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Maria Antonieta


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Conan...

Sofia pode sim realizar um filme mediano... Mas, o que eu estou defendendo neste tópico é que 'Marie Antoinette' nunca será uma película medíocre (No meu ponto de vista, é claro). É lógico que eu irei me contentar com as críticas positivas, já que apresentam uma visão semelhante à minha e falar mal das negativas (pois, algumas são dotadas de gafes deprimentes). É algo natural. Defendo Marie Antoinette com unhas e dentes. E para aqueles que não gostaram... A maioria, Conan, reclama da abordagem feita. E, desta forma, creio que não pegaram a verdadeira essência. E recomendo uma reassistida... Para tentar assistir ao filme com outros olhos, como o usuário maximum fez.

 

Eu defendo argumentos palpáveis... Mas a principal crítica ao filme é que ele é vazio, que parece mais um desfile de escola de samba, e que o roteiro é furado. Dessa forma, eu creio que essas pessoas não captaram o que Sofia queria transmitir.

 

É natural, amigo.

 

Abraços,
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Assisti ao filme novamente ontem... E, estou perto de achar que é uma Obra-Prima. Simplesmente fenomenal.

 

Mas, desta vez, assisti à película mais atentamente... E não pude deixar de perceber um erro de continuidade no final.

 

[spoilerS]

 

Quando estão fugindo de Versailles... A carruagem está passando pela Alameda dos Limoeiros... E Marie começa a olhar da janela. De repente há um corte... E Luís começa a conversar com ela... Quando corta novamente, mostra só a paisagem da carruagem andando apressadamente e se afastando da alameda... Mas, depois, há um novo corte... E mostra Marie olhando para fora... E, a carruagem ainda está no meio da alameda! Achei um erro um tanto grave... Enfim..

 

Mais alguém reparou?

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Assisti hoje. É um filme legal. Impressiona pelo intimismo da diretora. (Nesse ponto é bastante interessante) Mas não vai muito além disso. É um bom divertimento e uma boa vitrine para o trabalho do figurinista.

 

Discordo. Hehehehehehe. 08

 

Então. Na minha opinião' date=' Milena Caronero não precisa provar seu talento, já que ele já havia sido comprovado em Barry Lyndon e Laranja Mecânica.

 

E não vi o filme como um bom entreteinimento. O enxerguei como um filme indie artístico. Possui características muito peculiares para ser somente um divertimento. Enfim... Minha opinião.

 

 
[/quote']

 

Não disse que a Caronero precisava provar seu talento. Isso já está mais do que provado pelos vários prêmios que ela recebeu. Disse que o filme era uma boa vitrine para o trabalho dela [talvez um dos mais belos da carreira dela, diga-se de pasagem].

 

Outro ponto positivo foi a escolha da atriz. Kirsten Dunst muito boa. Ela faz parte do grupo das jovens atrizes que realmente trabalham bem. Ela é ótima.

 

O filme também tem uma trilha sonora ótima e pertinente para o que Coppola queria fazer.

 

Mas o filme não passa muito de ser uma visão da diretora, que deixa o espectador tão à margem de tudo. Ele não envolve nem emociona. Só passa. E é interessante vê-lo passar, na verdade. Muito interessante. Mas não o torna em um OP.

 

Opinião, claro.

 

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Eu achei "Maria Antonieta" ****, quase ***. Não gostei muito da Kirsten Dunst, da Sofia Coppola. Se tivesse que dar nota pra elas daria 5 para ambas. Já o Jason Schwartzman alcança ao ridículo nessa sua caracterização. Maria Antonieta é um filme um pouquinho atirado e muito supositório, por tentar mostrar algo nunca deve ter acontecido. Além de tratar a personagem-título como uma adolescente mimada. Mesmo assim, os aspectos técnicos salvam o filme, em especial os figurinos que são deslumbrantes.

