Members Prytty Posted July 30, 2006 Members Report Share Posted July 30, 2006 Animal-sentimentalEu quero ter vocêSentir teu corpo junto ao meu.Quero te ouvir respirarQuero teus labios beijarSentir o calor que vem de tio amor pela batida de seu coraçãoQuero a bela luz do dia.Quero pássaros,Mas não corujas.Quero o aroma das floresE o sabor dos doces beijosE o odor salgado de seu suor.Quero ollhar em teus olhosE ver neles toda a emoção.Desse momento que é so nossoEm que entregamos nosso coração.E, assim, de uma forma animal-sentimentalQuero ter você pra mim.Teu corpo todo tocarE por ti ser tocadaComo nunca antes o fui.Quero sentir seu amorCrescendo dentro de mim.Quem você é eu ainda não sei Mas um dia vou te encontrar.E dessa forma animal-sentimentalPara sempre vou te amar Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members mdg Posted July 30, 2006 Members Report Share Posted July 30, 2006 ANTÍ-TESES Era noite, chovia, o sol raiava; Elefantes pulando de galho em galho E o frio, tal calor comunicava Que de nada servia o agasalho. Vindo do norte, o vento sul soprava, Trazendo um cheiro horripilante; Ouvia a voz de um mudo que falava, Era o cadáver de um morto agonizante. Um homem velho em plena juventude, Com uma careca enorme e cabeluda, Morrera enfermo, cheio de saúde, Sorrindo à toa de expressão suicida. Aconcheguei-me e perguntei-lhe admirado: "Quanto tempo estás aqui, neste lugar?" Silêncio...vejam só que malcriado! O defunto teimava em não falar. Fiquei fulo de raiva. Minha face Enrugou-se, esticando-se demais. Ninguém passava ali, mas se passasse, Passava adiante, andando para trás. Calmamente perdi a paciência, Tive vontade de meter-lhe um murro. De mansinho, gritei com violência: "Levanta-te do chão, defunto burro!" Nesse instante, parece até mentira, O MORTO-VIVO exclamou de mau humor: "Deixa-me, daqui ninguém me tira, Na sepultura, uf! Que calor!" Valente como sou, já quis gritar, Porém, mudei de idéia num instante. E, ao longe, num boteco fui buscar Um refresco para um morto agonizante. Cheguei cedo demais, já era tarde Todo encolhido, no seu porte altivo, O valente cadáver, que covarde! Morrera, estava morto o MORTO-VIVO! Tomei um susto que até fiquei mudo, Gritei tão baixo que nem sequer ouvi; Fiquei cego e vendo aquilo tudo, Vendo o morto morrer, também morri. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Jack_Kundeiner Posted July 31, 2006 Members Report Share Posted July 31, 2006 A arte de perder - Elizabeth Bishop “A arte de perder não é nenhum mistério; Tantas coisas contêm em si o acidente De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente. A arte de perder não é nenhum mistério. Depois perca mais rápido, com mais critério: Lugares, nomes, a escala subseqüente Da viagem não feita. Nada disso é sério. Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero Lembrar a perda de três casas excelentes. A arte de perder não é nenhum mistério. Perdi duas cidades lindas. E um império Que era meu, dois rios, e mais um continente. Tenho saudade deles. Mas não é nada sério. – Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério.“ Elizabeth Bishop foi uma poetisa norte-americana que viveu no Brasil por 20 anos e aqui desenvolveu a parte mais importante de sua obra. Viveu um amor escandaloso e problemático com uma brasileira chamada Lota. Traduziu para o inglês muitos poetas brasileiros (Drummond, entre eles) e foi considerada, no seu tempo, a grande autoridade americana nos assuntos relacionados à cultura brasileira, como música, literatura e outras artes. Acima, postei o poema dela que mais gosto - neste poema ela fala da perda de forma banal (faz parte de sua obra a ausência de auto-compaixão). Se puderem, leiam outras poesias desta autora. Abraços. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members jujuba Posted August 6, 2006 Members Report Share Posted August 6, 2006 SERIA TÃO DIFERENTE (parte I) Seria tão diferenteSe os sonhos que a gente gostaNão terminassem tão de repente<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Seria tão diferenteSe os bons momentos da vida,Durassem eternamente... Seria tão diferenteSe a gente que a gente gosta, gostasse um pouco da gente.. Seria tão diferenteSe quando a gente chorasse,Fosse sempre de contente... Seria tão diferente,Se a gente que a gente ama,Sentisse o que a gente sente...Maria shy2006-8-7 11:28:5 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Moon Posted August 20, 2006 Members Report Share Posted August 20, 2006 A pedra<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> O bruto a usou como projétil. O empreendedor, usando-a, construiu. O camponês, cansado da lida, dela fez assento. Para meninos, foi brinquedo. Drummond a poetizou. Já, David matou Golias , E Leonardo extraiu-lhe a mais bela escultura... E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas sim, no homem!!! