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Forum Cinema em Cena

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  • 6 months later...
  • Members

"Os irmãos Wachowski exageraram. Exageraram nas cores, nas atuações, nos

figurinos e, principalmente, no chroma key (fundo verde ou azul para

inserir imagens geradas por computador). Há um limite para a quantidade

de vezes em que se pode usar um personagem despejando suas falas

enquanto seu rosto percorre a tela para mudar a cena ao fundo. Há um

limite também para a quantidade de vezes em que o beijo entre Trixie e

Speed é interrompido. Todos os limites foram ultrapassados.

 

Speed Racer” é esquecível, é enjoativo, é besta. O que incomoda é a

pretensão com a qual o filme chega aos cinemas. Se as expectativas

estiverem baixas, a conclusão é de que o longa é tão mediano que não

merece um exagero de crítica, por mais exagerada que seja a produção."

 

"A trama é fraquíssima e completamente previsível, e as corridas não

chegam a tangenciar emoções como empolgação, ansiedade ou temor.

Conseqüentemente, os personagens são todos rasos, estereotipados,

caricaturas do cartoon. Atores adorados são completamente mal

aproveitados, e personagens amados desde os anos 60 deixam de ganhar um

filme à altura. A idéia de, na montagem, tentar recriar o "timing" de

algumas passagens do desenho animado, e a explosão multicolorida na

tela, não esconde a impossibilidade de se "entrar" no filme. Fãs mais

velhos do desenho animado sairão dos cinemas revoltados. Alguns, antes

de o filme terminar. Fuja de "Speed Racer" e vá (re)ver "Homem de

Ferro".

 

 

"Speed Racer

que teve um orçamento calculado em 120 milhões de dólares mostrou-se

como um verdadeiro fiasco na exibição para os cinemas dentro dos EUA. O

filme, que divide opiniões entre os críticos, não agradou o público,

que reclamou da longa duração e da história e narrativa não tão

sofisticada abordada pelos irmãos Wachowsky."

 

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  • Members

Nossa, que ódio. 06.gif

 

 

 

Acho tranquilamente um dos filmes mais divertidos do ano, mas não tenho nada contra quem não gostou. Não me importo com o fracasso de bilheteria do filme, talvez tenha sido até melhor, porque o estúdio poderia frçar uma continuação que eu acho que seria desnecessária.   

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  • 3 weeks later...
  • Members

Melhor que Homem de Ferro não mesmo, melhor que o novo Hulk com certeza, melhor que o Hulk de 2004 não mesmo.

 

 

 

Mas o papo aqui é Speed Racer; pra mim, ficou perfeito a abordagem dos irmãos Wachowski, quase ninguém da minha família gostou, só eu e meu irmão. Só que pra mim, ia ficar bem chato se fizessem sem os efeitos especiais que colocaram. Imaginem o carro sendo puxado por um cabo para fazer os pulos? Não tem como fazer um filme de SR sem efeitos especiais.

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  • 7 months later...
  • Members

Sempre gostei do desenho, mas por causa da opinião de TODO mundo que viu o filme no cinema, eu não tive coragem de assistí-lo ... até hoje, e só porque estava passando na HBO.

Não consegui entender porque o pessoal não gostou. O filme é muuuito bem feito, a cena em que o Speed conversa com o Royalton é muuuuito bem bolada, a trilha sonora dá arrepio de tanto que lembra o desenho e, acima de tudo, parece que a gente está assistindo o desenho. Genial!

Achei divertidíssimo o Pablo ter gostado, até porque a minha opinião costuma divergir um pouco da dele, mas assino embaixo de tudo o que ele escreveu!

Gostei muito de Homem de Ferro, mas acho que não dá pra comparar os dois filmes (propostas muito diferentes) ... e o Hulk é de quinta categoria (ambos), não dá pra comparar nem com Cinegibi da turma da Mônica.

 

 

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  • 10 months later...
  • Members

MA RA VI LHO SO. Adorei o modo como esse filme se desenvolve em uma
narrativa visual ousada. Definitivamente um favorito. Emilie Hirsch aqui
está fraco e inexpressivo, mas isso nunca chega a prejudicar o filme,
pois a obra como conjunto está muito bem desenvolvida. Um filme
definitivamente mal apreciado. 5 estrelas sem pensar duas vezes.
Realmente maravilhoso!

Não é um "filme de efeito especial" como
muitos insistem. "Filme de efeito especial" é algo tipo transformers.
Aqui é um filme de composição visual, não é um esbanjamento indevido,
não é uma tentativa fútil de conquistar as massas porque "olha temos
efeitos especiais", pelo contrário, várias pessoas confudem essa
significação visual dessa produção.

Isso aqui é arte.


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  • 5 months later...
  • Members

Crítica entusiasmada, a do Sr. Villaça. Entusiasmada demais. Mas coloquemos a bola no chão por alguns minutos.

 

 

 

Para começar, o roteiro dos irmãos Wachowski peca em muitos pontos. Primeiro, os diálogos - nunca vi diálogos tão... ingênuos, no pior sentido da palavra. Cada linha dos diálogos que se pretende "inspiradora" parace ter saído dos Minutos de Sabedoria. Não tenho nada contra diálogos ingênuos, acho que eles podem ter um efeito dramático capaz de comover a platéia; no entanto, existe um limite muito tênue entre a ingenuidade - que pode, por que não, encerrar alguma sabedoria - e a inverossimilhança. Infelizmente, esse é um dos calcanhares de Aquiles do filme dos Wachowski: eles escreveram pieguices, ao invés de doçuras ingênuas. No ato final, Speed faz o carro pegar CONVERSANDO com ele!? Se alguém acreditou naquela cena, espero que você seja muito feliz com o que o Papai Noel e Colhinho da Páscoa te trazem.

