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Forum Cinema em Cena

Cinema Fantástico Italiano


Forasteiro
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Tópico pros véios loucos. Do apuro visual extremo, o fluxo criativo incontido e a capacidade ilimitada de brincar com o próprio filme e o cinema (regido aqui pela religião de um só mandamento: a sensação) elevam o 'gênero' a uma categoria inigualável de força, de lâmina, de filmes que te invadem e te arrastam com eles pra o mundo negro de um pesadelo.

Conforme for vendo mais, vou postando aqui. Em negrito sempre o último.

01. Prelúdio Para Matar (Dario Argento, 1975)
02. Operazione Paura (Mario Bava, 1966)
03. Lisa e o diabo (Mario Bava, 1973)
04. Tenebre (Dario Argento, 1982)
05. Banho de Sangue (Mario Bava, 1971)
06. O Pássaro Sangrento (Michele Soavi, 1987)
07. Terror nas Trevas (Lucio Fulci, 1981)
08. Dellamorte Dellamore (Michele Soavi, 1994)
09. Seis Mulheres Para o Assassino (Mario Bava, 1964)
10. Buio Omega (Joe D'Amato, 1979)
11. Suspiria (Dario Argento, 1977)
12. O Chicote e o Corpo (Mario Bava, 1963)
13. Olhos Diabólicos (Mario Bava, 1963)
14. Sette Note in Nero (Lucio Fulci, 1977)
15. O Pássaro das Plumas de Cristal (Dario Argento, 1970)
16. A Cauda do Escorpião (Sergio Martino, 1971)
17. Um Lagarto com Pele de Mulher (Lucio Fulci, 1973)
18. Torso (Sergio Martino, 1973)
19. L'Orribile Segreto del dott. Hichcock (Riccardo Freda, 1962)
20. As Três Máscaras do Terror (Mario Bava, 1963)
21. O Estripador de Nova York (Lucio Fulci, 1982)
22. Ti Piace Hitchcock? (Dario Argento, 2005)
23. Pavor na Cidade dos Zumbis (Lucio Fulci, 1980)
24. Phenomena (Dario Argento, 1984)
25. O Estranho Vício da Sra. Wardh (Sergio Martino, 1971)
26. Não se Tortura um Patinho (Lucio Fulci, 1972)
27. Nightmare City (Umberto Lenzi, 1980)
28. Terror na Ópera (Dario Argento, 1987)
29. A Máscara de Satã (Mario Bava, 1960)
30. Mãe das Lágrimas (Dario Argento, 2007)
31. A Casa do Cemitério (Lucio Fulci, 1983)
32. 5 Dolls For an August Moon (Mario Bava, 1970)
33. Quatro Moscas Sobre Veludo Cinza (Dario Argento, 1971)
34. A Casa das Janelas Que Riem (Pupi Avati, 1976)
35. A Iguana da Língua de Fogo (Riccardo Freda, 1971)
36. O Ventre Negro da Tarântula (Paolo Cavara, 1971)
Forasteiro2008-12-26 01:38:00
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Com todo o prazer. Prelúdio é o maior filme do universo e ponto, falei dele esses dias ali no 'o que você anda etc" e tem um textinho no mp. Suspiria é um desbunde visual com os primeiros 15 minutos mais ABSURDOS da história dos primeiros 15 minutos em filmes. Além de se sustentar apenas com som e imagem, sem trama nenhuma. Phenomena segue até uma meia hora, 40 minutos de modo extraordinário e depois o Argento caga o filme. Só ocorre que ele tem o maior final da humanidade. É sério. Forasteiro2008-11-01 02:22:33

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Com todo o prazer. Prelúdio é o maior filme do universo e ponto' date=' falei dele esses dias ali no 'o que você anda etc" e tem um textinho no mp. Suspiria é um desbunde visual com os primeiros 15 minutos mais ABSURDOS da história dos primeiros 15 minutos em filmes. Além de se sustentar apenas com som e imagem, sem trama nenhuma. Phenomena segue até uma meia hora, 40 minutos de modo extraordinário e depois o Argento caga o filme. Só ocorre que ele tem o maior final da humanidade. É sério. [/quote']

 

Putz... agora que fiquei com mais vontade ainda e arrependido de não comprado 'Suspiria' e 'Phenomena' por menos de sete reais alguns meses atrás....12 
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  • 3 weeks later...
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Lisa e o Diabo (Mario Bava, 1973)

 

Lisa e il Diavolo é a alegoria substancial da perdição humana, entregue e rendida num pesadelo paralelo aos feitiços de um manipulador mais terrível, mais pervertido e articulado, cheio de um bom humor como manifestação quase sexual do seu talento: Mario Bava.

