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Forum Cinema em Cena

Religião (#3)


Nacka
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E porque ela seria?
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Porque ela combina exatamente com os dias em que vivemos. É tão difícil que alguem faça algo genuínamente bom e, nas raras vezes em que isso acontece, atribuem isso à "seres superiores".

Na verdade eu não questiono a existência de Deus. Eu apenas acho perda de tempo dedicar a vida (ou parte dela) à ELE.

Isso sim é estranho.

Ora...se você acha que existe a possibilidade de Deus existir,porque não seguir o manul deixado por ele?

Imagino então que você acha perda de tempo ler se seguir o manual que a Sony te deu para o teu DVD.09
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Rafal, você  não entendeu. Ele pode acreditar na existência de um ser perfeito que ultrapassa nossa compreensão, mas ele simplesmente quer ter a liberdade de agir como quiser em vida (provavelmente alguns princípios coincidirão com os que Deus deixou, outros não: lembre-se: não acho que sejamos seres perfeitos, temos algumas idéias individualistas, egoístas, etc que são inerentes a ser humano). Pra mim é totalmente plausível a postura dele. 01

Mr. Scofield2008-08-05 14:56:03

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Achei estranha.

Ele definir como "perda de tempo".Quer dizer,é errado seguir o manual do cara que te criou?É em vão?

Sobre a questão de liberdade.Bem,liberdade existe.Penso mais que ele não concorda em Deus punir aqueles que não seguem as "ordens" dele.Bem,ele é o soberano sobre todo o universo.....não fico questionando as ações dele.
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1) Dook, entendo o que quer dizer acima, mas mesmo que não seja tão subjetivo como fui acima, o fato é que não agimos e nem acreditamos na lógica o tempo todo, agimos emocionalmente em inúmeros aspectos.

 

2) Não faz sentido acreditar que se o cara não acredita nos eventos históricos TEM que fazer o mesmo em relação às coisas que ele diz acreditar, ele simplesmente pode não fazer, e aí?

 

3) Embora esse comportamento não possa ser explicado pela lógica e seja incoerente, ele é totalmente plausível com a natureza do ser humano.

 

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1) Eu concordo com você Scofa, mas estou falando de razão, lógica como elementos que possuem seu valor independente da "opinião" da pessoa, entende? É possível existir isso? Sim? Não? Se colocarmos que não é possível existir pq a pessoa sempre analisa por um viés subjetivo, tenho pra mim que estamos matando a discussão... 06

 

2) O autor não diz que o cara TEM que analisar seus valores pelo mesmo viés com que ele analisa aquilo em que não acredita. Não é um processo obrigatório. A pessoa faz se quer. Mas fazendo ou não fazendo, o elemento analisado como sendo inverídico por ele, continua sendo verdadeiro por outras razões, esse é o ponto. Ele apenas sustenta que a pessoa que duvida de FATOS mas não analisa com o mesmo ceticismo suas crenças e valores vive no mundo da lua. E concordo com ele, em gênero, número e grau. Um cara que duvida dos dados históricos sobre o descobrimento do Brasil sem apresentar elementos objetivos que refutem os dados existentes é incrédulo teimoso e cabeça dura! Claro que ele vai continuar incrédulo acerca do assunto, podemos mostrar a ele todas as evidências históricas sobre o descobrimento do Brasil e fatalmente ele não se convencerá. Isso não muda a VERDADE sobre a HISTORICIDADE FÁTICA do descobrimento do Brasil, entende? A opinião discordante do sujeito sobre uma verdade racional objetiva não invalida essa verdade racional objetiva. 2+2 serão sempre 4, mesmo que o cara bata o pé que não. É disso que o texto está falando e é dessa "lógica" a que me referi no início da discussão.

 

3) Ok, é plausível com a natureza do ser humano... Mas a instabilidade do "ser humano" não muda algumas verdades racionais objetivas. Se crermos que tudo é subjetivo pelo fato de que o ser humano é "instável" e, portanto, partirá para suas análises sempre de um ponto de partida subjetivo, todo o conhecimento da raça humana, tudo aquilo que construímos de bom e de ruim na História DEVE ser posto em xeque.  
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1) Eu concordo com você Scofa, mas estou falando de razão, lógica como elementos que possuem seu valor independente da "opinião" da pessoa, entende? É possível existir isso? Sim? Não? Se colocarmos que não é possível existir pq a pessoa sempre analisa por um viés subjetivo, tenho pra mim que estamos matando a discussão... 06

 

