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Forum Cinema em Cena

Temporada dos Grandes Diretores no CeC


Nacka
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O que os demais pensam sobre a idéia do Fulgora?

 

Considerem a instabilidade do fórum (como discutir sem a maioria dos usuários online?) e também o fato de que tem alguns convidados da lista que não entram no fórum há pelo menos 3 semanas...

 

 

 
Nacka2008-11-13 23:53:27
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1) Concordo com o Fulgora, acho impraticável uma por dia.

2) Quanto a troca de datas, não vou me pronunciar defintivamente até a definição da idéia do Fulg, mas a princípio, adoro a veras, mas não quero trocar minha data, se for mantido o esquema (também estou MUITO atarefado). E não entendi porque o padrinho, ao invés de sugerir gentilmente meu nome, não considerou a si próprio para fazer tal gentileza. 19

Mr. Scofield2008-11-14 12:16:36

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Eu acho que uma por dia ta legal. Sim, eu concordo que isso pode talvez atropelar um pouco e não haver espaço para tantos comentários ou discussões mais elaboradas etc, mas também não sei se isso seria o necessário para ESSE tópico. Eu pelo menos to encarando muito mais como um aperitivo para uma possível volta do cineclube, fazer o pessoal recuperar a rotina de escrever e tudo mais. Acho que o nacka deve estar pensando na volta do cineclube, e se estiver, fica meio cansativo ter dois eventos tão longos meio interligados. Eu acho que esse é legal por ser pa pum, um dia uma lista, outra também, e deixa pro cineclube mais tempo para discussões mais interessantes.

Ah, só uma coisa que eu acho que poderiam mudar, sábado e domingo o fórum praticamente fica as moscas, quase não se posta nele nesses dias. Eu acho que a primeira lista deveria ser posta na segunda de manhã, e depois vai postando uma a uma até sexta, quando se faria um intervalo.  
Tensor2008-11-14 19:47:03
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Que tal um meio termo? Um convidado postando a lisa a cada 3 dias? E sim, poderíamos começar na segunda com a segunda lista na quinta feira e daí nada seria postado final de semana. O que acham?

Se concordarem, neste final de semana posto uma nova lista com os dias já alterados.

 

Tensor você captou a mensagem... pretendia mesmo voltar com o Cineclube e espero que vocês me ajudem a bolar algo tão bom como foi antes mas de alguma forma, diferenciado...

 

 
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Folks postando somente 2 listas por semana a coisa esticou bastante e não é mais quinzena, começa amanhã, segue pelo restante do mês pega dezembro inteiro e só termina com a última dia 08 de janeiro de 2009.

 

Como esse alongamento não estava previsto desde do início sugiro que aqueles que precisem viajar ou tenham qualquer problema com as novas datas, mantenham sua programação como se fosse as datas anteriores e mandem para mim as listas com a resenha, mas vejam bem, somente em situações em que o titular das lista precisar ausentar-se do fórum neste período, caso contrário ele mesmo pode postar como combinado desde do início. 

 

Temporada dos Grandes Diretores no Cec<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

 

01 - Tensor - Dia 17 Nov

02 - Nacka - Dia 20 Nov 

03 - Dr. Calvin - Dia 24 Nov

04 – Stradivarius - Dia 27 Nov

05 - Beckin - 01 Dez

06 - Veras - 04 Dez  

07 - Sync - Dia 08 Dez

08 - Fulgora - Dia 11 Dez

09 - FRAM - Dia 15 Dez

10 - Big One - Dia 18 Dez

11 - Fapreve - Dia 22 Dez

12 - Naomi Watts - Dia 25 Dez

13 - Jack Kundeiner - 29 Dez

14 – Mr. Scofield - 01 Jan 2009

15 – -felipe-  - 05 Jan 2009

16 - The Deadman - 08 Jan 2009

 

 

Nacka2008-11-16 23:20:09
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Não Beckin, eu corrigi. Na confusão não tinha alterado as datas aí já fiz tudo, a lista agora está por ordem de postagem e como eu tinha esquecido o The Deadman ele agora fecha a temporada (ganhou muito mais tempo hein Ricardo? Só não vá esquecer...)