Se o senso comum nos traz os autores sempre como deuses onipotentes de seus mundos, Bava faz questão de ser o diabo, e na verdade é próprio desses italianos a exploração basicamente da mesma história de personagens jogados num labirinto de lâminas e de sangue sem outra saída possível que não seja o próprio inferno, e por isso que Lisa e o Diabo é tão impressionante, tão diferente. Banho de Sangue, Terror nas Trevas e até Tenebre são todos exercícios pulsantes de inventividade, documentos de apologia total à criatividade e à imaginação acima de todas as coisas, mas é em Lisa e o Diabo que Bava se volta totalmente para a própria obra, desvelando com um olhar interno sobre os mecanismos, artifícios e engrenagens deste discurso de absolutismo autoral.

É a partir deste princípio que Bava construiu aquela que provavelmente é a mais perfeita síntese da ação de um criador sobre suas criaturas, divertindo-se ilimitadamente, como antes e como outros, num universo próprio onde todos os personagens são marionetes à mercê da mais pura, da mais perfeita e mais nuclear definição que se pôde algum atribuir à liberdade. Queimem o que os poetas escreveram, Bava celebra o próprio poder em cada centímetro quadrado da sua obra-prima. São pouco mais de 90 minutos transcorrendo num universo onde o tempo inexiste. Uma atmosfera de cores e de luzes que se amplifica e se desconstrói pelas ordens do mestre. E é uma composição mais deslumbrante que a outra, um plano mais cuidadoso e obsessivo de quem se viu apaixonado pelo seu próprio cinema.

Lisa e o Diabo é uma ode, uma ópera de Mario Bava a si mesmo e à vazão ininterrupta da maldade que no plano da imaginação e do teatro é finalmente livre para fluir conforme o paladar carnívoro do demônio que uns preferem esconder, outros, celebrar sob os ritos sangüíneos de um verdadeiro estupro cinematográfico.

4/4

Forasteiro2008-11-22 20:30:54
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Cara muito legal, este topico sou grande fa do Argento e to começando a conhecer mais o grande Bava.

do Argento já vi ;

 

Os Passaros da Pluma de Cristal

Preludio para Matar

Suspiria

Sleplees

Jenifer (episo para o master of horror)

e to para assistir o Mãe das lagrimas, depois eu dou nota e comentarios.

 

 

 

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  • 3 weeks later...
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Buio Omega (Joe D'Amato, 1979) - 4/4

 

Se há filmes feitos pro cérebro, pro coração, pros olhos, ouvidos e até pro moleque pequeno [/Analista de Bagé], Buio Omega vai direto no estômago. D’Amato despe seu filme de todo tipo de artifício ou sofisticação visual comum no gênero (não estou dizendo que foi uma escolha consciente, porque não foi e pouco importa) mantendo apenas o que, pro italiano, é o que realmente interessa: sangue, tripas, carne retalhada, membros decepados e uns bons pares de peitos mortos.

Quase sempre entre os italianos somos transportados pra uma dimensão de perversidade e corrupção onde personagens e o próprio diretor conspiram para criar uma atmosfera de absoluto pessimismo e desesperança, e quase sempre resta um personagem, um elo que nos liga ao mundo de parâmetros e proporções morais devidamente moldadas. Em Buio Omega, D’Amato elimina este ponto de equilíbrio. Além de fazer do próprio Frank Wyler um monstro (sem recusar aquela tão óbvia mas providencial dubiedade de inocência) e de nos aproximar dele quase ao nível de uma 1ª pessoa, o suposto único bem-feitor da história é subvertido numa tiração de sarro impagável com o espectador.

Digo, aí depende do espectador. Quem sai à cata de Buio Omega e o assiste até o fim comendo uma pizza bem gordurosa de peperoni não pode esconder que quer mais é que todos se explodam, de preferência com aquela violência gráfica habitual dos caras. E o D’Amato é completamente maluco. Sei que a gente usa o termo às vezes, mas é literal agora, o cara é demente, é retardado mental, e é maravilhoso. Em geral os mestres do giallo se divertem é no ritual anterior e no momento da morte da vítima, mas D’Amato tá interessado mesmo é em brincar com o corpo humano como um bom açougueiro tarado. Inclusive a necrofilia de Frank Wyler é uma extensão da tara do próprio diretor. Há um momento em que ele passeia a câmera por um corpo sendo cremado de um jeito carinhoso e compulsivo, que culmina no momento em que ele dá um close todo tarado num mamilo pegando fogo. É inacreditável de se assistir e lindo presenciar alguém levando pra tela seu lado mais podre sem medo ou vergonha nenhuma.

