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Forum Cinema em Cena

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Fui ver Juno com uma certa expectativa, ainda mais sabendo que a trilha é repleta de bandas indies. O problema é que a maioria das músicas são muito parecidas, daquele estilo new acoustic, com vozes muito agradáveis e violão, com artistas como Belle & Sebastian e outros - a exceção são as músicas que o personagem do Jason Bateman ouve. Ficou meio enjoativo, forçando a barra para ser um filme fofinho.

 

O roteiro eu achei irregular. A idéia é ótima, os diálogos são muitos bons. Nas mãos no Woody Allen (oh, que comparação!) daria algo muito mais interessante e real - ou o termo seria "palpável"?. Diablo Cody parece ter escrito algo para parecer 'cool' e inovador, só que ela esqueceu que se trata de um longa-metragem, e não um conto ou uma crônica.

 

A direção é apenas correta. Paul Greengras, David Cronemberg ou mesmo Joe Wright mereciam muito mais estar entre os indicados do que Jason Reitman. Mas como o próprio discurso dos Irmãos Coen provou, o Oscar é uma formalidade. Com ou sem a estatueta, com ou sem a indicação, diretores excelentes continuam excelentes e nada apaga outras obras-primas que fizeram no passado ou muda a capacidade de dirigir bons filmes de forma criativa.

 

 

 
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1) O roteiro eu achei irregular. A idéia é ótima' date=' os diálogos são muitos bons. Nas mãos no Woody Allen (oh, que comparação!) daria algo muito mais interessante e real - ou o termo seria "palpável"?.

 

2) Diablo Cody parece ter escrito algo para parecer 'cool' e inovador, só que ela esqueceu que se trata de um longa-metragem, e não um conto ou uma crônica.
[/quote']

 

1) "Mais interessante e real"... O dia que o Woody Allen fizer algo "mais real", terá sido o fim de sua carreira. A menos que você acredite que o mundo está cheio de pessoas neuróticas como os personagens de Allen...

 

2) E o que seria um "longa metragem"?
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Gostei do filme, mas acho que o hype nao se justifica. Ele é bom, embora algumas situacoes forcadas parecam estar la so pra dar um que de cool pra protagonista. Mas é meio difícil criar algum laco com alguem que a todo momento se refere ao seu bebe como 'thing'.

 

A discussao entre gostos musicias e de cinema me pareceu descabida (ou soaria melhor se os valores fossem invertidos).

 

No geral um bom filme 'independente'. O saldo é positivo.

 

Juno: 75/100

 

ChosenOne2008-02-26 20:37:53

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Devo dizer que faz tempo que não elogio uma critica e sem querer puxar saco de nimguém e tal, mas acho que tenho que parabenizar o Pablo por essa critica, que para mim ficou perfeita, lógico que para se achar uma critica perfeita tem que se concordar com ela, e o Pablo escreveu tudo da forma que eu vi, e concordo em tudo que ele falou.

 

 

 

 

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1) "Mais interessante e real"... O dia que o Woody Allen fizer algo "mais real", terá sido o fim de sua carreira. A menos que você acredite que o mundo está cheio de pessoas neuróticas como os personagens de Allen...

 

Acredite, Woody Allen vai muito além de criar personagens neuróticos. Você assistiu Manhattan? Hannah e Suas Irmãs? Noivo Neurótico, Noiva Nervosa? Zelig? Bom, por esses filmes consigo perceber que não se trata de neuróticos - a não ser o alter-ego dele -, mas personagens imperfeitos, como todo ser humano. É impossível se simpatizar com algum personagem dele sem conhecer seus defeitos, vemos todas as suas faces.

 

 

2) E o que seria um "longa metragem"?

 

Longa-metragem - antônimo de curta-metragem. Juno seria mais agradável para mim se fosse um curta-metragem.
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1) Assisti a todos esses e os personagens de Allen são imperfeitos sim (ótimo) mas também neuróticos. É justamente a neurose escrachada (e, portanto irreal) que provoca a catarse do expectador e faz com que este se apaixone pelos filmes (e personagens) do Allen... Resguardadas aí as devidas proporções entre Allen e Reitman/Cody, vi quase o mesmo em Juno: um universo irreal com PERSONAGENS (e não pessoas reais) vivendo situações reais...

 

2) Ok... e onde o conceito de longa metragem faz oposição à intenção de Cody em escrever algo "cool" e "inovador"? Textos "cool" e "inovadores" só podem render bons curtas metragens?
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1) Assisti a todos esses e os personagens de Allen são imperfeitos sim (ótimo) mas também neuróticos. É justamente a neurose escrachada (e' date=' portanto irreal) que provoca a catarse do expectador e faz com que este se apaixone pelos filmes (e personagens) do Allen... Resguardadas aí as devidas proporções entre Allen e Reitman/Cody, vi quase o mesmo em Juno: um universo irreal com PERSONAGENS (e não pessoas reais) vivendo situações reais...

 

2) Ok... e onde o conceito de longa metragem faz oposição à intenção de Cody em escrever algo "cool" e "inovador"? Textos "cool" e "inovadores" só podem render bons curtas metragens?
[/quote']

 

1) O fato de você não conhecer alguma pessoa tão neurótica quanto os alter-egos do Woody Allen não significa que não exista e seja irreal. Mas, pensando bem, pode ser que exista alguma Juno por aí, uma garota de uns 16 anos que construa diálogos cinematograficamente perfeitos, com sacadas engraçadas e ácidas.

