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Aristocratização do Cinema de Massas


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Sérgio Paulo Rouanet escreveu o seguinte:

 

"(...) Como classificar' date=' hoje, filmes como os de Fred Astaire e Humphrey Bogart? Creio que esse exemplo, longe de ilustrar a tese do apagamento das fronteiras, mostra como se refaz, sobre outras bases, a distinção entre as duas culturas (erudita e de massas).

 

Um filme como Casablanca era, em 1942, um produto cultural como qualquer outro e hoje é visto com temor reverencial pelos assinantes do Cahiers du Cinéma. Tudo se passa como se o envelhecimento da obra tivesse modificado sua qualidade. (...) Com efeito, Casablanca tem hoje em dia os principais atributos da cultura aurática: a unicidade (Einmaligkeit), no sentido de que perdeu seu caráter de objeto reprodutível de massa, tornando-se privilégio de pequena minoria que freqüenta os cineclubes; e o distanciamento (Etfemung), no sentido de que se tornou objeto de culto, destacando-se da vida imediata."[/quote']

 

Dito isso, o que proponho é uma discussão acima do que afirma Rouanet. Existe mesmo esse processo de aristocratização do cinema em decorrência de seu envelhecimento?

 

Aos que acreditam que existe, isso pode ser creditado a que?

 

Ou ainda, Casablanca poderia ser considerada cultura de massas na década de 40? Ou o conceito atual de cultura de massas não pode ser aplicado ao cinema antigo?

 

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Hoje em dia, tudo o que é antigo e bom as lojas colocam como "clássico" - com os preços lá em cima 05

 

No caso de Casablanca, digo que nunca vi a Warner vender o DVD a R$ 12,90. Também, falando agora da Continental, ela lança vários filmes muito bons a preços exorbitantes (embora, nos últimos dias, vi no WalMart vários DVDs deles a 9,90). Toda essa cultura de vender filmes antigos e bons a preços mais caros impede que várias locadoras (e colecionadores de DVDs) comprem eles, dando preferência para o que está mais barato ou é bem divulgado. E, quanto a esses filmes mais caros, são comprados só por pessoas mais abastadas.

 

O fato é que as distribuidoras de filmes "forçam" esta elitização, segmentando o que deve passar ou não nos cinemas populares, quando é interessante deixar um DVD com os preços lá em cima, etc.

 

Mas isso está mudando com o eMule, bitTorrent e companhia. Filmes fora de catálogo, com preço exorbitante, não lançados no Brasil, etc. podem falilmente ser assistidos com a ajuda destes programas (mas aí tem a problemática do acesso a internet, em que nem quero entrar).

 

E, terminando, tem muita coisa antiga que tá na moda, como os livros de Machado de Assis. Sempre tem gente que compra eles em lojas de R$ 1,99 ou em banca de jornal 03

 

 

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Eu arrisco... Se Casablanca era "cultura de massa" em 1942 e tornou-se hoje algo cultuado como se fosse erudito' date=' só posso creditar isso ao monte de MERDA que o cinema vem produzindo dentro da cultura de massa. [/quote']

 

Concordo, mas digo mais.

 

O cinema de massas antigamente tinha um apelo forte no sentido de captar com mais categoria o desejo a população. Era fácil se identificar com o que se passava na tela, havia um desejo maior de pertencer àquilo.

 

Também há isso hoje, com mais ou menos qualidade. Afinal, não são todos os filmes de massa que se utilizam dessa "receita de bolo" já consagrada de identifiação por parte do telespectador.

 

Mas a questão é: porque resgatar a antiga cultura de massas e torná-la erudita? Isso não seria negar a presença de cinema erudito nos dias de hoje? Como se houvesse aqui uma falta de um cinema de qualidade?
Veras2008-10-27 14:26:22
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Os conceitos para "cultura de massa" mudaram, apenas isso. Casablanca hoje cai fora desse conceito, e outros filmes tomam seu lugar.

