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Forum Cinema em Cena

O Caso da Menina Eloá


Rodrigo AS
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Bizarro!

 

30/10/2008

-

15h23

Pai de Eloá serrou corpo de ex-mulher ao meio, diz Polícia Civil de Alagoas

da Folha Online

 

m depoimento à Polícia Civil de Alagoas, duas irmãs de Marta Lúcia Alves Vieira, ex-mulher do ex-cabo da PM de Alagoas Everaldo Pereira dos Santos --pai da garota Eloá Pimentel--

informaram que ele serrou ao meio o corpo da ex-mulher. Marta Lúcia

morreu em 1993. Everaldo é o suspeito, segundo a Polícia Civil de

Alagoas.

 

 

Everaldo também é suspeito de integrar uma espécie de esquadrão da

morte de Alagoas. As suspeitas contra ele se tornaram públicas após a

filha, Eloá, 15, ser mantida refém por mais de cem horas pelo

ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves,,

em Santo André (Grande São Paulo). No desfecho do caso, a menina foi

baleada na cabeça e não resistiu ao ferimento. Lindemberg foi preso denunciado (acusado formalmente) à Justiça.

 

 

16.out.2008/Folha Imagem
Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá; durante o cárcere privado da filha ele teve crise de hipertensão e foi socorrido
Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá; durante o cárcere privado da filha ele teve crise de hipertensão e foi socorrido

 

 

O ex-cabo é acusado de ter feito parte da chamada "Gangue Fardada" e de participar, entre outros crimes, do assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador do Estado Ronaldo Lessa.

 

 

 

Ele nega envolvimento no crime, e sua defesa informou que Everaldo permanecerá foragido até que processos sejam estudados. Até por volta das 15h desta quinta-feira, Everaldo não havia sido localizado.

 

 

 

Crueldade

 

 

 

A delegada Luci Mônica Rabelo, diretora de estatística, informática e

armas da Polícia Civil de Alagoas, ouviu o depoimento das irmãs de

Marta Lúcia, em Pilar (AL). Rita de Cássia e Claudilene Vieira, irmãs

da vítima, já haviam anunciado a disposição em colaborar no inquérito sobre a morte.

 

 

 

Luci afirma que a morte de Marta Lúcia foi cruel. Everaldo é o único

suspeito, segundo a delegada, pois foi o último a ser visto com a

vítima.

 

 

Durante o depoimento, as irmãs disseram que o corpo de Marta Lúcia

foi encontrado partido ao meio num corte horizontal, como se dividido

em dois. A cabeça foi carbonizada e o pescoço tinha sinais de

enforcamento.

 

 

 

"Eu me assustei com o que ouvi. É uma monstruosidade sem fim", afirmou a delegada.

 

 

As ex-cunhadas de Everaldo disseram que o IML (Instituto Médico

Legal) constatou as agressões e o corpo de Marta Lúcia foi encontrado

em Pilar (AL).

 

 

Luci afirmou que devido à gravidade do teor dos depoimentos e também

após as irmãs terem dito que se sentem ameaçadas --carros estranhos

estariam rondando as casas onde elas moram---, enviou o relato das duas

ao juiz Rodolfo Ozório Gatto, da 17ª Vara Criminal da Capital pedindo a

antecipação de provas.

 

 

No entanto, o juiz manifestou a necessidade de o inquérito policial

ser reaberto. A Polícia Civil de Alagoas não soube informar até por

volta das 15h se havia um inquérito. "Pode não ter sido investigado",

afirma Luci.

 

 

Ainda ontem, o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio

Barenco, viajou a Recife para pedir informações à Polícia Civil de

Pernambuco sobre supostos crimes praticados pelo ex-cabo da PM.

 

 

 

Outro lado

 

 

A reportagem entrou em contato por telefone e enviou um e-mail ao

escritório do advogado Ademar Gomes, que defende Everaldo. Não houve

resposta ao pedido de informações até por volta das 15h20 desta quarta.