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members jujuba Posted September 6, 2006 Members Report Share Posted September 6, 2006 Ouse "Ouse, ouse... ouse tudo!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda ... 'a acontecê-la'! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!" [Louise von Salomé] Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Lucia Posted September 24, 2006 Members Report Share Posted September 24, 2006 Procura-se Um Amigo (Vinicius de Moraes) Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive. BJS Lucia2006-09-24 20:01:16 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Madame Bovary Posted September 26, 2006 Members Report Share Posted September 26, 2006 TABACARIA Não sou nada.Nunca serei nada.Não posso querer ser nada.À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto,Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é(E se soubessem quem é, o que saberiam?),Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,E não tivesse mais irmandade com as coisasSenão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da ruaA fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitadaDe dentro da minha cabeça,E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida. Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.Estou hoje dividido entre a lealdade que devoÀ Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro. Falhei em tudo.Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.A aprendizagem que me deram,Desci dela pela janela das traseiras da casa.Fui até ao campo com grandes propósitos.Mas lá encontrei só ervas e árvores,E quando havia gente era igual à outra.Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar? Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!Gênio? Neste momentoCem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,E a história não marcará, quem sabe?, nem um,Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.Não, não creio em mim.Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?Não, nem em mim...Em quantas mansardas e não-mansardas do mundoNão estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,E quem sabe se realizáveis,Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?O mundo é para quem nasce para o conquistarE não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,Ainda que não more nela;Serei sempre o que não nasceu para isso;Serei sempre só o que tinha qualidades;Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,E ouviu a voz de Deus num poço tapado.Crer em mim? Não, nem em nada.Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardenteO seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.Escravos cardíacos das estrelas,Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;Mas acordamos e ele é opaco,Levantamo-nos e ele é alheio,Saímos de casa e ele é a terra inteira,Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido. (Come chocolates, pequena;Come chocolates!Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.Come, pequena suja, come!Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.) Mas ao menos fica da amargura do que nunca sereiA caligrafia rápida destes versos,Pórtico partido para o Impossível.Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,Nobre ao menos no gesto largo com que atiroA roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,E fico em casa sem camisa. (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!Meu coração é um balde despejado.Como os que invocam espíritos invocam espíritos invocoA mim mesmo e não encontro nada.Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,Vejo os cães que também existem,E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,E tudo isto é estrangeiro, como tudo.) Vivi, estudei, amei e até cri,E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o raboE que é rabo para aquém do lagarto remexidamente Fiz de mim o que não soubeE o que podia fazer de mim não o fiz.O dominó que vesti era errado.Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.Quando quis tirar a máscara,Estava pegada à cara.Quando a tirei e me vi ao espelho,Já tinha envelhecido.Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.Deitei fora a máscara e dormi no vestiárioComo um cão tolerado pela gerênciaPor ser inofensivoE vou escrever esta história para provar que sou sublime. Essência musical dos meus versos inúteis,Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,Calcando aos pés a consciência de estar existindo,Como um tapete em que um bêbado tropeçaOu um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada. Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltadaE com o desconforto da alma mal-entendendo.Ele morrerá e eu morrerei.Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,E a língua em que foram escritos os versos.Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como genteContinuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas, Sempre uma coisa defronte da outra,Sempre uma coisa tão inútil como a outra,Sempre o impossível tão estúpido como o real,Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra. Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.Semiergo-me enérgico, convencido, humano,E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário. Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-losE saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.Sigo o fumo como uma rota própria,E gozo, num momento sensitivo e competente,A libertação de todas as especulaçõesE a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto. Depois deito-me para trás na cadeiraE continuo fumando.Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando. (Se eu casasse com a filha da minha lavadeiraTalvez fosse feliz.)Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universoReconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu. Álvaro de Campos, 15-1-1928 Madame Bovary2006-09-26 15:34:42 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members jujuba Posted September 27, 2006 Members Report Share Posted September 27, 2006 Morre lentamente "Pablo Neruda" Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Morre lentamente... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 10, 2006 Members Report Share Posted October 10, 2006 algm aih gosta do soneto de fidelidade? eh meu preferido..ateh decorei... Soneto de Fidelidade por Vinicius de Moraes De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zêlo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e darramar meu prantoAo seu pesar ou seu contetentamento. E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, pôsto que e chamaMas que seja infinito enquanto dure. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 10, 2006 Members Report Share Posted October 10, 2006 Vinicius de Moraes eh td naum eh? amo ele...aih vai otra dle... Desalento Sim, vai e diz Diz assim Que eu chorei Que eu morri De arrependimento Que o meu desalento Já não tem mais fim Vai e diz Diz assim Como sou Infeliz No meu descaminho Diz que estou sozinho E sem saber de mim Diz que eu estive por pouco Diz a ela que estou louco Pra perdoar Que seja lá como for Por amor Por favor É pra ela voltar Sim, vai e diz Diz assim Que eu rodei Que eu bebi Que eu caí Que eu não sei Que eu só sei Que cansei, enfim Dos meus desencontros Corre e diz a ela Que eu entrego os pontos Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members jujuba Posted October 10, 2006 Members Report Share Posted October 10, 2006 Não acredito!! hoje teve ginvana em minha escola e como desafio eles escolheram um funcionário para citar qquer poema. Adivinha qual recitaram ? "Soneto da fidelidade" Soneto da Paz O dia mais belo? Hoje.A coisa mais fácil? Equivocar-se.O obstáculo maior? O medo.O erro maior? Abandonar-se. A raiz de todos os males? O egoísmo.A distração mais bela? O trabalho.A pior derrota? O desalento.Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade? Comunicar-se.O que mais faz feliz? Ser útil aos demais.O mistério maior? A morte.O pior defeito? O mau humor. A maior satisfação? O dever cumprido.A força mais potente do mundo? A fé.As pessoas mais necessárias? Os pais.A coisa mais bela de todas? O amor. Madre TeresaMaria shy2006-10-10 12:32:38 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 12, 2006 Members Report Share Posted October 12, 2006 huahaaau...q legal...axu o Soneto de Fidelidade a coisa mais linda do mundo..eh mto inteligent..adorei o da Madre Teresa...bjoss... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 12, 2006 Members Report Share Posted October 12, 2006 se algm tiver paciencia ou tmpo por favorrr...leia esse poema de Gonçalves Dias..eh maravilhoso... Ainda uma vez, adeus Enfim te vejo! - enfim posso, Curvado a teus pés, dizer-te, Que não cessei de querer-te, Pesar de quanto sofri. Muito penei! Cruas ânsias, Dos teus olhos afastado, Houveram-me acabrunhado A não lembrar-me de ti! II Dum mundo a outro impelido, Derramei os meus lamentos Nas surdas asas dos ventos, Do mar na crespa cerviz! Baldão, ludíbrio da sorte Em terra estranha, entre gente, Que alheios males não sente, Nem se condói do infeliz! III Louco, aflito, a saciar-me D'agravar minha ferida, Tomou-me tédio da vida, Passos da morte senti; Mas quase no passo extremo, No último arcar da esperança, Tu me vieste à lembrança: Quis viver mais e vivi! IV Vivi; pois Deus me guardava Para este lugar e hora! Depois de tanto, senhora, Ver-te e falar-te outra vez; Rever-me em teu rosto amigo, Pensar em quanto hei perdido, E este pranto dolorido Deixar correr a teus pés. V Mas que tens? Não me conheces? De mim afastas teu rosto? Pois tanto pôde o desgosto Transformar o rosto meu? Sei a aflição quanto pode, Sei quanto ela desfigura, E eu não vivi na ventura... Olha-me bem, que sou eu! VI Nenhuma voz me diriges!... Julgas-te acaso ofendida? Deste-me amor, e a vida Que me darias - bem sei; Mas lembrem-te aqueles feros Corações, que se meteram Entre nós; e se venceram, Mal sabes quanto lutei! VII Oh! se lutei!... mas devera Expor-te em pública praça, Como um alvo à populaça, Um alvo aos dictérios seus! Devera, podia acaso Tal sacrifício aceitar-te Para no cabo pagar-te, Meus dias unindo aos teus? VIII Devera, sim; mas pensava, Que de mim t'esquecerias, Que, sem mim, alegres dias T'esperavam; e em favor De minhas preces, contava Que o bom Deus me aceitaria O meu quinhão de alegria Pelo teu, quinhão de dor! IX Que me enganei, ora o vejo; Nadam-te os olhos em pranto, Arfa-te o peito, e no entanto Nem me podes encarar; Erro foi, mas não foi crime, Não te esqueci, eu to juro: Sacrifiquei meu futuro, Vida e glória por te amar! X Tudo, tudo; e na miséria Dum martírio prolongado, Lento, cruel, disfarçado, Que eu nem a ti confiei; "Ela é feliz (me dizia) "Seu descanso é obra minha." Negou-me a sorte mesquinha... Perdoa, que me enganei! XI Tantos encantos me tinham, Tanta ilusão me afagava De noite, quando acordava, De dia em sonhos talvez! Tudo isso agora onde pára? Onde a ilusão dos meus sonhos? Tantos projetos risonhos, Tudo esse engano desfez! XII Enganei-me!... - Horrendo caos Nessas palavras se encerra, Quando do engano, quem erra. Não pode voltar atrás! Amarga irrisão! reflete: Quando eu gozar-te pudera, Mártir quis ser, cuidei qu'era... E um louco fui, nada mais! XIII Louco, julguei adornar-me Com palmas d'alta virtude! Que tinha eu bronco e rude C'o que se chama ideal? O meu eras tu, não outro; Stava em deixar minha vida Correr por ti conduzida, Pura, na ausência do mal. XIV Pensar eu que o teu destino Ligado ao meu, outro fora, Pensar que te vejo agora, Por culpa minha, infeliz; Pensar que a tua ventura Deus ab eterno a fizera, No meu caminho a pusera... E eu! eu fui que a não quis! XV És doutro agora, e pr'a sempre! Eu a mísero desterro Volto, chorando o meu erro, Quase descrendo dos céus! Dói-te de mim, pois me encontras Em tanta miséria posto, Que a expressão deste desgosto Será um crime ante Deus! XVI Dói-te de mim, que t'imploro Perdão, a teus pés curvado; Perdão!... de não ter ousado Viver contente e feliz! Perdão da minha miséria, Da dor que me rala o peito, E se do mal que te hei feito, Também do mal que me fiz! XVII Adeus qu'eu parto, senhora; Negou-me o fado inimigo Passar a vida contigo, Ter sepultura entre os meus; Negou-me nesta hora extrema, Por extrema despedida, Ouvir-te a voz comovida Soluçar um breve Adeus! XVIII Lerás porém algum dia Meus versos d'alma arrancados, D'amargo pranto banhados, Com sangue escritos; - e então Confio que te comovas, Que a minha dor te apiade Que chores, não de saudade, Nem de amor, - de compaixão. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members jujuba Posted October 15, 2006 Members Report Share Posted October 15, 2006 Afff! Esse foi arrasante! Meu preferido, até agora... depois de "Metade" de Osvaldo Montenegro (já leu?) CANÇÃO DO EXÍLIO MINHA TERRA TEM PALMEIRAS, ONDE CANTA O SABIÁ, AS AVES QUE AQUI GORJEIAM, NÃO GORGEIAM COMO LÁ,NOSSO CÉU TEM MAIS ESTRELAS, NOSSAS VÁRZEAS TÊM MAIS FLORES, NOSSOS BOSQUES TÊM MAIS VIDA, NOSSA VIDA MAIS AMORES. EM CISMAR, SOZINHO À NOITE, MAIS PRAZER ENCONTRO EU LÁ; MINHA TERRA TEM PALMEIRAS, ONDE CANTA O SABIÁ. MINHA TERRA TEM PRIMORES, QUE TAIS NÃO ENCONTRO EU CÁ; EM CISMAR - SOZINHO, À NOITE - MAIS PRAZER ENCONTRO EU LÁ, MINHA TERRA TEM PALMEIRAS, ONDE CANTA O SABIÁ NÃO PERMITA DEUS QUE EU MORRA, SEM QUE EU VOLTE PARA LÁ; SEM QUE DESFRUTE OS PRIMORES QUE EU NÃO ENCONTRO POR CÁ, SEM QU’INDA AVISTE AS PALMEIRAS, ONDE CANTA O SABIÁ. Gonçalve Dias Eu sempre me lembro desse poema em épocas de eleições, sei lá pq... aff! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 15, 2006 Members Report Share Posted October 15, 2006 tb gosto mto da canção do exílio..coloca *Metade* aih..nunka vi...bjuss Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Moviolavídeo Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 Sonho Impossível(J. Darion e M. Leigh / versão de Chico Buarque e Ruy Guerra) SonharMais um sonho impossívelLutarQuando é fácil cederVencer o inimigo invencívelNegar quando a regra é venderSofrer a tortura implacávelRomper a incabível prisãoVoar num limite improvávelTocar o inacessível chãoÉ minha lei, é minha questãoVirar esse mundoCravar esse chãoNão me importa saberSe é terrível demaisQuantas guerras terei que vencerPor um pouco de pazE amanhã, se esse chão que eu beijeiFor meu leito e perdãoVou saber que valeu delirarE morrer de paixãoE assim, seja lá como forVai ter fim a infinita afliçãoE o mundo vai ver uma florBrotar do impossível chão Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 Eu gosto muito do Hina nacional: Parte I Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil! Parte II Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores." Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado." Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil! Letra: Joaquim Osório Duque Estrada Música: Francisco Manuel da Silva Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 Tem aquela pergunta básica: Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante Quem é o sujeito??? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members tigo Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 Olhos do meu Amor! Infantes loiros Que trazem os meus presos, endoidados! Neles deixei, um dia, os meus tesoiros: Meus anéis, minhas rendas, meus brocados. Neles ficaram meus palácios moiros, Meus carros de combate, destroçados, Os meus diamantes, todos os meus oiros Que trouxe d'Além-Mundos ignorados! Olhos do meu Amor! Fontes... cisternas... Enigmáticas campas medievais... Jardins de Espanha... catedrais eternas... Berço vindo do Céu à minha porta... Ó meu leito de núpcias irreais!... Meu sumptuoso túmulo de morta!... Florbela Espancatigomelo2006-10-16 16:23:16 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 mto lindo esse soneto Teus Olhos.... eu amo mto Cecília Meireles..soh naum amo ela mais q Vinicius de Moraes... olha aih...... DE UM LADO CANTAVA O SOL De um lado cantava o sol,do outro, suspirava a lua.No meio, brilhava a tuaface de ouro, girassol!Ó montanha da saudadea que por acaso vim:outrora, foste um jardim,e és, agora, eternidade!De longe, recordo a corda grande manhã perdida.Morrem nos mares da vidatodos os rios do amor?Ai! celebro-te em meu peito,em meu coração de sal,Ó flor sobrenatural,grande girassol perfeito!Acabou-se-me o jardim!Só me resta, do passado,este relógio douradoque ainda esperava por mim... Cecília Meireles Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 otras de Cecília Meireles.... : "O meu amor não temimportância nenhuma.Não tem o peso nemde uma rosa de espuma!Desfolha-se por quem?Para quem se perfuma?O meu amor não temimportância nenhuma." 