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Forum Cinema em Cena

Tree of Life, de Terrence Malick


-felipe-
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Acho que foi até obvio a meu ver que o filme já deixa claro que se trata sobre a vida ao mostra o surgimento dela. Agora quem não entendeu infelizmente ou não estava prestando atenção ou nunca teve aulas de biologia ou acredita no criacionismo. Outra dica está até no nome do filme Árvore da Vida que faz referencia a genealogia ou Árvore Genealógica, seus antepassados, seus descendentes desde o primeiro organismo vivo. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Plutão Orco2011-08-23 23:51:08
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Acho que foi até obvio a meu ver que o filme já deixa claro que se trata sobre a vida ao mostra o surgimento dela. Agora quem não entendeu infelizmente ou não estava prestando atenção ou nunca teve aulas de biologia ou acredita no criacionismo. Outra dica está até no nome do filme Árvore da Vida que faz referencia a genealogia ou Árvore Genealógica' date=' seus antepassados, seus descendentes desde o primeiro organismo vivo.

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hmmmm...eu já acho que o filme nao se limita apenas à biologia...há muito de religião nas entrelinhas desse filme.....o filme todo é permeado por uma "espiritualidade" que parece querer manifestar-se escancaradamente diante das câmeras, mas que fica apenas na sugestão...é como se Deus estivesse ali o tempo todo, apenas sendo questionado, contemplando, sem nunca dar uma resposta satisfatória às indagações da narrativa....

 

ps.: Segundo a Bíblia, a

Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais que Deus colocou

no centro do jardim chamado Éden. A outra é a "Árvore do

Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois

Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.

crazy2011-08-24 10:04:32

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Alpendre também chamou Super 8 de brega. Só pensa em breguice. Então' date=' ele é brega.

 

 

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Pois é... eu estava pensando justamente nisso... Chamar tudo de brega talvez seja um mecanismo de defesa que o ajude a lidar com o possível fato de que ele é brega.

 

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Concordo' date=' mas essa espiritualidade está no enfoque da vida, não está explicando a vida ou dando sentido a ela, na verdade, eu vejo mais como o contrário.

 

 

 

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mas de onde vem a vida? biologicamente? criacionalmente? independente de onde, ou quando se iniciou a vida nesse planeta (ou no universo) fatalmente biologia e criacionismo vao se cruzar em certo ponto....creio que malick não quis ir muito a fundo nesse balaio de gato (ciência X religião), pois o objetivo do filme não era esse....ele apenas pincelou esses temas ao longo do filme....o aprofundamento é do espectador...

crazy2011-08-24 10:12:18

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Pra mim o filme não defende tese nenhuma sobre nada e talvez esse seja o seu trunfo mais poderoso. Ele questiona a existência das coisas o tempo todo sem, no entanto, apontar um caminho fácil para as respostas. Isso não me incomodou (lembrei até do que eu senti quando assisti Morangos Silvestres, uma vez que o personagem central é questionado o filme inteiro acerca das consequências de sua postura diante da vida), pelo contrário: só me fez refletir sobre o caminho que estou seguindo, sobre os significados das coisas pelas quais estou lutando. O que pega pra mim aqui talvez seja o método que ele usou pra isso. A objetividade do tema é clara mas a subjetividade dos meios que ele usou pra chegar onde queria me incomodou um pouco. Acho que as cenas "NatGeo", por exemplo, poderiam ter um outro contexto, fazer parte da vida daqueles personagens de alguma forma e não simplesmente terem sido apresentadas como foram. Plasticamente são espetaculares mas acho que o foco se perdeu ali. Mas talvez, também, tenham me incomodado porque mexem com conceitos meus, coisas nas quais não acredito, teorias e afins...Por isso digo que não é um aspecto negativo do filme nem o torna ruim. Só é uma escolha que eu não teria feito. Isso não significa que o filme seja brega ou limitado. É que as escolhas foram muito complexas mesmo. bs11ns2011-08-24 10:32:23

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Acho que foi até obvio a meu ver que o filme já deixa claro que se trata sobre a vida ao mostra o surgimento dela. Agora quem não entendeu infelizmente ou não estava prestando atenção ou nunca teve aulas de biologia ou acredita no criacionismo. Outra dica está até no nome do filme Árvore da Vida que faz referencia a genealogia ou Árvore Genealógica' date=' seus antepassados, seus descendentes desde o primeiro organismo vivo.

