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Você se considera um cinéfilo?  

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  1. 1. Você se considera um cinéfilo?

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Já dei essa opção de os participantes do Cinegame postarem seus textos de forma anônima para não dar motivos para qualquer questionamento, com a Veras estando no juri (vide o caso Renato 07).

Depois do fatídico acontecimento de dias atrás no tópico do Cinegame, que acarretou na desistência da Veras daquela competição, ela declarou via MP que vai sim julgar os textos desse mês, mas só desse mês. Uma pena, mais uma vez, a vaga de jurada do Cinéfilos está vaga. 12

Enxak2008-06-18 13:32:32
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Top Posters In This Topic

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1)Não acho esse lance de anonimato interessante para o Cinéfilos' date=' então vou postar de forma aberta, não acho que haverá parcialidade ou injustiças, e se houver não é algo que me incomoda, afinal participo aqui pra discutir de cinema acima de tudo. Além do mais, minha resenha vai ser de um filme do Altman, o que seria um indício óbvio de que seria minha.

 

2)Pro Bauer, dessa vez eu tentei fazer algo menos enfeitado, no entanto como não escrevi a resenha exclusivamente para o Cinéfilos, tem uma ou outra palavra mais difícil que eu fiz questão de usar. Se não souber o que é, www.google.com 03

 
[/quote']

 

    Boa, só por essa dica e a coragem de dar a cara pra bater já ganhou pontos comigo 160606...

 

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Já dei essa opção de os participantes do Cinegame postarem seus textos de forma anônima para não dar motivos para qualquer questionamento' date=' com a Veras estando no juri (vide o caso Renato 07).

Depois do fatídico acontecimento de dias atrás no tópico do Cinegame, que acarretou na desistência da Veras daquela competição, ela declarou via MP que vai sim julgar os textos desse mês, mas só desse mês. Uma pena, mais uma vez, a vaga de jurada do Cinéfilos está vaga. 12

[/quote']

  

    Mais uma q desistiu?? eita, caramba, assim só vai sobrar eu pra julgar nessa budega 0606...mas q baita frescura, estrelismo do caramba!

 

 

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Com a saída da Veras do jogo acho que não precisa mais esconder os autores dos textos' date=' né?[/quote']

 

Não mesmo. Ia fazer isso ontem, mas o tempo tava apertado.

 

Pois é Bauer, o estrelismo tá comendo solto. 06

 

Já temos 5 textos concorrentes, para o mês de junho:

 

1. "Encurralado" - Por Angelo Voorhees>> bullet

2. "O Massacre da Serra Elétrica" - Por Enxak >> bullet

3. "Esfera" - Por -THX- >> bullet

4. "Fonte da Vida" - Por Renato >> bullet

5. "Cenas de Um Casamento" - Por Vicking >> bullet

 

 

Não fique de fora! Participe você também. Essa é a sua chance de brilhar... No fórum.

 

Prazo para participação: Até o dia 24/06, às 17:00 hrs.
Enxak2008-06-19 11:49:21
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Sem ser anônimo fica melhor' date=' os jurados julgam também uma evolução (ou regresso 06) no texto. Fora que no Ídolos os candidatos enfrentam os jurados cara-a-cara.

[/quote']

 

Por isso eu falei imparcialidade, que obviamente não existe no Ídolos e nem é a intenção de que exista aqui06

 

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Os Imperdoáveis

(The Unforgiven, 1992, Clint Eastwood)

 

PS:Não saberia analisar este filme sem destacar alguns diálogos e cenas, que podem caracterizar Spoilers.

 

Para os fãs dos westerns,particularmente os protagonizados por Clint Eastwood, os Imperdoáveis já tráz logo na primeira cena um tremendo choque: Uma minibriografia do personagem principal é apresentada, e seu nome, William Munny, é citado. Mas como, num filme Western com Clint Eastwood, sabermos o nome dele e alguma coisa de seu passado? Ora, Clint Eastwood foi sempre protagonistas de grandes faroestes, sempre interpretando um personagem enigmático e canastrão e sobretudo, rápido no gatilho. Mas nunca sabíamos seu nome, a não ser os apelidos como "Joe", "Blondie", "Manco" ou "Preacher" (uma execessão é o excelente Josey Wales, sua segunda incursão como diretor no gênero que o revelou).