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O pessoal do fórum boicotou o filme' date=' hein? Quase ninguém viu. Aliás, até o Pablo, que achou uma GRANDE PORCARIA, não postou sua crítica. [img']http://www.cinemaemcena.com.br/forum/smileys/06.gif" height="17" width="17" align="absmiddle" alt="06" />

 

 

 

Ele não postou, provavelmente porque não reviu o filme.bern@rdo2007-03-27 19:18:45

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Um filme bastante interessante, fazendo o uso dos olhares de seus personagens e de inúmeros momentos de silêncio para contar a sua história. Entretanto, achei a segunda metade um pouco boring com uma dispensável relação amorosa entre a protagonista e o tal conde sueco. No mais, trilha sonora fantástica e a cena do All Star é antológica. Inferior a Lost in Translation, mas uma pequena jóia da Sofia ainda assim.

 

****
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Um filme bastante interessante' date=' fazendo o uso dos olhares de seus personagens e de inúmeros momentos de silêncio para contar a sua história. Entretanto, achei a segunda metade um pouco boring com uma dispensável relação amorosa entre a protagonista e o tal conde sueco. No mais, trilha sonora fantástica e a cena do All Star é antológica. Inferior a Lost in Translation, mas uma pequena jóia da Sofia ainda assim.

 

****
[/quote']

 

Concordo que a relação com o sueco foi realmente desnecessária
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Essa foi a única coisa que eu não gostei muito, mas não me incomodou também até porque ocupou pouco espaço do filme. Só acho que não se encaixou muito na parte onde inseriram essas cenas, não sei se é porque a personagem já tinha sofrido várias mudanças e pareceu uma regressão ou impressão minha mesmo.

 

Mas depois dessa parte vieram os 20 minutos finais que pra mim são fantásticos, valeram por tudo.
Beckin Lohan2007-03-28 14:13:36
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O que eu estranhei é que esse relacionamento surgiu depois que as coisas começaram a funcionar para ela... Ela tava bem com o marido, teve os filhos e tava tudo certo... Qual a razão de uma relação extra conjugal naquele ponto da história? Ainda se o marido descobrisse (o que tornaria o filme um novelão insuportável) vá lá...

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Referente ao caso, acho que a Sofia quiz mostrar tudo o que podia sobre

a Maria Antonieta, mas ao tentar retratar a princesa de uma maneira

diferente do que os Franceses a vêem acabou ficando sem sentido o do pq

ela tinha um caso.

 

Na história verdadeira a fortes indicios que ela tinha um caso com o

conde Sueco, pelo menos os afair entre eles indicava isso e no diário

dele a relatos de uma amante no qual ele usava um piseudominio para

identificar.

 

 

 

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Tudo bem, entendi... mas qual a finalidade desse affair naquele momento da história do filme (não confundir com a razão do affair na vida real)? A Sofia vinha ali mostrando uma visão peculiar sobre uma PERSONAGEM que, por acaso, existiu. Fidelidade histórica não é a força motriz ali (tanto é que ela me coloca um All Star ao lado de vários sapatos de época em determinada cena).

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O affair de Marie tem mais significado do que aparenta.

 

Primeiramente, se remete à história da personagem. Tudo bem... Sofia não quis fazer uma cinebiografia, mas é através deste fato que ela demonstra a rebeldia da personagem. O interesse por outro homem, que, por satisfazer a personagem sexualmente, acaba por despertar uma suposta paixão.

 

Mas, vamos deixar a coisa bem clara! Não estava 'tudo bem' entre Luís e Marie. É até estranho citarem isso, pois, após o nascimento da primeira filha, parece que aí se consilida o fato de os dois não estarem contentes.

 

O filho era uma obrigação. E os dois estavam atrelados à isso. Como pode haver amor em um casamento arranjado? Há boatos que Luís deu o Petit Trianon para Marie como uma forma de isolá-la. E aí que entra... O casamento era frustrado... Quando Maria recebe o seu pequeno palácio, ela acaba se ilosando completamente, até ser alertada que isso estaria incomodando certos nobres. O Petit Trianon foi exatamente a forma de demonstrar que o casamento era falido. Isolada, Luís raramente visitou sua esposa. Assim, quando o Conde aparece novamente, ela encontra uma forma de se satisfazer sexualmente (já que seu marido não proporcionava isso. O seu relacionamento era algo necessário, para gerar herdeiros). Tanto que há uma carta em que Marie expressava o desejo de fugir com Fersen. Impossibilitada, retorna a conviver em Versailles e tenta consolidar algo com Luís até o nascimento do filho homem... E como era comum tentar ter mais de um filho homem (como o possível substituto do mais velho), surge a terceira tentativa de engravidar. O relacionamento dos dois era, digamos, completamente profissional.