2) O autor não diz que o cara TEM que analisar seus valores pelo mesmo viés com que ele analisa aquilo em que não acredita. Não é um processo obrigatório. A pessoa faz se quer. Mas fazendo ou não fazendo, o elemento analisado como sendo inverídico por ele, continua sendo verdadeiro por outras razões, esse é o ponto. Ele apenas sustenta que a pessoa que duvida de FATOS mas não analisa com o mesmo ceticismo suas crenças e valores vive no mundo da lua. E concordo com ele, em gênero, número e grau. Um cara que duvida dos dados históricos sobre o descobrimento do Brasil sem apresentar elementos objetivos que refutem os dados existentes é incrédulo teimoso e cabeça dura! Claro que ele vai continuar incrédulo acerca do assunto, podemos mostrar a ele todas as evidências históricas sobre o descobrimento do Brasil e fatalmente ele não se convencerá. Isso não muda a VERDADE sobre a HISTORICIDADE FÁTICA do descobrimento do Brasil, entende? A opinião discordante do sujeito sobre uma verdade racional objetiva não invalida essa verdade racional objetiva. 2+2 serão sempre 4, mesmo que o cara bata o pé que não. É disso que o texto está falando e é dessa "lógica" a que me referi no início da discussão.

 

3) Ok, é plausível com a natureza do ser humano... Mas a instabilidade do "ser humano" não muda algumas verdades racionais objetivas. Se crermos que tudo é subjetivo pelo fato de que o ser humano é "instável" e, portanto, partirá para suas análises sempre de um ponto de partida subjetivo, todo o conhecimento da raça humana, tudo aquilo que construímos de bom e de ruim na História DEVE ser posto em xeque.  
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Muito embora haja pouco a se questionar em seus argumentos, Dook (EXCELENTES por sinal), ainda há algo a se acrescentar que disponho abaixo:

 

a) Concordo com a historicidade fática (embora as pessoas que defendem posições opostas normalmente contestam não os fatos, mas os pontos de vista das pessoas que os analisaram...portanto, se a situação é ou não factual), concordo com reservas quanto à matemática (nesse caso explico por que: a matemática tem natureza conceitual e convencional, portanto,  se nós convencionarmos em colocar uma casa decimal "livre" nos números acima podemos chegar a coisas como 2,5 + 2,5 = 5,0. Se analisarmos as partes inteiras somente, 2 + 2 = 5 e pode ser até 6 se aumentarmos os valores. O exemplo é tosco mas na matemática existem problemas mais complexos que, dependendo do referencial do sistema utilizado pode causar resultados surpreendentes sem nenhuma forçação de barra como no caso acima).

 

B) Acho um pouco forte o termo "viver no mundo da lua" porque na verdade, como discutimos, ninguém atua de forma lógica o tempo todo...vou até mais além: a maior parte das pessoas sequer reflete sobre a origem de suas atitudes. Digo que acho que quase todo mundo age de forma parcialmente lógica, mas mesmo os que mais refletem encontrarão situações totalmente incoerentes com seus próprios princípios em pelo menos algum ponto de sua vida. E mais ainda: creio que se não agregarmos esses efeitos tão naturais não conseguiremos nunca compreender a realidade como ela é. No entanto, façamos a abstração para conseguirmos discutir sobre o tema.

 

Agora vamos ao mais legal: o ponto que mais gostei na sua análise foi a base (o que acredito que destrói a hipótese inicial): a existência de verdades objetivas. Se elas existem - e isso é fato ou não existiriam provas avaliadoras de raciocínio lógico, por exemplo - então precisamos encontrar um motivo para que exista a objetividade (as pessoas que usarem do artifício lógico chegarão à mesma resposta) mas também a subjetividade (caso contrário todas as pessoas chegariam às mesmas conclusões SEMPRE, independente dos fatores analisados, não existiriam pontos de vista).

 

Por exemplo: para contradizer a frase "Todo homem que caminha sobre a Terra é incapaz de analisar seus sentimentos" só há um jeito: encontrar PELO MENOS UM que seja capaz de analisar seus sentimentos. Vale lembrar que essa simplicidade muitas vezes prega peças nas pessoas porque acreditam que a contradição só pode ser obtida através do extremo oposto (há um sem número de pessoas que se fosse pedida uma contradição responderiam: NENHUM homem é capaz de analisar seus sentimentos, o que é extremo...). Enfim, todas as pessoas que usam o raciocínio lógico TEM que chegar à mesma conclusão, ela não depende de NENHUM fator subjetivo.

