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Forum Cinema em Cena

Poesias


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As flô de Puxinanã

Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.


A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.


A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.


Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.


A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.


Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.


Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.


Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!

 

 

                                                                                                  Zé da Luz
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Finá de ato

 Dispóis de tanto amor
de tanto cheiro cheiroso
de tanto beijo gostoso, nós briguemos
Foi uma briga fatá

 Eu disse : cabou-se !
 Ele disse: cabou-se !

E nós fiquemos mudo, sem vontade de falá.
Xinguemos, sim, nóis se xinguemos

Onti, nóis si encontremus
Nenhum tentó disfarçá
Eu parti para riba dele
Cum fogo aceso nu oiá

 Foi  tanto cheiro cheiroso
 Foi tanto beijo gostoso...

Antonce nóis si alembremos
O Brasil é tão pequeno
Nem pode nos separá !

 

 

 

 10 Afff!! Movio! 060606 
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Poema da b***** cabeluda

A b***** da minha amada
tem pêlos barrocos,
lúdicos, profanos.
É faminta
como o polígono-das-secas
e cheia de ritmos
como o recôncavo-baiano.

A b***** da minha amada
é cabeluda
como um tapete persa.
É um buraco-negro
bem no meio do púbis
do Universo.

A b***** da minha amada
é cabeluda,
misteriosa, sonâmbula.
É bela como uma letra grega:
é o alfa-e-ômega dos meus segredos,
é um delta ardente sob os meus dedos
e na minha língua
é lambda.

A b***** da minha amada
é um tesouro
é o Tosão de Ouro
é um tesão.
É cabeluda, e cabe, linda,
em minha mão.

A b***** da minha amada
me aperta dentro, de um tal jeito
que quase me morde;
e só não é mais cabeluda
do que as coisas que ela geme
quando a gente f***.

                                                                                          Braúlio Tavares

 

 

 

Os asteriscos são por minha conta, para não encabular os castos de plantão nem os falsos moralistas. Todavia, o poema encontra-se completo, sem censura prévia, no site poesia erótica.
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Ainda

(por mim mesma)

 

As coisas são tão complicadas

E é tão mais simples fugir

Eu adoraria fugir com você,

mas não sei qual dos vocês escolher.

 

Não consigo me conter

E nesse mundo eu me encontro

Adoraria poder ver felicidade cor de rosa

Aquela mesmo que disse que não viria

 

Do tempo eu desconheço

Ainda vago procurando

Um pouco de mim em você

Meu sentimento ainda crê

 

Não querem buscar

Não querem arriscar

O tempo não muda as pessoas

Porque o relogio marcou mais vinte minutos

 

E ontem eu disse eu te amo

Mas desconheço o que significa

Ainda te clamo

Ainda te chamo.

 

x~ Não é pra entender, são só frases soltas. Tipo música de Engenheiros do Hawaii. xDD

 

 

 

 

 

 

 
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Epigrama

Amar, transar: uma união
De prazeres que não separo.
A volúpia e os prazeres são
O que a alma possui de mais raro.

 

Falo, cona e corações
Juntam-se em doces efusões
Que os crentes censuram, os loucos.

 

Reflete nisso, oh minha amada:
Amar sem transar é bem pouco,
Transar sem amar não é nada.

                                             

 La Fontaine
Maria shy2007-01-19 20:02:47
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Da arte de bem cavalgar

 

 

 

Faz de conta que és tronco que a maré rejeita,

 

deitado e imóvel no liso areal,

 

com uma pernada altiva que espreita

 

o purpúreo mistério, a boca corporal.

 

 

 

De joelhos se ponha a mulher eleita,

 

assente nas canelas, o tronco vertical,

 

com as pernas abertas, simetria perfeita

 

sobre a ponta da verga dura como metal.

 

 

 

Que te monte depois como um jockey de classe

 

sugando dentro dela o ávido arção,

 

num rápido crescendo, como se procurasse

 

 

 

vencer distanciada o derby da tesão.

 

E tu, dócil cavalo que os colhões tens por sela,

 

partilha o seu triunfo - geme e vem-te com ela.

 

 

 

Fernando Correia Pina

 

 

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Flor dos sonhos

(eu)

 

eu não posso amar.
quando eu amo eu perco o controle.
eu capoto.
eu quebro todos os vidros e espelhos.
corto todo o meu corpo.
e eu pego fogo.
e isso dói.
dói em mim

e dói em você.

