Members Madame Bovary Posted April 17, 2006 Members Report Share Posted April 17, 2006 Noturno Quem tem coragem de perguntar, na noite imensa?E que valem as árvores, as casas, a chuva, o pequeno transeunte?Que vale o pensamento humano,esforçado e vencido,na turbulência das horas?Que valem a conversa apenas murmurada,a erma ternura, os delicados adeuses?Que valem as pálpebras da tímida esperança,orvalhadas de trêmulo sal?O sangue e a lágrima são pequenos cristais sutis,no profundo diagrama.E o homem tão inutilmente pensante e pensadosó tem a tristeza para distingui-lo.Porque havia nas úmidas paragensanimais adormecidos, com o mesmo mistério humano:grandes como pórticos, suaves como veludo,mas sem lembranças históricas,sem compromissos de viver.Grandes animais sem passado, sem antecedentes,puros e límpidos,apenas com o peso do trabalho em seus poderosos flancose noções de água e de primavera nas tranqüilas narinase na seda longa das crinas desfraldadas.Mas a noite desmanchava-se no oriente,cheia de flores amarelas e vermelhas.E os cavalos erguiam, entre mil sonhos vacilantes,erguiam no ar a vigorosa cabeça,e começavam a puxar as imensas rodas do dia.Ah! o despertar dos animais no vasto campo!Este sair do sono, este continuar da vida!O caminho que vai das pastagens etéreas da noiteao claro dia da humana vassalagem! Cecília Meireles Adorei este tópico, adoro poesias!!!!! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members J. de Silentio Posted April 17, 2006 Members Report Share Posted April 17, 2006 Dylan Thomas A FORÇA QUE IMPELE ATRAVÉS DO VERDE RASTILHO A força que impele através do verde rastilho a flor impele os meus verdes anos; a que aniquila as raízes das árvores é o que me destrói. E não tenho voz para dizer à rosa que se inclina como a minha juventude se curva sob a febre do mesmo inverno. A força que impele a água através das pedras impele o meu rubro sangue; a que seca o impulso das correntes deixa as minhas como se fossem de cera. E não tenho voz para que os lábios digam às minhas veias como a mesma boca suga as nascentes da montanha. A mão que faz oscilar a água no pântano agita ainda mais a areia; a que detém o sopro do vento levanta as velas do meu sudário. E não tenho voz para dizer ao homem enforcado como da minha argila é feito o lodo do carrasco. Como sanguessugas, os lábios do tempo unem-se à fonte; fica o amor intumescido e goteja, mas o sangue derramado acalmará as suas feridas. E não tenho voz para dizer ao dia tempestuoso como as horas assinalam um céu à volta dos astros. E não tenho voz para dizer ao túmulo da amada como sobre o meu sudário rastejam os mesmos vermes. (tradução: Fernando Guimarães) Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted April 30, 2006 Members Report Share Posted April 30, 2006 Poeminha do Chaves Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bate como... Chaves- ...ponta de alicate. Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bata como... Chiquinha- ...caroço de abacati. Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bate como... Chaves- ...pano de alfaiate . Kiko- Calem,-se, calem-se, calem-se, calem-se, Vcs me deixam LOUUUUUUUUUUCO!!!!!!!!!!! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Madame Bovary Posted May 2, 2006 Members Report Share Posted May 2, 2006 Hahahaha, não avacalha, Aquiles!!! Os versos que te fizDeixa dizer-te os lindos versos raros Que a minha boca tem pra te dizer !São talhados em mármore de ParosCinzelados por mim pra te oferecer.Têm dolência de veludos caros,São como sedas pálidas a arder ...Deixa dizer-te os lindos versos rarosQue foram feitos pra te endoidecer !Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda ...Que a boca da mulher é sempre lindaSe dentro guarda um verso que não diz ! Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...E nesse beijo, Amor, que eu te não deiGuardo os versos mais lindos que te fiz! Florbela Espanca Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted May 2, 2006 Members Report Share Posted May 2, 2006 Hahahaha' date=' não avacalha, Aquiles!!! Os versos que te fizDeixa dizer-te os lindos versos raros Que a minha boca tem pra te dizer !São talhados em mármore de ParosCinzelados por mim pra te oferecer.Têm dolência de veludos caros,São como sedas pálidas a arder ...Deixa dizer-te os lindos versos rarosQue foram feitos pra te endoidecer !Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda ...Que a boca da mulher é sempre lindaSe dentro guarda um verso que não diz ! Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...E nesse beijo, Amor, que eu te não deiGuardo os versos mais lindos que te fiz! Florbela Espanca [/quote'] Pra mim!?!?!?!?!?!?!?!, não precisava linda Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 2, 2006 Members Report Share Posted May 2, 2006 Naum sei se já colocaram Soneto de Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Vinicius de Moraes Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Mr. Ibanez Posted May 7, 2006 Members Report Share Posted May 7, 2006 As Roupas (Enzensberger) Eis tuas roupas, calmas, como gatasao sol, de tarde,tuas roupas amarrotadassem sonhos, como por acaso.Elas têm um cheiro teu, fraco,Quase se parecem a ti.Transmitem tua sujeira,teus maus hábitos,os vestígios de teus cotovelos.Têm tempo, não respiram,sobram, moles, cheias de botões,de características e manchas.Nas mãos de um policial,de uma costureira, de um arqueólogo,revelariam suas costuras,seus segredos fúteis.Mas, onde tu estás, se estás sofrendo,o que sempre querias me dizere nunca disseste,se voltas, se aquiloque aconteceu, aconteceu por amorou necessidade ou esquecimento,e por que tudo istoocorreu,como ocorreu,quando a vida estava em jogo,se morreste ou seestás apenas a lavar teus cabelos:isto não dizem.(De "A fúria do Sumiço" In "Eu falo dos que não falam(Coletânea)", Ed. Brasiliense, 1985. Tradução: Kurt Scharf e Armindo Trevisan) Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Felicidade Ainda agora e sempre o amor complacente De perfil de frente com vida perene E se mais ausente com o passar do tempo à alma que consente no maior silencio em guardá-lo dentro da penumbra ardente sem esquecimento nunca para sempre dolorosamente! Henriqueta Lisboa Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Memória "...Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão..." DRUMMOND DE ANDRADE Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 O PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos ) Por que eu vivo procurando Um motivo de viver, Se a vida às vezes parece de mim esquecer? Procuro em todas, mas todas não são você Eu quero apenas viver Se não for para mim que seja pra você. Mas às vezes você parece me ignorar Sem nem ao menos me olhar Me machucando pra valer. Atrás dos meus sonhos eu vou correr Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder. Se a vida dá presente pra cada um O meu, cadê? Será que esse mundo tem jeito? Esse mundo cheio de preconceito. Quando estou só, preso na minha solidão Juntando pedaços de mim que caíam ao chão Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou. Talvez eu seja um tolo, Que acredita num sonho Na procura de te esquecer Eu fiz brotar a flor Para carregar junto ao peito E crer que esse mundo ainda tem jeito E como príncipe sonhador Sou um tolo que acredita ainda no amor. O poema acima foi escrito por um aluno da APAE de Ipatinga - MG, chamado, pela sociedade de excepcional. Excepcional é a sua sensibilidade! Ele tem 28 anos. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 BEIJO Se a minha voz pudesse te tocar eu calaria a tua com um beijo. Mas a minha voz não te alcança então deixa o meu silêncio percorrer a distância para beijar teus lábios e na quietude da noite te adormecer de amor! Carmelinda Bampi Galadriel2006-5-8 14:58:14 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Soneto do Maior Amor Maior amor nem mais estranho existe Que o meu,que não sossega a coisa amada E quando a sente alegre, fica triste E se vê descontente ,dá risada E que só fica em paz se lhe resiste O amado coração, e que se agrada Mais da eterna aventura em que persiste Que de uma vida mal-aventurada Louco amor meu, que quando toca, fere E quando fere vibra, mas prefere Ferir a fenecer - e vive a esmo Fiel à sua lei de cada instante Desassombrado, doido, delirante Numa paixão de tudo e de si mesmo Vinícius de Moraes Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 DO IRREMEDIÁVEL Devemos viver a realidade de hoje da tal forma que o amanhã seja a saudade de algo de bom que passou. Que todo nosso anseio seja um presente que, ausente no futuro nos traga de volta o tempo sem o arrependimento que fica nos frios espaços que deixamos de preencher, ou nas horas irrecuperáveis que esquecemos de viver, pois há no tempo, algo de irremediável no seu eterno passar : o seu nunca mais voltar. ( Nelly Todeschini Cantele) Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Testamento O que não tenho e desejo É que melhor me enriquece. Tive uns dinheiros — perdi-os... Tive amores — esqueci-os. Mas no maior desespero Rezei: ganhei essa prece. Vi terras da minha terra. Por outras terras andei. Mas o que ficou marcado No meu olhar fatigado, Foram terras que inventei. Gosto muito de crianças: Não tive um filho de meu. Um filho!... Não foi de jeito... Mas trago dentro do peito Meu filho que não nasceu. Criou-me, desde eu menino Para arquiteto meu pai. Foi-se-me um dia a saúde... Fiz-me arquiteto? Não pude! Sou poeta menor, perdoai! Não faço versos de guerra. Não faço porque não sei. Mas num torpedo-suicida Darei de bom grado a vida Na luta em que não lutei! Manuel Bandeira Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 A rosa de Hiroxima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. Vinicius de MoraesGaladriel2006-5-8 15:32:7 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Soneto da separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Vinicius de