 

Esse é um ótimo exemplo para falarmos de objetividade na lógica, portanto, uma vez que a conclusão é inquestionável por qualquer pessoa. O que faz com que existam exemplos em que isso não é aplicável? Observemos mais de perto. Note que a resposta está no seguinte: para contradizer a frase é necessário tornar contraditório TODOS os elementos que constituem a mesma. Aí a gente começa a entender...

A frase nos concede TODOS os parâmetros de análise e você precisa usar todos SEMPRE para contradizê-la. Daí a conclusão é sempre a mesma.

 

O problema é que, em situações cotidianas, esses elementos são numerosos (quase infinitos) e as pessoas valorizam os elementos que estão relacionados às suas próprias experiências como mais importantes. Ora, devido a variedade de fatores possíveis de serem analisados nas situações efetivamente enfrentadas, raramente conseguimos chegar a respostas semelhantes. Não por ineficácia da lógica, mas por nossa heterogeneidade intrínseca a sermos pessoas diferentes.

 

Portanto, acho que você está certo: a lógica é objetiva SEMPRE, o que são subjetivos e faz com que cheguemos a conclusões diferentes é a importância dada e a seleção dos parâmetros de análise. Para conseguirmos compreender as idéias e concordarmos em qualquer coisa é preciso observar os parâmetros envolvidos e selecionados, portanto. Só se entrarmos em um "consenso" quanto a eles e deixarmos as diferenças "de lado" concordaremos quanto a qualquer coisa (lembrando que tal consenso pode ser obtido inconscientemente por exemplo, por falta de conhecimento do assunto discutido ou por bom senso ou opção - se um médico me fala que um remédio é bom eu acredito porque acho que ele tem um conhecimento em uma área que eu não tenho...é por aí, acho).

 

Opinião diferente? 01

Mr. Scofield2008-08-06 09:58:00

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Cientologia - a Religião das estrelas


O que John Travolta, Tom Cruise, Michael Jackson, Juliette Lewis, Anne Archer e Lisa-Marie Presley têm em comum? Além da fama e do dinheiro, são adeptos da mesma religião: a Cientologia, cada vez mais famosa entre os artistas de Hollywood. De onde surgiu? O que ensina esse movimento? Por que as pessoas estão dispostas a gastar grandes somas em dinheiro para participar dos seus cursos? Será que os ensinos da Cientologia são compatíveis com a fé cristã? O presente artigo tenciona responder a essas e outras questões.

Polêmica em torno de seu fundador

Fundada em 1954, no Estado da Califórnia (EUA), o idealizador dessa seita é Lafayette Ron Hubbard (1911-1986), filho de um comandante da marinha norte-americana. Segundo publicações da Cientologia ele seria formado em engenharia civil, com especialização em física nuclear, pela Universidade George Washington. "No entanto, os registros da escola revelam que ele cursou apenas dois anos, sendo que o segundo em regime probatório, tendo sido reprovado em física. Afirma-se também que ele teria Ph.D conferido por uma tal Universidade Sequoia da Califórnia, embora não haja provas de que exista uma escola superior com esse nome na Califórnia, qualificada para conceder títulos de doutorado".1

Hubbard se consagrou nas décadas de 30 e 40 como um prolixo escritor de ficção científica, chegando a escrever cerca de setenta e oito novelas desse gênero e outras obras. A biografia de Hubbard não é a das mais confiáveis, pois alguns de seus familiares resolveram romper com a Cientologia e emitiram depoimentos sobre Hubbard. Para seus seguidores, esses depoimentos não são aceitáveis, porque, segundo afirmam, faltam com a verdade. Entretanto, uma das palavras mais duras ditas sobre Hubbard veio de Ronald DeWolf, um de seus cinco filhos. DeWolf disse que seu pai era "um dos maiores trapaceiros do século".2

Desde pequeno, Hubbard costumava viajar com seu pai aos países do Oriente, o que despertou o seu interesse por diversas culturas e crenças. Mais tarde, estudou engenharia e física nuclear. Em 1950, ele publica o livro "Dianética: a Ciência moderna e a saúde mental"3 , que se tornou uma autoridade da Cientologia. Em 1959, mudou-se para a Inglaterra e, devido à forte oposição às suas idéias, deixou-a em 1966, passando a viver a bordo de um navio de 300 pés chamado Apolo, cercado de discípulos. Em 1967, começou a dirigir a Sea organization ( "Organização do mar"), sua congregação religiosa dentro da "Igreja da Cientologia". No ano de 1975, Hubbard voltou aos Estados Unidos, onde passou a levar uma vida cada vez mais discreta e retirada do público, inclusive de seus familiares. Foi então que começaram a surgir rumores sobre a eventualidade de seu falecimento. Ronald DeWolf entrou com uma petição judicial, num tribunal do Estado da Califórnia, para ser nomeado procurador dos bens do pai, alegando que ele havia morrido. Todavia, o tribunal descobriu que Hubbard estava vivo, vindo a falecer dez anos depois, em 1986, deixando mais de seis milhões de adeptos no mundo inteiro.

