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Temporada dos Grandes Diretores no CeC


Nacka
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A lista daqueles que eu acho os melhores diretores não tem uma ordem de preferência e portanto qualquer um deles pode ser o número 1:

 

Os Bons:

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01 - Ridley Scott – Blade Runner/Alien (não consigo me decidir)

02 - Sergio Leone – Era Uma Vez No Oeste

03 - Win Wenders – <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />ParisTexas

04 - David Lean – Lawrence da Arabia

05 - Francis Ford Coppola – O Poderoso Chefão

06 – Martin Scorsese – Os Bons Companheiros/Touro Indomável (idem)

07 – Krzysztof Kieslowski – A Trilogia das Cores

08 -  Jonh Houston – O Tesouro de Sierra Madre

09 – Terence Mallick – Além da Linha Vermelha

10 – Quentim Tarantino – Pulp Fiction

 

 

Os Ruins (mas com potencial)

 

01 - Spike Lee – O Verão de Sam

02 - Robert Zemeckis – Beowulf / Expresso Polar

03 - Ron Howard – O Código Da Vinci

04 - Joel Schumacher – Batman e Robin

05 - George Lucas – Episódio I – A Ameaça Fantasma

06 – Walter Salles – Água Negra

07 -  Anthony Minghella – O Paciente Inglês

08 – Bernardo Bertolucci – O Céu Que nos Protege

09 – Jason Reitman – Juno

10 – Antoine Fuqua – Rei Arthur

 

 

 

juno763.jpg

 

 

Ok. Eu reconheço que quando vi Juno na primeira e única vez, antes desta revisada, o fiz com muito má vontade. E embora ainda não me encante por completo, alguns aspectos do filme mudaram e muito. Não sei se não gostei da maneira “preparada” que o filme foi apresentado ou porque sempre encarei o cinema de forma puramente emocional então talvez não trabalhasse muito bem a idéia de que o assunto tema do filme fosse tratado daquela maneira. Escolhi falar sobre um filme que reagi com tamanho desconforto quando o assisti que tinha certeza que minhas impressões não mudariam.

Juno é uma adolescente confiante e sincera (e bota sincera nisto) que na sua primeira transa, engravida aos 16 anos de um sujeito que é a antítese do namorado perfeito e vê sua vida embarcar em uma trepidante aventura de nove meses a caminho da vida adulta.

Continuo achando os calções do Bleek (“mamãe usa alvejantes neles”) um ultraje, mas ele tem o semblante puro de quem é abobado desde que nasceu e isso fornece o suporte necessário para todas as cenas que veremos adiante. O que acontece entre ele e Juno deflagra alguma coisa na vida de todo mundo, mas não percebemos isso logo de imediato, Juno, munida da prática peculiar daqueles que como ela, fazem as coisas à sua maneira, segue em frente resoluta e isso é mostrado de maneira espetacular no filme pela atuação da Ellen Page ela é muito convincente no seu périplo de adolescente padrão: Mente para os pais (eu jamais vomitaria na sua arca), engana seu namorado (não conta de imediato para Bleek que ele pai da criança) e procura da maneira mais descolada possível a resolução do seu futuro problema, vai nos classificados e arruma um casal lindo com uma vida idem e prepara-se para descarregar a “coisa”. “Em 30 semanas bem estranhas poderemos fingir que nada disso aconteceu”

A verdade? Ninguém está preparado para o furacão que é Juno MacGuff, ela é o que é e pronto. Linda a cena dela com um barrigão abrindo caminho entre os alunos da escola que lhe dão passagem como se ela carregasse uma doença, mas ao mesmo tempo, a respeitam.

 “I’m a planet!”

Frase síntese de todo o filme. Juno se dá conta de que nem tudo ela pode resolver ou controlar, não controla sua barriga ou que cresce dentro dela, não resolve a situação do jeito que pensou, a sua língua afiada e sua honestidade brutal não terminam com tudo de forma satisfatória. Afinal a vida não é fácil, mesmo para os descolados. A fragilidade dela vem à tona na cena onde após ter o bebê recebe a visita de Bleek que sem falar nada apenas deita ao lado dela e a abraça, ele resume neste abraço tudo o que poderiam viver.  

