Administrators Pablo Villaça Posted January 22, 2009 Administrators Report Share Posted January 22, 2009 http://cinemaemcena.com.br/Ficha_filme.aspx?id_critica=7398&id_filme=151&aba=criticaPablo Villaça2009-01-22 03:12:36 Quote Link to comment
Members Dook Posted January 22, 2009 Members Report Share Posted January 22, 2009 Nunca concordei tanto com uma crítica do Pablo... Impressionante. Talvez isto explique a mudança repentina do clima por aqui... Quote Link to comment
Members Perucatorta Posted January 22, 2009 Members Report Share Posted January 22, 2009 Não costumo gostar das críticas dele (embora às leio) mas devo mencionar que ele citou um ponto fundamental que é o lance de não termos nenhuma idéia de quem é o Button. Pra nós é só um mané que fica mais novo ao invés de mais velho. Quote Link to comment
Members Allan Verissimo Posted January 22, 2009 Members Report Share Posted January 22, 2009 Forrest Gump unidimensional?Mas,Pablo,a ingenuidade dele não o fazia ser um personagem interessante? Quote Link to comment
Members Administrator Posted January 22, 2009 Members Report Share Posted January 22, 2009 Eu tinha mencionado esses dois erros que o Pablo comentou (mas que ele explanou melhor): a frieza de Fincher e a falta de qualquer traço de complexidade que exista no protagonista, que é definido apenas pela sua "doença". Acho que a única personagem complexa do filme é a de Swinton. Pablo esqueceu apenas de citar os toques cômicos constrangedores que Fincher coloca (em especial as partes do homem que levou sete raios) e a péssima atuação de Blanchett. Fora isso, concordo com boa parte de sua crítica. Quote Link to comment
Members phye Posted January 22, 2009 Members Report Share Posted January 22, 2009 nao concordei com nada do que o pablo falou. isto é inveja do brad pitt.só pode Quote Link to comment
Administrators Pablo Villaça Posted January 22, 2009 Author Administrators Report Share Posted January 22, 2009 Argumento brilhante, phye. Claro que ele não explica como posso ter elogiado tantos filmes protagonizados por Pitt, mas não deixe que isso embace sua lógica impecável. Quote Link to comment
Members phye Posted January 22, 2009 Members Report Share Posted January 22, 2009 pablo,estou brincando. fiz uma alusao à reacao dos fans de crepusculo. gostei muito do filme,mas concordo com varios de seus pontos. bela critica cara! abracao Quote Link to comment
Members babylemonade Posted January 23, 2009 Members Report Share Posted January 23, 2009 olha, eu queria muito ter gostado do filme. mas concordei com a crítica em sua totalidade. não tem a beleza do conto, que pode não ser extraórdinário mas consegue tocar de alguma forma nosso sentimento (frase clichê) e etc. não fiquei emocionada com o filme, confesso me cansou sim porque o personagem do benjamin button vai perdendo a graça a cada segundo. acho até que só consigo gostar dele velho. e está concorrendo a 13 oscars. céus. Quote Link to comment
Members pantalaimon Posted January 23, 2009 Members Report Share Posted January 23, 2009 Boa crítica, alguns pontos interessantes. Acho que a decepção pelo filme se dá a imensa expectativa por se tratar do Fincher, caso fosse de outro diretor talvez não existisse essa pressão, e entendo. Não acho que seja uma vergonha em sua filmografia, e a não "complexidade" dos temas acusados de vazios pelo Pablo soam naturais, acho, e confortáveis em suas condições; não vejo o filme discutindo problemas raciais, por exemplo, acho que isso seria forçar a fábula/fantasia toda. Sobre o Katrina, não vejo ofensa, também, um detalhe no roteiro pois o filme se passa em New Orleans, não, acho que incluíram o fato deste desastre para dar a noção de tempo, de que Daisy encontrava-se no século 21, enfim. Como o filme atravessa vários momentos, este é mais um, nada de errado. Quote Link to comment
