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Forum Cinema em Cena

Invictus, de Clint Eastwood (2009)


CACO/CAMPOS
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O GLOBO

 

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-

 

FOLHA DE S.PAULO

 

 

 

 

ANDRÉ BARCINSKI

 

 

 

CRÍTICO DA FOLHA

 

 

 

Clint Eastwood tem quase 80 anos. Um ícone,

prestes a iniciar sua sétima década no cinema. Como

cineasta, é um nostálgico: gosta

do cinemão tradicional hollywoodiano, narrativo e formal,

com histórias fortes e personagens marcantes. Seus filmes

são dirigidos com eficiência,

porém da maneira mais convencional possível. "Invictus"

periga ser um de seus filmes

mais caretas e datados.

 

O filme começa no dia da libertação de Mandela, após quase 30 anos de

prisão pelo apartheid. Eleito presidente, Mandela (Freeman) vê no rúgbi

um instrumento para ajudar a unir uma nação racialmente dividida.

Mandela declara seu apoio à desacreditada seleção da África do Sul,

prestes a sediar o campeonato mundial. O apoio causa críticas da

maioria negra da população, que vê o rúgbi como domínio da minoria

branca.

 

 

Na sequência de abertura do

filme, vemos um lindo gramado, onde meninos brancos,

bem nutridos e trajando belos

uniformes, treinam rúgbi. Uma

estrada de terra separa o lugar

de um terreno baldio esburacado, onde crianças negras e maltrapilhas jogam futebol.

Que

Eastwood tenha escolhido uma

cena tão óbvia para abrir o filme diz muito sobre seu cinema.

 

 

"Invictus" é uma sequência

infindável de fórmulas gastas.

Como acontece em 99% dos filmes sobre esporte, o azarão, no

caso a seleção sul-africana, passa de timeco a grande potência,

movido por paixão e garra. O

Nelson Mandela de Morgan

Freeman é feito de cartolina,

um personagem caricato que só

fala frases de efeito como "o

perdão liberta a alma" e "tenho

uma grande família de 42 milhões de pessoas". O capitão da

seleção sul-africana (Damon)

não fica atrás: "Ouçam essa torcida", diz para seus companheiros durante um jogo, "Ouçam o

seu país!".

 

 

As cenas de jogo parecem ter

saído de algum filme de esporte

de 50 anos atrás, com "closes"

nas expressões de angústia do

público, som de piano nos momentos mais introspectivos e

até o inevitável fim da partida

em câmera lenta. Já deu.

 

 

 


INVICTUS

 

 

 

 

Avaliação: regular

 

 

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Eu vi e é bom demais. Não é bem uma cinebiografia do Mandela, é mais um retrato de um país em ruínas e dominado pelo preconceito unindo-se em função de algo que integra as pessoas: o esporte. Clint expõe com tanta clareza essa relação de política-esporte que não questionamos por um segundo essa estratégia adotada pelo Mandela (que o Freeman interpreta muito bem, sim). E é lindo ver as pessoas de todas as classes juntas, na arquibacanda, se reintegrando, unidas por uma única causa. Não espere profundidade de personagens - não há e não existe necessidade para isso. 

 

Além disso, o Clint demonstra tanto vigor na filmagem das partidas que consegue integrar o próprio espectador ao que acontece na tela - eu que o diga, detesto esportes e a única outra vez que ouvi falar de rúgbi foi no episódio de Friends em que o Ross tenta impressionar a Emily (e mesmo assim, fiquei totalmente imerso naquilo: torci, vibrei, fiquei empolgado, emocionado,... Demais.

 

Quem não gosta dos filmes recentes dele, nem perca seu tempo. Os outros, priorizem!

 

P.S.: Movam o tópico.
Lumière2010-01-31 22:43:06
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bom,  nao me convenceu.. achei muito restrito ao esporte.

Tudo bem que o filme é quase uma adaptaçao do livro e blablalalá mas o morgan como mandela é muito desperdiçado fazendo o papel de presidentequasetecnicoderugby/filosofooriental e tendo um passado historico tao significativo para a africa...

O continente africano hoje tem passado maus bocados com grande parte de uma populaçao miseravel...nao quero dizer que filmes na africa tem que mostrar so sangue e degraça obrigatoriamente...até pq existem varios filmes do tipo como "Hotel rwanda" "diamante de sangue" "amor sem fronteiras" etc... mas eles tem caido no esquecimento...mesmo nao sendo objetivo do filme acredito que cabia  um enfoque maior na figura do mandela.

"Ouçam o seu país!" e "tenho uma grande família de 42 milhões de pessoas" é uma outra realidade.
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  • 2 months later...
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Realmente, não era filme pra ser indicado ao Oscar. Gostei muito da cena do jogo final (África do Sul x Nova Zelândia) e da sequencia que mostra o presidente Mandela vendo os jogadores de rugby jogando bola com os pobres.

 

O filme é previsível, mas bem dirigido e o Morgan Freeman, ótimo, como sempre.

 

 

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