 

2) Só achei que o roteiro da Diablo Cody fica enfadonho ao longo do filme. Eu, como espectadora, achei a película um tanto cansativa. Achei que o que ela escreveu não rendeu tanto. Claro, em vários momentos os diálogos e as situações são mesmo engraçados ou reflexivos, mas como um todo não funcionou. Acabou soando forçado para mim o filme inteiro tentar parecer cool, com muitas sacadas e referências de cultura pop - gosto desse artifício, mas para mim o filme não fez um uso tão convincente disso tudo.

 

No mais, o filme é bom sim. Só é superestimado.
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  • 2 weeks later...
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Não gostei da critica, senti um pouco de "raiva de fã" conforme aia lendo a critica do Pablo, como se ele estivesse determinado a atacar o filme por algum motivo obscuro, que no final se revela; a comparação com Pequena Miss Sunshine.

 

Creio que o Pablo esta sofrendo do mal que todo fã sofre ao ver alguem se atrevendo a comparar sua obra preferida com alguma outra, ele procura a qualquer custo desmerecer a segunda para demonstrar o quanto ela é inferior a primeira. Eu vivo fazendo isso.

 

Inclusive o Pablo usa de argumentos bem infantis para fazer isso, como por exemplo criticar as citações da personagem principal (??!?!?!?!). Ora teria ele esquecido que Dream Girls estava no cinema ate a pouco tempo, e que nele Diana Ross é mostrada com uma pessoa talentosa, linda, mas "má", como a propria Juno descreve. E quanto aos Thundercats, bom atualmente a cultura Pop dos anos 80 esta na moda, principalmente entre adolescentes, principalmente os "não-populares" tendo adquirido uma caracteristica "cult", portanto não há nada de errado nela conhecer um desenho daquela decada.

 

Mas claro, qualquer argumento aqui vai ser inutil, pois como eu disse, o problema do Pablo com o filme não é sua roterista, e sim ego de fã ferido, e nesse caso, não existe razão no mundo que faça ele sequer cogitar a hipotese de Juno não chegar aos pés de Pequena Miss Sunshine.
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Sobre o filme: 8.5

Sobre a crítica: Apenas discordo com o PV quando ele diz que é impossível identificar em Juno um personagem real, devido às citações fora do tempo. Bem, não sei até que ponto um adolescente cool não possa conhecer Diana Ross ou Thundercats, embora, na chegada à casa dos pais adotivos, há um exagero no comportamento de Juno, que naquele momento estava, sim, irreal.

 

Ainda achei mto mal resolvido a relação de Juno com o que seria o pai adotivo da criança, bem como a relação do casal em si. Fora isso, um filme OK e digno de não levar o Oscar de melhor filme...pois é!
Albergoni2008-05-13 22:50:37
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  • 5 months later...
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Bom, acho que estou um pouco atrasada pra postar algo por aqui, mas assim mesmo... Aqui vai.

 

Sem jamais querer ser mal educada com um homem que ja era crítico de cinema quando eu nem se quer sabia ler, simplesmente discordo da sua posição quanto a Juno.

 

" Juno

freqüentemente faz referências a elementos que não são de sua época

(Diana Ross, Thundercats), mas sim contemporâneos da roteirista, o que

a impede de se transformar numa pessoa real e a mantém apenas como a

personagem de um filme. "

 

O que há de errado e saber sobre antigas celebridades, e conhecer antigos desenhos animados ? Bom, eu mesma tenho 16 anos e assitia a Thundercats, não é tão impossível assim. E quanto a Diana, bom, sinceramente, uma baita celebridade, além do que, o comentário feito por Juno não exigia um profundo conhecimento sobre a mesma.

 

" Aliás, este é o verdadeiro grande problema de Juno:

quase ninguém ali se comporta como uma figura tridimensional, mas como

simples bonecos programados para repetirem as falas afiadas de Cody – e

isto prejudica o filme especialmente em seu primeiro ato, quando a

calma e a ironia de Juno diante de sua gravidez soam implausíveis

demais, sendo rivalizadas apenas pela reação absurda de seu pai diante

da notícia, quando imediatamente faz uma piadinha em vez de se mostrar

minimamente preocupado com o que aquilo significa para a vida de sua

filha adolescente. "

 

Concordo com o fato da reação do Pai ter sido tanto quanto absurda, acho que a melhor definição seria diferente, mas quem sabe, em algum lugar no mundo exista um pai assim, eu não conheço, mas ainda assim. É possível. Mas em relação a reação de Juno, discordo mais uma vez. É natural em adolescentes demonstrar essa suposta calma e ironia. Porem, eu não consideraria calmo alguem que faz 3 testes de gravidez em 1 dia. E sobre serem eles reais ou não, bom, o que define isso é o seu grau de limitação. O mundo que nos rodeia é reduzido, é limitado, nenhum de nós conhece o todo. As reações são possíveis, plausiveis. É claro que não são essas as regulares, as usuais, mas ainda assim, aontecem. Juno é diferente, isso é fato.

 

" Juno

finalmente supera seu primeiro ato artificial e incômodo, tornando-se

gradualmente mais natural em seu desenvolvimento, quando finalmente nos

acostumamos à artificialidade de seus diálogos. "

 

Não acho que haja toda essa artificialidade. Houveram piadinhas, e brincadeiras, alusões a coisas antigas, e até um gosto musical não comum entre os adolescentes, mas ainda assim, o incomum não é improvavel, nem impossível ! Acho que falta uma dose de 'atualidade'

na crítica.

 

e é isso.  01

 

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  • 4 weeks later...

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