Que posso dizer? Rever este filme me fez repensar um monte de coisas porque hoje, há muito da realidade do que eu vivo nele. Adolescentes mentem quase o tempo todo. É uma espécie de mantra que os impulsiona, atualizam o orkut, blogs e mentem. Fazem sexo, usam drogas e mentem. Não torna a vida melhor, mas facilita muito no tratamento com os pais, esses seres estranhos que teimam em achar que têm algum controle sobre a vida dos filhos. A fala da madastra no filme resume que é uma beleza: “e nós nem sabíamos que você tinha uma vida sexual ativa” e nem saberão cara-pálida, não até ser tarde ou cedo demais, afinal, a juventude é mesmo exuberante e ainda assim tão arriscada.

 

Continuo achando que Juno pretende mostrar um mundo conciliador que ainda estamos longe de vislumbrar, mas tem uma força inegável em sua protagonista que no fim das contas tem apenas um dilema: As 30 semanas que a separam do momento em que entregará seu bebê para um casal rico cuidar e isso é mole para a molecada globalizada de hoje.

 

 

 

 
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Não acredito que o Nacka amoleceu o seu coraçãozinho. rsrs Juno não é o melhor ever... Mas é divertido e triste (para mim, que sou jovem e tanto vejo tantas mocinhas da minha idade que ficaram grávidas no fim do colégio ou no início da faculdade)... que abortaram ou estão na luta pra criar os pequenos. O filme me faz lembrar de muitas amigas...

 

Sobre a lista dos piores, Nacka, honey... chutou cachorro morto por aí:

Zemeckis por Beowulf, Howard por Código... rs

 

Mas tivemos algumas coincidências aí, devo dizer. rs
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Réquiem é uma porcaria mesmo' date=' só vale pela cena da Connelly tomando no brioco. 06

 

Veras, eu adoraria ver você metendo o pau nessa outra bostinha que é Lost in Translation. 06
[/quote']

 

Mas olha só...duas heresias no mesmo post. 11110606

 

Não vou ficar defendendo Réquiem por mais que eu goste, mas chamar Lost In Translation de bostinha 111111. Além do filme ser excelente ainda tem a maravilhosa, estupenda e única Scarlett da minha vida. 08080606

 

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Réquiem é uma porcaria mesmo' date=' só vale pela cena da Connelly tomando no brioco. 06

 

Veras, eu adoraria ver você metendo o pau nessa outra bostinha que é Lost in Translation. 06
[/quote']

Hmmmm...e porque você acha que Requiém e Lost in Translation são filmes ruins?

E Angelo, pelo amor de Deus, pare de ficar reafirmando sem parar sua sexualidade (já basta a CMJ), já sabemos (mesmo que não queiramos 06) que seus hormônios estão explodindo. 0606

Bom, não tive tempo de rever o filme do Tensor ainda (espero fazê-lo no fim de semana) e mais tarde comento um pouco da do Nacka. Pra mim Juno é legalzin e só.

 

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Juno quase me fez querer voltar pra minha adolescência, ficar sóbrio e engravidar uma nerd qualquer. E para um filme me fazer querer parar de beber, chegar perto de uma nerd e ter um filho, tem que ser muito foda.

 

É claro que o filme se passa em universo paralelo tão bizarro quanto uma ex-stripper -> roteirista famosa e querer levá-lo à sério é tentar explicar pra um padre que coroinhas não estão na altura certa pra coisa errada...

 

 

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Obrigado a todos. O interessante é que eu não ia rever Juno e sim um outro filme bem mais, digamos, emblemático...  mas como bom brasileiro deixei tudo para a última hora e perdi um tempo incrível fazendo as tais listas, coisa que eu não pretendo repetir nunca mais... suplício mesmo, a caa vez que eu achava "Anh... agora está pronta" aí me pegava pensando "Não, esse aqui não pode ficar de fora, não vou cometer uma injustiça dessas" tanto que a lista das "menções honrosas" é maior do que a lista principal.

E não sei se vocês vão sentir a mesma coisa, ou se o Tensor sentiu também, mesmo com alguns nomes na cabeça é incrivelmente difícil fazer a lista de diretores ruins... eu tinha pena de cada um que ia para o trono... 06 O George Lucas foi o único que eu tinha certeza que devia estar lá, isso porque entendo que se depois de fazer uma coisa fenomelnal que é Star Wars e gerar uma expectativa monstro para o início da trilogia, apresentar depois de tanta espera um filme como Episódio I, perdão é uma coisa fora de cogitação...

