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A Troca (Changeling), do Eastwood


-felipe-
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Eu adoro histórias baseadas em fatos reais. O ruim é que em filmes 
assim o final já é conhecido. Daí p/ funcionar é precisa ser estupendo 
qto a forma de expor. Nem focar demais um fato, nem dourar a pílula...

By the way, “Savage Grace”  é um filme que conseguiu tal feito.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

MariaShy2009-01-09 10:33:57
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Uma mulher contra todos

Angelina Jolie está realmente empenhada em provar que é, mais que simplesmente a celebridade do momento, uma atriz de grande capacidade dramática ? capaz, por exemplo, de ganhar seu primeiro Oscar como protagonista (como uma adolescente desequilibrada, em Garota, Interrompida, ela levou a estatueta de coadjuvante em 2000). Depois de O Preço da Coragem (2007), em que encarnou a incansável viúva do jornalista Daniel Pearl, em A Troca (2008) ela faz reviver Christine Collins, a telefonista que se tornou célebre ao desafiar o Estado da Califórnia em plena década de 1920.

Depois de ter o filho raptado por um serial killer, Christine foi vítima de uma armadilha política arquitetada pela polícia de Los Angeles. Buscando tirar proveito do reencontro entre a mulher e sua criança, o detetive J.J. Jones (Jeffrey Donovan) convenceu um menino qualquer a se passar por Walter Collins ? e acusou a mãe, quando ela se negou a assumir a farsa, de estar ?psicologicamente alterada? e de ser ?negligente? para com o próprio filho.

Christine foi parar num manicômio e sofreu violências diversas, mas o apoio do Padre Briegleb (John Malkovich), inimigo público do governo, somado à descoberta daquele que poderia ser o assassino do verdadeiro Walter e de outros garotos, tornaram o caso amplamente conhecido ? e a luta da mãe simples e solteira, um símbolo de resistência numa época de liberdades um tanto mais restritas para a mulher.

Concebido pelo roteirista de tevê e dos quadrinhos J. Michael Straczinsky e pelo diretor Ron Howard ? que largou o filme para se dedicar ao ainda inédito no Brasil Frost/Nixon ?, A Troca tem como principal trunfo a direção segura de Clint Eastwood. O veterano ator e realizador de 78 anos também se dedicava a outro projeto de fôlego ? Gran Torino, tanto quanto Frost/Nixon uma das estreias mais aguardadas desta safra pré-Oscar. Sua versatilidade e rapidez, no entanto ? Eastwood roda oito minutos de um longa por dia de filmagem, quando a média em Hollywood, hoje, é de 60 segundos ?, permitiram, como já acontecera com Cartas de Iwo Jima e A Conquista da Honra (ambos de 2006), que o mestre da velha escola tocasse paralelamente seu 28º e seu 29º filme. E sem perder a mão do melodrama ? gênero em que já havia demonstrado talento com Menina de Ouro (2004).

A Troca talvez não seja tão bom quanto o longa estrelado por Hilary Swank, mas impressiona, além da reconstituição de época precisa como nem sempre se vê, inclusive no cinema americano, pela capacidade de Eastwood de driblar as armadilhas das histórias mais sentimentaloides. O que é possível, em parte, pelo total controle da trilha sonora ? que é assinada pelo próprio diretor e está indicada ao Globo de Ouro, que será entregue domingo, em Los Angeles.

Texto: Daniel Feix / Zero Hora

 

Angelina Jolie interpreta mãe-coragem em 'A troca'

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Depois de ganhar fama atuando por décadas no papel de durões do faroeste e do implacável detetive Dirty Harry, na maturidade, Clint Eastwood firmou-se como um diretor respeitado e premiado, especialmente a partir de "Os Imperdoáveis", vencedor de três Oscar - filme, diretor e ator - em 1993.

Em seu novo drama "A Troca", em estréia nacional, uma das maiores diferenças que se nota em relação a outros filmes do diretor é que pela primeira vez a história é contada do ponto de vista de uma personagem feminina.