Logo em seguida, outro choque bombástico: William Munny não bebe, não sabe atirar direito com uma pistola e mal consegue montar à cavalo. A pergunta que fica é: Onde está o habilidoso Blondie de "Três homens em conflito" ou o lendário e hábil pistoleiro Manco de "Por uns dólares a mais"?

Não há nenhuma sombra de que um dia o velho William Munny tenha sido assim, a não ser quando o jovem pistoleiro Schofield Kid, atraído pela fama do aposentado pistoleiro (fama essa que é conflitante com o que nos é apresentado sobre Munny), chega no rancho afim de chamá-lo para uma missão "como nos velhos tempos": Matar dois pistoleiros que esfaquearam uma prostituta na cidade de Big Whiskey, cidade essa comandada pelo implacável delegado Little Bill, interpretado por Gene Hackman.

 

Para tal missão, Munny não hesita em chamar seu amigo Ned Logan (Morgan Freeman) que na hora aceita o convite, mesmo com os olhares de reprovação de sua companheira (uma índia de meia idade).

 

Durante o caminho dos três pistoleiros pelo velho oeste americanos (quando vão até a cidade ou mesmo quando se deslocam na caçada aos pistoleiros) o filme ganha a riqueza que lhe fez a fama: Lindas paisagens (o lindo por do sol, a cavalgada de Munny e Ned, enquanto conversam), num excelente trabalho de fotografia. A trilha sonora excepcional (o violão discreto com piano do tema principal, que é enriquecido por um quarteto de cordas na cena dos créditos) a tensão da cena do bar e outros momentos onde esta se encaixa perfeitamente com o filme lhe rendem imenso destaque, positivo por sinal.

 

Há também que se destacar a impecável reconstituição de época; cenários, roupas, armas e utensílios da época estão impecáveis. Ainda é destaque as cenas com tiros e sangue. A técnica usada à época era relativamente nova e acabou por conferir mais realidade ao filme, ao contrário dos westerns antigos que por vezes o camarada que levava o tiro sequer sangrava.

 

Além disso, Clint Eastwood em nenhum momento se impõe demais como diretor, e deixa que o filme siga limpo, sem grandes exageros. Não há aqui uma cena sequer exageradamente longa, ou uma atuação por demais distoante das demais. Esse jeito "sintético" de dirigir de Eastwood (ao contrário de alguns exageros como o Estranho sem nome) é o que fez de Clint um dos melhores diretores das últmas 2 décadas (vide Menina de Ouro e Cartas de Iwo Jima).

 

Mas é na atuação do "trio-de-ferro" Eastwood-Freeman-Hackman que o filme ganha a alcunha de obra de arte:

 

Morgan Freeman brilha durante todo o filme, em particular na cena do penhasco quando ele vacila e resolve não atirar em um dos bandidos. Onde está o velho cowboy? Confuso, coração mole e muito bem representado por Freeman.

 

Gene Hackman, por sua vez, da vida ao personagem mais complexo da trama, Little Bill: no começo do filme, Little Bill não é nada mais do que um conservador buscando cumprir a lei. Chega a usar de interessante bom senso quando resolve deixar incólumes os dois vaqueiros, conferindo a eles a punição de indenisar a prostituta ferida com alguns cavalos. Porém, no decorrer do filme, percebemos a real natureza de seu caráter: A violência como modo de impor a lei e impor respeito, o que é claramente mostrado quando ele esmurra e humilha publicamente o pistoleiro English Bob (Richard Harris) - um inglês que quer fazer de si mesmo uma lenda e é acompanhado por um escritor, Mr. Beauchamp, para que faça dessa lenda um livro. Beauchamp (Saul Rubinek, discreto) deixa Bob de lado e passa a registrar e seguir os passos de Little Bill que rouba de Bob o status de lenda. A grande violência arraigada no caráter de Bill continua, quando este mata Ned Logan a chicotadas, no intuito que este confessasse quem era seu companheiro. Sim, antes de impor a lei, o que Little Bill queria mesmo era ser a "lei" em pessoa, custe o que custasse.

