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Evocando os Espiritos (Haunting in Connec


Jorge Soto
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EVOCANDO ESPÍRITOS (The Haunting in Connecticut)

Uma família é forçada a mudar-se para uma nova casa, próxima a uma clínica, pensando no tratamento do cãncer do filho. Eles começam a testemunhar eventos sobrenaturais e mudanças de comportamento, que, a princípio, imaginam ter origem no stress relacionado à doença, mas, depois, descobrem que no local existiu um mortuário com um passado negro...

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06/03/09) Seguindo os passos de Exterminador do Futuro 4, surge, oficialmente, o primeiro pôster em flash de uma produção de horror. Confira imagens

 

 

 

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EVOCANDO ESPÍRITOS

por João Pires Neto

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O fascínio por histórias de fantasmas e casas mal assombradas rendeu nos cinemas clássicos absolutos como “Terror em Amityville” e “Poltergeist – O Fenômeno”. Este misto de atração irresistível e interesse mórbido talvez deva-se a proximidade do tema. Afinal, quem nunca ouviu falar sobre casas onde ocorreram aparições ou fenômenos difíceis de explicar? Nos Estados Unidos, o imaginário popular é alimentado por relatos, que tornaram-se corriqueiros com o passar dos anos, sobre antigos casarões assombrados, principalmente nas pequenas cidades da Costa Leste.

O roteiro de “
Evocando Espíritos” é inspirado num documentário exibido pelo Discovery Channel em 2002, chamado “A Haunting in Connecticut”, que por sua vez é a adaptação dos fatos supostamente reais narrados no livro In a Dark Place: The Story of a True Haunting (ainda sem tradução por aqui), escrito por Ray Garton.
Esta é a única obra de não-ficção deste escritor norte-americano, que é um especialista em literatura de horror e traz no currículo, além de uma dezena de best sellers, roteiros para a extinta série televisiva “Buffy – A Caça Vampiros” e a novelização (dos cinemas para os livros) de alguns filmes de terror, como “Warlock – O Demônio” e a quarta e quinta parte da cinessérie “A Hora do Pesadelo”. Mas o próprio autor se declara cético aos eventos descritos em seu livro, alegando que a coleta dos depoimentos da família Snedeker foi tumultuada e frustrante. Os Snedekers passavam por sérios problemas, como o envolvimento com o álcool e as drogas, o que dificultou o esclarecimento dos fatos. Entretanto, mesmo não sendo comprovada a veracidade da história ou desmascarada a possível fraude, o importante é que o acontecimento rendeu um livro, um documentário e um filme, e provavelmente muitos dólares no bolso dos Snedekers.

Transportado para as telas dos cinemas pelos roteiristas Adam Simon (diretor do cultuado documentário sobre a influência dos filmes de terror na sociedade americana chamado “An American Nightmare”, de 2000) e Tim Metcalfe (“
A Hora do Espanto 2”), “Evocando Espíritos” expõe o drama da família Campbell (os Snedekers na vida real), que tem início quando um dos filhos (Matt) é diagnosticado com câncer. A família se vê obrigada a procurar um imóvel próximo à clínica onde o jovem será tratado. Devido ao baixo custo do aluguel, eles acabam alugando uma casa onde durante muito tempo funcionou uma funerária. Já na primeira noite que passam no local, Matt começa a sentir estranhas presenças na casa. O que a princípio parece ser apenas o efeito colateral do pesado tratamento contra o câncer se intensifica num terrível e mortal pesadelo.

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A grande sacada do roteiro é a ênfase inicial dada ao sofrimento causado pelo câncer aos personagens, o que aumenta a carga dramática e dá mais credibilidade a história. A sensação de proximidade da morte causada pela doença é em determinado momento creditada como fator que permite ao jovem o contato com os fantasmas da casa. No entanto, o desenrolar mirabolante da trama e o desfecho exagerado dificultam a aceitação do enredo como verídico e joga por água abaixo o “based on true events”. Outro problema seria a construção do suspense, que segue a risca a cartilha das casas mal assombradas: imóvel antigo e grande, sótão, porão, portas que rangem, luzes que piscam e sombras que aparecem e desaparecem a todo momento. Este excesso de clichês pode acabar incomodando o espectador mais exigente.

A direção, que ficou a cargo do então desconhecido cineasta australiano Petter Cornwell, se não inova, também não compromete. Já o bom elenco conta com a veterana Virginia Madsen (“
Número 23”, “Candyman”) interpretando a Sra. Campbell, Martin Donovan (“The Alfabet Killer”) como o pai, Kyle Gallner (“Sublime”) como o jovem Matt e o canadense Elias Koteas (“Zodíaco”), como o reverendo Popescu. Este último representa o instante de descoberta da trama, ou seja, aquele responsável por conectar todos os pontos abertos do enredo.

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Outro destaque da produção é a edição e os efeitos, em especial a sequência em que o ectoplasma se materializa, saindo pela boca do personagem como uma espécie de líquido.

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Evocando Espíritos” arrecadou mais de 50 milhões de dólares nas bilheterias americanas em quatro semanas de exibição, provavelmente pagando os custos da produção, que não foram divulgados oficialmente pela Lionsgate.

Mais uma vez o título em português escolhido pela distribuidora esbanja falta de originalidade. Só pra relembrar alguns filmes com os títulos possuídos por espíritos: “
Espíritos – A Morte está ao seu lado” (2004), “Jogo dos Espíritos” (2002), “Espíritos da Floresta” (2007), “Espíritos do Mal” (2006), “Armadilha dos Espíritos” (2005)...

Momento Spoiller:

Vale à pena resumir o mistério por trás das assombrações da casa de Connecticut. Obviamente o novo lar da família Campbell não havia sido apenas uma funerária. O antigo dono, Ramsey Aickman, organizava no local poderosas sessões mediúnicas. Para isso, ele obrigava um paranormal adolescente chamado Jonah a ajudá-lo. Não contente com os resultados, o ambicioso dono da funerária passou a utilizar de métodos “necromânticos” não muito recomendáveis. Ele seqüestrava, violentava e escondia os corpos dos mortos que passavam pela funerária, fazendo assim com que seus espíritos ficassem presos ao local, facilitando o contato durante a sessão mediúnica. O resultado: os espíritos aprisionados se revoltaram e durante uma sessão causaram as mortes de Aickman, Jonah e os outros participantes da mesa. O problema é que os corpos continuaram escondidos e os seus espíritos aprisionados no casarão que agora é residência dos Campbell.

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Enfim, mesmo saindo do cinema com aquela sensação de já ter visto este filme em algum lugar, nem tudo é falho nos 92 minutos de exibição de “Evocando Espíritos”. E apesar de não ser nenhuma obra-prima ou novo clássico, ele assusta e diverte em alguns bons momentos, e ainda compensa pelas atuações convincentes e os ótimos efeitos especiais. Sem muitas expectativas, vale o ingresso do cinema de sexta à noite.

Veja também:

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O documentário “A Hauting of Connecticut” (quase o mesmo título em inglês da adaptação para o cinema) é o piloto de uma série produzida pelo Discovery Channel. Com 39 episódios exibidos entre 2002 e 2007, “Haunting” ou “Assombrações”, como foi chamada no Brasil, narra histórias sobrenaturais chocantes que teriam realmente acontecido em casas dos Estados Unidos. São dramas recentes narrados pelos próprios protagonistas dos eventos e reconstituídos pela produção do programa.
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