Obra-prima ao instinto, à doença e ao mau-gosto.

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Baixo, Jess, não há outro jeito.

 

E tirando quais? %3cimg

 

 

A Cauda do Escorpião (Sergio Martino, 1971) - 3/4

Ia escrever sobre, mas fui adiando e agora já era. Mas é sensacional e etc, tem toda aquela finesse atípica mas que funciona muito bem e o uso e manipulação de papéis entre os personagens que deixa clara a fonte de onde o Martino bebeu. E ele até ensaia umas cores bavianas e tal, mas timidamente. O problema são os últimos 20 minutos que arrancam o filme do ambiente urbano de um jeito totalmente imbecil, mas enfim, nada que derrube tudo como ocorreu em o Estranho Vício etc, e eu disse que o próximo seria a última chance do Martino me mostrar alguma coisa. Scorpione ganhou crédito.

 

O Chicote e o Corpo (Mario Bava, 1963) - 3/4

 

Boa parte do que pautou o cinema do mestre tá presente intensa e latejante em O Chicote e o Corpo, e apesar de ser tipo um ensaio primoroso pra op Operazione Paura, o Bava não voltaria a usar a escuridão como aqui, pqp. Basicamente é assim (em especial a segunda metade): tela preta, alguns pares de luzes coloridas iluminando uns pontos isolados da cena, e MUITA iminência, MUITA atmosfera. Chicote é todo cores e sombras.
Forasteiro2008-12-18 04:12:54
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Torso (Sergio Martino, 1973) - 3/4

 

Muito bom e tal, mas até a perversão do Martino é mais leve do que deveria, hehe. Legal o jeito que ele desloca a ação do filme só pra poder criar aquela atmosfera de isolamento, a última meia hora toda sustentada daquele jeito é sensacional (e do jeito que acontece, tudo ao mesmo tempo de uma só vez ao invés daquela progressão que pela lógica deveria ser seguida. O Martino subverte mais uma vez o gênero e teoricamente estaria sabotando o seu filme de um jeito monumental não fosse o talento já mais que comprovado pra afinar a tensão no limite que ele quiser pelo tempo que ele quiser) e a morte do cara da banca é a melhor do filme.
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O Pássaro Sangrento (Michele Soavi, 1987) - 4/4

 

Deliria é o primeiro olhar vindo já de fora do círculo de plena construção do cinema fantástico italiano, passada a euforia do auge e da história sendo realizada em tempo real durante as décadas de ouro de 60 e 70. O primeiro longa de Soavi, pupilo direto de Argento e D’Amato, é antes de mais nada um produto do sonho alimentado pelas cores de Mario Bava e o grafismo mermerizante de Lucio Fulci, pelos reflexos das lâminas e pelos gritos de alguma mulher sendo virada do avesso. Portanto é natural que algo feito com um amor e esmero (e talento) tão nítidos se transformasse numa das grandes obras-primas do gênero.

 

E o desgraçado já parte pela subversão ao narrar um giallo sem mistério algum quanto à identidade do serial killer. Desde os primeiros 15 minutos você e os personagens já conhecem não apenas o rosto como o passado, o nome e o sobrenome do assassino. No entanto, o mais extraordinário é que pra compor a sua própria obra de arte (e isso significa a cena-dentro-da-cena-dentro-da-cena três vezes assim mesmo) o assassino emula o whodonit da sua própria história travestindo-se com uma bizarra cabeça de pássaro que serve tanto pra cumprir este elemento de metalinguagem como pra estadear um efeito visual fantástico na tela.

 

É tudo muito muito bonito apesar de passado praticamente todo dentro de um estúdio. E o Soavi usa os cenários e os elementos de cena tanto pra composições visuais como pra interferência direta na ação de um jeito absolutamente sensacional, além de uma câmera subjetiva que ostenta aquela velha elegância herdada do maestro Dario Argento, como em certo ponto quando o assassino passeia os olhos (e são os olhos de um sádico, compartilhados também por Michele Soavi e seu espectador) sobre uma mesa cheia de aparentemente simples ferramentas que, filtradas pela imaginação doente de nós três, transformam-se em potenciais armas de violação do corpo humano. E a morte que se segue com a arma escolhida (inclusive a tal cena da mesa me lembrou de imediato Bruce Willis decidindo-se por sua espada na loja do Zed em Pulp Fiction) é das melhores dos italianos, revelando aliás o senso de humor (e a linha quase insignificante entre ficção e realidade) como característica individual, propriedade do também fã mas, acima de tudo, autor Michele Soavi.