 

Outra coisa que decobri nesta revisada, Juno é o filme preferido da garotada o roteiro conseguiu um feito e tanto, aglutinar a molecada em torno de um tema polêmico (para os pais e educadores) e corriqueiro entre eles, acreditem, eu pergutei a um grupo de meninas lá no trabalho e a resposta foi unânime: Juno deu respostas à muitas das dúivdas que elas tinham, compreensivelmente os meninos nem ligam... Então eu meio que entendo agora que um filme com essa força está longe de ser apenas bonitinho.

 

Dookito dia 24 a bola estará com você... 

 

den

 

 
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Réquiem é uma porcaria mesmo' date=' só vale pela cena da Connelly tomando no brioco. 06

 

Veras, eu adoraria ver você metendo o pau nessa outra bostinha que é Lost in Translation. 06
[/quote']
Hmmmm...e porque você acha que Requiém e Lost in Translation são filmes ruins?
E Angelo, pelo amor de Deus, pare de ficar reafirmando sem parar sua sexualidade (já basta a CMJ), já sabemos (mesmo que não queiramos 06) que seus hormônios estão explodindo. 0606

Bom, não tive tempo de rever o filme do Tensor ainda (espero fazê-lo no fim de semana) e mais tarde comento um pouco da do Nacka. Pra mim Juno é legalzin e só.

 

Acho dois filmes vazios, que quando você acaba de assistir pensa "tá, mas e daí?".

 

Esse Réquiem tenta chocar, mas não funcionou comigo, ri várias vezes durante, principalmente nas cenas da velha do cabelo vermelho.

 

E Lost In Translation tenta te fazer dormir, mas tem Scarlett Johansson, não dá pra dormir com ela em cena. 06
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Réquiem é uma porcaria mesmo' date=' só vale pela cena da Connelly tomando no brioco. 06

 

Veras, eu adoraria ver você metendo o pau nessa outra bostinha que é Lost in Translation. 06
[/quote']
Hmmmm...e porque você acha que Requiém e Lost in Translation são filmes ruins?
E Angelo, pelo amor de Deus, pare de ficar reafirmando sem parar sua sexualidade (já basta a CMJ), já sabemos (mesmo que não queiramos 06) que seus hormônios estão explodindo. 0606

Bom, não tive tempo de rever o filme do Tensor ainda (espero fazê-lo no fim de semana) e mais tarde comento um pouco da do Nacka. Pra mim Juno é legalzin e só.

 

Acho dois filmes vazios, que quando você acaba de assistir pensa "tá, mas e daí?".

 

Esse Réquiem tenta chocar, mas não funcionou comigo, ri várias vezes durante, principalmente nas cenas da velha do cabelo vermelho.

 

E Lost In Translation tenta te fazer dormir, mas tem Scarlett Johansson, não dá pra dormir com ela em cena. 06

 

 

Lost até pode aparentar ser vazio pq ela filma dois seres humanos vazios emocionalmente, mas não é não. Acontece que as pretensões aí são muito diferentes, nem tem como comparar com Réquiem. Acho que pela simplicidade do filme conciliada aquela câmera paciente, de ficar parada em certo lugar apenas mostrando uma expressão (que geralmente são irônicas ou melancólicas) ele pode passar essa impressão de pseudo sei lá o que, de filme cultizinho pra orkut, etc, quando na verdade é tudo extremamente simples e direto. Ele pega dois personagens em momentos semelhantes de reflexão, um sessentão que já alcançou tudo que podia alcançar, infeliz no casamento e viu o desperdicio que foi a vida; e uma outra que ta vendo a vida tomar um caminho parecido... junta eles em um ambiente totalmente desconhecido, onde apenas amplifica essas sensações, e cada um ganha como presente a companhia do outro. É como se fossem almas gêmeas, mas não amorosas, apenas emotivas. Como se ela olhasse pra ele, e a visse no futuro, e ele olhasse pra ela, e o visse no passado. E em ambos os casos é triste, e por isso a ligação é tão forte. E é isso, duas pessoas com humores parecidos, que sabem o que o outro sente - por estarem passando a mesma coisa - e decidem curtir (e rir) (d)a cidade juntos. Um karaoke, uma espécie de paintball com luzes, e etc. São praticamente siameses psicológicos, que dividem o mesmo vazio emocional. Claro que existe a confusão toda, nem eles sabem exatamente o que sentem pelo outro, então pode passar a impressão de um romance ou coisa do tipo, mas é apenas confusão mesmo. São amigos que ao em vez de serem ligados por algum elo temporal, de dividir as mesmas lembranças, dividem o mesmo sofrimento, o que fazem eles se tornarem tão ou mais próximos que no primeiro caso. E acho que é praticamente isso, filma aquele encontro casual com aquele tipo de pessoa que por mais rápido que tenha sido, te marca de forma extremamente intensa, acho que todo mundo tem um caso parecido com esse, e esse tipo de coisa sempre funcionou comigo (até falei com a vania esses dias no msn, que esse é um dos motivos que fazem antes do pôr do sol ser meu filme preferido), simples e direto,e extremamente sensível. Enfim, acho que não cabe um “vazio” aí, pode até achar chato e tudo mais, mas vazio não tem como. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