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hmmmm...eu já acho que o filme nao se limita apenas à biologia...há muito de religião nas entrelinhas desse filme.....o filme todo é permeado por uma "espiritualidade" que parece querer manifestar-se escancaradamente diante das câmeras, mas que fica apenas na sugestão...é como se Deus estivesse ali o tempo todo, apenas sendo questionado, contemplando, sem nunca dar uma resposta satisfatória às indagações da narrativa....

ps.: Segundo a Bíblia, a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais que Deus colocou no centro do jardim chamado Éden. A outra é a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.

 

Claro que o filme não se limita à biologia e cosmologia. Tanto que o começo o filme mostra que existe dois caminhos o da graça e o da natureza. Contudo o caminho da graça ou o divino no filme especialmente nos minutos finais ficou muito caricato. O lado da espiritualidade a meu ver foi o ponto de vista do autor, por isto que não gostei tanto como muitos. Já a parte da natureza explicando através de imagens a origem das coisas foi uma das coisas mais bem feitas. A cena da mãe voando foi desnecessária, a do encontro dos entes queridos idem. Só ao mostra da maneira como foi mostrado no começo com o mundo primitivo já mostrava o divino no meu ponto de vista e de maneira mais universal. Afinal nem todas as culturas acreditam em “reencontro” no pos vida. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Para mim o maior trunfo do filme foi ligar a vida de tudo e todos com o princípio das coisas uma espécie de panteísmo. Por isto que citei a árvore da genealógica dos seres vivos como sendo a referencia do filme. E também por isto que achei desnecessária a visão do pós vida já que deixou pelo menos pra mim claro valores panteístas que remetem o divino o tempo todo. O criador no filme esta em todas as coisas o criador é a criatura e vise e versa especialmente vemos isto na relação pai e filho.

Plutão Orco2011-08-24 13:30:48
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mas de onde vem a vida? biologicamente? criacionalmente? independente de onde' date=' ou quando se iniciou a vida nesse planeta (ou no universo) fatalmente biologia e criacionismo vao se cruzar em certo ponto....creio que malick não quis ir muito a fundo nesse balaio de gato (ciência X religião), pois o objetivo do filme não era esse....ele apenas pincelou esses temas ao longo do filme....o aprofundamento é do espectador...[/quote']

 

 

 

ai é que está, eu acho que o filme não fez essa discussão, em nenhum momento o filme pôs as duas perspectivas lado a lado.

 

 

 

O que o filme fez foi falar da magia que é a vida, e que isso já é divino. Se há um sentido pra vida, se há uma divindade ou não, a vida per si já é a maior obra de tal criador, já é fazer criação, já é a máxima, logo a vida é um destino. Em nenhum momento o filme discute se a vida tem um destino ou não, muito pelo contrário, se há destino é porque há vida, e mesmo que não haja destino, ainda haverá a vida. Na verdade em nenhum momento o filme procura dar respostas, ele apenas expõe o poder que é a vida, e isso é bastante evidente no seu surgimento, nas bactérias primitivas fagocitando seu nutriente, no dinossauro, nos próprios acontecimentos vívidos da terra, da Natureza, a arvore ali sempre presente, sempre tendo foco especial no filme.

 

 

 

E eu vi Deus presente em cada momento da vida, ele era "presente na sua ausência". Diferentemente do pai O´Brien que era presente, mas incoerente. E é essa força paterna, a devoção espiritual materna, o bravio desabrochar dos adolescentes,... é isso que é divino, é nessas relações com os outros que se mostra a vida tão sublime.E ai veio o final em que o Paraíso seria a vida se reencontrando, e não fisicamente, mas conscientemente, ciente do valor desse encontro.

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  • 2 weeks later...
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Repensando algumas cenas do filme, não sei onde há esse autoritarismo todo do pai que muitos vem falado. Penso que, se a mãe representava o amor que os filhos tinham que ter pelas coisas e pelos outros, o pai certamente representava a vida lá fora que os esperava depois da maturidade: dura, implacável, que não tolera falhas ou tolos.

 

Neste sentido, o papel do pai é importantíssimo, pois mostra já para a criança, dentro de casa, que a vida pode ser doce, mas definitivamente não é mole.

 

 

 

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Nem o pai é tão severo, nem a mãe é tão santa. Esta, aliás, tem como principal falha de caráter a dificuldade de se impor na família, tarefa que o pai acaba assumindo de forma um tanto rude. Esse impasse entre os dissabores da "vida real" em contraste com a comunhão com a natureza está presente em toda a obra de Malick, sem exceções. Não sei porque as pessoas vêm simplificando tanto o filme considerando as atitudes do pai e da mãe como completamente estóicas, o que diminui a força dos personagens e do filme. E percebam que Malick jamais julga seus personagens (em todos seus filmes) em virtude destes contrates.