Members edubassani Posted January 23, 2009 Members Report Share Posted January 23, 2009 Nunca concordei tanto com uma crítica do Pablo (na verdade já concordei sim, muitas vezes, a diferença é que normalmente leio a crítica primeiro, e desta vez já saí do cinema pensando absolutamente tudo que viria a ler aqui). Li o conto do Scott Fitzgerald postado no site e logo percebi que o filme teria que ser feito do zero, pois o conto dá no máximo o argumento do homem que nasce velho e rejuvenesce até morrer bebê, mais nada. É bem insosso e um tanto sem lógica. Mas a história tinha um potencial incrível, e pelo que vi do trailer, esperava um grande filme dramático, bem emocionante. Saí do cinema comentando com minha esposa que o filme parecia uma mistura de Titanic com Forrest Gump. A velha nos tempos atuais contando a história para sua filha, com o flashback sempre se fundindo à voz da atriz nos dias de hoje, é Titanic. O resto é Forrest Gump, não lembrei de todas as semelhanças citadas pelo Pablo, mas agora me veio mais uma: o problema nas pernas quando "criança". A parte do barco é bem óbvia. O furo dos eventos que levam ao incidente também é claro, e não tem razão para estar ali. Que diferença aquilo faz? Aquele tipo de cena encaixa bem em um filme como Magnólia, mas não tinha nada a ver aqui. Mas as duas coisas que mais me deixaram decepcionado quando sáí do filme foram, como você citou, a falta de "personalidade" do Benjamim e sua decisão estúpida. A premissa do filme é tão interessante que te mantém curioso fosse qual fosse o desenrolar da história, mas é impressionante como um imenso potencial pode ser desperdiçado em futilidades. Nós simplesmente não vemos Benjamim por dentro, é apenas um sujeito vivendo sua vida indiferentemente, narrando seus casos ao estilo Forrest Gump, mas o Forrest Gump era bem mais intimista. Pódíamos sentir sua tristeza quando desprezado pela amada. Aqui nunca sabemos o que realmente se passa. Afinal, como Benjamim realmente encara sua condição? Para ele é algo bom ou ruim? Quando ele começa a ficar realmente bem jovem (depois que ele se separa da Daisy) como ele aproveita sua juventude? Ele sofre pela perda dos seus queridos e por saber que o fim de sua vida está chegando ou decide aproveitar tudo que o vigor da juventude proporciona? Nada. O filme nem precisava tocar no tema do racismo, como Pablo falou, realmente seria desnecessário caso a história estivesse focada na vida do Benjamim adulto (no meio de sua vida). O Katrina também é dispensável, mas não faz diferença, é apenas para pontuar que a história se passa em New Orleans e estamos na década de 2000, como disse outro forista. Mas o íntimo de Benjamim Button, isso precisávamos conhecer. Por fim, a decisão que mata o filme. Por quê ele decide se afastar do amor de sua vida, com quem vivia feliz e estava formando uma família, sob o pretexto da filha precisar de um pai, não de um coleguinha? Além da estupidez, egoísmo e imaturidade citados pelo Pablo, isto é também um furo do roteiro, já que nesta época o Benjamim deveria ter uns 30 e poucos anos e tinha plenas condições de criar sua filha até eles terem idade aproximada, quando então a filha já seria uma pré-adulta (e ele sabia disso). Aquilo simplesmente não tem lógica dentro do filme. Se ninguém, nem a Daisy, questiona sua condição, por que que ele se preocuparia com a filha, quando esta já estivesse quase independente? Poderia aceitar muito bem também. Outro furo é seu fim de vida. Como ele rejuvenesce, todo seu corpo vai ficando mais jovem e saudável, apesar de sua mente acompanhar sua idade. Ora, a demência não é um problema da "mente", esta é intangível. Ela se manifesta na mente, mas tem a ver com a deterioração do cérebro, suas células, e ligações etc. Como menino com cérebro e neurônios novinhos em folha, ele não deveria apresentar demência, mesmo que sua "mente" fosse idosa. Enfim, bom roteirista, bom diretor, e a impressão que ficou é que muitos outros conseguiriam fazer uma história MUITO melhor e mais dramática/emocionante com o argumento que tinham em mãos. Quote Link to comment
Members Allan Verissimo Posted January 23, 2009 Members Report Share Posted January 23, 2009 "David Fincher é um diretor frio." Que nem Stanley Kubrick? Quote Link to comment
Members shaun Posted January 24, 2009 Members Report Share Posted January 24, 2009 Pablo, estrelas são um tanto subjetivas e eu sei que você só utiliza por questões maiores que a sua vontade... mas, lendo sua crítica e sabendo que você colocou o filme como rotten no rottentomatoes... 3 estrelas foi muito. Quote Link to comment