 

É isso galera, amanhã começa...

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Tem que escrever textinho, nem né? Enfim, ta aberta a Temporada dos Grandes Diretores no CeC...

 

 

 

LADO A - OS MELHORES

 

 

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01.   Woody Allen (Memórias)<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

02.   Quentin Tarantino (Pulp Fiction)

03.   David Cronenberg (Marcas da Violência)

04.   Joel e Ethan Coen (Barton Fink)

05.   Brian De Palma (Blow Out)

06.   Abel Ferrara (Vício Frenético)

07.   Sergio Leone (3 Homens em Conflito)

08.   Richard Linklater (Antes do Pôr do Sol)

09.   Stanley Kubrick (O Iluminado)

10.   David Lynch (Cidade dos Sonhos)

 

 

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Marcas da Violência (A History of Violence / David Cronenberg, 2005)

 

Logo no início do filme, quando Sarah, a filhinha de Tom, acorda gritando depois de um pesadelo, ela diz que: “havia monstros aqui”, e a cena que precede isso é a qual dois assassinos fazem uma chacina em um desses hotéis de beira de estrada, como se esse fosse o pesadelo que ela teve, como se eles fossem os monstros. E Marcas da Violência é isso, uma guerra sobre a lama, monstros matando monstros, e os respingos disso fazendo vitimas que não tenham nada a ver com a história. Na verdade o título original “history of violence” é perfeito, já que tudo não passa de uma espécie de conto de fadas invertido, onde ao em vez de ser uma história para se contar para crianças ninar, deveria ser lido por algum aspirante a bandido que esteja em alguma detenção infantil, como a Cinderela dos marginais. Já que o protagonista, o “herói” que é nos dado para torcer, é simplesmente o maior filho da puta do filme, e um dos melhores vilões da filmografia do Cronenberg.

 

O que há em Marcas da Violência é um confronto entre o que parece ser e o que realmente é, Cronenberg cria uma mística em torno de Tom Stall semelhante a que Clint Eastwood fez com Bill Munny, em Os Imperdoáveis. Ele torna um personagem comum, uma pessoa comum, dedicada a família, amigos, trabalho, etc... Em um ser alienígena, de estudo, daqueles que olhamos com desconfiança como se tivesse uma bazuca por de baixo da pele.  Quando olhamos pra Tom enxergamos o tipo de cara que acorda no meio da noite para tranquilizar a filha depois de um pesadelo, que é recebido na rua por quem quer que seja sempre com um sorriso no rosto e uma entusiasmada saudação, que é idolatrado pela família como se fosse um herói e etc.. Cronenberg filma Tom assim, filma da forma que Tom gostaria de ter sido, e ao mesmo tempo, sugestiona algo totalmente diferente. Cronenberg nos mostra a ilusão da vida perfeita, e depois nos lança para realidade violenta e podre. Ele torna Tom no herói modelo a ser seguido, e depois, inesperadamente, destrói toda a imagem que tínhamos criado até ali, nos dando apenas duas alternativas de como seguir o filme dessa hora em diante: torcer para que Tom se safe e continue com seu castelo ilusório que construiu até ali, ou que sofra as consequências por ser o que realmente é.

 