 

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Repensando algumas cenas do filme' date=' não sei onde há esse autoritarismo todo do pai que muitos vem falado. Penso que, se a mãe representava o amor que os filhos tinham que ter pelas coisas e pelos outros, o pai certamente representava a vida lá fora que os esperava depois da maturidade: dura, implacável, que não tolera falhas ou tolos. Neste sentido, o papel do pai é importantíssimo, pois mostra já para a criança, dentro de casa, que a vida pode ser doce, mas definitivamente não é mole.

 

 

 

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O Pai é autoritário, mas não é insensível, e e muito menos ausente.

 

 

 

a exigência de regras sem motivo, que ele mesmo quebrava, como o silêncio na mesa, e ele falando.

 

 

 

É como o próprio pai falou, ele queria um filho forte, mas esqueceu de curtir o amor que sentia do filho. Ele ficou muito preocupado com o futuro e não se preocupou tanto com os momentos que eles tinham juntos naquele presente.

 

 

 

Em contra-partida o O´Brien father conseguia o respeito, e a aceitação da educação, através de um regime um pouco ríspido. Porém, essa educação era mais para fazer os moleques odecerem e respeitarem a autoridade do pai do que seguir as regras piamente, uma vez que nem o pai as seguia.

 

 

 

Eu considero o O´Brien um bom pai, por mais que não ache necessário o rigor de uma conduta para a educação e transformação de um filho.

 

 

 

Mas o que é mais sublime é justamente o contraste entre a mãe e o pai.Gustavo Adler2011-09-03 14:50:20

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Acabei de ver A árvore da Vida, sai do cinema e refleti sobre a

intenção do cineasta em mostrar o sentido da vida para o público. Até

que conclui que o que ele busca não é mostrar o sentido que a vida tem,

mas sim a falta de sentido que a move. A vida segue seu curso, o que

Deus dá, Deus tira. Enfim, um belo filme, que merece ser visto sem

preocupar-se em entendê-lo, afinal, nem tudo que acontece conosco pode

ser entendido, muitas vezes pode ser apenas vivenciado.

 

Nota 9,5

 

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Uma cena que eu tenho pensado bastante é a do dinossauro, já no fim da formação do universo.

 

Ali me deu muito a impressão que o Malick estava sendo irônico, já que a consciência pela dor alheia definitivamente não é algo instintivo, e sim uma das características que diferenciam o homem de outros animais. Mostrando algo que um dinossauro não faria, ele causa uma certa estranheza e acentua o debate.

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Nem o pai é tão severo' date=' nem a mãe é tão santa. Esta, aliás, tem como principal falha de caráter a dificuldade de se impor na família, tarefa que o pai acaba assumindo de forma um tanto rude. Esse impasse entre os dissabores da "vida real" em contraste com a comunhão com a natureza está presente em toda a obra de Malick, sem exceções. Não sei porque as pessoas vêm simplificando tanto o filme considerando as atitudes do pai e da mãe como completamente estóicas, o que diminui a força dos personagens e do filme. E percebam que Malick jamais julga seus personagens (em todos seus filmes) em virtude destes contrates.

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Exatamente.

 

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Uma cena que eu tenho pensado bastante é a do dinossauro' date=' já no fim da formação do universo.

 

Ali me deu muito a impressão que o Malick estava sendo irônico, já que a consciência pela dor alheia definitivamente não é algo instintivo, e sim uma das características que diferenciam o homem de outros animais. Mostrando algo que um dinossauro não faria, ele causa uma certa estranheza e acentua o debate.[/quote']

 

 

 

Na verdade muitos animais, répteis a mamíferos, tem um comportamento de fuga de stress inato que é fingir-se de morto. Quando um predador vem para pega-lo, o animal fica parado, estatelado no chão. O predador vai pensar que ele está morto e vai desistir. Isso chama-se tanatose. Os gambás brasileiros fazem muito isso.

 

 

 

Talvez tenha sido isso que o Malick tenha explorado pra causar a ironia.

 

 

 

Mas também há artigos que desmentem certas máximas:

 

Jules Masserman, Stanley Wechkin, and William Terris (1964). `Altruistic' Behavior in Rhesus Monkeys. American Journal of Psychiatry vol. 121, pp. 584-585. http://www.madisonmonkeys.com/masserman.pdfGustavo Adler2011-09-05 12:26:56

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