 

Basta ver em diversas passagens do filme que, realmente, não eram jovens apaixonados (Como na cena, a qual, Luís XVI recusa-se a ir ver o por-do-sol).

 

Concluindo... Os dois não eram felizes no casamento. Com o passar do tempo, com a sua frustração e sem saídas, ela decide ficar ao lado do marido. E foi necessária a inclusão do personagem para demonstrar isso. Ela estava com Luís por pura obrigação (Podemos ver, também, em várias cenas que ela expressa o desejo de voltar para Austria).

 

Abraços,
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Ahhh. E completando.. O próprio affair tem ar de grande sátira à Hollywood. A cena a qual Marie idealiza a imagem de Conde é deveras provocativa. Gostei muito. Aliás, se o caso não fosse retratado, uma das minhas cenas favoritas do filme não seria gravada. 04

 

É de arrepiar, quando Marie corre pelo corredor de Versailles ao som de The Strokese chega em seu quarto, deitando-se na cama demonstrando uma mescla de sentimentos: ilusão, arrependimento, entre outros.
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Achei o filme brilhante. Vi influências gigantescas de Kubrick nele. Impressionante. Gerou uma bela discussão pós-filmes. Para mim, o melhor Coppola até agora. Que cineasta de bom gosto, elegante. As elipses são talvez, a jóia do filme e da sua proposta. Um filme q não é sobre personagens, é sobre situações, fatos. Muitíssimo fiel ao livro. 10FeCamargo2007-03-31 08:52:06

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O affair de Marie tem mais significado do que aparenta.

 

Primeiramente' date=' se remete à história da personagem. Tudo bem... Sofia não quis fazer uma cinebiografia, mas é através deste fato que ela demonstra a rebeldia da personagem. O interesse por outro homem, que, por satisfazer a personagem sexualmente, acaba por despertar uma suposta paixão.

 

Mas, vamos deixar a coisa bem clara! Não estava 'tudo bem' entre Luís e Marie. É até estranho citarem isso, pois, após o nascimento da primeira filha, parece que aí se consilida o fato de os dois não estarem contentes.

 

O filho era uma obrigação. E os dois estavam atrelados à isso. Como pode haver amor em um casamento arranjado? Há boatos que Luís deu o Petit Trianon para Marie como uma forma de isolá-la. E aí que entra... O casamento era frustrado... Quando Maria recebe o seu pequeno palácio, ela acaba se ilosando completamente, até ser alertada que isso estaria incomodando certos nobres. O Petit Trianon foi exatamente a forma de demonstrar que o casamento era falido. Isolada, Luís raramente visitou sua esposa. Assim, quando o Conde aparece novamente, ela encontra uma forma de se satisfazer sexualmente (já que seu marido não proporcionava isso. O seu relacionamento era algo necessário, para gerar herdeiros). Tanto que há uma carta em que Marie expressava o desejo de fugir com Fersen. Impossibilitada, retorna a conviver em Versailles e tenta consolidar algo com Luís até o nascimento do filho homem... E como era comum tentar ter mais de um filho homem (como o possível substituto do mais velho), surge a terceira tentativa de engravidar. O relacionamento dos dois era, digamos, completamente profissional.

 

Basta ver em diversas passagens do filme que, realmente, não eram jovens apaixonados (Como na cena, a qual, Luís XVI recusa-se a ir ver o por-do-sol).

 

Concluindo... Os dois não eram felizes no casamento. Com o passar do tempo, com a sua frustração e sem saídas, ela decide ficar ao lado do marido. E foi necessária a inclusão do personagem para demonstrar isso. Ela estava com Luís por pura obrigação (Podemos ver, também, em várias cenas que ela expressa o desejo de voltar para Austria).