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Tom não existe, apenas Joey.  Torcer para ele é como torcer para a impunidade. É acreditar que um arrependimento moral (que não existiu também, apenas uma fuga covarde) seja o suficiente para livra-lo da pena de toda barbárie que já tenha cometido.  Quando sua esposa descobre toda a verdade, de que no passado tinha sido um assassino covarde no qual sentia prazer em eliminar suas vitímas, ele alega que essa pessoa não existe mais, que tinha ido até o deserto, passado anos, até conseguir fazer seu último assassinato, – simbólico - de Joey. E isso na verdade cria vários paradoxos ideológicos para o personagem:  Joey criou Tom para se dar uma nova chance, criou Tom para se livrar de Joey, dar o castigo que esse merece e continuar vivendo uma vida comum. Acontece que Tom foi criado para matar, e isso evidência todo o comportamento violento do personagem.  Ele cria um assassino para acabar com outro. Ele acaba com a mente de Joey, que usou aquele corpo para todo tipo de violência, e coloca no lugar uma igualmente mente assassina, se não fisíca, pelo menos psicológica. Não interessa se é Tom ou Joey, ambos são igualmente assassinos e perturbados.  E o fato de Tom (ou seja quem for) querer “matar” Joey, é equivalente a querer acabar com o remorso, o mínimo de castigo que ele deveria carregar consigo. O justo. Se o arrependimento fosse verdadeiro, o mínimo que poderia fazer é viver sendo Joey, lamentando o que fez, acordar suado a noite com pesadelos sobre suas vítimas, com as famílias que ele destruiu. Se não sofrer as consquências físicas, pelo menos as psicológicas. O seu suposto arrependimento foi o suficiente para ele se dar uma nova chance, achar que tinha o direito de começar uma nova vida, com uma nova família, e sair impune de qualquer ato que tenha cometido, e isso é a principal prova de que não existiu arrependimento, existiu um desgaste, uma vontade de levar uma outra vida, ele decidiu ser bom da mesma forma que antes decidiu ser mal, foi uma escolha sem muitas reflexões “agora eu sou bom, não vou mais matar e quero levar uma vida comum”.  Acontece que não a volta depois que se puxa o gatilho, principalmente repetidas vezes. Ele merecia um castigo do qual se deu o luxo de esquecer.

 

 

Quando o passado surge a tona de novo, a fins de desmoronar toda a ilusão de vida que ele havia criado, Joey surge imediatamente do nada. Ele volta a matar, adere ao seu antigo comportamento assassino, entende talvez que aquelas pessoas merecem morrer. Mas merecem morrer por serem o que ele já foi (ou é)? Isso não importa, e Joey decide convenientemente reviver Joey, pelo menos as habilidades assassinas dele. Ele mata quem julga merecer morrer, principalmente se esses ousarem desestruturarem a família que ele levou tanto tempo para formar, a vida que lhe deu tanto trabalho para criar. Tom vira um alter ego e Joey uma identidade secreta, o homem para o trabalho sujo, e quando esse acaba, volta a ser novamente Tom livre dos remorsos e tudo mais. Acontece que Tom não existe, e quando ele deixa Joey tomar as redéas novamente, ele mesmo se da conta disso. A última cena, do jantar, ele voltando pra casa, não é apenas a melhor cena do filme – e que sintetisa o filme todo -  mas sim a melhor da filmografia do Cronenberg, e uma das melhores do cinema. É Joey entrando em casa pela primeira vez (ok, sempre entrou, mas agora concientemente) e tendo que encarar pela primeira vez sua família sendo um assassino. E mais, tendo que encarar a família de mais uma de suas vítimas, já que Joey criou Tom, e Joey, da mesma forma, matou Tom.Tom não existe mais. Ele mata o marido da sua própria esposa e pai dos seus próprios filhos. Ele vê sua filha colocando um prato a mais na mesa para o assassino de seu próprio pai. Acaba com a família das pessoas que mais ama, e a expressão dele diante disso (aliás, o Viggo ta um monstro aquela hora) é de uma melancolia desesperadora. Finalmente ele  começa a sofrer as consquências, e as coisas tentendo a melhorar devido a desgraça interna que ele sofre. Já que não poderia existir justiça se não o sofrimento para ele. Ele é tão monstro quanto qualquer outro que tenha matado, e merece tudo aquilo, apenas se escondeu atrás de uma família convencional. 