 

 

 

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‘Agora eu sei do que ele é capaz’, diz Nayara sobre Lindemberg

Jovem que ficou refém dele diz ter ‘mais medo do que raiva’.
Nayara contou que sonhou com Eloá e ela estava bem.

A voz alegre de Nayara Silva, de 15 anos, parece esconder o trauma pelo qual ela passou este mês. Por telefone, a adolescente contou ao G1 nesta sexta-feira (31) que tem “mais medo do que raiva” de Lindemberg Alves, 22, e não sabe se o perdoa. “Achava que era só papo, mas agora sei do que ele é capaz. O pouquíssimo de segurança que tinha nele acabou”.

Nayara e a amiga Eloá Cristina Pimentel, também de 15 anos e ex-namorada de Lindemberg, ficaram reféns dele em um seqüestro que durou mais de 100 horas, na periferia de Santo André, no ABC, em São Paulo. Ao fim do caso, que começou dia 13 de outubro e terminou no dia 17, Nayara levou um tiro no rosto e Eloá, ferida na cabeça, morreu.

Sonhos

A adolescente se recupera do susto na casa de parentes no litoral paulista e conta que tem sonhado com Eloá, uma das amigas mais próximas. “Sonhei anteontem (terça) e hoje (quinta). Ela disse para eu não me preocupar porque está bem”. A menina não quer voltar a estudar este ano, mais pela lembrança da companheira de classe do que pelo tumulto que poderia causar aparecendo por lá. “Não tem clima para mim”.

Apesar de rir em alguns momentos e falar bem rápido, Nayara pára e pensa quando perguntada qual o momento mais difícil no cativeiro. “Foi na madrugada de segunda (13) para terça (14), quando eu vi ele batendo nela e não podia fazer nada”. Na cena descrita, Lindemberg teria levado Eloá para o quarto e começado com as agressões, enquanto Nayara estava em um colchão, com pés e mãos amarrados. “Quanto mais ela gritava mais ele batia”.

O motivo do seqüestro foi o ciúme doentio de Lindemberg, que não aceitou o fim do namoro depois quase três anos com Eloá. Para Nayara, ele “não demonstrava ser agressivo” no relacionamento com a amiga, mas a adolescente confirmou que Eloá havia sido agredida pelo seqüestrador alguns dias antes de ser refém. 

A volta ao cativeiro

Outro momento difícil, segundo Nayara, foi quando ela voltou ao apartamento do CDHU de Jardim Santo André, na quinta-feira (16), dois depois de ser libertada pelo criminoso. O combinado era que a negociação para a saída dos três se desse até a entrada da porta.

“Ele foi dizendo que não estava me vendo, que era para me aproximar e, quando eu vi, a Eloá estava na porta com a arma apontada para a cabeça. Dei a mão para ela e entrei. Voltei a ser refém”, disse Nayara, que negou ter liberdade para sair a hora que quisesse. 

Pato

A menina volta a rir quando a pergunta é sobre Alexandre Pato, o maior ídolo da adolescente que quer ser jornalista ou publicitária. Quando voltar à capital, ela deve receber da família do atacante do Milan uma camisa autografada. A jovem agradece o presente, mas queria mesmo era ver o jogador de 19 anos.

O pedido foi feito ao próprio governador do estado, José Serra, ainda no hospital. “Eu estava anestesiada. O Serra me perguntou se eu tinha um sonho e a primeira coisa que me passou pela cabeça foi pedir para conhecer o Alexandre Pato”.

De tão fã do jogador, Nayara admite que não sabe como vai reagir se o encontrar pessoalmente. Da primeira vez, em um aeroporto no ano passado, ela só chorou e conseguiu uma foto. “Não sei se vou conseguir falar de novo. Acho que vou escrever uma carta e entregar para ele”, disse Nayara, rindo.

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Lindemberg recebe visita de duas irmãs na cadeia

Seqüestrador do ABC saiu do período de isolamento.
Ele está no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.

