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Forum Cinema em Cena

John Carpenter


Dook
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É simplesmente uma das melhores críticas sociais já feitas, em roupagem de sci-fi B, e sem cair na armadilha de soar forçado, como moleques anti-USA. É um filme que diz algo, mas que também é narrativamente interessante pacas.

Toda a sequencia em que o Nada descobre o que os óculos fazem é maravilhosa, super econômica em diálogos, mais empenhada na direção e montagem, ele descobrindo aquele mundo por trás das cortinas do conformismo. Lindo, lindo, lindo.

De certa forma lembrei de "1,99 - Um Super Mercado que Vende Palavras", que eu tinha achado bom pra caralho quando vi pela primeira vez, depois ficou enfraquecido conforme fui pensando (parece moleque rebelde que só é rebelde porque acha cool ser assim), e agora fica mais pálido ainda perante obra de cinema e palavra que "Eles Vivem" é.

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 Faço minhas as palavras do Serge. Quando vi o filme pela primeira vez, achei super tosco e esquisito. Mas, já senti um quê de estranhamento e a impressão de que tinha visto o filme com "olhos errados".

 Quando o revi algum tempo depois... Cara! O filme é brilhante! E muito engraçado. No finalzinho quando mostra as pessoas no seu dia-a-dia descobrindo o verdadeira face das pessoas com quem convivem é foda e muito engraçada. A melhor prá mim é a que mostra um cara sendo cavalgado por uma ET... Tenebroso, hilário e uma crítica social (sexual) prá lá de ácida...   

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Alguém aí viu Principe das Sombras?

E então?

 Eu vi. Muito bom. Na minha opinião, um terror difícil de se ver. Gostei da fotografia e do clima claustrofóbico. Além do mais, apresenta uma história bem bolada do retorno à terra do mito bíblico do Mal supremo (Anticristo/Diabo).

 Entretanto, dos filmes do Carpenter, os que mais gosto são:

 - Enigma do Outro Mundo (clássico) smiley32.gif

 - Eles Vivem (na minha opinião, um filme subestimado)

    

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Alguém aí viu Principe das Sombras?

E então?

 Eu vi. Muito bom. Na minha opinião' date=' um terror difícil de se ver. Gostei da fotografia e do clima claustrofóbico. Além do mais, apresenta uma história bem bolada do retorno à terra do mito bíblico do Mal supremo (Anticristo/Diabo).

[/quote']

Pois é... muita gente fala bem de Príncipe das Sombras. Nunca achei em VHS por aqui e não tem em DVD no Brasil...

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 Dookan' date=' você viu "A Beira da Loucura"?

 Também é muito bom. Como já postaram aqui, a história é assustadora, interessante e muito doida! Dizem que o escritor de livros de terror da trama foi "inspirado" e uma homenagem à Stephen King.

 Se encontrar em alguma locadora, vale a pena ver!

[/quote']

Não, não vi... Estou esperando lançar em DVD...

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 Dookan, segue uma resenha inteligente e sútil do filme (retirado do site contracampo): 

O Príncipe das Sombras, de John Carpenter
linha_purp.gif
Prince of Darkness, EUA, 1987

principe.jpg

John Carpenter enfrentou sérios problemas durante a produção de seu filme anterior Os Aventureiros do Bairro Proibido (86) que culminou com a Fox tentando força-lo a cortar o filme e este se tornando um grande fracasso de público. Depois disso, Carpenter decidiu abandonar os grandes estúdios e voltar a trabalhar em projetos de baixo orçamento. Se O Enigma de Outro Mundo (82), seu primeiro filme de estúdio, pode ser visto como um momento de virada em sua carreira, o mesmo pode-se dizer de O Príncipe das Sombras.

Pela primeira vez, fica claro um projeto que se desenvolve por muitos dos filmes posteriores do diretor (Eles Vivem, Memórias do Homem Invisível, Fantasmas de Marte): uma oposição ao modelo cada vez mais reinante nos filmes dos grandes estúdios. Carpenter novamente nos apresenta a uma situação que pode levar ao fim do mundo, mas tudo é feito em um tom pequeno e discreto. A ação é limitada a um único cenário, não há explosões ou grandes destruições, apenas um grupo de pessoas com um problema nas mãos e um outro grupo formado por mendigos.