 

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LADO B - OS PIORES

 

 

 

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01.   Darren Aronofsky (Réquiem Para Um Sonho)

02.   Federico Fellini (A Doce Vida)

03.   David Lean (Lawrence da Arábia)

04.   Michael Bay (Transformers)

05.   David Cronenberg (Crimes do Futuro)

06.   Gus Van Sant (Elefante)

07.   Pedro Almodóvar (Fale Com Ela)

08.   Oliver Stone (Platoon)

09.   Ron Howard (O Código Da Vinci)

10.   Uwe Boll (Alone in the Dark)

 

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Réquiem Para um Sonho (Requiem for a Dream / Darren Aronofsky, 2000)

 

Antes de qualquer pedra:  1.eu não tenho nada contra câmera esquizofrênica, desde que saibam usa-la, e, principalmente, QUANDO usar. 2. Eu não tenho nada contra intelectualismo travestido por narrativa ou estética moderna e etceteras, desde que saibam como fazer. 3. E, definitivamente, eu não tenho nada contra a implantação de algum estilo próprio que tenha como único objetivo alcançar algum requinte visual (ou audiovisual) ou simplesmente para ser usado como uma muleta narrativa cool (se tivesse, não adoraria o Tarantino, por exemplo), desde que isso seja interessante. Mas o que eu com certeza tenho contra é ter que aturar 1 hora e meia de filosofia vazia sendo filmada como se tivessem fazendo um remake de 2001 “dahora”, não na mensagem, mas na suposta pretensão de determinado assunto.

Essa porcariazinha que esse sujeito qual nome eu não estou afim de fazer um ctrl c,v,  fez, é o exercício mais bizonho de inutilidade cinematográfica. Réquiem Para um Sonho é simplesmente nada. Ele finge ser tudo, mas não é porra nenhuma. Ou seja lá o que ele for, é muito pouco perto do que ele finge ser.

O que Réquiem Para um Sonho é? Um filme que trata apenas e exclusivamente das consequências do uso de drogas. Eu uso e vou ficar assim e blá,blá. O que Réqueim Para um Sonho pensa que é? Ha, muita coisa: pensa que trata da solidão, alienação emocional, deslocamento no mundo, etc. E é filmado de tal forma que faça você acreditar que realmente existe algo por trás de tudo isso, quando na verdade ele ta filmando o vazio.

Vou pegar exemplos práticos do que Réquiem Para um Sonho é, e o que ele finge ser: Jennifer Connelly e Jared Leto, estão os dois deitados em uma cama, e então o diretor resolve corta-los, fazendo duas perspectivas na mesma cena, a dela e a dele, e então é um desfile de câmera pelos corpos dos dois. Primeiramente há apenas um confronto de olhares, eles obviamente estão em uma sintonia emocional fantástica, os olhos falam mais que a boca, são dois seres que definitivamente tem muito o que dizer (o diretor sugestiona isso com sua câmera), e então, infelizmente, o silêncio é quebrado, e o que antes era sugerido pelos olhares, agora é transformado em poesia pelos jovens rebeldes. “você é a pessoa mais linda do mundo” diz ele, “você acha mesmo?!” retruca ela, “sim, sim... sei que nunca devem ter te dito isso, mas é o que penso” indaga o james dean contemporaneo, “não é isso, já me falaram... mas é que antes não significava nada. E agora que você falou, significa, sabe...?” Sabe? É... E depois vai a Jennifer Connelly pra frente do espelho, nua na parte de baixo, e levanta os braços deixando com que uma luz acolhedora branca tome conta do lugar. Cada um pode interpretar como quiser, uns podem achar que ela estava em um estado de libertação espiritual muito forte, mais ou menos quando a mente se separa do corpo, ela pôde se desprender dos elos carnais e se livrar, momentaneamente, dessa terra cheia de injustiças, podridões, e alienação (alienação) que nossa gravidade nos obriga a sermos prisioneiros. Um momento muito belo do cinema. Ou simplesmente levantou os braços para cima enquanto estava nua na parte de baixo, que foi tudo o que aquela cena me disse. Ta, eu sempre sonhei em ver os pelinho pubianos da Jennifer Connelly, mas tinha que ser assim? Mas ok, ta valendo.