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Acho que 80% da força de Juno vem da atuação de Ellen Page. Ela é uma gracinha.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Sobre a lista, existem muitas citações boas. A de Walter Salles é perfeita, ele é um diretor extremamente superestimado. Já em algumas, ele está chutando cachorro morto mesmo.

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Esse que é o problema de assistir filmes esperando tirar algo deles.

Vejam' date=' esperar que o filme seja bom é uma coisa. Esperar que ele preencha sua vida vazia é estupidez.
[/quote']

 

Não foi isso que eu falei "verei Réquiem para saber porque não devo usar drogas" ou "verei Lost In Translation pra ver como poderia me sentir deslocado numa viagem ao Japão".

 

Eu vi os filmes justamente porque falavam muito bem deles e quis saber o que tinha de bom neles, mas não vi nada. Tá, só a bunda da Scarlett no 2º. 06

 

E esse Juno é outra chatice sem tamanho, filme forçado pra adolescentes que se acham cools. Melhor roteiro original? Ai ai. 06
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Sobre as listas do nacka;

 

Na verdade eu adorei fazer o top de piores, nacka. den Tinha mais um pessoal que eu queria colocar, mas não quis tirar todos os assumidamentes podres, é legal ver david lean, van sant e fellini no mesmo balaio de bay e boll. den

 

Quanto a Juno, eu nem tenho muito o que falar. Acho bonitinho, meio superestimado e tudo mais. É daqueles, a garotinha é carismatica, alguns diálogos inteligentezinhos e engraçadinhos, o final é bem bonito e tocante... Mas nada disso em quantidade muito extremas. Gosto, mas só.

 

quanto a lista dos piores, Walter Salles eu nem curto muito, mas Água Negra é o unico dele que eu gosto mesmo, hehe. O resto podia ta na minha também, menos o George Lucas, que eu só não gosto do Star Wars I da saga, e Robert Zemeckis, que fez uma das melhores coisas do mundo, que é De Volta Para o Futuro, e o resto tudo divertidinho (menos esse citado, que não vi). E Bertolucci eu vi poucos, adoro os sonhadores, e não gosto de o ultimo tango, mas não chegou nem perto de entrar na minha lista.
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Vendo a lista de melhores de alguns aqui, percebo que talvez não tenha feita  minha corretamente....errr ok. 06 

E Tensor, o lance de Amelie é que uma vez vc postou sobre pessoas que colocam Amélie no seu top 10 (aka eu...06). Enfim...

Mas tenho que admitir que por mais que goste de Réquiem, ele já desceu bastante na minha listinha pessoal.
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Naomi; nem é questão da suposta pretensão (concordo que filmes tenham que ter' date=' donnie darko é um, e eu adoro), mas sim a execução miserável desse. Acho totalmente injustificável a forma que ele filma os personagens, como a connelly em frente ao espelho, a conversa dos dois, etc, quase orquestrando tudo, sendo que ali não tem nada. se filmes fossem comida, esse seria um pastel de vento.

 

 [/quote']

 

Mas precisa ter justificativa pra forma ? Não sei se é bem a palavra certa...

Também acho os Sonhadores muito melhor, embora também gosto de Amelie 06.