Haverá também espaço para vários dos temas e obsessões de Carpenter: um grupo acuado, igreja católica, a revolta dos excluídos, um personagem se vendo obrigado a assumir a liderança a contra gosto, outsiders, possessões e crises de identidade. Apesar disso Príncipe das Sombras parece ser apenas um grande exercício (foi desenvolvido ao mesmo tempo que Eles Vivem, sendo este outro um projeto muito mais relevante e pessoal).

Nestes termos mesmo que lhe falte um algo mais para coloca-lo entre as grandes obras do cineasta, há muito a aproveitar no filme. Um conceito interessante, o uso criativo de mensagens do futuro que chegam até os personagens através de sonhos, um clima forte (em muito ajudado por uma das melhores trilhas que Carpenter compôs) e, principalmente, um uso inteligente do espaço cinematográfico para a construção de claustrofobia.

Um momento chama a atenção. Um coadjuvante achando que tudo não passa de uma grande bobagem decide abandonar a igreja onde a ação se passa, na rua se vê cercado a distancia pelos mendigos e outro personagem já possuído. Carpenter passa a alternar planos dos outros personagens com planos bem mais abertos mostrando o homem sozinho totalmente acuado, tem-se a sensação de que até o ar entorno dele o sufoca. Arrisco dizer que trata-se de uma cena que Fritz Lang assinaria com orgulho.

A cena é o prelúdio do último ato do filme quando os personagens são separados em vários quartos diferentes e se vêem constantemente vigiados pelos possuídos que esperam a ordem para entrar em ação. Uma longa noite de espera pelo que parece uma morte certa. É justamente este entrecho que gera o maior interesse em Príncipe das Sombras que se não está entre o melhor da obra carpenteriana não deixa de ser um filme de horror perturbador e surpreendente.

Filipe Furtado - Contracampo

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O Enigma do Outro Mundo é um dos meus filmes de terror favoritos. Tem muitos elementos de ficção científica, mas para mim, está mais para o terror. A cena em que estão todos amarrados, e o personagem do Kurt Russel faz o teste de sangue para ver qual deles é o alienígena... é simplesmente uma das cenas mais tensas que já vi até hj! Pena que o Carpenter anda meio fraquinho ultimamente, mas ele fez muitos filmes ótimos.

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 Dookan, segue uma resenha inteligente e sútil do filme (retirado do site contracampo): 

O Príncipe das Sombras, de John Carpenter
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Prince of Darkness, EUA, 1987

principe.jpg

John Carpenter enfrentou sérios problemas durante a produção de seu filme anterior Os Aventureiros do Bairro Proibido (86) que culminou com a Fox tentando força-lo a cortar o filme e este se tornando um grande fracasso de público. Depois disso, Carpenter decidiu abandonar os grandes estúdios e voltar a trabalhar em projetos de baixo orçamento. Se O Enigma de Outro Mundo (82), seu primeiro filme de estúdio, pode ser visto como um momento de virada em sua carreira, o mesmo pode-se dizer de O Príncipe das Sombras.

Pela primeira vez, fica claro um projeto que se desenvolve por muitos dos filmes posteriores do diretor (Eles Vivem, Memórias do Homem Invisível, Fantasmas de Marte): uma oposição ao modelo cada vez mais reinante nos filmes dos grandes estúdios. Carpenter novamente nos apresenta a uma situação que pode levar ao fim do mundo, mas tudo é feito em um tom pequeno e discreto. A ação é limitada a um único cenário, não há explosões ou grandes destruições, apenas um grupo de pessoas com um problema nas mãos e um outro grupo formado por mendigos.

Haverá também espaço para vários dos temas e obsessões de Carpenter: um grupo acuado, igreja católica, a revolta dos excluídos, um personagem se vendo obrigado a assumir a liderança a contra gosto, outsiders, possessões e crises de identidade. Apesar disso Príncipe das Sombras parece ser apenas um grande exercício (foi desenvolvido ao mesmo tempo que Eles Vivem, sendo este outro um projeto muito mais relevante e pessoal).