 

Já Clint Eastwood protagoniza a cena mais tocante do filme, quando em um momento de pura reflexão, durante uma conversa com Schofield Kid, fala da crua natureza do que é matar um homem e tirar dele "tudo o que tem e tudo o que poderia ter um dia". Schofield então confessa, aos prantos, que nunca havia matado e deixa claro, na prática, o preço psicológico que é tirar uma vida.

 

E é justamente após essa conversa, que Eastwood resgata toda a lenda do faroeste que o fez brilhar: Ao ser informado que Ned Logan fora morto por Little Bill, e pior, que enfeitava o bar da cidade, Munny passa a mão na garrafa de Whisky e bebe do líquido marrom, como fazia Manco em Por uns dólares a mais. Ao testar a mira com a pistola Schofield, esta está implacável, como quando ele cortava cordas com um tiro em três homens em conflito. Além disso, é bastante contundente o susto que a conversa causa em Kid. Sim, William Muny dinamitou a ferrovia em 69 (referência à cena onde ele e Tuco dinamitam a ponte?) e que em 70 matou um delegado (referência ao delegado morto em Cavaleiro solitário?) 

 

Ao resolver entrar no bar lotado, repleto de pistoleiros que tinham a intenção de caça-lo, sim, o velho e bom western está de volta. Os diálogos dignos dos velhos filmes de faroeste ("ele deveria ter se armado ao decidir enfrentar o bar com meu amigo") arrancam sorrisos do escritor Beauchamp. Sim, ele estava diante de uma lenda!

 

O olhar profundo de Eastwood, perfeito para o gênero, os tiros certeiros, o caminhar lento e a voz roucamente sussurrada fazem da útlima cena um espetáculo à parte e uma excelente homenagem ao imortal gênero de faroeste.

 

Nada há o que desabone este que é a obra definitiva de Eastwood, no gênero que o consagrou.

 

 

Editado para pequenas correções.

 

 
Albergoni2008-06-22 11:17:41
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Renato, duvido que jurado algum aqui julgue o texto pensando em quem o escreveu, com essa mentalidade discriminatória que vc reclama.

Bauer, os jurados desse mês do "Cinéfilos" serão: Você, Dr. Calvin, Veras (só esse mês, no próximo ela diz que não estará mais presente), Rubysun e Batgody.

 
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logosmallrn8.jpg

 

ATENÇÃO: O PRAZO PARA PARTICIPAÇÃO NO "CINÉFILOS" ENCERRA-SE NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA (24/06), ÀS 17:00 HRS. PARTICIPE!!!

 

Já temos 6 textos concorrentes, para o mês de junho:

 

1. "Encurralado" - Por Angelo Voorhees>> bullet

2. "O Massacre da Serra Elétrica" - Por Enxak >> bullet

3. "Esfera" - Por -THX- >> bullet

4. "Fonte da Vida" - Por Renato >> bullet

5. "Cerimônia de Casamento" - Por Vicking >> bullet

6. "Os Imperdoáveis" - Por Albergoni >> bullet

 

 

Não fique de fora! Participe você também. Essa é a sua chance de brilhar... No fórum.
Enxak2008-06-23 16:07:46
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Mensagem Privada

Título: tchauzinho
Enviados: Hoje as 04:02
Enviado por: Veras
Grupos: Diretor de Locação Diretor%20de%20Locação

tchauzinho

Honey, saio de vez.

 

Se o Enxak perguntar, diga que arranjarei meu jeito de entregar minhas avaliações das resenhas, ok?

 

Vim entregar a mensagem. 04

 

Comecem pela minha, por favor, eu postei primeiro. 06
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Queria ter escrito um texto especialmente para aqui, mas não deu. Vai meu texto sobre a beleza de FAR FROM HEAVEN:

FAR FROM HEAVEN, EUA, TODD HAYNESS

 

Há muita beleza em “Far From Heaven”; de sobra. Visualmente é mágico, cores vivas alcançam algo novo em cada utilização: um campo de flores e árvores que inexistem em sua beleza; roupas muito bem desenhadas, mas que só ganham destaque, vida e importância sobre Julianne Moore; as sombras que vezes furam a beleza estética daquela sociedade perfeita, para se sair do melodrama e adentrar um noir pessimista e, quando nenhum dos dois, é fantasia, com brilho e contraste de um sonho.