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Ou vamos voltar um pouquinho no tempo, quando Jennifer Connelly e Jered Ledo invadem um prédio. Eles vão para a cobertura desse, contemplar a linda vista e desprender suas mentes juntos. Depois desse exercício emocional, o diretor comete o erro (de novo, ou primeiramente, tanto faz) de deixar eles falarem, daí ela reclama dos pais, e ele retruca “po,mas teus pais são legais, eles te dão tudo” daí ela explica “ah, sabe, eles me dão comida, dinheiro,estudo, etc,mas não dão o principal, sabe? O principal” (sabe?), daí ele “hmmm, tu tem razão. Mas pq tu não pede pra eles (pais filhas da puta) abrirem uma loja pra ti fazer teus desenhos?” daí ela “ta louco, não quero depender deles pra nada” então ele tenta a ultima cartada “mas pq tu não trabalha então?” daí ela da o touché “pq assim eu não teria muito tempo pra ficar contigo” Óunnnnnn, fufis. O diálogo foi mais ou menos assim, mas não consegui transmitir a mesma elegância. Ou seja, já deu pra entender a merda de tudo. O diretor filma eles como se fossem aspirantes a John Lennon, como se tivessem um lado Freudiano onde suas indagações transbordassem por suas peles. É quase como se ele usasse patins para filma-los, e por certas vezes, confundisse a câmera com um violino, é tudo muito belo. A grande merda é ele não assumir seu filme simplesmente como um choque visual, mostrar as consequências e pronto, um braço podre, uma mulher espumando, uma garota sendo enrabada pra conseguir a droga, etc. A merda é que ele sugere algo mais, ele endeusa os personagens, e não faz nada pra que essa expectativa seja alcançada.  Ah, e tem o negão também, mas desse não quero falar, mas ele tem um lance com a mãe e tal. Hmmm...

 

E, enfim, a Ellen Burstyn... Chega a ser triste ver o esforço que ela faz pra tornar tudo digno. Aliás, isso é o mais triste do filme. A atuação dela ta fenomenal, é a única que consegue demonstrar a fragilidade e sensibilidade que a personagem exige. Mas a câmera desse sujeito... Ok, ele prefere satirizar a personagem no começo, adotar um tom irônico com aqueles glup glup glup e os cacete, usar uma geladeira e televisão como vilões e tudo mais. Ele é um sujeito engraçado (mais ainda quando não resolve ser). Mas o sujeito não tem noção de quando parar, ou acalmar. Ele transforma a personagem em uma palhaça, não digna de pena, mas de indiferença. A Ellen se fode lá pra sentirmos pena, mas é só indiferença mesmo, ou risos (ok, até tem como sentir pena, mas não da personagem, mas sim da atriz). O cara parece um diretorzinho recém saído da escola de cinema que quer mostrar seu estilo “muderninho” de filmar, e acaba jogando toda as sutiliezas que certas partes exigiam pelo ralo, devido a esse egocentrismo babaca. É um cara que implanta um estilo bobo, que não serve pra porra nenhuma narrativamente, e fica ridiculo visualmente, só pra parecer legalzão. É daqueles filmes perfeitos pra colocar em perfil do orkut. Tudo que se trata com a personagem da Ellen Burstyn é uma muvuca, um troço feio, ruim de assistir. Ele estraga uma personagem  ou atuação, sei lá, fantástica, devido a não ter a minima noção do ridículo. O filme parece aquelas festas infantis criadas por uma bagaceira que casa com um velho rico (aquelas com unhas gigantes vermelhas, vestido de oncinha e um sinal que parece um buraco negro no rosto) e agora que tem dinheiro, inventa de fazer tudo sozinha, cheia de palhacinhos e lingua de sogra (e pescaria com brindes). O filme é feio visualmente, e um nada no que se refere mensagem. Simplesmente não existe, é como se filmassem Todo Mundo em Pânico com Mozart no fundo.