Nestes termos mesmo que lhe falte um algo mais para coloca-lo entre as grandes obras do cineasta, há muito a aproveitar no filme. Um conceito interessante, o uso criativo de mensagens do futuro que chegam até os personagens através de sonhos, um clima forte (em muito ajudado por uma das melhores trilhas que Carpenter compôs) e, principalmente, um uso inteligente do espaço cinematográfico para a construção de claustrofobia.

Um momento chama a atenção. Um coadjuvante achando que tudo não passa de uma grande bobagem decide abandonar a igreja onde a ação se passa, na rua se vê cercado a distancia pelos mendigos e outro personagem já possuído. Carpenter passa a alternar planos dos outros personagens com planos bem mais abertos mostrando o homem sozinho totalmente acuado, tem-se a sensação de que até o ar entorno dele o sufoca. Arrisco dizer que trata-se de uma cena que Fritz Lang assinaria com orgulho.

A cena é o prelúdio do último ato do filme quando os personagens são separados em vários quartos diferentes e se vêem constantemente vigiados pelos possuídos que esperam a ordem para entrar em ação. Uma longa noite de espera pelo que parece uma morte certa. É justamente este entrecho que gera o maior interesse em Príncipe das Sombras que se não está entre o melhor da obra carpenteriana não deixa de ser um filme de horror perturbador e surpreendente.

Filipe Furtado - Contracampo

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Muito interessante... Fico cada vez mais interessado. smiley4.gif

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"Prince of Darkness"; dir: John Carpenter - 7/10

Como quase todo John Carpenter, consegue ser interessante do começo ao fim - mas aqui temos algumas tolices, como o Dennis Dun (o parceiro do Kurt em "Aventureiros do Bairro Proibido") dando uma de alívio cômico forçado um bom número de vezes, ainda mais próximo do fim, que é quando o capeta bota os chifres pra fora no filme - a propósito, a partir de certo momento começa a lembrar um pouco uma mistura de "O Bebê de Rosemary" mais gráfico com "Assalto a 13ª DP" (outro Carpenter), e isso é um grande elogio, creio.

Por falar nisso, o diabo em pessoa sendo libertado, puxado pela mão de uma dimensão para outra, é coisa meio perturbadora. Melhor momento do filme, claro.

E, sim, é uma das melhores trilhas do Carpenter.

P.S.: o Alice Cooper faz um cara de rua dominado por forças malignas, hehehe.

P.P.S.: o Pleasence tem aqui uma das melhores atuações dele que eu já vi.

Serge Hall38744.0392476852
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"Starman"; dir: John Carpenter - 7/10

É um dos melhores do Carpenter que pega na questão da identidade. Jeff Bridges em atuação sensacional como o homem das estrelas do título e um final simpático que lembra uma vesão romance do fim de "E.T." - quem tem, claro, suas similaridades, tanto que a Columbia optou por conceber o do Spielberg primeiro.

O que incomodou foi o ritmo, meio truncado na relação paralela do et com Jenny e o cientista investigando sua vinda a Terra. A trilha (que dessa vez não é do Carpenter) às vezes é legal, às vezes breguinha de dar dó.

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Estava ouvindo as trilhas sonoras do Ennio Morricone quando vi a trilha do The Thing no meio. Aí fui ler a respeito, e o próprio Ennio se baseou nas trilhas sonoras do carpenter. E realmente, o tema lembra bastante outros do john. Muito foda...deu vontade de ver o filme de novo só por causa da trilha.smiley17.gif

Conan o bárbaro2006-2-7 22:8:28
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  • 2 weeks later...
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"Christine"; dir: John Carpenter - 6/10

(Revisto depois de muito tempo)

Dos mais antigos do Carpenter, é o que menos me empolgo. Os personagens mesmo eu não gosto muito, apesar do Carpenter fazer boas brincadeiras com os clichezinhos de filmes de colégio.

Mas as cenas com Christine são todas muito boas, em especial as alusões sexuais que o Carpenter vira e mexe faz (tipo no fim, quando o ex-nerd, dono de Christine, faz uma rápida siririca no "V" do carro, imagem que acaba simulando e estabelecendo uma vagina no carro).

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