 

E isso aí de arsistocratização eu acho bobagem. Pra mim o que existe é uma espécie de processo de adaptação do que está na tela com o "corpo", que pode acontecer na hora ou com o tempo. Pra mim um filme é muito mais o quanto ele consegue se suportar com o tempo, do que qualquer empolgação imediatista, tanto pro bem quanto pro mal. Um filme, pra mim, não é necessariamente o que eu vejo na hora (ou as impressões que tenho), mas sim como ele vai ser digerido conforme o tempo passa. Têm os que conseguem se manter, os que empalidecem, e os que sobem de forma absurda. Algumas vezes demora para se dar conta da real dimensão do que acaba de ver, e do quanto aquilo significa pra você.
Tensor2008-10-27 14:33:28
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Concordo' date=' mas digo mais.

 

O cinema de massas antigamente tinha um apelo forte no sentido de captar com mais categoria o desejo a população. Era fácil se identificar com o que se passava na tela, havia um desejo maior de pertencer àquilo.

 

Também há isso hoje, com mais ou menos qualidade. Afinal, não são todos os filmes de massa que se utilizam dessa "receita de bolo" já consagrada de identifiação por parte do telespectador.

 

Mas a questão é: porque resgatar a antiga cultura de massas e torná-la erudita? Isso não seria negar a presença de cinema erudito nos dias de hoje? Como se houvesse aqui uma falta de um cinema de qualidade?
[/quote']

 

Eu não acho que houve um "resgate" dessa cultura para torná-la erudita. Eu creio que ocorreu um "acidente". Como hoje a cultura de massa geralmente está associada à lixo, quando se vê um filme como Casablanca, se entra em contato com uma abordagem totalmente incomum com o que se está acostumado. Essa reação de "novidade", acaba transformando aquilo que era trivial em erudito.
Dr. Calvin2008-10-27 14:41:34
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Quem falou em preço de filmes aqui? 09

 

 

 

 

 

Tá que não é sobre o preço dos filmes' date=' mas acredito que isto faz parte do processo de "aristocratização" dos filmes.

 

Os conceitos para "cultura de massa" mudaram, apenas isso. Casablanca hoje cai fora desse conceito, e outros filmes tomam seu lugar.

 

E isso aí de arsistocratização eu acho bobagem. Pra mim o que existe é uma espécie de processo de adaptação do que está na tela com o "corpo", que pode acontecer na hora ou com o tempo. Pra mim um filme é muito mais o quanto ele consegue se suportar com o tempo, do que qualquer empolgação imediatista, tanto pro bem quanto pro mal. Um filme, pra mim, não é necessariamente o que eu vejo na hora (ou as impressões que tenho), mas sim como ele vai ser digerido conforme o tempo passa. Têm os que conseguem se manter, os que empalidecem, e os que sobem de forma absurda. Algumas vezes demora para se dar conta da real dimensão do que acaba de ver, e do quanto aquilo significa pra você.

 

Concordo, mas como posso saber se um filme se mantém pra mim se eu não consigo vê-lo? A tevê está aí para confirmar: nos canais abertos, praticamente não se mostram filmes anteriores à década de 80 (ou, quando muito, é só pela madrugada). O primeiro sentimento de um espectador assim quando vê um filme mais antigo é de estranhamento, porque é um cinema diferente do que ele conhece, porque não foi apresentado a ele.

 

"(...)

Com efeito, Casablanca tem hoje em dia os principais atributos da

cultura aurática: a unicidade (Einmaligkeit), no sentido de que perdeu

seu caráter de objeto reprodutível de massa, tornando-se privilégio de

pequena minoria que freqüenta os cineclubes; e o distanciamento

(Etfemung), no sentido de que se tornou objeto de culto, destacando-se

da vida imediata."

[/quote']

 

E, pra terminar, se é objeto de culto, é porque não há um número de pessoas suficiente para discordar disso. Aqui no CeC mesmo, lembro-me de alguém que não gostou muito de Casablanca, e quase foi linchada no fórum 06

 

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Quem falou em preço de filmes aqui? 09


Tá que não é sobre o preço dos filmes' date=' mas acredito que isto faz parte do processo de "aristocratização" dos filmes.[/quote']

 

Discordo... Paguei $19,90 em Cidadão Kane, duplo.