 

Ah, ok, tem uma cena boa: quando as amigas da Ellen Burtyn vão até aquela clinca lá e encontram ela com os cabelos cortados, toda horrível etc, e depois muda pra elas no banco, chorando. A Ellen não fala nada, mas é comovente mesmo, e se esse tom fosse adotado desde o começo... Isso é um choque visual, apenas. Isso que ele devia ter se assumido,mas não...

 

E não quero terminar elogiando: o filme é uma grande bosta.

jenniferconnelly001requnj7.jpg

Tensor2008-11-17 15:44:35
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Boa a lista. Deve ter uns 3 ou 4 nomes daí na minha também, gostei particularmente da menção ao Cronemberg, agora mesmo  to descobrindo alguns filmes dele mais antigos que não havia assistido ainda.

 

Sobre o lado B, virou moda falar mal de Requiém para um Sonho nesses últimos tempos, eita. Acho Fonte da Vida bem pior, por exemplo. Daí concordo com as menções ao Almodóvar, ao Stone e à aqueles mais óbvios como o Bay (embora não ache Transformers tão ruin assim), o Boll e o Howard.

 

Eu não tive tempo de ler o primeiro texto ainda, mas gostei de como tu,  no segundo, basicamente pegou algumas cenas e descreveu o que ias sentindo assistindo as mesmas, legal.
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O Tensor escreve engraçado. Ele postou a coisa com uma paixão tão grande (seja pelo filme bom ou pelo ruim), que aposto como ele sequer releu, para não estragar essa coisa da resenha saída do forno.

 

Bom, Réquiem eu nunca assisti. Sempre que ia alugar alguém comentava que era muito depressivo, então deixava de lado. Até que fui entendendo, pelos comentários, o quão "wanna be intelectulóide" ele era. Aí entrou para a minha lista de filmes "não vi, e não gostei". rs

 

Eu tenho problemas com o Cronenberg. Mas o Tensor até que defendeu pontos interessantes. Marcas da Violência, acredito eu, tem seus méritos. Já o mais recente dele... acho que vai figurar na minha lista dos piores, se não aparacer outro nome mais interessante até lá. 19 rs
Veras2008-11-17 20:36:24
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Nossa, Beckin, acho Fonte da Vida simplesmente maravilhoso. Aliás, eu gosto do Aronofsky, até bastante. Ainda não tenho idéia do filme que devo resenhar, mas confesso que gostei bastante da idéia do Tensor de falar de um bom e outro ruim.

Devo rever Requiem para comentar mais a respeito, já que gosto bastante do filme e estou ansioso para ler o comentário do Tensor. Espero que dê tempo.

 

 

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Pois então... tb não li tudo ainda, mas já faço algumas observações:

Não sabia que poderíamos colocar um mesmo diretor nas duas listas, como fez o Tensor com o Cronenberg.  Isso vai facilitar bastante, porque é bem difícil achar tantos diretores que só fizeram merda.

 

O lado A tá praticamente irretocável, vários deles vão estar na minha lista também. Fiquei com vontade de rever Marcas agora, que filmaço, pqp..

 

Sobre Réquiem, sempre achei esse filme uma grande porcaria também, mas, sei lá, o que mais me incomodava nele era o pseudo-conteúdo, muito mais do que a forma.

 

E tb gostei da menção ao Almodóvar entre os piores. Alías, esse é um sério candidato o ser o meu alvo.

 

 

 
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Do Aronofski vi somente The Fountain que gostei muito, mas como vi uma vez, só Deus sabe como o filme ficaria na revisada... Tb tenho visto muita ojeriza atual a Requiém, filme que, na época, foi beeeeem incensado. Mas como não vi, quedo-me silente...

 

No mais, o texto do Tensão para o filme do Aronofi tá demais, bem o estilão surtado dele. Não vi o de Marcas da Violência pq em determinados momentos, prefiro ler textos depreciativos... São mais divertidos (no bom sentido, devo frisar)...
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