A doutrina da Cientologia

A palavra Cientologia, inventada por Hubbard, vem dos termos latinos scio, que significa conhecer, e logos, razão. Para os cientólogos, a Cientologia é uma religião cujo objetivo é "estudar o espírito, entender a relação de cada um consigo mesmo, com o universo e com outras formas de vida. É uma religião, uma sabedoria e uma ciência". Na verdade, trata-se de uma corrente de pensamento filosófico-religioso mesclada a técnicas psicoterápicas e doutrina budista.4 Segundo o próprio Hubbard, a religião criada por ele deve despertar no discípulo a consciência de que ele é imortal. É uma mistura de conceitos tirados do hinduísmo e das tradições cabalísticas. A Cientologia serve de base para uma série de técnicas como a psicanalítica (Dianética), e promete aos seus adeptos melhorar sua capacidade de comunicação e diminuir seus sofrimentos, ensinando-o a "lidar com as pessoas e seu meio".

Fundamentos básicos:

O homem é basicamente bom, composto de três partes: corpo, mente e espírito. É um ser imortal. Sua experiência vai muito além de uma só vida. Sua salvação depende de si mesmo, de seus semelhantes e de sua relação com o universo.

O corpo é um componente indesejado do ser humano.

A mente humana é limitada e não permite ao indivíduo tomar consciência de que ele é destinado a sobreviver . A mente é o sistema de comunicação entre o Thetan e o mundo ambiente.

O espírito (na Cientologia, Thetan) é onisciente e imortal e, através da pista do tempo, percorre várias vidas. O espírito é tudo aquilo que você traz de bom e de ruim desta e de outras vidas. No início, todos os espíritos eram perfeitamente felizes num eterno presente, mas acharam que era uma situação aborrecedora e foi assim que, "para brincar", criaram o universo. Mas se tornaram vítimas do seu próprio "brinquedo", esquecendo-se de que o mesmo fora criado por eles.

A teoria na prática

Através de sessões da Cientologia (auditing - audição), a pessoa passa por sete graus de purificação para libertar-se dos engramas (cicatrizes). No final desse processo, o adepto sai do estágio pré-claro para o claro. Isso, porém, é apenas a primeira etapa da purificação. A segunda é chamada de Operating Thetan ("Espírito operativo", o qual passaremos, a partir de agora, usar apenas as iniciais EO, quando nos referirmos a ele) que, por sua vez, compreende oito degraus. Nesta segunda grande fase, o Thetan passa a entender que o mundo visível não é uma realidade plena, mas, sim, aparente, e ele (o espírito) já não depende do universo que o cerca: "Uma das mais notáveis qualidades de um Thetan Operacional é a imortalidade pessoal e consciente e a liberdade relativamente aos ciclos do nascimento e da morte".5

Os cientólogos garantem que um EO pode praticar a exteriorização, ou seja, vaguear com o espírito "fora" do corpo. Nesse estágio, raramente adoece, é menos propenso a acidentes, tem memória total, QI superior a 135, imaginação criativa, vitalidade extraordinária, personalidade magnética, autocontrole, entre outras coisas. Entretanto, quando a morte vem, o Thetan vai para um lugar de descanso (Marte ou Pirinéus, segundo alguns), até que lhe seja atribuído um novo corpo. Um dos aspectos curiosos da Igreja da Cientologia é o fato de que seus membros, sem nenhuma objeção, podem pertencer a outras religiões ao mesmo tempo em que proclamam a reencarnação do espírito, doutrina que se choca com a de outras crenças.

Os degraus finais desta fase (que vai do EO-1 a EO-5, além de outros EOs) são mantidos em segredo pela Cientologia. Os claros que chegam a esse estágio não podem levar os textos para fora das instalações da Igreja e muito menos têm o direito a cópias. Segundo uma reportagem do Washington Post, de 19/08/95, dados recolhidos num tribunal de Los Angeles mostram que os membros que participam dos cursos nas instalações especiais da Igreja têm de aceder com uma zona de acesso restrito, sendo escoltados por seguranças até uma sala fechada, onde podem consultar os textos, mas tudo isso vigiados por câmaras de vídeo. Apesar de todas essas medidas extraordinárias de segurança, críticos e antigos adeptos da Cientologia têm conseguido escapar ao cerco e distribuído os textos secretos da seita (o que leva a Igreja a tomar certas medidas).