 

Piratas do Caribe 3 foi lançado há meses e ainda está no preço absurdo de $49,90.
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Quem falou em preço de filmes aqui? 09

 

Tá que não é sobre o preço dos filmes' date=' mas acredito que isto faz parte do processo de "aristocratização" dos filmes.[/quote']

 

Discordo... Paguei $19,90 em Cidadão Kane, duplo.

 

Piratas do Caribe 3 foi lançado há meses e ainda está no preço absurdo de $49,90.

 

Piratas do Caribe 3 tá a R$ 19,90 (mais porque algumas lojas vendem o box da triologia a R$ 60).

 

E, quando comprei meu DVD de Lawrence da Arábia, paguei R$ 42 nele. Agora, está custando R$ 35 smiley19.

 

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Eu acho que além do que falaram sobre preços, quantidade de filmes feitos, entre outras coisas, é a questão da educação e cultura mesmo.

A massa não vem sendo preparada para pensar... Está se criando uma nação de preguiçosos intelectualmente falando...

Quase não se vê alguém lendo... Logo, filmes que tem de ser pensados, e sem apelos, sexo, tiroteio, violência, heróis, acabam não emplacando e ficam preteridos em relação aos blockbusters atuais que são direcionados a esse tipo de público que prefere ver heróis pulando, voando, esmagando entre outros tipos...

Nada contra, filme é sempre filme e cada um tem sua função, mas infelizmente as pessoas hoje em dia só se ligam nesse tipo, uma pena.
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Não foram os filmes que mudaram. E sim o público.

 

 

 

Na década de 40, quando houve o lançamento de Casablanca, a sociedade era outra, o público era a outro, o pensamento era outro. Para o público da época Casablanca era cinemão de massa, era um romance feito para emocionar a todos e tudo mais.

 

 

 

Hoje esse conceito mudou. Cinemão de massa já é Transformers, Super-Heróis, Efeitos Especiais. E Casablanca, para o público de hoje, soa datado, ultrapassado, lento, massante. Hoje só é capaz de apreciar o filme aqueles mais "cinéfilos".

 

 

 

Perceba que se você, hoje, se você perguntar para alguém que assistiu Casablanca na sua época de lançamento, essa pessoa dirá que o filme continua sendo para as massas.

 

 

 

Outro exemplo: Titanic foi para as massas. Nós, que assistimos ao filme nos cinemas, morreremos achando isso. Mas daqui 50 anos Titanic será um filme para "cinéfilos". Mudou o filme? Não! Mudou o público! Sync2008-10-27 15:38:29

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Os conceitos para "cultura de massa" mudaram' date=' apenas isso. Casablanca hoje cai fora desse conceito, e outros filmes tomam seu lugar.

 

E isso aí de arsistocratização eu acho bobagem. Pra mim o que existe é uma espécie de processo de adaptação do que está na tela com o "corpo", que pode acontecer na hora ou com o tempo. Pra mim um filme é muito mais o quanto ele consegue se suportar com o tempo, do que qualquer empolgação imediatista, tanto pro bem quanto pro mal. Um filme, pra mim, não é necessariamente o que eu vejo na hora (ou as impressões que tenho), mas sim como ele vai ser digerido conforme o tempo passa. Têm os que conseguem se manter, os que empalidecem, e os que sobem de forma absurda. Algumas vezes demora para se dar conta da real dimensão do que acaba de ver, e do quanto aquilo significa pra você.
[/quote']

 

Poxa, falou tudo. Eu acho que existem filmes de qualidade sendo feitos hoje, mas eles serão considerados clássicos se daqui a anos, ou décadas mesmo, outras pessoas ainda falarem dele com respeito. Tanto no cinema quanto na música, o q define a qualidade indiscutível obra é a capacidade dela de se tornar imortal.

 

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Sim, ainda existem filmes de qualidade sendo feitos hoje, alguns dentro do contexto da cultura de massa. Mas daí a dizer que esses filmes bons de hoje serão considerados clássicos amanhã é um pouco demais.

