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Forum Cinema em Cena

Onde Vivem os Monstros, de Spike Jonze


Beckin
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12/10/2009

CINEASTA TAMBÉM TEM INFÂNCIA

 

Spike Jonze jura que é pura coincidência, e que não quer dizer, absolutamente, que alguns dos cineastas mais originais em atividade, hoje, estejam com falta de idéias. Mas o fato é que, entre este mes e março de 2010 (abril, no Brasil) veremos três versões de célebres livros infantis pelos olhares de três diretores extremamente autorais: Spike Jonze, Wes Anderson e Tim Burton.

Coerente com suas visões peculiares, os três escolheram três obras de três autores completamente “fora da caixa” da literatura infantil (não que literatura infantil seja açucarada por definição- de Andersen a Grimm, histórias para crianças são mergulhos perigosos no nosso inconsciente mais profundo… e sombrio).  Jonze ,admirador há tempos do americano Maurice Sendak, escolheu o livro que vem fazendo a cabeça das crianças norte-americanas desde os anos 60: Where the Wild Things Are, uma obra tão poderosa e subversiva que, em seu lançamento em 1963, foi banida de várias bibliotecas escolares. Anderson, um dos americanos mais europeus que existem, ficou com Fantastic Mr. Fox, do galês, filho de noruegueses, Roald Dahl, famoso pelo seu humor sarcástico e fina ironia. Tim Burton, que vive, ele mesmo, numa espécie de universo paralelo, optou pelo psicodélico Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

Ainda temos uns bons cinco meses até poder ver o que Burton imaginou para sua Alice, mas, curiosamente, ele foi o único a abraçar inteiramente as novas tecnologias digitais para criar o universo de Alice, o Coelho, o Chapeleiro Maluco e a Rainha de Copas. Tanto Anderson quanto Jonze, em cartaz este mes nos EUA, deram uma muito consciente marcha à ré e optaram por um visual low-tech, à moda antiga. Jonze manipulou minimamente as criaturas monstruosas imaginadas por Sendak, e trabalhou basicamente com atores em trajes especiais, na paisagem maravilhosa do sul da Austrália. Anderson escolheu a stop motion tradicional, sem nenhum acréscimo digital, e quase leva os animadores à loucura com as exigências de rigor nos detalhes do cenário (Anderson é um desses realizadores que se expressa primariamente pela direção de arte…). Além disso, Anderson se recusou a sair de seu apartamento em Paris, e dirigiu o filme à distância, via web, enquanto os animdaores trabalhavam em Londres….

Pessoalmente, nenhum dos dois me fez dizer uau! O livro de Sendak é tão poderoso – uma obra curta e potente que reconhece o poder da imaginação, da raiva e da frustração em toda criança – que mesmo as mais belas imagens do filme (e há muitas) empalidecem por comparação. O livro é poderoso,em grande parte, porque é curto e não explica nada – coisa que o filme é obrigado a fazer, com bem menos sucesso.

 03-1.jpg

O Mr. Fox com a voz de George Clooney e o figurino de um gentleman farmer (como Dahl era) é uma espécie de versão stop motion de qualquer bom filme de Wes Anderson, chiquérrimo, irônico, com uma bela trilha sonora e personagens que falam exatamente como os de… um filme de Wes Anderson (o fato das demais vozes incluírem Bill Murray, Owen Wilson e Jason Schwartzman ajuda…)

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Fonte: Ana Maria Bahiana
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Muitos gostaram sim, e os que gostaram exaltaram demais; aqueles que não gostaram falam, todos, muito bem da primeira meia hora, e dizem que depois fica "vazio" pelas criaturas muito "tristes". Bem, até agora nenhum argumento pertinente, não sei, desconfio, mas é uma pena, só tem caído no Rotten e Metacritic.

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The beasts are recognizable from Sendak's pages, but Jonze gives them names and distinct personalities that connect to aspects of Max's psyche and to the people he loves. (Freud would adore this movie.) Da TIME.

 

E

 

Profoundly beautiful and affecting, Where the Wild Things Are is a breath-
taking act of artistic transubstantiation. Da Entertainment Weekly.

 

Something doesn’t quite jell, and no matter how gorgeous each set piece is, it doesn’t always entirely add up to a complete and satisfying narrative. I couldn’t help but think, from time to time, how on earth were these guys allowed to make this movie?

 

Já o New York Observer vai totalmente contrário. A maioria dos "top critics" do Rotten, incluindo Variety, não gostaram mesmo.

 

E eu sigo morrendo de curiosidade, ainda mais agora, não sei se vou conseguir esperar até janeiro. ;D

 
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Não sei também, queria saber onde pegam essas informações, é a própria Warner que divulga o quê? O que sei é que o filme passou por vários problemas, atrasou o lançamento, talvez dentro desse orçamento esteja o montante da divulgação, enfim, lá consta 100 milhões. Onde teriam gasto tanto?Em bonecos gigantes?O.o'.pantalaimon2009-10-18 21:59:13

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Pois é, acho que ele deve ter brigado com os produtores, e eles não queriam mais liberar dinheiro, a não ser que ele se responsabilizasse e "renunciasse" algum pagamento; em 2004 Peter Jackson "abriu mão" do dinheiro em King Kong caso o filme fosse um fiasco; se o filme vai bem, ganham algo.