Há sem dúvidas Julianne Moore. Há em todos os lugares e em lugar nenhum. Se espanta ver que a atriz é Cathy Whitaker até as vísceras, espanta igualmente a capacidade de fazer com que sua performance se neutralize meio ao filme.

O “Sr. Magnatech”, Dennis Quaid, surpreende, mesmo que seu personagem seja construído mais por fragmentações. Frank é um telefonema, uma citação em um bate-papo ou em matéria de revista. Essa não-presença deixa o personagem de Quaid sempre como algo há ser revelado. Quando surge em cena o ator surpreende alcançando com exatidão a polarização de características de seu personagem. Hora expressa nada, um vulto em meio ao glamour “50’s”, hora é poço de emoções contidas. Melhor: não decepciona em nenhum dos dois.

Os movimentos de câmera são líricos, a decupagem feita sobre papel de caligrafia. No momento em que vemos Cathy como anfitriã de uma festa (abordada desde o princípio no roteiro), a câmera se movimenta de forma que parece estarmos entrando em um baile de contos-de-fada, embalada por um azul aveludado. Melhor que isso é a edição que segue o plano, do quintal para a sala. Montagens como essa ocorrem diversas vezes e são alívios visuais sempre bem-vindos no longa de Todd Hayness.

Outras memorabilidades cênicas vem de momentos peculiares onde visivelmente vemos a família perfeita ruir. A cena da descoberta de Cathy sobre um outro lado de seu marido e outra onde tenta-se contorná-la, são filmadas completamente distorcidas em relação ao resto do longa. A última citada se torna ainda mais bela se depois de visto o longa dermos uma olhada na referência de melodrama que Hayness se inspirou.

Como última coisa a falar sobre, “Far From Heaven” toca leve na ferida do preconceito racial (leve demais; às vezes conseqüências são apenas justificações do roteiro que, em um melodrama, é coisa bastante dispensável). Mas uma cena é simplesmente genial em sua técnica, e uma das melhores dessa década. Em um cenário praticamente aberto, onde não existem portas que escondam segredos e as paredes nada mais são que ouvidos, constrói-se toda uma cena por olhares impiedosos ao vilão daquela sociedade. Os cortes secos não só afligem ao personagem como a nós, é como se realmente estivéssemos presenciando um crime e ficássemos estáticos e em silêncio. Melhor fica a cena com sobreposições feitas com um diálogo sobre divindade dois personagens que parecem participar de outro plano.

“Far From Heaven” é sonho-pesadelo de Cathy, sempre alterna a personagem entre prisão e liberdade. Mas ao fim, temos mesmo não sonho ou pesadelo, mas realidade. Realidade cinza, que depois é contraposta por uma pintura novamente colorida, seria a única saída do real: esperança.

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ATENÇÃO: O PRAZO PARA PARTICIPAÇÃO NO "CINÉFILOS" ENCERRA-SE HOJE (24/06), ÀS 17:00 HRS. CORRA!!!

 

Já temos 7 textos concorrentes, para o mês de junho:

 

1. "Encurralado" - Por Angelo Voorhees>> bullet

2. "O Massacre da Serra Elétrica" - Por Enxak >> bullet

3. "Esfera" - Por -THX- >> bullet

4. "Fonte da Vida" - Por Renato >> bullet

5. "Cerimônia de Casamento" - Por Vicking >> bullet

6. "Os Imperdoáveis" - Por Albergoni >> bullet

7. "Far From Heaven" - Por Faéu >> bullet

 
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Mensagem Privada

Título: tchauzinho
Enviados: Hoje as 04:02
Enviado por: Veras
Grupos: Diretor de Locação Diretor%20de%20Locação

tchauzinho

Honey' date=' saio de vez.

 

Se o Enxak perguntar, diga que arranjarei meu jeito de entregar minhas avaliações das resenhas, ok?

