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Forum Cinema em Cena

Qual melhor álbum dos Engenheiros do Hawaii


TNT_Karmas
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Pra quem gosta da banda, qual álbum de ESTUDIO é o seu preferido  

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  1. 1. Pra quem gosta da banda, qual álbum de ESTUDIO é o seu preferido

    • Longe Demais das Capitais (1986)
      0
    • A Revolta do Dândis (1987)
      2
    • Ouça o Que eu Digo Não Ouça Ninguém (1988)
      0
    • O Papa é Pop (1990)
      3
    • Várias Variáveis (1991)
      0
    • GLM (1992)
      3
    • Simples de Coração (1995)
      0
    • Minuano (1997)
      0
    • Tchau Radar! (1999)
      0
    • Surfando Karmas & DNA (2002)
      0
    • Dançando no Campo Minado (2003)
      0


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  • Members

UMA VARIAÇÃO SOBRE OUTRAS 45 DO MESMO TEMA

Mapas_do_Acaso_em_Alta.jpg

Reprodução


Foi rápido ler 'Mapas do Acaso: 45 Variações Sobre Um Mesmo Tema' (Ed. Belas-Letras). Aquele jeito de Humberto Gessinger se comunicar em suas letras é praticamente o mesmo que encontramos por aqui. Claro, um livro e uma música são "suportes" diferentes, mas eu me refiro à peculiaridade dele como autor e alguém que está de olho no mundo à sua volta.


Depois de ler 'Pra Ser Sincero – 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema', foi inevitável sentir um quê de curiosidade. Queria saber que direção ele resolveu seguir, ou o que, de repente, havia ficado de fora do livro anterior. Mas logo nas primeiras páginas saquei que não se tratava de uma segunda parte da biografia dos Engenheiros do Hawaii ou algo assim. Ok, há passagens de sua carreira musical, mas não é esse o trilho principal. Ótimo!


'Mapas do Acaso' está mais para uma espécie de almanaque-compilação de crônicas de Gessinger. Há reflexões e algumas viagens sobre temas que vão de futebol (tema sempre presente), infância, família, equipamentos analógicos x digitais e jogo de cintura a coisas como a necessidade e o efeito estético dos óculos, fantasmas dos mais diversos gêneros e até a biografia do Slash. O bom desse livro é justamente o fato de nos distanciar daquela abordagem de recentemente utilizada.


Ao invés de um profundo mergulho no passado, damos braçadas curtas em águas tranquilas. Há momentos em que somos levados pelas correntezas das reflexões de Gessinger, que usa de seu típico jogo de palavras e sentidos para nos conduzir. Tipo: "(...) Um relógio parado acerta a hora pelo menos duas vezes ao dia. Assim como a roupa no fundo do armário voltará à moda, num mundo sem passado, onde, passados quinze minutos, tudo é 'vintage'. Assim como a gente pode parecer inteligente, esperto e bem-informado ficando calado". Aí está um dos trechos de que mais gostei. Sintetiza muita coisa desse "circo" que está em cartaz atualmente na cultura pop (e em outras praias).


Também achei o trecho que fala da viagem dos Engenheiros do Hawaii à extinta União Soviética. Embora já tenha sido abordada em 'Pra Ser Sincero', aqui temos um outro lado, talvez o mais carne-e-osso deles. Mostra como o choque cultural deixou a cultura de Humberto Gessinger em choque (ok, agora fui um tanto Gessinger em minha construção, mas tem a ver, não?). O músico gaúcho reproduziu um texto que escreveu a respeito da experiência para uma edição do Jornal do Brasil de maio de 1990.


Interessante saber de coisas como o mecanismo da cultura pop de lá (daquela época, óbvio), de como era, mais ou menos, a sensação daquele lado da geopolítica mundial (lembra da Cortina de Ferro? Da Guerra Fria?). O final dos anos 1980, quando os Engenheiros do Hawaii estiveram na União Soviética (que, há duas décadas, chama-se Rússia), foi um momento em que John Lennon era quase um veterano no plano dos mitos, o heavy metal já não ocupava o mesmo espaço de destaque e o pop se ligava cada vez mais a texturas eletrônicas – ah, sim! E estávamos a pouco tempo da explosão grunge.


