Wesley é traído por sua namorada com seu melhor amigo, um típico “loser”, que lembra o protagonista de “Clube da luta”.

Um belo dia, ele conhece Fox – uma Angelina Jolie armada até os dentes, cheia de tatuagens e incrivelmente sensual – que o intima para integrar uma organização secreta, a Fraternidade, que tem como objetivo matar determinadas pessoas para evitar tragédias maiores para a humanidade.

Fox revela que Wesley, na verdade, é filho de um célebre membro da organização que foi morto, e que agora seus assassinos estão atrás do pobre contador. A história é difícil de acreditar, mas sabe como é Angelina Jolie, ela convence qualquer homem de qualquer coisa.

Na Fraternidade, Wesley tem a oportunidade de vingar todos seu ódio contido e de virar um assassino altamente qualificado. Mas isso é conquistado à custa de duros treinos, que envolvem bater muito e apanhar ainda mais. Morgan Freeman interpreta Sloan, que lidera a organização com a sabedoria e o poder de comando que já são típicos de seus personagens no cinema.

Embora o ponto forte do filme seja o visual, a história também guarda suas surpresas, e mirabolante é pouco para o que vem à frente. É certo que um filme não precisa ser verossímil para ser bom, mas “O procurado” abusa do direito de ser inverossímil. Por isso, para curtir a sessão, só mesmo deixando a lógica do lado de fora.

 

Fonte: globo.com

 

 

 

O PROCURADO
Por Angélica Bito
[email protected]

Baseado na história em quadrinhos Wanted, de Mark Millar e J.G. Jones (ainda inédita no mercado editorial brasileiro), O Procurado é o primeiro filme norte-americano do cineasta russo Timur Bekmambetov, de Guardiões da Noite (2004) e Guardiões do Dia (2006) - esse último, lançado no Brasil diretamente em DVD -, trabalhos que o credenciaram a ser convidado a conduzir esta adaptação.

Wesley Gibson (James McAvoy) tem um emprego entediante: é gerente de contabilidade numa empresa. Com uma chefe histérica (Lorna Scott) e um melhor amigo (Chris Pratt) que transa com sua namorada (Kristen Hager) - tão histérica quanto a chefe, diga-se de passagem -, o protagonista não tem uma vida que possa ser chamada de digna, no mínimo, ao mesmo tempo em que o cansaço e o tédio só faz com que ele não tenha nenhuma vontade que sair dessas situações degradantes.

Eis que, num belo e agitado dia, ele conhece a linda e durona Fox (Angelina Jolie), que o salva de um homem que quer matá-lo. Aparentemente, Cross (Thomas Kretschmann) e matou o pai de Gibson, Pekwarsky (Terence Stamp), e está de olho também no filho. Todos estão envolvidos com uma fraternidade de exímios assassinos, fundada por um grupo de tecelões que cumprem as profecias oferecidas por um tear. Sob a liderança de Sloan (Morgan Freeman), convencem o protagonista que ele deve juntar-se à fraternidade e desenvolver as habilidades que possivelmente herdou do pai para trabalhar à fraternidade e, finalmente, sentir-se completo.

Um dos principais motivos do resultado bem-sucedido de O Procurado, além da direção dinâmica e os efeitos especiais caprichados, é James McAvoy. Protagonizando uma produção de ação pela primeira vez - depois de ter seu rosto conhecido por conta de dramas como Desejo e Reparação, Penélope e O Último Rei da Escócia -, o ator escocês encontra o terreno perfeito para desenvolver seu talento como ator, já que este longa-metragem de ação também tem toques de drama e humor negro. Sua personalidade ganha uma guinada radical por meio do contato com a violência, muitas vezes lembrando o papel de Edward Norton em Clube da Luta (1999). Desta forma, Wesley Gibson é um herói de ação completamente incomum, o que ajuda a conquistar também os espectadores que não são necessariamente fãs do gênero de ação.