 

Vim entregar a mensagem. 04

 

Comecem pela minha, por favor, eu postei primeiro. 06
[/quote']

 

O prazo para avaliação dos jurados será de uma semana. Ou seja, se ela não aparecer aqui para postar as avaliações até o dia 01/07, infelizmente teremos que contar com a participação apenas dos demais jurados. 12
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Quase uma hora para acabar o prazo, vai aqui a minha resenha (não sei se era pra por nota, então, na dúvida, coloquei):

 

A Casa do Espanto II (Dir.: Ethan Wiley, 1987) 2/4 

 

Depois do sucesso de Sexta-feira 13, a dupla responsável pelos primeiros filmes dessa série, Sean S. Cunningham, diretor da Parte 1, e Steve Miner, diretor das Partes 2 e 3, se reuniram para um novo filme de terror. Surge aí: A Casa do Espanto (House, 1986), com Sean produzindo e Steve dirigindo. Até Harry Manfredini responsável pela trilha sonora de Sexta-feira 13 também compareceu (por isso não estranhe as semelhanças nas trilhas). Se antes tentaram reproduzir os slashers movies italianos, em House realizam um tradicional filme de casa mal-assombrada, gênero em alta na época por causa de sucessos como Poltergeist - O Fenômeno e Terror em Amityville. Só que para House não quiseram investir num filme de “terror sério” então criaram um filme que não tem medo de usar o humor na sua história e personagens. Assim, o filme se tornou um dos mais famosos “terrir” da década de 80, e com o sucesso, veio a inevitável continuação. A equipe responsável pelo primeiro filme volta, com exceção do diretor Steve Miner, que pulou fora e foi substituído por Ethan Wiley, roteirista do filme anterior, que aqui acumula as funções de diretor e roteirista.

História: Um casal é morto misteriosamente numa casa, mas antes disso acontecer, eles dão o filho deles, ainda bebê, para adoção. 25 anos se passam e o filho, Jesse, já adulto, volta para casa junto de uma namorada. Logo depois, aparece Charlie, um amigo dele que também traz uma namorada a tiracolo, para passar um tempo com o amigo. Jesse é obcecado pela história da família que não conheceu, e ao ler os livros abandonados pela casa, descobre que seu tataravô no velho Oeste teria descoberto uma caveira de cristal com poderes especiais. Ele, com a ajuda de Charlie, resolve ir desenterrar o tal tataravô para descobrir pistas de como achar a tal caveira. Daí tudo começa. Esse é o resumo da história e por esse resumo já vemos que House II comete uma das piores coisas que uma continuação pode cometer que é simplesmente não ser continuação, já que renega tudo do primeiro filme. Não só na história, mas o filme se tornou uma “Sessão da Tarde” quando abandonou o lado terror, para ser mais um filme de aventura. Isso ocorre porque quiseram dar uma ênfase aos “universos paralelos” que existem dentro da casa, coisa que o primeiro filme lidou relativamente pouco. E assim, em vários momentos, os personagens são transportados de dentro da casa para outros mundos, como um tempo pré-histórico; um templo onde uma tribo faz sacrifícios de virgens; e, claro, o velho oeste (afinal, o tataravô de Jessé viveu lá). Tudo isso num clima de aventura mesmo, nada de tentarem dar um ar mais pesado ao filme. A Casa do Espanto II deixa de ser “casa do espanto” para se tornar uma espécie de “Indiana Jones dentro de uma casa”. Isso o público, na época, não perdoou. Mas esquecendo que o filme em si não se põe com necessidade de ser algo que o primeiro foi, indo numa direção oposta, ele até funciona bem dentro desse contexto de filme de aventura descompromissado.

Outra coisa que sumiu aqui nessa pseudo-continuação foi a sensação de isolamento do personagem principal. Roger Cobb, do filme anterior, tinha que lidar sozinho com as maluquices da casa, já o Jesse daqui, além do amigo Charlie, ainda conta com o recém ressuscitado tataravô, e outros personagens que ele vai “coletando” a cada nova aventura nesses mundos paralelos. Surge então um estranho cão-lesma (?), um filhote peludo de pterodátilo (?), e uma virgem que ele resgata de um ritual. Mesmo que muito desses personagens sejam fracos, sem muitos atrativos, é através deles que o filme monta uma estrutura boa para o personagem principal. Jesse que foi para casa tentar descobrir algo sobre a antiga família, aos poucos vai “adotando” os demais personagens que vai encontrando pelo caminho, e assim formando uma bizarra nova família. Duas cenas legais em relação a isso são a do jantar onde todos estão sentados à mesa e Jesse olha orgulhoso para todos e afirma que aquela é família dele; e a cena final quando ele abandona tudo para viver com essa família que ele formou no decorrer do filme. Talvez isso não seja algo tão bem trabalhado, mas é bem interessante.

