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Inimigos Públicos (Public Enemies)


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Primeiramente sou obrigado a dizer: putaqueopariu que imagem! Nunca vi tamanha perfeição em uma tela de cinema... nem nos experimentos anteriores de Michael Mann com a câmera digital...

 

Dito isso... posso dizer que independentemente dessa excelência técnica, temos um filmão. Com certeza o carisma que Johnny Depp coloca no personagem (e ser carismático não significa estar sorrindo o tempo todo... até porque Dillinger é na maior parte do tempo um sujeito sério) ajuda na cumplicidade que o filme nos leva a ter no protagonista. Mas o filme todo é bem construído, a cada 15 minutos há uma sequencia de prender na cadeira. O final, no cinema, é de quase chorar... Cheiro de clássico no ar...

 

PS: Putaqueopariu que imagem!!
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SPOILERS

 

algo que eu havia esquecido de comentar. gosto da atitude do Mann em "poupar" o capanga que esmurra a Billie, claro que todos ficamos com sangue nos olhos, torcendo pra que o Dillinger estripasse o dito, mas essa solução é bem "fácil", ainda mais se tratando de filmes com essa temática. lembro-me que Billie durante o interrogatório ainda afirma algo no sentido de amedontrar o cara, algo como "espere até Johnny descobrir o que você fez com a sua garota", confesso que aí tremi, já vislumbrando o bom e velho clichê da vingança do bandidão implacável quando mexem com sua garota, mas o Mann não me decepciona nunca, impressionante.

batgody2009-07-30 20:09:08

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Interessante e muito bem feito' date=' mas menos envolvente que os melhores trabalhos do Mann. Um bom filme, mas eu confesso que esperava algo mais arrebatador.

[/quote']

 

O Tensor estava com uma cara tensa (?) depois da sessão06. Já imaginei que não seria big deal.

É isso mesmo. Muito bem filmado, estética ok, mas não é uma história envolvente. Vale a conferida, mas eu esperava mais.

 

Com certeza que vale, Lolla. Apesar de não ter sido tão bom quanto eu esperava, é provavelmente o melhor filme em cartaz.

 

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Um

bom filme. Mas só. Mesmo o Depp tem poucos grandes momentos em cena. Já

Bale é um coadjuvante de luxo, o que deixa aquela péssima sensação de

ver um ótimo ator sendo subaproveitado.

 

 

 

 

Mas as cenas de tiroteio são mesmo fantásticas. A última então, nem

se fala. E é interessante ver como tipos feito John Dillinger tinham a

simpatia do povo na época, sendo considerados até mais "heróis" que

"bandidos". Dillinger falando com os jornalistas logo após sua captura

foi um dos grandes momentos do filme.

 

 

 

 

Porém, a insistência em mostar os homens da lei da época como

altamente ingênuos (pra não dizer completamente BURROS), foi algo que

também me incomodou um pouco...

 

 

 

 

Enfim... Como eu já disse, um bom filme. Mas que não me empolgou como eu esperava.< ="1.2" ="text/">e.close();

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O pior é que era bem nestas horas que eu me apavorava com a qualidade da imagem. Eu parecia estar no meio daquelas balbúrdias... especialmente na última...

 

é mesmo?

Mas assim, você se apavorava dentro das limitações do digital, né?

 

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é mesmo?
Mas assim' date=' você se apavorava dentro das limitações do digital, né?[/quote']

 

 

Dentro das características do digital, eu diria. O digital não tem a profundidade da película (embora nestas suas brincadeiras Mann tenha se aproximado bastante disso), mas dá uma sensação de "coisa real" que é até difícil de explicar. E por ser um filme de época, sem aquela pegada meio doc de Colateral e Miami Vice, me deixou deveras embasbacado... O que era aquela primeira cena do Bale... fodástico...
Lucas2009-07-30 22:02:06
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Eu não vi Miami Vice' date=' menos mal (?).

[/quote']

 

Só vendo pra saber, né Kate? 03

 

Pra mim é a ovelha negra da filmografia do Mann.

 

Já pra mim é, ao lado de Colateral, o melhor filme dele. (ainda não vi Public Enemies).

 

Eu sei, eu tenho de ver ainda. Eu falei isso pelo comentário do bat que dizia ser um Miame Vice dos anos 30, algo assim, e que tinha agradado muito ele. Aí eu disse que não tinha visto e era "menos mal" pois vou virgem para o cinema, heheheh.

 

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Eu não vi Miami Vice' date=' menos mal (?).
[/quote']

 

Só vendo pra saber, né Kate? 03

 

Pra mim é a ovelha negra da filmografia do Mann.