Members Bruno Barros Posted January 25, 2009 Members Report Share Posted January 25, 2009 Pablo, me inscrevi no fórum só para escrever em defesa de dois elementos que, na minha opinião, foram mal interpretados por ti. 1) O uso do Katrina Achei estranho você diminuir a presença do furacão na história. Pra mim o Katrina funciona como um elemento que envolve (como um invólucro mesmo) e confere à narrativa dois valores importantes: uma tensão crescente e o ar de fábula. Sempre que somos apresentados às cenas do Katrina nos deslocamos daquele mundo fantasioso de Benjamin Buttom para o mundo "real", para um evento grandioso, internacional. Saímos do particular para o global. Esse contraste entre a fantasia e o real, esse deslocamento, esses dois pesos só existem pela presença desse elemento "real" na história, no caso, o Katrina. Eu achei que foi uma forma excelente de conduzir a história. Sempre que estamos do "lado de fora" do diário o Katrina está se aproximando, quando estamos "do lado de dentro" nos deixamos levar pelo mundo estranho do velhote-criança. Você lembra da última cena do filme? É o Katrina inundando o armazém onde o tal relógio que anda ao contrário estava guardado. É exatamente nesse momento final em que o "real" colide com a "fantasia". Um último suspiro e a tela fica preta. Bom, já já volto e comento o segundo ponto que descordei da sua resenha... Bruno Barros2009-01-25 15:13:40 Quote Link to comment
Members Bruno Barros Posted January 25, 2009 Members Report Share Posted January 25, 2009 2) A cena do atropelamento Na sua resenha você critica o fato de Benjamin citar tão precisamente fatos que ele não tinha conhecimento. Pra mim criticar isso é ignorar a possibilidade dele ter inventado aqueles pequenos fatos. A narração no filme representava uma leitura direta e oral do diário. Ou seja, tudo o que foi descrito durante a cena estava escrito. Nesse contexto, nada mais natural que Benjamin, ao escrever o diário, estivesse divagando a respeito das infinidade de possíveis coincidências que levaram à tragédia do atropelamento. É isso. Tirando essas duas observações, gostei muito da resenha. Parabéns. Quote Link to comment
Members rael_gc Posted January 26, 2009 Members Report Share Posted January 26, 2009 Pablo, sendo Forrest uma pessoa com problemas mentais, o que você esperaria do mesmo? Concordo com a crítica do filme aqui abordado, mas achei a citação sobre Gump ser unidimensional meio óbvia e infantil (pela condição mental do mesmo, que você ignorou). Quote Link to comment
Members Brunowski Posted January 26, 2009 Members Report Share Posted January 26, 2009 Prezados deste Fórum, boa noite! Li a resenha com atenção e não sei se concordo com todos os pontos. Não entendo a tentativa de avaliar o caráter dos personagens a partir de uma perspectiva moralista ou coerente. Este filme não trata de coerência e sim de elementos surrealistas e ilógicos . Os personagens não são apresentados para serem modelos de conduta, são seres contraditórios, demasiadamente humanos e bizarros, portanto, tentar buscar uma explicação lógica para as suas atitudes é tentar colocar esta fábula cinematográfica numa camisa de força. Sinceramente? Não acho que este filme tenha a pretenção de ser complexo ou mesmo inovador em termos de narrativa ( apesar de desenvolver uma idéia original: o protagonista nasce velho e vai rejuvenecendo ao longo do tempo), é um filme que explora o universo clássico do cinema americano de outrora, a ingenuidade e o romantismo explorado nos anos 40 por exemplo, de certo modo me lembra os filmes do Frank Capra. Em relação ao personagem central ser passivo, acredito que a idéia é essa mesmo. Pouco ficamos sabendo sobre Benjamim Button, sabemos muito mais sobre os personagens que se relacionam com ele, que são afetados por sua peculiaridade e têm suas vidas transformadas. Ele é o narrador, o voyeur que observa introspectivamente a vida dos demais e fala pouco de si mesmo, na realidade ele é um enigma marcado por sua particularidade. Péssima atuação de Cate Blanchett? Isso foi uma frase de efeito heim?? Acho que atualmente ela é uma das poucas atrizes que atua do pescoço para baixo e não tem medo de ousar. Uma atriz que consegue ser sutil quando assim é necessário ( Heaven por exemplo ) ou teatral quando o personagem assim exige ( O Aviador ). Uma atriz versátil e talentosa. Quote Link to comment