O Procurado é um divertido longa-metragem de ação. Filmado com o estilo único de Timur Bekmambetov - o qual já foi mostrado em seus filmes de ação anteriores -, o longa carrega um frescor na direção, muito bem-vindo neste caso, principalmente por se tratar da adaptação de uma história em quadrinhos, o que sempre pede um estilo que aproxime a linguagem cinematográfica à linguagem das HQs. O filme traz situações completamente surreais que servem muito bem à trama ao não possuírem compromisso algum com a realidade. Um exemplo bem claro envolve o fato do protagonista ser capaz de atirar com um revólver em asas de moscas sem nunca ao menos ter tocado numa arma. Tudo isso antes de atirar balas que fazem curvas. Surreal e totalmente divertido, caso você esteja disposto a quebrar o compromisso com a realidade da mesma forma que os realizadores de O Procurado fizeram.

Fonte: cineclick.com.br 
Deckard2008-08-21 20:16:18
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Assisti por meios alternativos, porém, estarei amanhã no cinema para conferir na tela grande. E sim Jolie está sexy e perigosa em O Procurado, o que sempre é bom. Os chatos de plantão, que não suportam mais ver a atriz nos papéis de ação, que fiquem em casa. Há três anos que a Angelina não estrelava uma produção do gênero, desde Sr. & Sra. Smith.  Deckard2008-08-21 21:10:01

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Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008 | Atualizado em 22.08.08 às 19h31

O Procurado


Ação do começo ao fim, cenas inacreditáveis e Angelina Jolie BADASS. Precisa mais?! =D

 

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Thiago Borbolla
JUDAO.com.br

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Alguns filmes de ação às vezes sofrem do mesmo problema que filmes de comédia, quando o assunto é trailer. Às vezes as melhores partes do filme (ao menos as mais explosivas, destrutivas e violentas, além de gostosas) são mostradas nesses vídeos, o que pode acabar tirando boa parte da graça do filme, quando você vai assistí-lo no cinema. Sabe aquele pensamento de “Pô, eu já vi isso tudo em um vídeo de 2min30 e de graça”?

Ouvi muito disso sempre que saía um vídeo novo de O Procurado e, logo depois de assistir ao filme, foi essa a primeira pergunta que eu ouvi. Ninguém se preocupou em saber se o filme é bom ou se a Angelina Jolie aparece pelada. A dúvida era: “Vou me decepcionar com o filme, depois daqueles trailers, como aconteceu com Jumper?”

Respondendo de trás pra frente, não, não rola o mesmo efeito “Jumper”, sim, a Jolie aparece pelada e, puta que pariu, o filme é absurdamente assaz. =D

Não há como negar que boa parte das principais cenas de ação do filme foram exibidas nos trailers e em clipes liberados, mas o foram fora de contexto. Por si só elas já valiam o ingresso mas, acredite, juntas, na história de Wesley Gibson e como ele deixou de ser um personagem das tirinhas do Dilbert (com direito a uma namorada gostosa chifrando-o com o “melhor amigo”), elas beiram à perfeição testosterônica nerd. É impossível não vibrar e aplaudir a cada bala com curva atirada, a cada cabeça estourando… Ou com a Angelina Jolie que, como eu venho dizendo, de badass está maravilhosa. =]

Infelizmente, não tive oportunidade de ler a graphic novel — o que é praticamente impossível, pois há meses estou procurando em sebos e comic shops e não encontro — mas pesquisei o suficiente pra já avisar a qualquer xiita de plantão que a história do filme, embora seja uma adaptação, é mais “baseada” na obra de Mark Millar do que adaptada, especificamente falando. Mas se Mark Millar aprovou tanto que já pensa em escrever uma continuação, então você não tem direito nenhum de reclamar. Mas, ainda assim, não acho nem que tenha motivo para reclamar — só se você for daqueles que reclamam de absolutamente tudo por hobby, não importando quão bom o filme é. “Se não é idêntico, é ruim”. Nesse caso, provavelmente você vai se irritar, ainda mais porque a estética é completamente diferente, além dos membros da irmandade, que não são, digamos assim, “super-heróicos” como nos quadrinhos.