Embora "Menina de Ouro" (2004) fosse protagonizado por uma mulher, ela era vista pela perspectiva de um personagem masculino narrando sua vida.

Aqui, o centro da trama é Christine Collins (Angelina Jolie, indicada a diversos prêmios, uma das favoritas no Globo de Ouro e ao Oscar), uma mãe-coragem cujo filho foi sequestrado e que ousou levantar a voz contra o corrupto Departamento de Polícia de Los Angeles dos anos de 1920.

Christine é uma mãe solteira que trabalha na companhia telefônica local para criar seu filho Walter Collins (Gattlin Griffith), que acaba sequestrado. Depois de um certo descaso da polícia, o menino é encontrado e entregue à mãe com toda pompa e circunstância, com direto a muitos flashs da imprensa e matérias enormes em jornais promovendo a competência da polícia local.

Porém, Christine alega que esse não é seu filho. Aponta diversas diferenças entre o menino e o verdadeiro Walter, como a diferença de altura. O capitão que resolveu o caso, J.J. Jones (Jeffrey Donovan), no entanto, insiste que Christine está errada. O menino também garante ser ele mesmo o filho perdido.

Nesse momento, o roteiro assinado por J. Michael Straczynski, que foi baseado num caso real, abre o seu foco e mostra outro crime que chocou os EUA na época, e que, aos poucos, se mostra possivelmente relacionado com o caso de Christine.

Eastwood, que também assina a trilha sonora (indicada ao Globo de Ouro), mantém a sobriedade e a condução clássica da narrativa que sempre caracteriza seus filmes.

Com isso, ele dá mais espaço para que seu elenco se destaque. Angelina Jolie, que há muito não agarrava um papel com tanta determinação, desenvolve sua personagem com nuances - indo da mãe desesperada até uma mulher que se atreve a lutar contra um sistema.

Nessa luta, aliás, foi fundamental a ajuda do reverendo Gustav Briegleb (John Malkovich) cuja missão acredita ser desmascarar as sujeiras que o departamento de polícia da cidade varre para debaixo do tapete. Ele é um dos poucos a acreditar em Christine e a apoiá-la na busca pelo verdadeiro Walter.

Crítica por Alysson Oliveira, do Cineweb

 

Rumo ao Oscar, Angelina Jolie estrela 'A Troca'

ATroca-775557.jpg

 

Estreia amanhã nos cinemas do País A Troca, novo filme de Clint Eastwood, estrelado por Angelina Jolie. O filme baseia-se numa história real ocorrida em Los Angeles, em 1928. Christine Collins, uma trabalhadora cujo filho é sequestrado, luta pelo sagrado direito de uma mãe de reaver sua cria. Ela enfrenta a polícia corrupta, os políticos e o sistema manicomial. Com apoio de um líder comunitário que tem um programa de rádio, ela parte para a pressão. O ?sistema? responde de forma autoritária. Simplesmente arranja um menino qualquer para entregar a Christine numa cerimônia que vira show para a mídia. Quando ela protesta, é enviada para o manicômio judiciário, com direito a choques elétricos.

Em maio do ano passado, durante o Festival de Cannes, Angelina teve direito a duas ?montées des marches?. Pisar no tapete vermelho e subir a longa escadaria, com direito a ser recepcionada pelo presidente e pelo diretor artístico do evento, Gilles Jacob e Thierry Frémaux, é privilégio que Angelina não apenas usufruiu, como repetiu. Ela subiu a escadaria para a sessão especial de Kung Fu Panda, de braço dado com o marido, Brad Pitt. Voltou, de braço dado com Clint Eastwood, para a exibição de A Troca.

Antes mesmo da exibição para a imprensa, o comentário dominante era que Clint iniciava ali a trajetória que deveria levá-lo de novo ao Oscar. Angelina, há quase nove meses, já surgia como provável indicada - quem sabe vencedora - do Oscar de melhor atriz de 2008. Estamos a poucos dias das indicações para o prêmio da Academia de Hollywood. Muito dificilmente ela deixará de ser indicada. Sua interpretação é a própria razão de ser de A Troca.