Claro que o filme original é bem melhor, mas perdoando A Casa do Espanto II pelo tom totalmente diferente (não justificando o II no título) e os personagens fracos, não chega a ser desagradável. De alguma forma bizarra, o filme funciona. E na prova do tempo, o segundo resistiu mais, já que o primeiro ficou datado, com cara de anos 80 mesmo, e esse aqui, por algum motivo desconhecido, não demonstra tanto a idade avançada. Um aviso final: Passem longe das continuações que vieram depois. Tanto A Casa do Espanto III, como (principalmente) A Casa do Espanto IV são, de todas as formas, intragáveis.

(Resenha postada no site: http://multiplot.wordpress.com/)
Jailcante2008-06-24 16:25:44
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Opa, valeu Jail. 05

 

 

Eis os 8 textos concorrentes, para o mês de junho:

 

1. "Encurralado" - Por Angelo Voorhees>> bullet

2. "O Massacre da Serra Elétrica" - Por Enxak >> bullet

3. "Esfera" - Por -THX- >> bullet

4. "Fonte da Vida" - Por Renato >> bullet

5. "Cerimônia de Casamento" - Por Vicking >> bullet

6. "Os Imperdoáveis" - Por Albergoni >> bullet

7. "Far From Heaven" - Por Faéu >> bullet

8. "A Casa do Espanto 2" - Por Jailcante >> bullet
Enxak2008-06-28 10:38:31
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  • Administrators

Conforme combinado segue as avaliações que a Veras fez e pediu pra eu postar aqui:

 

Primeiramente' date=' antes de postar quaisquer das minhas avaliações, gostaria de comentar um pouco sobre a forma como eu entendo os textos postados e os julgamentos que são feitos por mim sobre eles.

Pra mim, tudo isso é livre. Cada um pode escrever o que quiser, o que gosta, do jeito que bem entender, desde que seja sobre cinema. Pode ser sobre um filme, sobre a reação das pessoas acerca dele, discussões sobre bibleterias, pode falar sobre um diretor, um ator, um roteirista, sobre gênero ou um estilo cinematógráfico, etc. O que você sentir vontade.

Eu não sei mais sobre cinema do você, nem do que nenhum outro "avaliador" do Cinéfilos. Aliás, eu nem entendo muito de cinema... eu GOSTO de cinema, assim como GOSTO de ler e escrever. Por não ser técnica em nenhuma das duas áreas, não posso cobrar profissionalismo de ninguém e me limitarei aqui a postar apenas minhas impressões sobre o que eu entendo e sinto ao ler os textos.

Mas não posso simplesmente fazer isso. A lógica do Cinéfilos exige uma nota de cada um para cada texto, a fim de que o melhor, na opinião dos "jurados", receba seus méritos como tal.

Sendo assim, o meu modo de avaliar é a forma como acho que devem ser comentadas todas as artes: julgando a fidelidade das mesmas. Seu texto, assim como as artes pictórias, arquiteturas, esculturas, literaturas, cinemas e tudo mais, deve possuir princípios e ser fiel a eles.

Não cobrarei de ninguém que escreva com paixão, se seus princípios exigem algo mais imparcial. Nem vou cobrar imparcialidade de seu texto, se o mesmo é um canal para expor suas próprias impressões sobre uma determinada temática.

Da mesma forma, o produto artístico não deve deixar linhas soltas para não se enforcar nelas. Deve ser esférico e alcançar em seus próprios objetivos. E ainda, o texto é melhor, quanto melhor fluir seu ritmo, lembrem-se disso. E, assim, se acharem por bem, leiam em voz alta o que vocês estão escrevendo para ver como isso vai soar na cabeça do leitor.

 

Devo dizer que tudo isso é muito pessoal, mesmo. Não se chateiem com as diferenças de notas entre os "jurados", afinal de contas, cada um faz o que quiser na arte, da mesma forma que cada fala da arte o que quiser.