Nem eles nem Wesley Gibson, que é interpretado por James McAvoy, num papel que vai lhe render a fama necessária pra começar a ganhar milhões de dólares em Hollywood. Ele consegue personificar o significado de “Loser” de uma maneira que nos faz até ter dó dele. É tanto “Shit” e “Fuck” amedrontado que a gente ri, mas com aquele pensamento de “coitado”. =D

Outro ator que incorpora o personagem é o Morgan Freeman. Mas, no caso, desde Todo Poderoso, ele assumiu que é Deus e, onipresente, chuta todas as bundas em todas as cenas em que aparece. Numa específica tem sua bunda chutada, mas isso não importa. O cara é FODA.

E a Angelina Jolie…? Ela tá mais magra do que nunca, é verdade, mas com aquelas tatoos, aquela cara, aquela maquiagem… OW LAWD. Fora que quando está dentro de um carro, invariavelmente, deixa a gente de queixo caído.

Aliás, pra falar a verdade, não é só ela dentro de um carro que nos deixa de queixo caído. O filme todo requer um copinho pra segurar a baba, por que do início até o fim — ou do primeiro fim — são cenas impagáveis, daquelas que os céticos chamam de mentirosas. Sabe Adrenalina, Carga Explosiva, Mandando Bala?! O Procurado tem um pouco mais de conteúdo, mas se encaixa nesse tipo de filme. Explosões de cabeça garantidas.

E que história é essa de “primeiro fim”?! Bom, chega um momento, logo depois do clímax do filme, em que a gente acha que acabou. O problema é que aquele não podia ser o final. Não era possível. Sério mesmo que eu teria essa decepção, depois de tudo que eu vi?! Jumper strikes back? Não. NÃO E NÃO. O Procurado consegue ressurgir das cinzas, para mais cenas impagáveis. Ou melhor: para uma seqüência quase non-stop de chutes de bundas. COISA LINDA. =D

O Procurado entra para aquele hall de filmes que a gente precisa assistir, na telona, quantas vezes forem. Daqueles que a gente precisa comprar o DVD e assistir quase que em looping. Daqueles que a gente precisa de seqüências intermináveis. Ok, talvez não intermináveis porque eu não consigo enxergar uma história eterna, mas dá pra continuar por mais alguns anos. Nossas cabeças, mesmo em diversos pedaços espalhados por aí, agradecem. =D

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por Kleber Mendonça Filho
[email protected]

O Procurado (Wanted, EUA, 2008) é a estréia do cineasta russo-cazaqui Timur Bekmambetov em Hollywood. Ele chegou ao mercado americano como o responsável pelos dois maiores sucessos de público do cinema pós-soviético, Guardiões da Noite e Guardiões do Dia (Dnevnoy Dozor e Dnevnoy Dozor 2, disponíveis em DVD), filmes russos do gênero fantástico repletos de efeitos especiais que arrasaram nas bilheterias dos países da ex-URSS, deixando Hollywood comendo poeira. O que fazer com um diretor regional desses, pensou Hollywood? Aliar-se a ele para evitar mais danos.

Em O Procurado, Bekmambetov faz o serviço de chegar ao mínimo denominador comum exigido para esse tipo de filme de ação com o máximo de barulho e estupidez. Em alguns momentos, cheguei a ter lembranças de Bad Boys II, de Michael Bay, embora aquele permaneça o monumento mor à fartura e ao desperdício quando as palavras chave são "entretenimento" e "grosseria". Resta saber se a desenvoltura de Bekmambetov vem de um cinismo inteligente no sentido de dar o que Hollywood quer ou se ele tem mesmo vocação pessoal para esse tipo de coisa. As duas opções são prováveis.

O Procurado, que foi um sucesso de 120 milhões de dólares nos cinemas americanos, lançado em junho (e já uma outra vitória fenomenal na terra de Bekmambetov), é um desses filmes liquidificador que misturam pedaços de pelo menos dois títulos emblemáticos lançados em 1999: Matrix e Clube da Luta. A seqüência de abertura e inúmeras afetações que envolvem balas em câmera lenta lembram o primeiro, o perfil e a narração do personagem principal o segundo.

O herói revela a ética do filme, que parece ter sido formulada por um menino de 12 anos de idade aditivado por latas de Redbull contrabandeadas para dentro do seu quarto. Wesley Gibson (o escocês James Macavoy, de O Último Rei da Escócia) é um "perdedor" que será transformado em herói.