 

 

 

Depois, os personagens - tremendamente mal construídos, unidimensionais, feitos de papelão. Você não acredita em nenhum sentimento que os personagens queiram passar. Você simplesmente não consegue entrar na ideia de que Speed ama tanto as corridas, ou de que o Corredor X é realmente atormentado pelo seu segredo. John Goodman e Susan Sarandon, atores de talento incontestável, fazem o que podem, mas seus personagens são tão burocráticos que não há talento que sustente personagens desse tipo. Matthew Fox parece visivelmente constrangido na máscara do Corredor X. Zequinha e Gorducho, que deveriam servir de alívio cômico para o filme da mesma forma que no desenho animado, resultam em apenas mais uma dupla de trapalhões-padrão - suas "peraltices" são as mesmas em todas as comédias que tenham macacos como coadjuvantes. E o pior, nem ao menos são engraçadas. Paulie Litt tem tanto carisma quanto Alex D. Linz - ele não é aquela criança cuja traquinice faz você sorrir entre divertido e exasperado (como era no desenho, aliás) e sim aquela que faz você querer aplicar no mala-sem-alça algumas chineladas. E, sem personagens críveis, que não conseguem estabelecer nenhum elo de empatia com o público, a própria trama de "união familiar" perde-se no vazio, sem convencer ninguém.

 

 

 

E o visual? Ah, sim, o velho argumento é esse: "Mas eles quiseram fazer algo igual ao desenho animado." Bom, a minha resposta de quem cresceu assistindo ao desenho animado é: "Volte e assista o desenho outra vez." Por que Speed Racer tinha uma atmosfera obviamente cartunesca, mas não era aquela "bad-trip" de ácido que o filme mostra. "Bad trip" de ácido que, depois de 15 minutos, se torna bem irritante, e que tende a se tornar um espetáculo de luzes e som que parece querer disfarçar urgentemente a falta do que dizer. Um agravante reside no ato final, quando o filme até consegue fazer você se envolver e se empolgar um pouquinho mais, já que a corrida final consegue emocionar a ponto de torcer pelo triunfo do herói (que, obviamente, virá). A indulgência do espectador desaba, porém ao vermos os créditos finais mais ridículos de todos os tempos, acompanhada de uma horrível versão "moderninha" do tema do desenho animado, acompanhado pelas macaquices de Zequinha, totalmente despropositada e fora de lugar. E a trama do "capitalismo malvado, imperialista e cruel" soa uma grande hipocrisia num filme que claramente almeja ser um sucesso de bilheteria e captar muitas verdinhas para o estúdio. Nada de errado nisso, todo filme deve ter por objetivo o sucesso tanto financeiro quanto artístico, mas... vamos admitir que alguém andou vendendo a peso de ouro a própria integridade no momento em que se recusou a investir mais em trama e em personagens para criar um espetáculo visual ralo e desprovido de maiores emoções.

 

 

 

Vamos concordar em um ponto: como eu não me canso de dizer, a estrutura narrativa é interessante, sem dúvida, com idas e voltas no tempo, revelando aos poucos segredos relevantes para a trama. Mas daí a chamar isso de "vanguardista"... bom, tem uma longa distância. Em primeiro lugar, por que o recurso não é exatamente original e qualquer pessoa com conhecimento médio de cinema poderia citar inúmeros exemplos de filmes que se valem de uma narrativa não-linear, começando por Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941), até os mais modernos, como Amnésia (Memento, 2000), Batman Begins (2005) ou Kill Bill (2003/2004), do nosso amigo Quentin Tarantino. Ma, em Speed Racer é um recurso que é usado a serviço do nada, sem um núcleo no qual se ancorar. O confete que se atira sobre qualquer coisa que os Wachowski façam tem apenas uma origem: Matrix (The Matrix, 1999). Uma ficção-científica impactante, inovadora e provocativa. Um filme tão extraordinário que ninguém percebeu que suas duas seqüências não passavam de filmes de ação bombásticos tradicionais, despidos do verniz transgressor do original. O impacto que esse filme provocou parece ter anestesiado o bom senso principalmente da crítica especializada, que de repente recebe tudo que eles dirigem como se fosse a segundo vinda de Neo.

 

 

 

Certo, muitos dirão que o desenho também era ingênuo e tinhas personagens estereotipados e unidimensionais, e isso e aquilo. Pode até ser - mas o desenho tinha algo que esse filme não tem: coração, sinceridade, e não apenas dois cineastas superestimados (pelo menos, até o momento) brincando com pixels, que resulta em um filme frio e vazio.

 

 

 

Em algum momento, eu chamei a crítica do Sr. Villaça de "imbecil". Posso ter errado ao utilizar esse termo - ela é pura e simplesmente, irracional e, ao meu ver, embarca no "calor do momento" - mesmo em um filme que é, como eu já disse, gélido, para fazer uma análise superficial e tão pirotécnica quanto o filme ao qual se refere.Gilberto_Train2011-01-04 21:29:25

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