 

O que sei é que desde 2006 o projeto foi anunciado, e as filmagens começaram em Fevereiro de 2007; ele ficou então quase dois anos em pós, muito tempo. Ano passado vazaram uns boatos da insatisfação da Warner com o material, ele teria que ser re-editado. Não sei se o Jonze permitiu, se mudarma, se deixaram como ele queria.
pantalaimon2009-10-19 22:46:25
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Warner estaria considerando refazer todo o filme - 28/02/2008 13:53

A Warner Bros. remarcou mais uma vez o lançamento de Where the Wild Things Are, agora para outubro de 2009. E embora o motivo real de tamanho espaço de tempo não esteja claro, rumores na internet apontam para um grande problema por trás das câmeras.

Segundo fontes do site CHUD.com, executivos do estúdio estariam "extremamente insatisfeitos" com o filme que Spike Jonze entregou. Parece que o tom melancólico adotado pelo cineasta desmotivou a Warner, que esperava por uma aventura infantil mais comercial. E mesmo depois de já ter investido US$ 75 milhões na produção, o estúdio estaria considerando refazer tudo, desde o roteiro.

Esta seria uma situação parecida com a de O Exorcista: O Início, também uma produção da Warner. O veterano Paul Schrader fez um longa de terror psicológico e desagradou os executivos, que queriam um filme de horror comercial, com mais sangue e sustos. Resultado: chamaram Renny Harlin para fazer outra versão, que acabou sendo apedrejada pela crítica e sequer se tornou um sucesso de bilheteria. Mais tarde, a versão de Schrader foi lançada em DVD e recebeu alguns elogios, mas jamais deu ao estúdio o retorno do investimento.

O CHUD.com também informa que os executivos não teriam gostado do ator principal, o garoto Max Records. Dessa forma, caso uma refilmagem completa seja feita, o elenco também deverá ser modificado. Resta saber se Jonze vai acatar as exigências do estúdio e permanecer como diretor. Mas, mais uma vez, tudo isso é conversa de bastidores. Nem Jonze, nem a Warner se manifestaram publicamente sobre o que está acontecendo com o filme. A "desculpa oficial", por enquanto, é que os efeitos visuais são muito difíceis de serem finalizados.

Indefinição paira sobre filme de Spike Jonze - 24/07/2008 09:32

Após as declarações do presidente da Warner Bros., Alan Horn, sobre o status de Where the Wild Things Are (leia nota anterior), a dúvida sobre quando o filme ficará pronto cresceu ainda mais. O site Ain’t It Cool News conversou com o produtor Gary Goetzman na Comic Con de San Diego, que teve início hoje, e obteve respostas ainda mais dúbias.

<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Goetzman afirmou que os rumores sobre a insatisfação da Warner com a atuação do garoto Max Records e com a direção de Spike Jonze são completamente falsos. Segundo ele, o que acontece na verdade é que a visão de Jonze e a visão do estúdio sobre o filme são um pouco diferentes.

 

Aparentemente, o principal problema foi a tentativa de Jonze de usar apenas bonecos animatrônicos, sem recorrer à computação gráfica. O resultado não teria agradado aos executivos da Warner. Também parece haver divergências em relação à duração do filme, que está definida <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em contrato. Quanto ao poder de decisão de Jonze sobre o corte final, o produtor se referiu ao cineasta como “Final Cut Spike”, mas não deixou claro se o apelido foi dado em tom de ironia.

Mais uma vez a adaptação de Spike Jonze tem estréia adiada - 14/07/2008 10:25

Novamente a Warner Bros. adiou o lançamento da adaptação de Where the Wild Things Are, comandada por Spike Jonze. O executivo do estúdio, Alan Horn, explicou que a estréia precisou ser adiada para que o diretor tenha tempo de finalizar o filme.

"Gostaríamos que o longa tivesse a visão de Jonze e ao mesmo tempo fosse acessível ao público. Obviamente temos um desafio nas mãos, mas não considero isso um problema. Ninguém quer transformar o filme em algo chato. É um material muito especial e só queremos fazê-lo da maneira certa", comentou Horn ao jornal Los Angeles Times.

A nova data de lançamento não foi agendada. O longa seria lançado em 16 de outubro do próximo ano.

Cenas do longa de Spike Jonze podem ser refilmadas - 02/06/2008 15:04

De acordo com o site Blood-Disgusting, a Warner Bros. pretende refilmar algumas cenas de Where the Wild Things Are. As gravações devem acontecer ainda esta semana, com término previsto para o final do mês.

Ainda não está certo quanto do filme deverá ser refeito, mas novos atores estão sendo chamados para participar do projeto. Depois de uma apresentação teste em fevereiro, a Warner Bros. passou a considerar a possibilidade de refazer o longa.

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