Lendo e viajando por tantas reflexões, me permiti refletir se não seria mais interessante se 'Pra Ser Sincero' e 'Mapas do Acaso' estivessem reunidos em um único livro. São, afinal, obras complementares – pelo menos, para mim. Ambos têm características irmãs, dosadas, entretanto, em proporções diferentes. Há uma mistura de memórias, divagação, compilação de crônicas e de letras e até traços de almanaque. Já que as variações são sempre sobre um mesmo tema, por que não? Fica aqui a sugestão...


Tal variação em que acabei de embarcar foi resultante justamente da boa leitura que tive com 'Mapas do Acaso'. E tenho certeza de que há um espaço na sua estante para mais esse livro que, no final das contas, está sob a égide da nossa cultura pop (e futebolística) recente.


Henrique Inglez de Souza
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  • 5 weeks later...
  • Members

RIO - Para ser sincero, Humberto Gessinger sempre foi um cara mais para literal. Sendo assim, não é surpreendente -- apesar de uma certa torcida contra -- que a highway do líder dos Engenheiros do Hawaii seja, de fato, infinita. De férias da banda desde 2008, ele engatou uma quinta marcha com Duca Lendecker, que ocupa o mesmo posto que ele no Cidadão Quem -- banda de expressão em plagas gaúchas há cerca de duas décadas --- no power-duo Pouca Vogal, que finalmente se apresenta no Rio nesta sexta-feira, às 22h, no Circo Voador.

-- Parei de contar os shows em 140 -- revela ele, que tinha planos de retomar os Engenheiros em 2010, mas foi atropelado pela agenda do novo projeto. -- Sempre soube que Pouca Vogal era maratona e não 100 metros rasos, como sempre foram os Engenheiros. À primeira vista parece ser um projeto simples, dois caras relendo sucessos de forma mais intimista. Mas há muito mais rolando. Tecnicamente e esteticamente. Eu sabia que ia demorar um pouco para as pessoas sacarem o que realmente estava rolando. Por isso enchi bem os pulmões antes de mergulhar.

A ideia do Pouca Vogal -- que se lançou com um CD em 2008, e, meses depois, com um DVD ao vivo -- é explorar as composições e a competência instrumental da dupla, que se apresenta sozinha, com raras participações de outros músicos. Gessinger e Lindecker (sim, o nome do projeto vem dos nomes complicados dos dois) tocam as músicas que compuseram para o Pouca Vogal, como "Depois da curva" e "Na paz e na pressão", além de sucessos de suas bandas, como "Até o fim" e "Somos quem podemos ser", dos Engenheiros, e "Girassóis" e "Pinhal", do Cidadão Quem.

-- O repertório privilegia as múscas da dupla -- diz Gessinger. -- No mais, a gente tenta refletir a história das bandas no local onde está tocando.

É claro que ele, por ter uma repercussão nacional com os Engenheiros, tem muito mais história com o Circo do que o parceiro, que, apesar de estabelecido no Sul, pouco tocou no Rio.

-- Cara, para mim o Circo será para sempre o local onde abri um show do Celso Blues Boy, em 1985 ou 86. Não lembro bem o ano... Mas lembro que depois do show fomos para o hotel e continuamos tocando enquanto assistíamos a uma corrida do Piquet. O Piquet pai! Três gaúchos chegando à capital, com a sensação de que tudo estava por fazer.

Um dos grandes prazeres de Gessinger é descobrir novos instrumentos, o que se reflete nas apresentações do Pouca Vogal.

-- O segredo, mais do que os instrumentos em si, é a combinação entre eles -- diz, bem-humorado. -- Se tem mais alguém aí tocando viola caipira, gaita de boca e fazendo baixos e percussão com os pés, não me apresentaram...

Não é difícil concluir que ele está feliz com o projeto.

-- Bah, me sinto um menino. Desde minha mudança para o baixo, em 1987 (ele começou os Engenheiros na guitarra), eu não passava tanto tempo tocando em casa, buscando novos sons.

Uma volta aos Engenheiros parece distante, então...

-- Sinto saudade dos camaradas, mas não sinto falta de uma banda. As limitações do formato são muito estimulantes. Mas eu me conheço, sei que quando tiver escrito um novo disco a vontade vai pintar.

E alguma ideia de como seria esse disco?

-- Quero voltar com material inédito, um disco progressivo, conceitual, com músicas longas e longos solos de guitarra. Acho que estou esperando 1972 chegar...


Espero por esse cd faz tempo!!!
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