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Forum Cinema em Cena

O Cinema Brasileiro Sofre Preconceito


eccsssss
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Eu me diverti com a Beltrão pagando de apaixonada pelo chefão lá do PCC, e outros absurdos, e a tal da Ruiva tinha umas ceninhas legais. Pois é, uma avalanche de filmes brasileiros tem fracassado na bilheteria, eles não aprendem que nem tudo é Daniel Filho, que inclusive fracassou. Seria mais fácil se tivessem feito uma série na Globo, e depois lançado, talvez fizesse sucesso,;D. Quase sempre dá certo, acho que só "Antônia" não colou.

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Acho que fracassou por que ele decidiu ser um besouro... se fosse uma Águia Dourada teria feito sucesso... ¬¬

 

Brincadeiras à parte, o cinema brasileiro ainda lança ótimos filmes todo ano. Eu gostei de Tempos de Paz, por exemplo. Um filme de atores, de interpretação, cara-a-cara.

 

É uma pena que todo a maioria prefira Se eu fosse você ou mulher invisivel..
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  • 4 weeks later...
  • 2 months later...
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Também acho que o cinema brasileiro tem vários fiascos, mas tem coisas incríveis. Revejam Cidade de Deus. É muito bem feito!!!!

 

E, realmente o brasileiro tem um super preconceito com seu próprio cinema. Mas acho que isso vem de um aspecto mais geral: o brasileiro tem vergonha de si mesmo. O brasileiro não tem o Brasil como uma real Nação. E é por esse buraco que coisas como corrupções mil entram em cena sem causar revolta nacional.

 

 

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Gostei muito desse texto:

A inveja do cinema argentino

Não é de hoje que suspiramos de inveja do cinema argentino. Há quase dez anos o crítico Jean-Claude Bernardet já dizia: os argentinos estão nos dando um banho em matéria de cinema.

A cada bom filme novo argentino, como este "O Segredo dos Seus Olhos", o suspiro se renova. Mas em que consiste o segredo da superioridade, suposta ou real, do cinema argentino?

Há que lembrar, antes de mais nada, que toda generalização é burra, mas sem algum grau de generalização também é impossível pensar. Assim como há vários cinemas brasileiros (de Fabio Barreto a Julio Bressane, de Beto Brant a Cacá Diegues, de Daniel Filho a Tata Amaral), existem também vários cinemas argentinos, cobrindo um espectro que vai dos filmes de grande bilheteria, como "O Filho da Noiva", "Nove Rainhas" ou "O Segredo dos Seus Olhos", à obra mais pessoal, "outsider", quase "miúra", de uma Lucrecia Martel ("O Pântano", "A Menina Santa", "A Mulher sem Cabeça"), passando pelos caminhos intermediários de um Pablo Trapero ou um Daniel Burman. Isso sem falar da produção de autores mais veteranos, como Fernando Solanas ou Luis Puenzo.

Mas é possível detectar algumas tendências gerais, tanto na variegada filmografia argentina como na igualmente variegada filmografia brasileira. E a meu ver a nossa desvantagem não é da ordem da competência técnica ou dos cuidados de produção, mas sim de natureza estética e narrativa. Vou tentar me explicar.

Espaço para a ambiguidade

O que chama a atenção, no cinema argentino em geral, de Juan José Campanella a Lucrecia Martel, em comparação com o grosso da produção brasileira, é o modo indireto, oblíquo, com que os "grandes assuntos" (políticos, sociais, morais) são abordados. O interesse desses filmes parece estar sempre voltado para os personagens e sua relação com o espaço físico e humano que os cerca - o que, de certo modo, é a base de todo o cinema que não seja "de tese". O contexto social e político entra pelas bordas, não arromba a porta da frente.

Há quase sempre nos filmes argentinos, em maior ou menor medida, uma sutileza que respeita a inteligência do espectador, tratando-o como um ser adulto, pensante. Há, habitualmente, espaço para a ambiguidade e a indefinição.

Os filmes brasileiros, com as exceções que confirmam a regra (e sem falar dos documentários, que são um caso à parte), parecem sucumbir sob o peso da intenção de "dizer coisas" sobre a "realidade". Ou então se rendem acriticamente aos modelos de entretenimento emprestados da televisão, seja das telenovelas ou dos esquetes humorísticos. Em outras palavras: ou são declaratórios, enfáticos, ou quase desprovidos de inteligência. Em qualquer dos dois casos, tratam o espectador com paternalismo.

Essa tendência não respeita diferenças de gênero ou de estilo. Abarca desde as alegorias de um Cacá Diegues ("Orfeu", "Deus É Brasileiro") até a brutalidade frenética de um "Cidade de Deus" ou um "Tropa de Elite", passando pelo cinema didático-social de Sérgio Resende ("Salve Geral") ou José Joffily ("Olhos Azuis"). No outro extremo (o do mero interesse comercial), as comédias televisivas de Daniel Filho ou os melodramas apelativos de Fabio Barreto. O que há em comum entre essas obras díspares é o fato de entregar pronto e mastigado ao público o que este deve sentir ou pensar.