 

Já pra mim é, ao lado de Colateral, o melhor filme dele. (ainda não vi Public Enemies).



Eu sei, eu tenho de ver ainda. Eu falei isso pelo comentário do bat que dizia ser um Miame Vice dos anos 30, algo assim, e que tinha agradado muito ele. Aí eu disse que não tinha visto e era "menos mal" pois vou virgem para o cinema, heheheh.

 

 

Opa! 06

 

Tô ficando meio decepcionado: com tantos grandes filmes do Mann, Enemies tinha que se parecer  (ou pelo menos é o que tão falando) logo com Vice. 11

 

Mas como é do Mann, ainda assim tô com expectativas.
BrnoSoares2009-07-31 02:43:41
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A diferença deste e Miami é que Inimigos Públicos é mais romântico e há uma figura central com jeito de "herói clássico" (embora, ironicamente, este seja o bandido!). Já entrou no topo dos filmes do Mann, junto com Fogo Contra Fogo. Mas Miami Vice também é bem bacana... 

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Esse é o melhor filme do Michael Mann e existe uma razão para tal afirmação. Mann' date=' esteta e formalista, aqui joga com uma arma que acrescenta ainda mais ao seu cinema de imagens: Mann constrói um personagem. Dillinger é o resumo de uma era, mas é um resumo às avessas. Enquanto nos filmes de gangster da década de 30, mesmo os mais charmosos dos criminosos continuavam como os "homens maus", bandidos mesmo, em Public Enemies, Dillinger é um herói, um homem popular, recebido em sua prisão com ares de estrela de cinema. Dillinger rouba, mas poupa o dinheiro do povo, mata, mas não é mostrada no filme nenhum remorso, ou conseqüência desses atos. É aquilo e pronto, é o homem e sua imagem. E o filme a constrói na maior das riquezas, no digital mais pleno já mostrado numa tela de cinema, que revela Dillinger em cada mínima marca no rosto de Johnny Depp. É assim que vemos sua paixão por Billie nascer (e a entendemos, em cada poro do rosto admirado de Marion Cotillard, num desempenho fundamental para minha chave de interpretação do final), se fundamentar e sua trajetória se modificar.

Se o início de Public Enemies mostra o destemido Dillinger fazer o que bem entender e sair impune, um super herói absoluto, a parte final mostra que Dillinger é um homem, mesmo que ele mesmo tente negar essa condição. Ele promete coisas que ninguém poderia cumprir, muito menos alguém na condição dele (prometer a Billie morrer velhinho nos braços dela parece até uma piada, mas na qual ele acredita e a faz acreditar também), e segue uma trajtória fantasiosa, em sua própria condição. Daí a complexa mutação que Depp empreende em seu personagem nos minutos finais, quando Dillinger parece entender que libertar Billie seria sua própria necessidade de liberdade de si, de sua figura. Dillinger não pode mais prender Billie e não suportar a dor de vê-la pagar por ele, mas acima disso ele não pode mais ser ele. Ao planejar o assalto ao trem para terça e a partida para quarta, Dillinger dá sua última mostra de esperança na fantasia: caso não desse certo "deixar a cena", só restaria a ele continuar. Mas ele se deixa pegar, é morto do modo mais simples que alguém como ele poderia ser; o super herói vira ser vivo, mas não perde a áurea de mito. Dillinger morre em meio ao povo, subitamente (como Gable prega no filme do cinema), mas de modo planejado. Seu modo de se matar, sem precisar sujar as mãos, de deixar Billie ir, de se libertar enfim.

 

Billie observa cada passo de Dillinger com extremo zelo e profunda admiração. É essa admiração que o público tem pelo criminoso/herói mostrado em tela, e a aceitação de Billie em fazer tudo que ele pede é completamente crível. O amor dela é o nosso amor, o olhar dela é o nosso olhar. E é esse olhar que Mann coloca em perspectiva, na câmera subjetiva do olhar de Billie, vendo a lei fechar a porta para sua fantasia, num final magistral para este filme inacreditável!
[/quote']

 

Não digeri muito bem o filme, mas essa análise foi foda, me fez pensar novamente e ajudou e muito. Vou ter que rever o filme (como todo filme de Michael Mann que eu vejo, preciso rever, menos Collateral que já gostei monstruosamente de primeira e permanece meu preferido, junto com Heat).

 

Acho que o maior problema que eu notei nesse filme foi o ritmo (como em todo filme de Michael Mann que eu vi, ele sempre dá umas quebradas, novamente, Collateral foi o único que não senti isso).

 

Não vi todos os filmes do Mann, mas do que eu vi, fica assim:

 

1 - Heat/Collateral

2 - Miami Vice

3 - The Insider

4 - Public Enemies

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