Um dos cursos secretos que demonstram a pura fantasia dos ensinos da Cientologia é o EO-3, que cobre supostos acontecimentos de 75 milhões de anos atrás. Nesse período, teria ocorrido um problema de superpopulação na "Federação Galática" (composta por 76 planetas), e o seu oficial Xenu teria sido escolhido para resolver o problema. Aparentemente, Xenu decidiu "congelar" milhões de seres e trazê-los à terra, mais precisamente no Havai e Las Palmas, onde as explosões nucleares, provocadas por oito vulcões, restauraram somente os espíritos dos exterminados. Os seres humanos seriam compostos por esses espíritos (e por alguns maus espíritos, os Body Thetans), e Xenu, capturado e aprisionado pelo seu crime. Quem sabe seja por isso que a capa do livro "Dianética" tem a imagem de um vulcão. Ao que tudo indica, todas essas coisas não passam de uma versão simples de alguns dos conceitos da Cientologia. Seus adeptos contam com grandes e numerosos volumes de literatura para que possam expandir-se nessas "ficções científicas".


A Cientologia e o cristianismo

Embora haja por parte dos cientólogos considerável esforço em conciliar os ensinos de Hubbbard com o cristianismo (como se vê em diversas de suas publicações, como, por exemplo, a brochura intitulada Cientologia e a Bíblia), a verdade é que existe um enorme disparate entre a Palavra de Deus e os ensinos de Hubbard. Vejamos alguns:

Deus

Devido ao seu caráter eclético, a Cientologia tem procurado, nos últimos anos, assim como a Maçonaria, designar Deus simplesmente como "Ser supremo", "Força de vida", a fim de facilitar a entrada de pessoas de qualquer segmento religioso. Adotam, ainda, a posição politeísta: "Existem deuses que estão acima de todos os outros deuses, e deuses além dos universos".6 Em toda a Bíblia encontramos uma afirmação inflexível a favor do monoteísmo e da singularidade do Senhor Deus (Is 43.10,11; 44.6,8; 45.5, 21,22). O apóstolo Paulo é muito claro e enfático ao afirmar que, no que diz respeito ao mundo, "há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai de quem são todas as cousas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo" (1Co 8.5,6).

O lugar de Cristo

Hubbard formou o pensamento da Cientologia sobre Jesus Cristo tomando emprestado o mesmo ensino do Budismo, do Hinduísmo, do Taoismo e do Judaísmo: "teoria moral", que defende a idéia de que Jesus é apenas um exemplo de fé, de moral e de conduta. "Nem o senhor Buda e nem Jesus Cristo eram 'espíritos operativos' (do nível mais elevado), de acordo com as evidências. Eram apenas uma sombra limpa acima".7 Não compactuamos com esses ensinos da Cientologia, pois a Bíblia proclama que Jesus é o Filho de Deus, sendo vero e eterno Deus, de uma só substância com o Pai e igual a Ele. O único mediador entre Deus e os homens. Em todo o registro da vida do Senhor Jesus Cristo em suas palavras e ações, encontramos sua singularidade. No livro de Atos, Ele é chamado, muitas vezes, de o "Santo", o "justo" ( Is 9.6; Jo 1.1, 18; 8.58; 20.28; 1Jo 5.20; Fp 2.6; 2Pe 1.1; Hb 1.8-12; Tt 2.13; Rm 1.3,4; 1Tm 2.5; 1Pe 2.22; 1Jo 3.5; Hb 7.26; At 2.27; 3.14; 4.30; 7.52; 13.35).

Hubbard fez várias declarações infundadas sobre Jesus. E uma delas foi que "Jesus era membro da seita dos essênios, que cria na reencarnação".8 Os essênios9 tinham um sistema de vida profundamente ascético, alimentavam-se frugalmente e possuíam um "Manual de Disciplina" que estabelecia regras para a vida da comunidade quanto ao que se podia comer ou não. Não aceitavam o sacrifício de animais. Impunham o celibato para seus membros, entre outras crenças. Basta uma leitura imparcial das Sagradas Escrituras para vermos que Jesus não era um "essênio". Jesus não se apartava do povo, não tinha restrições quanto à comida, chegando ao ponto de ser acusado pelos judeus: "Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!".
Os "essênios" primavam pela pureza exterior. Ao serem os discípulos acusados de comer sem lavar as mãos, Jesus os defendeu, dizendo: "Convocando ele, de novo, a multidão, disse-lhes: Ouvi-me todos, e entendei. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina" (Mc 7.14,15).