 

 

Nacka, tua lista sai hoje ainda ? 05

 

Ué, se com a câmera ela insinua que os personagens tenham uma certa profundidade, então deveria corresponder nem que minimamente a isso. 06 E não que eu me importe com isso, como falei no texto, se ele se assumisse como um mero filme de choque visual... perfeito, mostrasse a podridão pelas consequências de entrar naquela vida e tal, como o braço do sujeito, as cenas de sexo com a connelly e tudo mais, o que irrita é a forma que ele trata os personagens, a forma que ele trata o próprio filme, como se fosse um tratado sobre os porques do assunto, quando na verdade é apenas sobre o que acontece.

 

Bah, que feio hein nacka, depois de ter postado tantas vezes as datas... den06

 

Ah agora sim, não tinha entendido aquele "injustificável"

 

Não mesmo' date=' fora de cogitação. 06[/quote']

 

Ué, porque não Angelo ? Caso não queira escrever aqui existe o tópico do filme pra isso.

 

Eu realmente não consigo entender essa teoria do "vazio" com relação a Lost in Translation, gostaria que alguém ao menos tentasse explicar até porque parece ser um sentimento tão corriqueiro à quem não gosta do filme. É um coportamento padrão ... "ah, encontros e desencontros é superestimado". Por que ? "Ah, é vazio, não acontece nada" ...

 

---

 

Bem legal a resenha do Nacka pra Juno. Acho o filme muito bom, gosto bastante da Ellen Page e do roteiro também. Não vejo esse problema de narrativa artificial que algumas pessoas encontram. Aliás, ainda bem que o mesmo não se preocupa em ser realista e politicamente correto a todo minuto como alguns, infelizmente, preferem.
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há.. Eu sabia que o Nacka escolheria Juno! A opinião dele sobre o filme gerou boas discussões na época...

 

Eu acho Juno perfeito no que se propôs a fazer, mas ao mesmo tempo acho o filme apenas legalzinho exatamente porque a proposta não foi tão pretensiosa.

 

É interessante ver como uma segunda visita pode alterar a visão que temos de um filme, para melhor ou para pior. Aliás, eu confesso que sempre hesito em visitar de novo os filmes que adorei, pelo medo de acabar não gostando ou gostando menos e meio que "estragar" a memória da primeira vez que vi.

 

 
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Nacka' date=' mando a lista com o texto pra você via MP ou posto aqui direto?[/quote']

 

A menos que você vá viajar, pode postar você mesmo.

 

E Fulgora nem ia rever Juno, na verdade minha primeira opção era Laranja Mecânica....den (mas dei bobeira, como eu não tenho o filme, deixei pra alugar um dia antes e acreditem ou não o filme estava locado!)

 

 

 

 

 
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Se tu falasse mal de Laranja ia precisar contratar segurança 11.gif

 

Ora, tudo é possível. Eu falei mal de Juno quando vi a primeira vez... agora pretendia rever Laranja e tirar ou não a má impressão... mas não rolou... quem sabe um dia encare a fera.

 

 
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LADO A:

<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Stanley Kubrick (2001 – Uma Odisséia no Espaço)

Andrei Tarkovski (Stalker)

Sergio Leone (Era Uma Vez no Oeste)

Alfred Hitchcock (Vertigo)

George Lucas (THX 1138)

Steven Spielberg (Duel)

Michelangelo Antonioni (Blow-Up)

M. Night Shyamalan (A <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />Vila)

John Carpenter (Eles Vivem)

Orson Welles (Cidadão Kane)

 

 

 

LADO B:

 

Paul Haggis (Crash – No Limite)

Alfred Hitchcock (O Terceiro Tiro)

Michael Bay (Transformers)

M. Night Shyamalan (Fim dos Tempos)

Edward Zwick (Diamante de Sangue)

Eli Roth (O Albergue)

Oliver Stone (As Torres Gêmeas)

Hideo Nakata (O Chamado 2)

Rob Zombie (Halloween)

Sam Raimi (Homem-Aranha 3)

 

 

 

TRANSFORMERS

 

 

transformersuv5.jpg

 

A última empreitada de Michael Bay é formada por dois filmes, basicamente. Um extremamente curioso, interessante e... BOM!!! O outro ratifica a ficha criminal do diretor-publicitário, sendo, portanto, MUITO RUIM!

 

Ironicamente, Transformers é uma dessas coisas irregulares que o cinema despeja e que provoca no expectador iniciado um misto de ojeriza e admiração. Admira-se o “craft” executado por Bay naquilo que lhe é tão característico e ojeriza pelo mesmo motivo.