 

---------------------

=]

 

Vejam só que eu-lírico mais criativo o meu!!

*balança os dedinhos*

- Alguém me dá um doce?Quero chocolate!
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Amor de Mel

 

 

 

 

 

 

 

Amor de Mel

 

 

 

(Marici Bross)

 

 

 

Meu corpo dourado

 

Tem a cor do mel

 

Dourado e gostoso

 

Para te amar.

 

 

 

Um amor gostoso

 

Doce e melado!

 

Um amar de dengos e abraços

 

Gostoso como o mel.

 

 

 

Um amor que escorrega.

 

Deslizando por nossos corpos

 

Um roçar gostoso

 

Que nos traz tesão!

 

Um roçar de mel

 

 

 

Tal qual a abelha rainha

 

Espero você

 

Meu amado rei

 

Para nos amarmos

 

Nesta doçura,

 

Que é o nosso reino.

 

Nosso paraíso de amor.

 

 

 

Seja dia, ou seja, noite,

 

Amando-nos estaremos

 

Neste chegar gostoso

 

De nosso mel de amor.

 

 

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Poesia Científica

(eu mesma)

 

Solicitado pelo corpo docente
Na elaboração de um projeto decente
Questionado do assunto em questão
Preferi a inexatidão:

Cientificamente, sabotei a ciência
Solidifiquei o amor em experiência
Coletei uma estrela formosa
Cruzei o cravo e a rosa

Psicologicamente, Freud pousou no meu ego
Ele disse: “Se cair, eu pego!”
Falou. Falou. Falou até cuasparede
Elas respoderam: “Ok Freud, hora da rede”

Fora isso, tenho projetos pendentes:
Dirigir um sonho com atores decadentes
Nave espacial, mocinho e uma bela atriz
“Capitão, qual o botão para ser feliz?”
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Andava a lua nos céus

 

 

 

Andava a lua nos céus

 

Com o seu bando de estrelas

 

 

 

Na minha alcova

 

Ardiam velas

 

Em candelabros de bronza

 

 

 

Pelo chão em desalinho

 

Os veludos pareciam

 

Ondas de sangue e ondas de vinho

 

 

 

Ele, olhava-me cismando;

 

E eu,

 

Plácidamente, fumava,

 

Vendo a lua branca e nua

 

Que pelos céus caminhava.

 

 

 

Aproximou-se; e em delírio

 

Procurou avidamente

 

E avidamente beijou

 

A minha boca de cravo

 

Que a beijar se recusou.

 

 

 

Arrastou-me para ele,

 

E encostado ao meu hombro

 

Falou-me de um pagem loiro

 

Que morrera de saudade

 

À beira-mar, a cantar...

 

 

 

Olhei o céu!

 

 

 

Agora, a lua, fugia,

 

Entre nuvens que tornavam

 

A inda noite sombria.

 

 

 

Deram-se as bocas num beijo,

 

Um beijo nervoso e lento...

 

O homem cede ao desejo

 

Como a nuvem cede ao vento

 

 

 

Vinha longe a madrugada.

 

 

 

Por fim,

 

Largando esse corpo

 

Que adormecera cansado

 

E que eu beijara, loucamente,

 

Sem sentir,

 

Bebia vinho, perdidamente

 

Bebia vinha..., até cair.

 

 

 

Antônio Botto

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FAZENDO AMOR COM UM FETICHISTA

 

 

 

Nesta noite de chuva,

 

te dei o meu corpo,

 

te amei com toda a minha alma.

 

Entreguei-me a ti sem pudor.

 

Tive sede dos teus beijos,

 

fome dos teus abraços,

 

Você beijou meus seios,

 

mas antes pediu para eu dançar para ti.

 

Rolamos na cama,

 

amamos no chuveiro,

 

você chupou meus seios,

 

cheirou meus cabelos,

 

teus beijos embriagaram-me como vinho,

 

Perdemos a vergonha... viramos dois sacanas.

 

No meu ouvido tu falavas palavras obscenas.

 

Fui menina inocente,

 

e também uma puta indecente,

 

amei te ver sorridente,

 

tua boca explorou o meu corpo,

 

Beijastes os meus pés,

 

pedisti-me para calçar sapatos altos,

 

desfilei nua apenas com os pés calçados,

 

Fizemos loucuras,

 

eu realizei tuas fantasias.

 

Foi uma noite de amor e magia.

 

quase não amanhecia.