Os essênios não criam na ressurreição do corpo. Não podiam harmonizar a idéia de um espírito puro reunido a um corpo de substância material, já que esta era má. Ao contrário, Jesus ensinou claramente que lhe era necessário sofrer muitas coisas e, por fim, ressuscitar: "Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos" (Mc 9.9).

Jesus se opôs à reencarnação (Jo 9.1-3) e ensinou a impossibilidade de qualquer pessoa se salvar por ela (Mt 25.34, 41, 46). Em lugar de ensinar a preexistência de todas as almas, como é próprio da Cientologia, Jesus afirmou que era o único que preexistiu de fato, e não estava em um estado reencarnado: "Vós sois cá debaixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou" (Jo 8.23).
O homem não veio de uma "estação de implante" de outro planeta. O homem é deste mundo, unica--mente da terra. O gênero humano começou na terra, com a criação de Adão.10

Desprezo pelo corpo

Ao expressar o conceito que tem sobre o corpo, a Cientologia revela a origem de suas crenças. Ela diz que nós não pertencemos a esse corpo físico, pois é mau. Esse ensino, no entanto, é idêntico ao pensamento gnótisco11 . Os gnósticos pregavam um dualismo entre a matéria e o espírito, advogando que a matéria criada era má. A encarnação, a ressurreição e a ascensão de Cristo são essenciais ao entendimento e à fé cristã, pois mostram que não há lugar para essa torpe dicotomia entre o espiritual e o material. O cristão aceita o fato de que corpo, além de criação de Deus, é habitação do Espírito Santo (1Co 6.19). Somos instados a glorificar a Deus com o nosso corpo (1Co 6.20).

Tiago 2.26, diz: "...o corpo sem espírito é morto...". A formação do homem, desde a criação de Adão, demanda um corpo, bem como um espírito, para que ele fosse uma "alma vivente" (Gn 2.7). Um dos propósitos da futura ressurreição do corpo do cristão é reunir o corpo e o espírito, formando um ser completo.

O caminho da salvação

Como vimos, a Cientologia crê que o homem é "basicamente bom", "sem pecado". Portanto, segundo afirmam, "é desprezível e completamente abaixo de todo desprezo falar para um homem que ele tem de se arrepender, que ele é mau".12 Na visão da Cientologia, o homem tem apenas cicatrizes (Engramas), e é justamente isso que o impede de descobrir e exercitar "seu poder inerente".

À medida que a pessoa se submete às sessões de "audição"13 , em tese ela estará purificando sua mente dos ferimentos e das chagas que tenha contraído em suas existências anteriores à atual, a fim de chegar a uma conscientização de sua divindade.

Contrastando essa doutrina absurda, Jesus Cristo ensinou que o homem tem um grave problema: o do pecado, e está incapacitado de resolvê-lo por si mesmo. Jesus disse que o homem é mau por natureza (Mt 12.34; 7:11). Falou, ainda, que do interior do homem procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos teste-munhos e blasfêmias (Mt 15.18,19). Seu primeiro sermão foi uma exortação ao arrependimento (Mt 4.17). A pregação de João Batista (Mt 3.2), dos Doze (Mc 6.12), de Pedro no Pentecoste (At 2.38) e de Paulo aos gentios (At 17.30; 26.20) continha mensagens com forte apelo ao arrependimento para que houvesse remissão de pecados. A mensagem do arrependimento deveria ser levada por todo o mundo (Lc 24.47). Nossos irmãos, num passado não tão distante, compuseram uma magistral definição de arrependimento que os cientólogos deveriam atentar.

Vejamos:

"Por ele um pecador, movido pelo que vê e sente, não só diante do perigo, mas também diante da imundícia e odiosidade de seus pecados, como sendo contrários à santa natureza e à justa lei de Deus, e na apreensão de sua misericórdia em Cristo destinada aos que são penitentes, de tal maneira se entristece e odeia seus pecados, que, deixando-os, se volta para Deus, propondo-se e diligen-ciando-se por andar com Ele em todas as veredas de seus mandamentos" (Confissão de Fé Westminster - Cap. XV, seção II).14

"Vasos rotos"

Os cientólogos precisam ouvir a mensagem do evangelho da graça do Senhor Jesus Cristo. Precisam ser despertados do fascínio do "budismo tecnológico" e romper com esses "vasos rotos" (Jr 2.13), inúteis e vazios, sem água, devendo trocá-los pela fonte da vida, da qual fluem rios de água viva (Jo 4.14).