 

Duvido que o Michael Curtiz sabia que o seu filme seria clássico hoje...
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Querer aplicar à década de 40 o mesmo conceito de cultura de massas que hoje existe é algo complicado... Mas, não é de todo errado... A questão principal é que o século XX foi um período de mudanças mais do que intensas, o que mudou por demais a sociedade e as "massas" de forma geral... Contudo, o que temos que nos perguntar, na realidade, é: "O que vem a ser massa?"... Sinceramente, o problema de conceituação está justamente no que se entende por massa hoje e o que se entendia por massa na década de 40...

 

Outro fator que auxilia nessa "aristocratização" do cinema mais antigo deve-se à visão saudosista que se tem daquele cinema, onde tudo era mais arcaico e, devido a isso, mais artesanal e complicado de ser feito... Um Lawrence da Arábia hoje não teria o mesmo impacto do que teve quando ele foi lançado décadas atrás, simplesmente pq com as técnicas de hoje, fazer um filme como aquele seria fichinha... E, naquela época, foi um verdadeiro "Deus nos acuda"...

 

Outro fator que influencia por demais nessa tal "aristocratização" vem a ser o nível das atuações que temos hoje em dia... É incrível compararmos filmes como "Poderoso Chefão", que tinha atores extremamente talentosos com alguns filmes de hoje em dia, que colocam na cabeça um ou dois atores de talento e o restante é um elenco sofrível... Fora o fato de que temos também filmes que conseguem hoje levar massas para os cinemas com atuações ridículas... Não que décadas atrás não tivéssemos isso, pois tínhamos sim... Agora, esses filmes tinham outras coisas que fizeram com que eles se tornassem o espelho de uma época (como por exemplo "Curtindo a Vida Adoidado" ou "Top Gang")... Hoje, o pluralismo está imenso e a concorrência também... Temos, hoje, seriados que trazem roteiros estupendos, e o que mais vemos em alguns desse seriados são temáticas que eram anteriormente abordadas por filmes... Alguém por acaso nega o fato de Sopranos, por exemplo, levou uma legião de pessoas a tomar contato com Poderoso Chefão? Alguém tem dúvidas de que Arquivo X levou milhares de pessoas a procurarem filmes de ficção antigos, com temática extra-terrestre e conspiratória?

 

E, somando a tudo isso, ainda temos uma característica extremamente cíclica dentro do cinema atual... Temáticas antigas são constantemente retomadas no cinema... Obras literárias são adaptadas e re-adaptadas aos borbotões... E isso só faz com que as obras mais antigas só venham a ser cada vez mais lembradas...
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Muito interessante os pontos de vistas aqui. Gostaria de acrescentar algo do que eu acho sobre tudo isso.

Eu acredito que o ser humano tenha em si uma necessidade de se render ao fantasioso. Isso faz com que, mesmo o espectador erudito, sinta sim grande prazer em discutir filmes complexos, que tratem de temáticas socio-políticas; mas quando ele assiste "...E o Vento Levou", ele se entrega às fantasias de identificação.

 

Mas por que fazer isso com o cinema antigo de massas, e não o cinema atual? Porque o cinema de massas hoje é diferente. Ele não busca divagar a mente do espectador com fantasias, mexer com imaginação, nada disso... ele quer "delisgar" a mente do espectador com uma explosão de sons e imagens ou piadas fáceis.

 

E é aí que entra o antigo cinema de massas, ele ocupa o lugar de exato meio termo entre o cinema erudito e o cinema de massas. Acaba sendo um resgate inconciente de uma necessidade inconciente do erudito de se entragar à fantasia.

 

A exemplo disso temos Peter Pan que encantou adultos tanto na época em que foi lançado quanto nos dias de hoje. O público do cinema erudito não tem as histórias de Peter Pan como "infatilóides" ou cultura massiva. Mas cultura de qualidade pela riqueza imaginativa que ela contém.