Para que este balanço sumário não soe unilateral e leviano, cito alguns filmes brasileiros recentes que respeitam a inteligência autônoma do espectador. Mais que isso: que contam com ela para a sua eficácia. Refiro-me a "É Proibido Fumar", de Anna Muylaert, "No Meu Lugar", de Eduardo Valente, "O Amor Segundo B. Schianberg", de Beto Brant, e "Quanto Dura o Amor", de Roberto Moreira. Há outros, certamente. Assim como deve haver filmes argentinos paternalistas/didáticos/enfáticos (os de Solanas, por exemplo). Problema deles.

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Não acredito que nosso cinema seja menor que o deles... e nem maior.

 

São estilos diferentes.

 

Eles preferem abordagem sutis, ok, isso faz com que tenhamos que deduzir algumas coisas nas entrelinhas e é bom.

Mas fico pensando em um "Zuzu Angel" filmado com a sutileza argentina...afff!

 
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Cinema brasileiro tem boas obras como Deus e o Diabo na Terra do Sol, O Pagador de Promessas, Ilha das Flores, Nós que aqui Estamos, por vós Esperamos e o recente Cidade de Deus. Não falta bons exemplos em várias épocas e não acho que agora o cinema está melhor apenas se popularizou mais. Isto devido ao avanço das tecnologias de telecomunicação como a internet.   <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Sim temos preconceitos, temos uma cultura de valorização de obras estrangeiras em detrimento das nossas. Mas isto não anula o fato que temos merdas no mercado e sim são várias produções de apelo comercial de péssima qualidade. O que não nós difere de outro países em maior ou menor grau. O que estraga em muitos casos uma produção em minha opinião é justamente esta invocação da nacionalidade como a estampa do filme. Eu como muitos valorizamos a estória pelo o que ela é não pela origem, pelo bom desenvolvimento, pela criatividade e outros pontos que muitas produções carecem.  E até mesmo no quesito de boas atuações principalmente, acho ainda que temos atuações clichês, caricatas e apelativas na tentativa de busca um público maior, que é carente de uma identidade nacional.

 

Vendo o personagem como no filme brasileiro Deus é Brasileiro só como um exemplo não preciso ficar delongando mais. É um exemplo perfeito como aqui a ficção e a fantasia buscando o apelo nacional exagerado podem ser absurdas. Claro que é engraçado a personagem, legal e mesmo divertida a idéia, mas não se enganem sua proposta de criação é tom fervorosamente nacionalista ao exagerado. E lá fora ofende se pesarmos bem, não me surpreenderia ter uma censura em países não cristãos ou mesmo cristãos por se tratar de uma heresia para os mais fervorosos. Tudo por causa desta preocupação besta de tentar expressar ao máximo a nacionalidade em detrimento da humanidade.

 

O que não é o meu caso, minha necessidade não precisa de ufanismo torpe e ainda mais sendo ele perigosamente tendencioso e parcial.  É claro que as novas gerações facistas e stalinistas adoram uma identidade nacional que manipula.
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Não conheço tanto assim de cinema argentina, mas sim, dos poucos que vi; só a Martel e o Trapero já largam na frente. A questão técnica do nosso cinema já era, já é algo ultrapassado se discutir, é inquestionável a qualidade técnica que se tem hoje no Brasil, o problema é somente um: roteiro. E talvez direção, sim.

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  • 3 weeks later...
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Cara, isso é toda uma construção histórica, tudo que vem daqui sofre preconceito la fora, não seria diferente o cinema, é aquele velho jeito dos estrangeiros acharem que aqui é tudo "oba oba" e ninguem leva a sério as coisas, mas com certeza, com várias obras magnificas, como "Cidade de Deus" "Tropa de Elite" "Romance" as coisas mudam. Espero que só melhorem daqui por diante.

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<FONT face="Georgia' date=' Times New Roman, Times, serif" size=2>Detestei "Romance"...sei lá...

 

<FONT face="Georgia, Times New Roman, Times, serif" size=2>Este ano que passou tivemos alguns escorregões, tipo "Salve Geral" e "Lula, o filho do Brasil".

 

<FONT face="Georgia, Times New Roman, Times, serif" size=2>Daí que muitas produções ficaram ofuscadas por essas que pareciam grandes promessas... aff! [img']http://www.cinemaemcena.com.br/forum/smileys/09.gif" height="17" width="17" align="absmiddle" alt="09" />
Romance é perfeito, uma adaptação do Romance mais antigo da História "Tristão e Isolda", saindo da História medieval direto para os Sertões, a ideia é genial demais, sem contar que aquele ator Wagner Moura é um exelente ator.
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Não é que exista preconceito, é que cinema brasileiro é tosco mesmo, os filmes mais interessantes nunca tem divulgação suficiente, só chegam aos cinemas nas cidades menores os filmes com ator global que sempre é tosco. A língua portuguesa não é cool igual a lingua inglesa, escrever algo no brasil que fique bom requer mt trabalho do roteirista e um ator excepcional... enfim XD

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