4º Motivo Da Rosa (Cecília Meireles) Não te aflijas com a pétala que voa:também é ser, deixar de ser assim.Rosas verá, só de cinzas franzidas,mortas, intactas pelo teu jardim.Eu deixo aroma até nos meus espinhosao longe, o vento vai falando de mim.E por perder-me é que vão me lembrando,por desfolhar-me é que não tenho fim. Canção Cecília Meireles Pus o meu sonho num navioe o navio em cima do mar;- depois, abri o mar com as mãos,para o meu sonho naufragarMinhas mãos ainda estão molhadasdo azul das ondas entreabertas,e a cor que escorre de meus dedos colore as areias desertas.O vento vem vindo de longe,a noite se curva de frio;debaixo da água vai morrendomeu sonho, dentro de um navio...Chorarei quanto for preciso,para fazer com que o mar cresça,e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça.Depois, tudo estará perfeito;praia lisa, águas ordenadas,meus olhos secos como pedrase as minhas duas mãos quebradas. ahhhhh!!! lindasss!!!! **N@!r@**2006-10-16 16:55:29 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members jujuba Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 Atendendo a pedidos... ( o cara declamando é demais!) Metade (Oswaldo Montenegro)Que a força do medo que tenhonão me impeça de ver o que anseioque a morte de tudo em que acreditonão me tape os ouvidos e a bocapois metade de mim é o que eu gritomas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longeseja linda ainda que tristezaque a mulher que eu amo seja pra sempre amadamesmo que distanteporque metade de mim é partidamas a outra metade é saudade. Que as palavras que falonão sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervorapenas respeitadas como a única coisaque resta a um homem inundado de sentimentoporque metade de mim é o que ouçomas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir emborase transforme na calma e na paz que eu mereçoque essa tensão que me corrói por dentroseja um dia recompensadaporque metade de mim é o que pensoe a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afasteque o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportávelque o espelho reflita em meu rosto um doce sorrisoque me lembro ter dado na infânciaporque metade de mim é a lembrança do que fuie a outra metade não sei. Que não seja preciso mais que uma simples alegriapra me fazer aquietar o espíritoe que o teu silêncio me fale cada vez maisporque metade de mim é abrigomas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma respostamesmo que ela não saibae que ninguém a tente complicarporque é preciso simplicidade pra fazê-la florescerporque metade de mim é platéiae a outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoadaporque metade de mim é amore a outra metade também. Lindo e intenso... afff! <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Maria shy2006-10-17 11:38:51 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted October 16, 2006 Members Report Share Posted October 16, 2006 nosssa...lindo msm....valew por tr colocado... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted October 17, 2006 Members Report Share Posted October 17, 2006 Quando o assunto é poesia ,eu fico com o mais rock'n'roll dos poetas, Paulo Leminski: LIMITES AO LÉU POESIA: "words set to music" (Dante via Pound), "uma viagem ao desconhecido" (Maiakovski), "cernes e medulas" (Ezra Pound), "a fala do infalável" (Gothe), "linguagem voltada para a sua propria materialidade" (Jakobson), "permanente hesitação entre som e sentido" (Paul Valery), "fundação do ser mediante a palavra" (Heidegger), "a religião original da humanidade" (Novalis), "as melhores palavras na melhor ordem" (Coleridge), "emoção relembrada na tranquilidade" (Wordsworth), "ciência e paixão" (Alfred de Vigny), "se faz com palavras, não com ideias" (Ricardo Reis/Fernando Pessoa), "um fingimento deveras" (Fernando Pessoa), "criticism of life" (Mattew Arnold), "palavra-coisa" (Sartre), "linguagem em estado de pureza selvagem" (Octávio Paz), "poetry is to inspire" (Bob Dylan), "design de linguagem" (Decio Pignatari), "lo imposible hecho posible" (Garcia Lorca), "aquilo que se perde na tradução" (Robert Frost), "a liberdade da minha linguagem" (Paulo Leminski)... Paulo Leminski Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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