 

Desta forma também, os filmes atuais que conseguem alcançar um nível rico de criatividade, cai nas graças da público erudito tanto quanto o antigo cinema de massas.
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Há um outro adendo: as massas de antigamente - à época de Casablanca e Lawrence da Arábia - ficavam restritas aos cinemas, em termos de acesso às obras cinematográficas; porém, percebe-se uma mudaça depois da saída do VHS e mídias subseqüentes. Ou seja, não eram todos que podiam ver filmes - eram poucos cinemas, nem sempre com preços muito populares e horários (trazendo o Brasil para o tópico - ainda havia população rural e um interior enorme etc). Resta saber se houve uma vulgarização em prol da quantidade ou o se o próprio público vendeu-se aos filmes de formato pré-definido e baixa qualidade.

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Outro exemplo: Titanic foi para as massas. Nós' date=' que assistimos ao filme nos cinemas, morreremos achando isso. Mas daqui 50 anos Titanic será um filme para "cinéfilos". Mudou o filme? Não! Mudou o público! [/quote']

 

Ai meu Deus!!! 0707

Titanic foi usado como exemplo para mostrar de maneira clara e um tanto exagerada que um filme que é para as massas, pode, no futuro, ser um filme de cinéfilos. Não estou querendo dizer que Titanic, especificamente, será.

 

Mas, de qualquer forma, não vejo por que não poderia. Não podemos precisar como será o público daqui 50 anos. Como saberemos qual será o conceito de filme de massa e o conceito de filme de cinéfilos no futuro? Titanic poderá muito bem se enquadrar nesse conceito.

 

PS: E a sua indignação com relação a afirmação de Titanic ser um filme "de cinéfilos" vem para homologar a minha teoria: o público que viu o filme no cinema continua e continuará achando o filme como "feito para as massas". Quem  mudará o conceito do filme será o novo público!
Sync2008-10-28 03:43:21
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Outro exemplo: Titanic foi para as massas. Nós' date=' que assistimos ao filme nos cinemas, morreremos achando isso. Mas daqui 50 anos Titanic será um filme para "cinéfilos". Mudou o filme? Não! Mudou o público! [/quote']

 

Ai meu Deus!!! 0707

Titanic foi usado como exemplo para mostrar de maneira clara e um tanto exagerada que um filme que é para as massas, pode, no futuro, ser um filme de cinéfilos. Não estou querendo dizer que Titanic, especificamente, será.

 

Mas, de qualquer forma, não vejo por que não poderia. Não podemos precisar como será o público daqui 50 anos. Como saberemos qual será o conceito de filme de massa e o conceito de filme de cinéfilos no futuro? Titanic poderá muito bem se enquadrar nesse conceito.

 

PS: E a sua indignação com relação a afirmação de Titanic ser um filme "de cinéfilos" vem para homologar a minha teoria: o público que viu o filme no cinema continua e continuará achando o filme como "feito para as massas". Quem  mudará o conceito do filme será o novo público!

 

Acho que o Sync não quis afirmar que ele seria, mas supor que ele poderia ser. Mas nós não sabemos como será a evolução do cinema e do público de lá pra cá. Pode ser que Titanic seja apreciado simplesmente por ser antigo, vai saber.
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Há um outro adendo: as massas de antigamente - à época de Casablanca e Lawrence da Arábia - ficavam restritas aos cinemas' date=' em termos de acesso às obras cinematográficas; porém, percebe-se uma mudaça depois da saída do VHS e mídias subseqüentes. Ou seja, não eram todos que podiam ver filmes - eram poucos cinemas, nem sempre com preços muito populares e horários (trazendo o Brasil para o tópico - ainda havia população rural e um interior enorme etc). Resta saber se houve uma vulgarização em prol da quantidade ou o se o próprio público vendeu-se aos filmes de formato pré-definido e baixa qualidade.[/quote']

 

A questão das "novas" mídias de acesso aos filmes é algo interessante de ser levantado...

 

A popularização é imensa hoje em dia... Como bem disse o "sopa", desde o VHS o Home Video vem ganhando um espaço absurdamente grande (inclusive, transformando filmes que não foram bem de bilheteria em verdadeiros "cult's")... Além disse tudo, a proliferação da banda larga e da pirataria também facilitou e muito o "povão" a ter contato com o cinema, o que banaliza tudo...

 

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