 

O Pássaro Sangrento (aka Deliria / aka Aquarius) é o tardio encontro de um legítimo entusiasta/fãzóide do horror italiano com tudo que sonhou um dia tornar realidade, e compreensível portanto que o homem que levou tanto tempo para poder saciar a sua vontade de matar contemple tão tranqüila e lentamente a própria obra. Irving Wallace e suas vítimas enfileiradas no palco são mostrados uma dúzia de vezes por todos os lados e de todos os ângulos, porque de repente Soavi veste uma cabeça de pássaro, senta numa poltrona vermelha, pega um gato no colo e pede licença ao público para retardar a ação e passar um pequeno momento a sós com aquilo que sempre amou.

 

Fica difícil ignorar, a essa altura, que o mundo gire mesmo pela virtude dos apaixonados.
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O Horrível Segredo do Dr. Hichcock (Riccardo Freda, 1962) - 3/4

 

Tá ficando cada vez mais difícil assistir essas coisas. Esse foi num vhs rip muito podrão (com direito aos comandos do videocassete aparecendo na tela), sem diversos pedacinhos porque o download travou faltando 80 mb e com áudio italiano sem legendas porque eu digitava Hitchcock ao invés de Hichcock na porra do opensubtitles porque eu sou muito burro mesmo. Mas enfim, deve fazer tipo parte da aventura ou sei lá.

Primeiríssimo Riccardo Freda. Começo dizendo que essa coisa de beber da fonte dos velhos contos com atmosferas medievais e tramas cheias de peculiaridades doentis que os caras buscaram no princípio do gênero não me deixa tão entusiasmado quanto as outras vértices do horror italiano, mas o Freda sabe bem chamar a atenção pra si em algumas composições belíssimas em conluio com a direção de arte e uma iluminação sobrenatural de velas e lâmpadas douradas.

Em quase todas as cenas internas nota-se um contraste cuidadosamente preparado entre o preto e o amarelo (isso porque acredito que o cara que ripou não derramou café na fita) e a presença fremente dos candelabros como instrumentos que dão vida própria às sombras do cenário. Isso tudo pra dizer que quando uma atmosfera que vem pronta (casarão isolado do século 19, à noite, com um temporal desabando do lado de fora e uma presença maligna espreitando pelas frestas) é bem trabalhada, a experiência de se assistir a um filme torna-se mística pela rara habilidade de alguns desses caras pra te tragar cena adentro.

Principalmente porque é estranho, num primeiro momento, acompanhar 90 minutos de um filme sustentados sem as habituais mortes gráficas entrecortando a trama como ganchos pra crescentes de tensão e belíssimos assassinatos, e é quando o talento pra sugestionar perigo e criar aquela iminência de coisas que nunca chegam realmente a acontecer precisa ser provado. L’Orribile Segreto del dott. Hichcock é inteiro um filme do horror mais pela sutileza elegante de um bom suspense que pelos picos sensoriais do próprio horror. Isso apesar da sua natureza inconfundível que não o define, mas o mantém num limite sempre estável entre os dois gêneros.

Aliado a esta ambigüidade um clima sempre onírico e alucinado, uma obsessão necrófila maravilhosa, um visual com cores incendiadas, umas inserções broxantes de cenas num hospital e um final incrivelmente babaca, dá pra dizer que Dr. Hichcock é um ótimo filme e que a expectativa pelos próximos Fredas é grande. O que falta aqui é o amadurecimento natural do próprio gênero, nada que o tempo, uma lâmina e muito sangue falso não resolvam.

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A Iguana da Língua de Fogo (Riccardo Freda, 1971) - 0/4

 

Mas que merda. "O mais sádico e violento de todos os giallos" disse um carinha da contracampo. Passa vergonha como violento, principalmente como sádico, e por pouco nem chega a ser um giallo. O Freda inclusive priva o espectador da maioria das mortes pra se concentrar na trama imbecil. O auge do filme consegue ser uma briga de mãos limpas num quarto escuro onde não se enxerga nada, e por azar os dubladores espanhóis foderam com o áudio bem na hora.

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Um Lagarto com Pele de Mulher (Lucio Fulci, 1973) - 3/4

 

É preciso um pouco de cuidado com Um Lagarto etc. Apesar de os primeiros 20 minutos anunciarem um giallo sanguinário e depravado, o Fulci nunca se pautou tanto pela trama como aqui, e no fim das contas é mais uma história de investigação e resolução de mistério do que qualquer outra coisa, com a diferença de que o Fulci filma demais. Os trechos dos surtos da Carrol e das tentativas de assassinato são obras-primas.
Forasteiro2008-12-24 15:35:50
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