Perdedor num filme como esse honra o adjetivo bem americano dado a qualquer um que tem uma vida normal, emprego chato e cuja chefe é não apenas irritante e imbecil, mas ainda gorda e feia. Wesley, que está sendo traído pela namorada loira e também irritante, está tão por baixo que chega a emprestar dinheiro para o melhor amigo canalha comprar camisinhas que serão usadas na menina infiel.

Essa busca pela máxima identificação do público alvo (adolescentes 'perdedores' com vidas sexuais inexistentes) trará uma virada supostamente catártica, e essa virada de Wesley vem num supermercado, onde surge Angelina Jolie, personificação atual da sexualidade cinematográfica, irreal e, daí, inatingível.

Jolie pode ser uma mãe e ter vida normal de mulher e amiga, mas sua imagem meticulosamente filmada lembra, cada vez mais, uma boneca inflável dela mesma. Armada até os dentes e com movimentos só possíveis no cinema de ação, ela traz uma história de que Wesley é filho de um super assassino que morreu na seqüência de abertura. Começa aí um tiroteio e uma perseguição.

Mais tarde, Wesley ficará sabendo que Jolie, codinome Fox, assim como ele, faz parte de uma irmandade de assassinos com mais de mil anos de trajetória. Funcionam sob a fachada de tecelões (!...!) cuja missão no mundo é não apenas fazer colchas e suéters, mas matar gente que o destino aponta como futuros problemas para a humanidade. Wesley, sem saber, tem no sangue o talento para matar, algo esclarecido ao vermos que ele é capaz de arrancar as asas de três pobres moscas dando tiro.

Morgan Freeman é o chefe tecelão/assassino, e logo irá mostrar a Wesley que a marca registrada da irmandade é conseguir dar tiro mandando a bala numa curva, o que me lembrou os chutes de Éder na seleção de 1982, na Espanha.

A lógica adolescente pega pesado, e é marretada na cara da platéia constantemente, e isso inclui a fala final, olhando para a câmera. A auto estima do nosso herói cresce vertiginosamente ao sentir-se armado com uma pistola e ao ver que sua conta bancária conta com o surpreendente saldo de três milhões e tantos mil dólares.

Finalmente, Wesley é um homem de verdade, capaz de mandar a chefe nojenta e o amigo para aqueles cantos, e se a ação já não era clara o suficiente, Bekmambetov ainda estampa a mensagem em arrojados efeitos digitais que soletram um espetacular FUCK YOU na tela. Talvez seja essa ética, e não tanto as duas dezenas de cabeças destroçadas por balas fashion que tenham dado ao filme classificação '18' em vários países, inclusive no Brasil.

Vendo O Procurado, observa-se a identidade insana de tudo, vindo de um cineasta estrangeiro cuja origem é o cinema russo, que historicamente deu ao mundo algumas das imagens mais profundas já criadas, tanto na capacidade que têm de sugerir como intrigar. Bekmambetov, claramente fruto de uma mutação moderna do cinema globalizado, aparece como uma espécie de caricatura alienígena do cinema comercial hollywoodiano, algo que a própria indústria tem nos mostrado ao longo de sua história.

Nomes estrangeiros têm entrado na produção americana com um certo algo extra, seja a agressividade sexual e/ou brutal de um Paul Verhoeven, ou a carpintaria de um Wolfgang Petersen, ou o barroco chinês de John Woo. Recentemente, um Alexandre Aja, francês, chegou todo cruel com o tipo de violência filmada que extrapola os limites americanos do "R" (fez The Hills Have Eyes , depois de impressionar, ainda na França, com o slasher para adultos Haute Tension), mas já mostra-se devidamente adestrado.

No caso de Bekmambetov, resta observar a sua falta de vergonha ao apresentar filme tão espetacularmente débil mental, reprocessando todos os clichês do cinema comercial numa embalagem toda agitada.
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Conferi....Todos os envolvidos na produção desse filme tem a consciência de que a película não é para ser levada a sério (tanto que uns deixam aflorar sua canastrice e todos felizes acabam se divertindo). E sendo baseada em uma HQ pode-se esperar qualquer coisa.