Em Cannes, Clint disse que a história de uma mãe que enfrenta o mundo por seu filho é daquelas que merecem ser contadas. E ironizou: "Como sou muito jovem para fazer um dos rapazes, não havia papel para mim." Em A Troca, Clint é somente diretor. Em maio, Clint disse que o tempo, a idade, sua disposição de se concentrar somente na direção, tudo isso fará com que apareça cada vez menos nos próprios filmes. Porém, desmentiu em seguida e já dirigiu e interpretou Gran Torino, com estreia anunciada para daqui a algumas semanas. Angelina, grávida de gêmeos - os bebês nasceram dois meses depois, na França -, disse que havia se inspirado em sua mãe para fazer a personagem. A mãe havia morrido pouco antes do festival.

 

 
Deckard2009-01-09 20:25:09
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Clintão acertou de novo! Do melodrama pesado sem soar novelesco (está se tornando especialidade dele) ao slasher sujo com direito a machadadas! Nem vou mencionar a belíssima trilha sonora, mas vou falar daquele jeito elegante de filmar que é a cara dele e emular não somente a década de 20, mas os valores e princípios do cinema daquela época (sem falar nos insights como o logo da Universal no começo). É um colírio para os olhos de um cinéfilo.

 

Agora sinto que o ano de 2009 começou no cinema pra mim.

 

5/5

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Eu gostei também. Uma narrativa bem tradicional (num bom sentido) com bastante coisa interessante aí no meio.E a Jolie tá muito bem, na melhor atuação dela desde Gia, provavelmente

 

Gostei mais desse do que de Menina de Ouro e Sobre Meninos e Lobos. É o caso onde os clichês bastante utilizados no filme me desceram bem, me agradaram.

 

E é bem bacana de assistir no cinema mesmo.
Beckin2009-01-23 21:39:56
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Concordo.
Tb não achei nada demais na atuação de Jolie. Ela já atuou bem em outros filmes no citado Gia e “Garota Interrompida”.
Aliás todo o elenco, mesmo os mirins, estão ótimos!<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

By the way, estupendo esse ator Jason Butler Harneh!clap.gif
Faz um serial de expressão retardada, fala arrastada, as vezes lúcido, outras insano... arrepia até o sabugo da unha... aff!

Algo que li e tb achei estranho é que em certo ponto do filme tu tem a impressão de que é o final, daí a história prossegue.

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P/ valer um Oscar sua performance tem que estar além das outras indicadas.
Não vi nada de estupendo nela. Ela esteve bem, assim como todo o elenco.

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By the way, o filme é bom por causa dessas combinações, ótimo desempenho do elenco, bom roteiro, reconstituição de época maravilhosa, enfim o tipo de filme que nos faz ir ao cinema e sair satisfeito.

Sei lá, de repente essa seja a receita de filme-oscar.

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P/ valer um Oscar sua performance tem que estar além das outras indicadas.
Não vi nada de estupendo nela. Ela esteve bem' date=' assim como todo o elenco.

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By the way, o filme é bom por causa dessas combinações, ótimo desempenho do elenco, bom roteiro, reconstituição de época maravilhosa, enfim o tipo de filme que nos faz ir ao cinema e sair satisfeito.

Sei lá, de repente essa seja a receita de filme-oscar.

[/quote']

 

bem, se Benjamin está concorrendo ao oscar, a Troca deveria concorrer, e em relação a Benjamin Button, vencer. Pois a Troca foi melhor que o misterioso caso de Benjamin Button
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Será?


By the way, nem ligo se  “A Troca” não levar com Jolie de melhor atriz, pq esta disputa com atrizes fodonas que podem estar melhor que ela.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Digo isso me referindo a Winslet. Não assisti ainda os outros filmes.

Masss, poxa vida ! Merece pelo menos levar o de  Direção de Arte ou Fotografia. Um desses (ou os dois) “A Troca” merecia!

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eu gostei, embora beeem arrastado.. valeu pelas reviravoltas, pela atuacao dos coadjuvantes e pela historia, um mezzo Erin Brokovich, Grito no Escuro e Silencio dos Inocentes..Ja a Jolie ta apenas razoavel, assim como a pirralhada. No mais, a direcao de arte e fotografia tao bem legais! Quem gosta de filme de tribunal vai curtir..