Lindemberg Alves, de 22 anos, preso desde 17 de outubro após manter por mais de 100 horas duas adolescentes reféns em um apartamento em Santo André, no ABC paulista, recebeu neste sábado (1º) a visita de duas irmãs. Foram as primeiras visitas desde que saiu do isolamento.

O rapaz está na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, a 140 km de São Paulo.

O seqüestro em Santo André terminou em tragédia: Lindemberg matou com um tiro na cabeça a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos. Ele também atirou no rosto de Nayara, amiga de Eloá.

As duas irmãs de Lindemberg chegaram ao presídio por volta das 10h. Elas estavam em um Monza com outras duas pessoas, um homem e uma mulher, que não visitaram o preso.

Lindemberg está no pavilhão 1, o mesmo dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, condenados de matar os pais de Suzane von Richthofen, em 2002. Também está na Penitenciária de Tremembé II, como é conhecida, Alexandre Nardoni, acusado de matar a filha, Isabela, de 5 anos, em março deste ano. 

Na sexta-feira (31), a advogada que defende Lindemberg, Ana Lúcia Assad, disse que Lindemberg está bem e “não sente hostilidade” dos outros presos. Quando chegou ao presídio, ele ficou isolado, em um período de adaptação. A advogada contou que o cliente dela continua sozinho na cela, mas porque “não há superlotação”. A SAP também não comentou essa informação.

Questionada se Lindemberg estaria triste ou ainda pensaria em Eloá, Ana Lúcia respondeu que não falaria sobre o assunto.

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Nayara diz que não perdoa Lindemberg pela morte de Eloá

Ex-refém disse que não foi orientada sobre como agir na volta ao cativeiro.
PM informa que já prestou esclarecimentos nos inquéritos sobre o caso.

Nayara Silva não quer voltar para a escola e diz que tem medo de um dia reencontrar Lindemberg. Na tarde de sábado (1º), a adolescente falou ao Fantástico sobre os quatro dias em que esteve à mercê de um jovem frustrado e violento.

A testemunha-chave do seqüestro que chocou o Brasil revela o que aconteceu dentro de um apartamento em um conjunto habitacional de Santo André, no ABC. Ela diz que desde o começo Lindemberg afirmava que tinha propósitos definidos. "Ele falava que tinha entrado ali para matar a Eloá e se matar", conta.

A adolescente diz que Eloá propôs reatar o namoro, mas Lindemberg não aceitou. "Ele dizia: 'você vai voltar comigo por medo, e eu não quero isso'. Falava: 'eu não quero mais ficar com você. Eu vim aqui para te matar e eu vou te matar", afirma.

Segundo Nayara, Eloá apanhou do ex-namorado e, apesar das agressões, o jovem tinha alterações repentinas de humor e tentava beijar a ex-namorada. Nayara diz que as tentativas de aproximação e de intimidade não foram além.

Após o pedido das jovens, os dois amigos que estavam no apartamento foram liberados ainda na segunda-feira (13). Nayara diz que ela foi libertada no dia seguinte após contar para Lindemberg que não encontrava o pai havia um ano.

"Aí ele ligou e conversou com o meu pai e falou que ia dar uma segunda chance pra ele. Que ele ia me libertar e ele ia ter chance de ser meu pai de verdade". A adolescente diz que a libertação não tinha relação direta com o corte da eletricidade do apartamento, segundo o seqüestrador.

Volta ao cativeiro

Libertada, a adolescente prestou depoimento e voltou para casa, onde foi buscada no dia seguinte. Lindemberg exigia que Nayara e Douglas, irmão de Eloá, fossem até o prédio. Era uma condição para o fim do seqüestro, que já durava quatro dias. "Não sei se eu queria ir. Mas eu não discuti", relembra.