Members iamscared Posted January 27, 2009 Members Report Share Posted January 27, 2009 Sou leitor assíduo do CinemaEmCena, mas nunca havia postado no fórum. Achei propensa a oportunidade. Pablo, gostei muito da resenha, parabéns! Eu entendi a distância do personagem de Button como um toque proposital e não acidental. Benjamin Button sofre de uma condição única no mundo que o leva inevitavelmente a um isolamento social. Reparem que o personagem raramente comenta com outros a respeito da própria condição e é clara a obsessão de Button em recomeçar a própria vida em lugares diferentes. Desta forma, eu entendi a frieza do personagem como a manifestação de sua sabedoria única obtida a partir da passagem do tempo sob sua perspectiva. Ninguém no mundo viu o tempo passar como Button viu, então ninguém é capaz de compreendê-lo totalmente. Button é concebido como um sujeito simplório e contido que detém um conhecimento inatingível ao espectador, por isso o filme estabelece uma distância entre o espectador e a personalidade de Button. Além disso, a opacidade da personalidade de Button contribui para o clima de mistério que o cerca. Esse mesmo clima é reforçado seguidamente pelas tomadas escuras que escondem as feições de Button. É como se Button fosse a personificação do próprio tempo dentro do filme, dotado de conhecimento privilegiado e de uma onipresença prática, e ainda assim incompreensível pelos demais. Como o tempo, Button simplesmente existe. Em relação ao abandono da família por parte de Button, eu dircordo de que tenha sido egoísta e irresponsável. Button sabia que não poderia ser um pai dedicado para sempre. Logo, Button achou por bem dar o seu lugar de pai para alguém que pudesse exercer a função com mais talento. Por isso, foi embora antes de que sua filha pudesse ser traumatizada com o fato. Button também tinha uma urgência desesperada para conhecer o resto do mundo. Enquanto a maioria de nós trabalha a vida toda e só tira o tempo suficiente para conhecer o mundo na aposentadoria, quando o ânimo já não é mais o mesmo, Button esperou a vida inteira para viver sua juventude, ou o auge de sua condição física. Entendi que Button precisava se desamarrar dos laços emocionais com esposa e filha para poder viver sua juventude em plenitude. A urgência de Button em aproveitar o final da vida é imensamente maior do que a nossa urgência em aproveitar o final da vida. É por isso que sua atitude nos parece tão irresponsável. Apesar da maduro, ele estava contagiado com a juventude recentemente adquirida e precisava sair de sua vida comum para aproveitar os momentos que lhe restavam. Quote Link to comment
Members Fran Pierri Posted February 2, 2009 Members Report Share Posted February 2, 2009 Como quase sempre gostei da crítica. Claro que fiz N reflexões em volta do filme, mas achei beeeeem meia boca, não emociona, não cativa .. fraco! Quote Link to comment
Members Kabuki_Jo Posted February 3, 2009 Members Report Share Posted February 3, 2009 Concordo com Fram. Quote Link to comment
Members -felipe- Posted February 4, 2009 Members Report Share Posted February 4, 2009 [quote name='Pablo Villaça ]Pergunto: em que a história se beneficia ao utilizar o Katrina?"[/quote'] Essa não é dificil. O filme é todo sobre vida, morte, casualidade, mudanças inesperadas, etc. Isso ocorre várias vezes durante o filme e é assim que ele é finalizado. Daisy está internada num hospital esperando a morte, enquanto as outras pessoas passam por ali acreditando que ainda têm a vida inteira pela frente, e que aquele é apenas mais um dia qualquer... E então vem o Katrina. Quote Link to comment
Members xixaveron Posted May 14, 2009 Members Report Share Posted May 14, 2009 gostei do filme Quote Link to comment
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