 

acordamos abraçados, nus e suados,

 

Você me olhou,

 

me beijou intensamente,

 

sorriu e se despediu,

 

mas antes me pediu: posso levar tua calcinha?

 

 

 

Kikas2007-01-30 16:22:42

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Tradução de Machado de Assis do poema "The Raven" de Edgar Alan Poe.


Em certo dia, à hora, à hora

Da meia-noite que apavora,

Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,

Ao pé de muita lauda antiga,

De uma velha doutrina agora morta,

Ia pensando, quando ouvi à porta

Do meu quarto um soar devagarinho

E disse estas palavras tais:

"É alguém que me bate à porta de mansinho;

Há de ser isso e nada mais."


Ah! bem me lembro! bem me lembro!

Era no glacial dezembro;

Cada brasa do lar sobre o colchão refletia

A sua última agonia.

Eu ansioso pelo Sol, buscava

Sacar daqueles livros que estudava

Repouso (em vão!) à dor esmagadora

Destas saudades imortais

Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,

E que ninguém chamará mais.


E o rumor triste, vago, brando

Das cortinas ia acordando

Dentro em meu coração um rumor não sabido,

Nunca por ele padecido.

Enfim, por aplacá-lo aqui, no peito,

Levantei-me de pronto, e "Com efeito,

(Disse) é visita amiga e retardada

Que bate a estas horas tais.

É visita que pede à minha porta entrada:

Há de ser isso e nada mais."


Minh'alma então sentiu-se forte;

Não mais vacilo, e desta sorte

Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora,

Me desculpeis tanta demora.

Mas como eu, precisando de descanso

Já cochilava, e tão de manso e manso,

Batestes, não fui logo, prestemente,

Certificar-me que aí estais."

Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,

somente a noite, e nada mais.


Com longo olhar escruto a sombra

Que me amedronta, que me assombra.

E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,

Mas o silêncio amplo e calado,

Calado fica; a quietação quieta;

Só tu, palavra única e dileta,

Lenora, tu, como um suspiro escasso,

Da minha triste boca sais;

E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;

Foi isso apenas, nada mais.


Entro co'a alma incendiada.

Logo depois outra pancada

Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:

"Seguramente, há na janela

Alguma coisa que sussurra. Abramos,

Eia, fora o temor, eia, vejamos

A explicação do caso misterioso

Dessas duas pancadas tais,

Devolvamos a paz ao coração medroso,

Obra do vento, e nada mais."


Abro a janela, e de repente,

Vejo tumultuosamente

Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.

Não despendeu em cortesias

Um minuto, um instante. Tinha o aspecto

de um lord ou de uma lady. E pronto e reto,

Movendo no ar as suas negras alas,

Acima voa dos portais,

Trepa, no alto da porta em um busto de Palas:

Trepado fica, e nada mais.


Diante da ave feia e escura,

Naquela rígida postura,

Com o gosto severo, - o triste pensamento

Sorriu-me ali por um momento,

E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas

Vens, embora a cabeça nua tragas,

Sem topete, não és ave medrosa,

Dize os teus nomes senhoriais;

Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"

E o corvo disse: "Nunca mais."


Vendo que o pássaro entendia

A pergunta que eu lhe fazia,

Fico atônito, embora a resposta que dera

Dificilmente lha entendera.

Na verdade, jamais homem há visto

Coisa na terra semelhante a isto:

Uma ave negra, friamente posta

Num busto, acima dos portais,

Ouvir uma pergunta a dizer em resposta

Que este é seu nome: "Nunca mais."


No entanto, o corvo solitário

Não teve outro vocabulário.

Como se essa palavra escassa que ali disse

Toda sua alma resumisse,

Nenhuma outra proferiu, nenhuma.

Não chegou a mexer uma só pluma,

Até que eu murmurei: "Perdi outrora

"Tantos amigos tão leais!

"Perderei também este em regressando a aurora."

E o corvo disse: "Nunca mais."


Estremeço. A resposta ouvida

É tão exata! é tão cabida!

"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência

Que ele trouxe da convivência

De algum mestre infeliz e acabrunhado

Que o implacável destino há castigado

Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,

Que dos seus cantos usuais

Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,

Esse estribilho: "Nunca mais."


Segunda vez nesse momento

Sorriu-me o triste pensamento;

Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;

E, mergulhando no veludo

Da poltrona que eu mesmo ali trouxera,

Achar procuro a lúgubre quimera,

A alma, o sentido, o pávido segredo

Daquelas sílabas fatais,

Entender o que quis dizer a ave do medo

Grasnando a frase: "Nunca mais."