Lembrando que este é o meu ponto de vista, e que cada um dos "avaliadores", têm suas próprias concepções sobre tudo isso.

 

Ok, podemos começar:

 

 

Encurralado - Por Angelo - 7,0

 

Texto pequeno, objetivo, muito limpo e que tem intenções bem simples: informar ao leitor sobre o filme e dizer que ele é bom. Partindo de que este seja realmente o mote do seu texto, então ele está ok.

Eu ia comentar os seríssimos problemas de pontuação que o texto apresenta... mas, se até Saramago emenda todos os parágrafos numa página inteira, quem sou eu para dizer que isso não pode? rs

Poder pode, você faz o que quiser... mas ao meu ver, em se tratanto de uma "competição" entre os melhores textos... devo dizer que esses problemas atrapalharam o fluxo de leitura (ao contrário de Saramago, em cujos livros a ausência de pontuação rege o ritmo da história).

 

O Massacre da Serra Elétrica - Por Enxak - 8,0

 

Texto relativamente bem escrito, embora também com muitos problemas de pontuação que me fizeram ler cada parágrafo 3 vezes para fazer a ligação das inúmeras orações intercaladas perdidas por aí. rs

Mas sim, com uma idéia interessante, com início, meio e fim resolvidos.

 

Esfera - Por THX - 9,0

 

Achei legal. Gostei do teor comparativo do seu texto, gostei que você tenha falado do filme na medida certa. Achei as idéias muito bem organizadas... Mas os problemas na pontuação (embora seja o que menos errou até agora) ainda existem. (nos últimos parágrados, principalmente)

Só comentando mesmo... essa coisa de pontuação não é frescura minha. Por exemplo, as pessoas errarem ortografia... não estou nem ai... Isso aqui é o Cinéfilos, não é nem o Solterando do Calderão do Hulk! Mas é que quando se erra muito o emprego da pontuação, a gente acaba tendo que reler um ou dois trechos do texto, fazendo com que o ritmo de leitura seja prejudicado.

Mas tudo bem, no mais, achei o texto com as idéias mais bem organizadas até então. Parabéns.

 

Fonte da Vida - Por Renato - 9,0

 

Um texto fácil. Só achei muito seco para um texto que parece querer passar suas impressões.

Os parágrafos parecem telegramas, terminando frases muito mais bruscamente do que o estilo de texto parecia pedir.

Isso quebra a narrativa um pouco, ao meu ver. Mas gostei. É como os desfiles da Imperatriz Leopoldinense. rs

 

Cenas de um Casamento - Por Vicking - 8,0

 

Achei um pouco confuso só. O texto parece estar com crise existencial, ele não sabe o que ele é, sem direito a linha que vai seguir.

Mas o Vitor tão escreve bem que até a desorientação do texto ele maqueia com os bons termos que ele usa. rs

 

Os Imperdoáveis - Por Albergoni - 8,0

 

Gostei muito da abordagem no início do texto (embora, já que você o editou o post, poderia ter aproveitado para corrigir também os errinhos de digitação, né?).

O problema, ao meu ver, foi a mudança de teor no meio do desenvolvimento do texto que, de repente, se transforma em um texto ténico.

 

Far From Heaven - Por Faéu - 10,0

 

Texto com princípios muito bem definidos, objetivos muito bem traçados e muito bem escrito. Limpo, honesto e que fala do filme na medida certa.

Parabéns.

 

A Casa do Espanto II - Por Jailcante - 8,0

 

Seu texto é bem descontraído, e soa mais como uma conversa do que uma resenha. Acredito que você tenha comentado o filme tal qual um bate-papo com amigos, passando duas impressões.

Nesse tom, ele está ok. Mas em se tratando de questões de avaliação, devo comentar um pouco a ausência de uma linha de raciocínio.

 

 

 

---- Todos os textos foram interessantes e fiquei muito satisfeita em lê-los. Estão todos de parabéns. Fico feliz de observar as pessoas aqui conversando sobre cinema de forma contraída, trocando experiências e postando suas impressões sobre os produtos da arte cinematográfica. Vocês fazem esse fórum. Não deixem o cinema morrer. Abraços a todos. -----

[/quote']

 

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