É mais ou menos o que aconteceu com Mark Wahlberg, quando o diretor Cher-Kirk-Wong cometeu The Big Hit (Tiro e Queda) em 1998....

 

Tem gente que gosta...fazer o que...
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Ahh vai... é um filmão de ação....

 

cabei de sair da sala de cinema... durante a projeção achei o máximo. A

cada cena me surpriendia mais com a ação, com o apce na invasão à

tecelagem.

 

Agora, que o filme não tem nada de profundidade dramatica é verdade,

mas e daí. Cumpriu sua missão quando conseguiu de mim, e a maioria que

assistiu, alguns "óóóóó", "putz q mentira", "caraaaaaalho", e aplausos,

sim na seção que estava tiveram várias cenas acompanhadas de aplausos.

 

 

 

Nota 4 para o filme, como o pablo falou, é um filme de ação. E como diz o sábio: "Cada um no seu quadrado".

 

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Assisti ao filme hoje e digo que o saldo foi positivo. O que me chamou atenção para ver o filme foi a ação estilizada mostrada no trailer e é isso que se tem ao assistir a película. Não que isso seja ruim. O filme cumpre bem o seu papel de filme de ação, mas não passa muito disso. A história não me envolveu muito e os personagens não são tratados com profundidade suficiente para que eu realmente me importe com algum deles (exceto o personagem de Mcavoy, que está muito bem no filme).

 

As cenas de ação são boas. Nem todas me empolgaram, mas gostei muito da perseguição com Angelina Jolie e do ataque no final do filme. E o negócio das balas fazendo curvas e se chocando até que ficou interessante. A câmera lenta é bastante usada e ajuda a construir a estética da ação, principalmente nos tiroteios. Confesso que não sou muito fã de câmera lenta excessiva, algo que já me encomodou em 300 porém, como no filme dos espartanos, ela serve a seu propósito.

 

Por fim, um aspecto importante de O Procurado, é o fato do próprio filme não se levar muito a sério, o que fica evidente na cena final e em algumas piadinhas ao longo da projeção. Resumindo: nada realmente memorável, é uma boa diversão sem compromisso e vamos ver o que vão fazer para a continuação.

 

P.S.: Angelina pode não dar um show de interpretação mas... nem precisa 05

 

Olorin2008-08-25 22:14:32

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O PROCURADO - 7/10 - É um bom filme de ação, mas que não consegue desviar dos próprios excessos de sua estética visual. A direção do russo é repleta de altos e baixos, embora mais "controlado" do que nos seus dois filmes anteriores (bem chatinhos por sinal), ele precisa de um pouco mais de senso crítico. Ele é um bom diretor (aquele plano em que vai até quase o fundo do precípicio foi show), mas ele acha que qualquer coisa que ele colocar na tela vai ficar "cool" (o que eu mais gostei foi o uso das "balas" como espadas" e a câmera lenta usada para mostrar os carros "voando" ... aquelas coisas dos "espelhos", dos tiros, indo e voltando, entre outros, foram um saco). O elenco segura bem o filme, especialmente McAvoy e a boa participação do Thomas Kretschamnn. Angelina Jolie é só bocão e corpão (e que corpão...) enquanto que Morgan Freeman se aproveita mais uma vez de sua persona cinematográfica. A narrativa é bem batida em sua primeira hora, tem uma reviravolta interessante, mas dispensaria os teares, os ratos e toda aquela sequência final. Parece que não souberam como terminar, mas é uma boa diversão... o filme resgata um pouco aquela empolgação juvenil dos filmes de ação (salve o mundo, fique com a garota)...
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Uma grata surpresa! 10 

 

Bem melhor do que eu esperava (algo do nível de Ultravioleta ou o próprio Guardiões da Noite) 14

 

Mentira e absurdo só prestam assim, de forma exagerada e escancarada. 06

 

Talvez a melhor seqüência seja aquela, no final do filme, onde o herói detona um certo local e depois avança em meio a um tiroteio, trocando de arma a todo instante. 16

 

Muito bacana. Recomendo! 01
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