 

Abraços,
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Sorry, vimos dois filmes diferentes... Após o nascimento da menina, Maria Antonieta não demonstra mais aquela infelicidade que mostrava no início... E outra: naquela época, os casais não ficavam se agarrando e demonstrando paixão mútua em público. Era uma época excessivamente cortês e formal... fico imaginando como as pessoas faziam sexo nessa época...  
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Ahhh. E completando.. O próprio affair tem ar de grande sátira à Hollywood. A cena a qual Marie idealiza a imagem de Conde é deveras provocativa. Gostei muito. Aliás' date=' se o caso não fosse retratado, uma das minhas cenas favoritas do filme não seria gravada. 04 [/quote']

 

Pode até ser sátira, mas até agora não vi uma relação harmoniosa entre o caso dela com a narrativa... Me pareceu algo intrusivo apenas para se manter fiel aos 'fatos'...
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Sorry, vimos dois filmes diferentes... Após o nascimento da menina, Maria Antonieta não demonstra mais aquela infelicidade que mostrava no início... E outra: naquela época, os casais não ficavam se agarrando e demonstrando paixão mútua em público. Era uma época excessivamente cortês e formal... fico imaginando como as pessoas faziam sexo nessa época...

 

Certo. Ela não demonstra mais aquela infelicidade. Mas, infelicidade em relação à o que? Ao casamento? Eu não teria tanta certeza. Marie Antoinette se não concedesse um filho poderia ser expulsa da Corte Francesa e obrigada a voltar para a Aústria, o que, futuramente, até poderia gerar uma guerra. Ela ficou feliz por ter tido esse alívio. A cobrança era tamanha, e a imagem dela entre a nobreza não era uma das melhores. Em momento algum a sua felicidade se transmite através de seu relacionamento.

 

E Dook. Você acaba de se contradizer. Se a relação entre Marie e Luís XVI era algo totalmente formal, não faria totalmente sentido incluir no filme o seu relacionamento com o Conde Fersen, o oposto dessa formalidade? A relação entre ela e o Conde foi algo totalmente escapista e se raciocinarmos com mais delicadeza, faraá totalmente sentido. 03
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nota 10, como os outros 2 filmes dela (inclusive Encontros e Desencontros é meu filme favorito).

 

melhor diretora/roteirista da atualidade... a única coisa que quero comentar é o fato da trilha sonora que não agradou alguns, mas acho esse um dos pontos altos dos filmes dela (a trilha do Encontros e Desencotros é absurda... 3 músicas do My Bloody Valentine, Jesus And Mary Chain, aquilo que eu ouvi a vida inteira em um filme). achei uma grande ousadia ela colocaria músicas modernas em um filme de época (Marie Antoinette).

 

 

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Difícil explicar a percepção do filme, o quanto ele me agradou. Achei fantástico o fato de Sofia Coppola fugir do esquema clássico de cinebiografias e/ou filmes de época, e ainda assim não perder determinadas características importantes para o andamento da história.

Bacana ela não se perder na própria subeversão do "gênero", dela não se diminuir diante da história e fazer de sua protagonista (e dos fatos em questão) um dos elementos necessários para mostrar o que ela quer dizer em seus filmes. MARIA ANTONIETA é assinado por Sofia Coppola, do início ao fim. Ela bebe em muitas fontes (como disse o FeCamargo, o filme tem muito de Kubrick e seu Barry Lyndon, apesar do emprego diferente _e interessante_ do zoom por parte de Coppola e tem também Terrence Malick em certas concepções visuais, em determinadas partes em que a voz da burguesia é "ouvida") mas se mostra lá, em cada ação e cada situação de deslocamento de sua protagonista. Ela mostra o show da corte mas não deixa de mostrar o incômodo de pertencer a determinado nicho, questão recorrente em suas obras anteriores.

 

Que beleza Kirsten Dunst, belíssima e esbanjando carisma em cada frame, levando e conduzindo o filme da maneira mais adequada que poderia: nem sempre segura, mas sempre em busca de algo.

E Jason Schwartzman me fez rir em cada aparição (até o ato final, claro), mostrando novamente sua incrível capacidade cômica (e eu não entendi o povo da minha sessão; eu e uma amiga rolando de rir em determinadas cenas e o restante quase impassível).