 

Nunca é demais refrescar a memória que Bay filma de um jeito histérico, parecendo uma baranga barraqueira que pegou o marido dando uns catas na loira mais gostosa da rua. Tudo é extremamente gritado, berrado, surtado (no mal sentido) e tudo isso irrita qualquer ser humano com um par de neurônios e em perfeito estado de suas faculdades mentais depois de uma exposição de... não sei, 10 minutos. Considerando a alta duração de todos os seus filmes, é possível imaginar a descida ao Inferno sem passagem de volta que é o que representa uma “jornada” por qualquer filme dos últimos 12 anos dirigido por Michael Bay.

 

Transformers, por sua vez, toma um rumo na contra mão do quanto exposto acima, mas assim que pode, volta à tudo aquilo que faz do cinema de Bay algo insuportável.

 

A primeira metade do filme chega perto do sublime. Contido em seus surtos histriônicos, Bay conduz a introduz o filme no tom certo (descontar o diálogo cheesy entre os yankees logo no início), apresentando um decepticon misterioso e ameaçador.

 

Mesmo com alguns momentos idiotas (“Tem certeza que ela sorriu? Não foi um pum?”), Bay consegue manter o interesse graças à sua capacidade latente de criar boas cenas (sim, ele consegue... quando quer). A sequência do robozinho no Air Force One é um exemplo perfeito de como o jeito histérico de Bay filmar produz resultados satisfatórios, bem como a fantástica seqüência do ataque no deserto.

 

Mas nada se compara à melhor seqüência do filme inteiro que é o protagonista (histérico, pra variar) tentando xavecar a gostosa da sala ao som de “Drive” no seu velho Camaro. Ali vemos um Bay histérico relativamente contido, contando uma historinha que todo e qualquer macho que se preze já teve que experimentar. E o faz de forma bem humorada, sem coisas estúpidas além do que um aborrecente é capaz de fazer, resultando numa seqüência sensível e deliciosa de se assistir. Nem parece que foi dirigida pelo cara que dirige seus atores aos berros e xingos. Não duvido que algum dia venha à tona a informação de referida seqüência foi feita pelo diretor de segunda unidade.  

 

Entretanto, o que surge como potencial na primeira metade do filme desaba por completo quando os outros autobots surgem em cena. A partir daí começa o desfile de diálogos retardados, cenas constrangedoras, uma trama imbecil que insiste em deixar o plot mais complexo e rocambolesco do que ele consegue ser, com o pessoal do tal “Setor Sete”, aquele que ninguém nunca ouviu falar (ainda bem) e toda aquela merda envolvendo o tal Cubo que lá pelas tantas recebe o nome de All Spark (e depois reclamam do George Lucas).

 

Não bastasse isso, Bay volta à toda com seus vícios de linguagem cinematográfica, sua histeria insuportável e tudo o mais que fazem do seu cinema um lixo, coisas que foram evitadas na primeira metade, à exceção aí a perseguição na estrada.

 

E nem há que se falar em “desligar o cérebro”, argumento corrente para muitos, quando se ouve que “estamos escondidos às claras” (WTF??) do líder Optimus Prime na última cena do filme.  

 

Confesso que da primeira vez que assisti ao filme, saí do cinema pensando “hmmm, é o menos pior dele” (sim, pq considero que Bay fez dois filmes BONS, como o primeiro Bad Boys e A Rocha), mas os dias foram passando e ficava na minha mente não a seqüência do xaveco com o Camaro ou a piada certeira com o gerundismo insuportável de atendentes de callcenter, mas sim coisas como “sinto seu cheiro garoto” ou “não machucamos humanos”.

 

Além disso, a impressão que passou é que Bay adora pintar um quadro idiota dos americanos, involuntariamente. Meter crioulos obesos que dançam música de negão no quarto definitivamente não é uma imagem que os gringos gostariam de passar para o resto do mundo.

 

Porém, já há algum tempo, a primeira metade do filme vem crescendo na minha mente e é por ela que acabei revendo o filme. E a surpresa foi que desta vez os (poucos) predicados do filme, 99% deles na primeira metade, sobressaíram-se e me fizeram gostar um pouco mais do filme.

 

Mas confesso que dificilmente verei o filme de novo (ainda mais tão já, quem sabe quando a continuação estiver para ser lançada)... vai que eu estava bem humorado no dia em que o revi e escrevi este texto...
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