A amiga de Eloá conta que nenhum policial pediu autorização a sua mãe para que ela retornasse ao local. Conta também que não foi orientada para evitar aproximação. "Pelo menos que tivesse aconselhado. Dado algumas dicas, tipo 'se ele começar a falar para você se aproximar, você não se aproxima. Tenta recuar', alguma coisa desse tipo, não é?", lembra a adolescente

Ela lembra ainda que não foi alertada para a possibilidade de Lindemberg não cumprir com o que tinha combinado. "Eu acho que eles deveriam ter cogitado essa hipótese, porque ele falou muita coisa e não cumpriu, né?", disse.

Com a amiga sob ameaça de uma arma, ela acabou entrando no apartamento. Naquela noite, Eloá teve uma crise nervosa. "Ela começou a gritar e pedir a ele para matar ela, matar ela (sic). Aí ele pegou e apontou a arma pra mim. Aí como ela não parava de gritar, ele me deu dois tapas no rosto. Mas foi tapa leve, mais para assustar ela do que para me machucar. Foi onde ela começou a se acalmar", disse.

Barbie

Horas depois, Eloá e Lindemberg voltaram a discutir. Nayara fingia que dormia, e ouviu Lindemberg dizer que mataria a "Barbie", a culpada pela separação. "Barbie" é o apelido de Nayara. 

Na opinião da adolescente, o dia mais calmo no cativeiro foi a sexta-feira, quando ocorreu o desfecho do seqüestro. "Porque ele estava garantindo que ia sair todo mundo".  Horas antes do fim trágico, Lindemberg mandou as meninas se agasalharem, porque elas seriam libertadas naquela tarde. 

"Aí ele já falou: 'Eu não vou sair. Só vocês duas vão sair'. Aí ele já começou: 'Vai Eloá, desembucha. Quem tirou você de mim? Foi a Barbie? Foi a professora?' A professora, no caso, é minha mãe", disse. Segundo ela, Lindemberg buscava alguém para culpar pelo fim do relacionamento. 

Pouco tempo depois, o seqüestrador conversou com o negociador pelo telefone, colocou a mesa para travar a porta do apartamento e houve a explosão. Nayara diz ter certeza de que Lindemberg não fez qualquer disparo minutos antes da invasão.

As 100 horas de seqüestro terminaram com Lindemberg preso e Eloá morta em conseqüência do tiro que recebeu na cabeça, além de outro na virilha. Nayara recebeu um tiro no rosto, passou por cirurgia e se recupera do trauma longe de Santo André. Diz não sentir raiva de Lindemberg, mas tem medo e diz não perdoá-lo pela morte da amiga. 

"Eu não tenho raiva. Eu só não perdôo ele pelo que ele fez com a Eloá. Não por ele ter atirado em mim, mas por ele ter tirado a vida de uma pessoa maravilhosa. Ele pode ficar 30 anos na cadeia. No dia em que eu souber que ele vai sair, pode-se dizer que eu vou estar morrendo de medo", disse.

Análise das declarações

A Polícia Militar de São Paulo informou que vai solicitar à Rede Globo a íntegra da entrevista de Nayara, para análise de suas declarações. A Polícia informou também que todos os esclarecimentos sobre o episódio já foram prestados pelos policias do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) nos dois inquéritos policiais - civil e militar - que apuram as responsabilidades sobre o caso de Santo André.

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Artigo de Maria Isabel, professora de Psicologia. Publicado no Jornal do Brasil.
 
'O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada? Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes? O rapaz deu a resposta: ‘ela não quis falar comigo’. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadam ente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda. Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal seqüestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO.

Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça. O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras. Chefes que não dizem não aos subordinados. Gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros.
Talvez alguns não cheguem a seqüestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal. Os pais dizem, ‘não posso traumatizar meu filho’. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer: Não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá (e a vida dá muitos) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante. Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranqüilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara. Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.'
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Há um monte de gente que não suporta ouvir um não.

se julgam especiais.

Anyway a maioria deles não atiram na cabeça de quem diz... embora façam outras coisas do tipo.

 

Um comercial da série "Criminal Minds" diz que nosso cérebro é igual a de qquer psicótico.

Daí, como saber qd e pq uma pessoa surta a esse ponto... aff! 17
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