Soli Deo Gloria

Notas:

1 Walter Martin. O Império das Seitas, Vol.III. Venda Nova. Editora Betânia, 1992.

2 George A. Mather & Larry A. Nichols. Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo. São Paulo: Editora Vida, 2000.

3 Já vendeu mais de 18 milhões de cópias pelo mundo e foi traduzido em 52 idiomas.

4 O Dr. Frank K. Flinn, em uma excelente pesquisa, qualificou a Cientologia de "Budismo Tecnológico" (Alternatives to American Mainline Churches, New York, Rose of Sharon Press, 1993, pp. 89-110.

5 Une Armée en Marche, 1882-1982. Cent ans de Service salutiste en Suisse, Berne, 19 de outubro de 1883.

6 L. Ron Hubbard, Scientology 8-8008, Los Angeles, Publications Organization, 1953, 1967, p. 73.

7 L. Ron Hubbard, Certainty Magazine 5, no. 10 (s.d.), 73.

8 Decraração de L. Ron. Hubbard, conforme citado por Kurt Van Gorden, em Challenging Scientology with Gospel of Jesus Christ.

9 Eram uma comunidade religiosa judaica que floresceu do século I a.C. ao século II d. C.

10 O termo Adão (Adamah - hebraico = Terra) aparece 560 vezes no A. T., para indicar homem ou humanidade; mas no começo do livro de Gênesis indica o primeiro homem, e é um nome próprio.

11 Termo derivado do grego Gnosis, conhecimento, usado no passado para designar uma seita herética denunciada nos primeiros séculos da Igreja Cristã. Boa parte do N.T. condena seus ensinos.

12 Declaração de L. Ron Hubbard, conforme citado por Kurt Van Gorden, em Challenging Sccientology eith Gospel of Jesus Christ.

13 A princípio, são de preços toleráveis, mas vão-se tornando cada vez mais caros, a ponto de causar total dependência e endividamento em relação à Cientologia.

14 Zc 12:10; At. 11:18; Lc 24:47; Mc 1:15; At. 20:21; Ez 18:30,31; 36:31; Is 30:22; Sl 51:4; Jr 31:18,19;
Jl 2:12, 13; Am 5:15; Sl 119:128; 2 Co 7:11; Sl 119:6,59,106; Lc 1:6; 2 Rs 23:25.
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Desculpa a mudança brusca...

Movimento subterrâneo luta pela igualdade da mulher na Igreja

“Em nome da Mãe, da Filha e da Espírito Santo. Deusa nossa, acolhe a nós, cristãs… Mãe nossa que estás no céu…” As teólogas feministas nos propõem inverter, subverter a linguagem de gênero da liturgia católica para que comprovemos a apropriação masculina da própria idéia de Deus realizada através dos séculos. Pensam que, de tanto representar o Altíssimo com figuras masculinas e de excluir a mulher dos estamentos do poder religioso, as hierarquias católicas acabaram “violando a imagem de Deus nas mulheres”, apagando a parte feminina do Supremo Criador.

Poucas imagens podem ser tão obscenas em nossas sociedades católicas quanto a exposição pública de uma mulher nua pregada na cruz. E poucas coisas irritam tanto o Vaticano quanto o questionamento do papel atribuído à mulher na Igreja. “A ordenação das mulheres é o primeiro passo para recomeçar a comunidade de iguais que Jesus queria. A Igreja se empobrece clamorosamente pela carência de uma contribuição feminina mais plena e responsável”, indica a freira María José Arana, antiga pároca da Congregação do Sagrado Coração, doutora em história e autora do livro “Mulheres Sacerdotes, Por que Não?”

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Chica, o sacerdócio feminino é um assunto que gera muitas discussões (que eu não vou ter saco para discutir aqui). Em todo o caso, o Torá não cita mulheres com cargos religiosos. Mas elas entravam na tenda da congregação e adoravam à Deus junto com os homens (se não me engano isso não ocorre no islamismo). Apesar disso, vemos mulheres alcançarem cargos políticos em Israel, como as filhas de Zelofeade, que assumem a liderança da tribo de Manassés em Números 26. Ao ler esse texto vemos que as cinco filhas se tornam herdeiras, algo praticamente impossível se levar em consideração a época e o lugar. E, sendo elas descendentes diretas de José, tem a liderança da tribo.

 

 

 

Débora, a sibila e juíza, é um exemplo mais conhecido de mulheres assumindo cargos políticos em Israel (Juízes 4).