 

Era tudo muito superficial, mas em toda superfície é possível encontrar uma brecha para se adentrar e, quem sabe, chegar em algum lugar. Belos métodos os de Sofia, perfeito desfecho!
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Difícil explicar a percepção do filme' date=' o quanto ele me agradou. Achei fantástico o fato de Sofia Coppola fugir do esquema clássico de cinebiografias e/ou filmes de época, e ainda assim não perder determinadas características importantes para o andamento da história.

Bacana ela não se perder na própria subeversão do "gênero", dela não se diminuir diante da história e fazer de sua protagonista (e dos fatos em questão) um dos elementos necessários para mostrar o que ela quer dizer em seus filmes. MARIA ANTONIETA é assinado por Sofia Coppola, do início ao fim. Ela bebe em muitas fontes (como disse o FeCamargo, o filme tem muito de Kubrick e seu Barry Lyndon, apesar do emprego diferente _e interessante_ do zoom por parte de Coppola e tem também Terrence Malick em certas concepções visuais, em determinadas partes em que a voz da burguesia é "ouvida") mas se mostra lá, em cada ação e cada situação de deslocamento de sua protagonista. Ela mostra o show da corte mas não deixa de mostrar o incômodo de pertencer a determinado nicho, questão recorrente em suas obras anteriores.

 

Que beleza Kirsten Dunst, belíssima e esbanjando carisma em cada frame, levando e conduzindo o filme da maneira mais adequada que poderia: nem sempre segura, mas sempre em busca de algo.

E Jason Schwartzman me fez rir em cada aparição (até o ato final, claro), mostrando novamente sua incrível capacidade cômica (e eu não entendi o povo da minha sessão; eu e uma amiga rolando de rir em determinadas cenas e o restante quase impassível).

 

Era tudo muito superficial, mas em toda superfície é possível encontrar uma brecha para se adentrar e, quem sabe, chegar em algum lugar. Belos métodos os de Sofia, perfeito desfecho!
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É interessante constatar que Sofia deve ser a única cineasta hoje em atividade (não lembro de nenhum outro nome) que consegue profundidade a partir da superficialidade...
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Difícil explicar a percepção do filme' date=' o quanto ele me agradou. Achei fantástico o fato de Sofia Coppola fugir do esquema clássico de cinebiografias e/ou filmes de época, e ainda assim não perder determinadas características importantes para o andamento da história.

Bacana ela não se perder na própria subeversão do "gênero", dela não se diminuir diante da história e fazer de sua protagonista (e dos fatos em questão) um dos elementos necessários para mostrar o que ela quer dizer em seus filmes. MARIA ANTONIETA é assinado por Sofia Coppola, do início ao fim. Ela bebe em muitas fontes (como disse o FeCamargo, o filme tem muito de Kubrick e seu Barry Lyndon, apesar do emprego diferente _e interessante_ do zoom por parte de Coppola e tem também Terrence Malick em certas concepções visuais, em determinadas partes em que a voz da burguesia é "ouvida") mas se mostra lá, em cada ação e cada situação de deslocamento de sua protagonista. Ela mostra o show da corte mas não deixa de mostrar o incômodo de pertencer a determinado nicho, questão recorrente em suas obras anteriores.

 

Que beleza Kirsten Dunst, belíssima e esbanjando carisma em cada frame, levando e conduzindo o filme da maneira mais adequada que poderia: nem sempre segura, mas sempre em busca de algo.

E Jason Schwartzman me fez rir em cada aparição (até o ato final, claro), mostrando novamente sua incrível capacidade cômica (e eu não entendi o povo da minha sessão; eu e uma amiga rolando de rir em determinadas cenas e o restante quase impassível).

 

Era tudo muito superficial, mas em toda superfície é possível encontrar uma brecha para se adentrar e, quem sabe, chegar em algum lugar. Belos métodos os de Sofia, perfeito desfecho!
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É interessante constatar que Sofia deve ser a única cineasta hoje em atividade (não lembro de nenhum outro nome) que consegue profundidade a partir da superficialidade...

 

De fato. Bela frase, Dook. 03
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