Moraes Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Soneto da intimidade Nas tardes de fazenda há muito azul demais. Eu saio as vezes, sigo pelo pasto, agora Mastigando um capim, o peito nu de fora No pijama irreal de há três anos atrás. Desço o rio no vau dos pequenos canais Para ir beber na fonte a água fria e sonora E se encontro no mato o rubro de uma amora Vou cuspindo-lhe o sangue em torno dos currais. Fico ali respirando o cheiro bom do estrume Entre as vacas e os bois que me olham sem ciúme E quando por acaso uma mijada ferve Seguida de um olhar não sem malícia e verve Nós todos, animais, sem comoção nenhuma Mijamos em comum numa festa de espuma. Vinicius de Moraes Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Canção do Exílio Se eu tenho de morrer na flor dos anosMeu Deus! não seja já;Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,Cantar o sabiá!Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morroRespirando este ar;Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novoOs gozos do meu lar! O país estrangeiro mais belezasDo que a pátria não tem;E este mundo não vale um só dos beijosTão doces duma mãe! Dá-me os sítios gentis onde eu brincavaLá na quadra infantil;Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,O céu do meu Brasil! Se eu tenho de morrer na flor dos anos Meu Deus! não seja já!Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,Cantar o sabiá! Quero ver esse céu da minha terraTão lindo e tão azul!E a nuvem cor-de-rosa que passavaCorrendo lá do sul! Quero dormir à sombra dos coqueiros,As folhas por dossel;E ver se apanho a borboleta branca,Que voa no vergel! Quero sentar-me à beira do riacho Das tardes ao cair,E sozinho cismando no crepúsculoOs sonhos do porvir! Se eu tenho de morrer na flor dos anos,Meu Deus! não seja já;Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,A voz do sabiá! Quero morrer cercado dos perfumesDum clima tropical,E sentir, expirando, as harmoniasDo meu berço natal! Minha campa será entre as mangueiras,Banhada do luar,E eu contente dormirei tranqüiloÀ sombra do meu lar!As cachoeiras chorarão sentidasPorque cedo morri,E eu sonho no sepulcro os meus amoresNa terra onde nasci! Se eu tenho de morrer na flor dos anos,Meu Deus! não seja já;Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,Cantar o sabiá! Casimiro de Abreu Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 "Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... — Não negues, Não mintas... — Eu vi!..." Casimiro de Abreu Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members LEospider Posted May 8, 2006 Members Report Share Posted May 8, 2006 Sube nupé di bananera pra cumê jabuticaba mas só tinha laranja lima entaum cumi na fera... fim Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Luinentári Posted May 9, 2006 Members Report Share Posted May 9, 2006 Humilhou as poesias que eu coloquei Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members LEospider Posted May 9, 2006 Members Report Share Posted May 9, 2006 Subi no pé de laranjera pra ver meu amor passar quando ela passou vi bem os peito dela Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Madame Bovary Posted May 9, 2006 Members Report Share Posted May 9, 2006 Esse vai ocupar a cadeira número 8692 da Acadêmia Brasileira de Letras Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members LEospider Posted May 9, 2006 Members Report Share Posted May 9, 2006 Obrigado obrigrado!!! eu sabia q um dia meu talento seria reconhecido!!! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted May 15, 2006 Members Report Share Posted May 15, 2006 INSÔNIA <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Em noites de insônia desejada busco você no silêncio do quarto, no escuro dos cantos, na concretitude da cama, no perfume incógnito da tua pele de encontro a minha. Escandescendo os sentidos, todos unos no desejo, guardados a sete chaves nas voltas e reviravoltas de você dentro de mim. Procuro sua presença no lençol, mas o cetim sussurra da inutilidade, me fazendo lembrar que você não está aqui... Não importa! O querer é demais. E na febre que faz arder meu corpo nu e suado, me amo sozinho, entregando-me a você em delícias compartilhadas de pensamentos. Então, a noite fica pequena demais, casta demais para tantos beijos, línguas e pernas, gostos e dorsos, seios e sexos. Atravesso assim a madrugada: insone de delírios ansiados, tornados reais no toque solitário. Tateando meu corpo, busco o seu. A manhã chega trazendo a realidade do dia, das coisas lá de fora e me acorda de um sono, adoravelmente, mal dormido. Meu alento é saber que outra noite virá. E a insônia, uma vez mais, me fará companhia; solene e indecente, madrugada adentro, carinhando meu ser até o adormecer, quieto e cansado, do pensar em você. <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />Ricardo Alves Leite Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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