 

 

 

Um texto muito interessante sobre a mulher é o louvor de Salomão à mulher virtuosa, que esta em provérbios 31. Nele, o autor diz que a mulher é trabalhadora, manda nos servos, adquire propriedades, é amada por seus filhos, orgulho de seu marido, e ainda se valoriza! Depois vem dizer que a bíblia é machista...

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Curioso que esses teólogos que pregam mulheres sendo líderes eclesiásticas máximas nas igrejas se esquecem de onde começou toda essa "restrição".

 

Aliás, tudo que envolve a mulher gera discussões acaloradas em relação a Bíblia: sacerdócio pastoral, novo casamento... 06
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Curioso que esses teólogos que pregam mulheres sendo líderes eclesiásticas máximas nas igrejas se esquecem de onde começou toda essa "restrição".

 

Aliás' date=' tudo que envolve a mulher gera discussões acaloradas em relação a Bíblia: sacerdócio pastoral, novo casamento... 06
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Alias Dook, qual a visão que vocês têm sobre o divórcio e em seguida novo casamento?09
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Alias Dook' date=' qual a visão que vocês têm sobre o divórcio e em seguida novo casamento?09
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Como eu disse, isso gera discussões acaloradas.

 

O que eu posso te dizer é que a Bíblia autoriza o DIVÓRCIO em caso de pornografia (adultério, relações sexuais ilícitas mesmo entre o casal), situação em que o cristão PODE, se quiser, pedir a separação.

 

Fora deste caso, o cristão só pode se separar, biblicamente falando, se o seu cônjuge não for cristão e quiser se separar. Aí a Bíblia ensina que o cristão não pode obrigar o cônjuge a viver junto, devendo aquiescer à separação.

 

Repare que são duas situações diferentes. Na primeira o cristão pode, à sua faculdade, tomar a iniciativa da separação. Na segunda, quem toma a iniciativa é o cônjuge não-cristão.

 

Agora a bomba: EM NENHUMA DAS SITUAÇÕES ESTÁ CONFIGURADA A POSSIBILIDADE DE NOVO CASAMENTO. A BÍBLIA ESTABELECE RAZÕES E SITUAÇÕES QUE MOTIVEM O DIVÓRCIO E NÃO NOVO CASAMENTO.

 

Portanto, aí entra a discussão. Tem gente que acha que já que o cristão pode se separar quando o cônjuge cometer adultério, isto naturalmente o habilita para um novo casamento. Mas não é isso que a Bíblia diz. Aí vai da consciência de cada um.
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Pergunta : Sob a ótica cristã ' date=' um pai que protege um filho com o corpo a fim de evitar que uma bala o atinja , mesmo sabendo que isso custará sua própria vida , é considerado um suicida e conseqüentemente perderá sua alma ? [/quote']

Não é considerado suicídio porque um tiro, dependendo de onde atinja, não é garantia de morte.. Além do mais, a intenção foi de salvar outra vida... E não tirar  própria vida.

 

 
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Pergunta : Sob a ótica cristã ' date=' um pai que protege um filho com o corpo a fim de evitar que uma bala o atinja , mesmo sabendo que isso custará sua própria vida , é considerado um suicida e conseqüentemente perderá sua alma ? [/quote']

 

Não.
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Fora deste caso' date=' o cristão só pode se separar, biblicamente falando, se o seu cônjuge não for cristão e quiser se separar. Aí a Bíblia ensina que o cristão não pode obrigar o cônjuge a viver junto, devendo aquiescer à separação.[/quote']

 

 

 

Puxa, essa eu nunca ouvi falar. Podia postar o texto de onde tu tiraste esta afirmação?

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THX - Digamos que ele tenha consciência de que irá morrer e mesmo assim se dispõe a isso .

 

Dook - Dá para embasar um pouco a resposta ?

 

Isso foi artigo de discussão aqui em casa no final de semana .

 

Marko, o embasamento é idêntico o da THX, por isso não repeti... O cara pode até ter consciência de que vai morrer, mas o que o motiva a perder a vida? A salvação de outra vida. Sacrifício voluntário é diferente de suicídio.  

 
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Digamos que ele tenha consciência de que irá morrer e mesmo assim se dispõe a isso

Na Bíblia o suicídio é como se fosse assassinato e é um pecado grave, mas o que pode tirar a salvação é quando alguém comete suicídio ao se afastar de Deus, num momento de desespero por exemplo. Isso significa rejeitar a salvação através de Cristo. É como se a pessoa perdesse todas as esperanças, inclusive em Deus, e decide dar fim à vida.
-THX-2008-08-19 15:08:25
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