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Tem spoilers.

 

Não tem nenhuma dúvida de que o

trunfo de A Troca é o Clintão dirigindo. É bem como o Rubão falou, a

forma como ele filma as cenas faz toda a diferença, e já de cara o

troço fica bom, com aquela transição sutil do preto e branco pro

colorido. E ao longo do filme todo, vão se seguindo cenas de grande

beleza. Só de escrever esse comentário, várias me vieram à mente, desde

o advogado parecendo ter dosi metros e meio de altura quando parte pra

jugular do detetive encarregado do caso da Collins, durante o

julgamento, até os três policiais em pé observando o menino com a pá.

Enfim, o conteúdo não é ruim, longe disso. Mas a forma, ah meu Deus, a

forma, essa tem a assinatura do Clintão. E acho que isso é suficiente.

 

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É composto elegantemente e sabe como utilizar o melodrama a seu favor, alcançando forte peso durante todo seu decorrer. Além disso, a abordagem que o Eastwood adota, similar a de filmes antigos (com direito a vinheta antiga da Universal), ajuda a tornar o filme ainda mais impactante, especialmente nas cenas do sanatório que são brilhantes!

Mas A Troca tem nome e sobrenome: Angelina Jolie. Ela está monstruosa, irretocável, sua atuação consegue apelo universal desde o primeiro segundo! A atriz conseguiu se despir de sua natureza hollywoodiana e criar uma personagem real e verdadeira - e ainda destrói em certas cenas, como quando ela recebe a notícia de que seu filho foi encontrado (a expressão na cara dela é tão foda que eu quase chorei junto com ela).

 

Somando-se a isso o belo e delicado entrelaçar das duas tramas e A Troca é um dos melhores filmes de Eastwood, só perdendo para As Pontes de Madison e Menina de Ouro.
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Mas A Troca tem nome e sobrenome: Angelina Jolie. Ela está monstruosa' date=' irretocável, sua atuação consegue apelo universal desde o primeiro segundo! A atriz conseguiu se despir de sua natureza hollywoodiana e criar uma personagem real e verdadeira - e ainda destrói em certas cenas, como quando ela recebe a notícia de que seu filho foi encontrado (a expressão na cara dela é tão foda que eu quase chorei junto com ela).

 

 
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Eu acho que o filme é todo do Clint. A Jolie tá bem, embora eu não deixe de pensar o que atrizes dramáticas mais interessantes como a Jodie Foster ou a Naomi Watts fariam com o papel
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Mas A Troca tem nome e sobrenome: Angelina Jolie. Ela está monstruosa' date=' irretocável, sua atuação consegue apelo universal desde o primeiro segundo! A atriz conseguiu se despir de sua natureza hollywoodiana e criar uma personagem real e verdadeira - e ainda destrói em certas cenas, como quando ela recebe a notícia de que seu filho foi encontrado (a expressão na cara dela é tão foda que eu quase chorei junto com ela).

 

 
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Eu acho que o filme é todo do Clint. A Jolie tá bem, embora eu não deixe de pensar o que atrizes dramáticas mais interessantes como a Jodie Foster ou a Naomi Watts fariam com o papel

 

Acredito que outras atrizes poderiam fazer um trabalho melhor mesmo (a Foster já é especialista no papel de "mãe que faz de tudo pra salvar seu filho"), mas Jolie surpreende ao abraçar um papel tão difícil como esse - ainda mais, como vc e Veras disseram no tópico do Oscar, quando sua personagem vive chorando aos quatro cantos pelo filho (e ainda esse ano ela esteve péssima em Wanted). E quando surge aquele letreiro final que diz SPOILERS que ela passou a vida inteira procurando o filho, eu senti um gosto amargo que só foi possível pela atuação dela.

 

Talvez eu tenha exagerado um pouco (tinha acabado de sair da sessão quando comentei o filme), mas gostei mesmo da Jolie.
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