Assim posto, devaneando,

Meditando, conjeturando,

Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,

Sentia o olhar que me abrasava.

Conjeturando fui, tranqüilo, a gosto,

Com a cabeça no macio encosto

Onde os raios da lâmpada caíam,

Onde as tranças angelicais

De outra cabeça outrora ali se desparziam

E agora não se esparzem mais.


Supus então que o ar, mais denso,

Todo se enchia de um incenso,

Obra de serafins que, pelo chão roçando

Do quarto, estavam meneando

Um ligeiro turíbulo invisível:

E eu exclamei então: "Um Deus sensível

Manda repouso à dor que te devora

Destas saudades imortais.

Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."

E o corvo disse: "Nunca mais."


"Profeta, ou o que quer que sejas!

Ave ou demônio que negrejas!

Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno

Onde reside o mal eterno,

Ou simplesmente náufrago escapado

Venhas do temporal que te há lançado

Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo

Tem os seus lares triunfais,

Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"

E o corvo disse: "Nunca mais."


"Profeta, ou o que quer que sejas!

Ave ou demônio que negrejas!

Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!

Por esse céu que além se estende,

Pelo Deus que ambos adoramos, fala,

Dize a esta alma se é dado inda escutá-la

No Éden celeste a virgem que ela chora

Nestes retiros sepulcrais,

"Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"

E o corvo disse: "Nunca mais."


"Ave ou demônio que negrejas!

Profeta, ou o que quer que sejas!

Cessa, ai, cessa! (clamei, levantando-me) cessa!

Regressando ao temporal, regressa

À tua noite, deixa-me comigo...

Vai-te, não fique no meu casto abrigo

Pluma que lembre essa mentira tua.

Tira-me ao peito essas fatais

Garras que abrindo vão a minha dor já crua."

E o corvo disse: "Nunca mais."


E o corvo aí fica; ei-lo trepado

No branco mármore lavrado

Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.

Parece, ao ver-lhe o duro cenho,

Um demônio sonhando. A luz caída

Do lampião sobre a ave aborrecida

No chão espraia a triste sombra; e fora

Daquelas linhas funerais

Que flutuam no chão, a minha alma que chora

Não sai mais, nunca, nunca mais!


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Te perturba esse amor?

 

Amor de juventude

 

Meu amor é amor de virtude

 

Te perturba esse amor?

 

Sem máscaras por trás

 

Meu amor é uma arte de paz

 

Te perturba esse amor?

 

Amor de humanidade

 

Meu amor é amor de verdade

 

Te perturba esse amor?

 

Com todos ao redor

 

Meu amor é uma arte maior

 

Meu amor, minha prenda encantada

 

Minha eterna morada

 

Meu espaço sem fim

 

Meu amor não aceita fronteira

 

Como a primavera

 

Não escolhe jardim

 

Meu amor, não é amor de mercado

 

Esse amor tão sangrado

 

Não se tem pra lucrar

 

Meu amor é tudo quanto tenho

 

E se eu vendo ou empenho

 

Para que respirar

 

¿Te molesta mi amor?

 

Mi amor de juventud

 

Y mi amor es un arte en virtud

 

¿Te molesta mi amor?

 

Mi amor sin antifaz

 

Y mi amor es un arte de paz.

 

¿Te molesta mi amor?

 

Mi amor de humanidad

 

Y mi amor es un arte en su edad

 

¿te molesta mi amor?

 

Mi amor de surtidor

 

Y mi amor es un arte mayor

 

Meu amor, alivia e acalma

 

É o remédio da alma

 

Pra quem quer se curar

 

Meu amor é humilde é singelo

 

E o destino mais belo

 

É torná-lo maior

 

Meu amor, o mais apaixonado

 

Pelo injustiçado

 

Pelo mais sofredor

 

Meu amor abre o peito pra morte

 

E se entrega pra sorte

 

Por um tempo melhor

 

Meu amor, esse amor destemido

 

Arde em fogo infinito

 

Por quem merece amor...

 

 

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Desilusão

A dor adorna e adormece o desejo
O corpo cala e se espreguiça
O afeto foge
O coração passeia na noite
Reinstala a memória
De afagos sedutores
O estridente som da cuíca anuncia:
Não se deve caçar homens na primavera
O sexo explode insaciável e fecundo
Amores devassos não tecem laços

           

                                                                                                    Maria Suely de Oliveria
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Proserpina

Quero perder-me em teu abraço forte,
aquecer a alma e o corpo em teu regaço
e encontrar o ígneo sonho que comporte
toda a paixão em que hoje me desfaço.

Hei de seguir-te, qual fiel consorte,
por todos os caminhos, passo a passo;
quero, custe-me embora dor e morte,
viver com fúria o nosso amor devasso.

Serei dos teus demônios mais um réu
e entre tormentos te amarei, contente,
que, onde estiveres, aí terei meu céu.

Felicidade, então, será o inferno!,
pois em teu ventre encontro a sarça ardente
onde me queimarei num gozo eterno!

 

Evandro Moreira
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Velho Tema (Vicente de Carvalho)

 

Só a leve esperança em toda a vida

Disfarça a pena de viver, mais nada;

Nem é mais a existência, resumida,

Que uma grande esperança malograda.

 

 

O eterno sonho da alma desterrada,

Sonho que a traz ansiosa e embevecida,

É uma hora feliz, sempre adiada

E que não chega nunca em toda a vida.

 

 

Essa felicidade que supomos,

Árvore milagrosa que sonhamos

Toda arreada de dourados pomos,

 

 

Existe, sim: mas nós não a alcançamos

Porque está sempre apenas onde a pomos

E nunca a pomos onde nós estamos.

 

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Acredite.

 

 

 

Você precisa ter sonhos,

 

para que possa se levantar, todas as vezes que cair.

 

Acreditar que a toda hora,

 

acontecerá coisas boas e mudar o rumo da sua vida.

 

 

 

 

 

Você precisa ter sonhos grandes e pequenos,

 

os pequenos, são as felicidades mais rápidas,

 

os grandes, lhe darão força para suportar

 

o fracasso dos sonhos pequenos.

 

 

 

 

 

Você tem que regar os teus sonhos todos os dias,

 

assim como se rega uma planta para que cresça...

 

Você precisa dizer sempre à você mesmo:

 

- Vou conseguir! - Vou superar!

 

- Vou chegar no meu sonho!

 

 

 

 

 

Fazendo isso, você estará cultivando sua luz,

 

a luz de sempre ter esperanças,

 

que nunca poderá se apagar,

 

pois ela é a imagem que você

 

pode passar para as outras pessoas,

 

e através dessa luz que todos vão lhe admirar,

 

acreditar em você e te seguir.

 

 

 

 

 

Mire na Lua, pois se você não puder atingi-la,

 

com certeza irá conhecer grandes estrelas...

 

ou quem sabe, poder ser uma delas!

 

 

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 METADE

 

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço,
E que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente
Complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia e a outra metade, é canção.

E que minha loucura seja perdoada.

      Porque metade de mim é amor e a outra metade...

        também...

                                   By Oswaldo Montenegro

 

P/  curar coração partido
Maria shy2007-02-06 07:44:01
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  • 2 weeks later...
  • Members

Menina, mulher amante

Menina, mulher amante,
com seus olhos brilhantes,
quero ter você por um instante,
e beber teu prazer constante...
Beijar o teu corpo gostoso,
lamber seu pescoço,
e ser grudento aos poucos...
Se te quero tanto assim,
nesta ilusão tão ruim,
é porque para mim,
és um castigo sem fim...
Na minha serra querida,
tu és a minha guia,
te quero nua de dia,
nem que seja por fantasia...

 

                                                                                             Adolfo Capella
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  • Members

 

 

ABRE AS TUAS PORTAS

 

 

 

Abre as tuas portas

 

Solta o campo de tua fantasia

 

A tua nudez para mim não é mais vaga

 

Incendeia meus sonhos e minha vida...

 

 

 

Sinto toda essa emoção

 

Quando me deparo com teus montes

 

Quero meu, o gozo dentro de tua gruta

 

E tua gruta explodindo como um vulcão...

 

 

 

É o amor como também paixão

 

Neste vales ruivos

 

Onde me perco em ti

 

Sem me perceber...

 

 

 

Deus ao te fazer

 

Deu- te um espírito brando

 

Uma inteligência ajustada

 

Por isso, por mim és amada...

 

 

 

Mauricio Moretti Barreto

 

 

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  • Members

 q saudade desse forum!!!!!!! eita Maria Shy...Metade de novo? hauahauahu...eh lindu msm...

 

 

Anseios (Florbela Espanca)

Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...
Não 'stendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar...

 
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