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Forum Cinema em Cena

Babel, de Alejandro González


-felipe-
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Que bom, achei que acabaria sendo a única que não achou o filme lá essas coisas.

 

 

 

8) A estória da japonesa não se encaixa no resto da trama de forma alguma. A relação com o resto da estória é periférica e forçada. O pai dela teria presenteado o vendedor da arma que matou os turistas ao pai marroquino por ter sido um bom guia. Sua carência emocional provocada pelo suicídio da mãe a leva a procurar o sexo como uma forma de escapismo. Porém' date=' o fato de ser surda-muda é apontada pelo roteiro como óbice à realização sexual. Por ser “bonitinha”, flertar de forma extremamente agressiva e não estar comprometida com o ideal de relacionamento romântico é de estranhar a falta de êxito em sua empreitada, enfraquecendo ainda mais a estória. Além disso, o roteiro insiste em discutir as circunstâncias da morte da mãe, sem jamais responder as suas causas, deixando um vácuo na trama.[/quote']

 

Concordo em tudo.

 

O japonês dá a arma ao homem. E daí? O que isso tem a ver com a japinha?

 

Tá certo, na tentativa desesperada de atirar pra tudo quanto é canto ela consegue ficar sozinha com o detetive, que estava lá só pra saber sobre o caso da arma. Mas e daí? Ainda assim não teve importância na vida da garota necessitada.

 

 

 

Eu sei que não sou crítica de cinema, muito menos sei escrever críticas de cinema, mas não gostei do filme.

 

Na minha opinião há cenas desnecessárias (A mexicana com o mexicano viúvo, o guri se divertindo vendo a irmã nua), e as que não são desnecessárias são longas. Na cena em que a mulher vai falar com o Brad Pitt (desculpem, não consigo decorar nomes de personagens =P) sobre a morte do filho cheguei a querer dormir. A cena era inacabável, assim como o pai achando a filha nua na varanda e abraçando-a. Muito 'comovente', mas... Ahn? oO

 

 

 

No mais, a única personagem que me comoveu mesmo foi a mexicana.

 

 

 

Ah, e sim, muito inferior a Crash.dark_angel2007-01-27 19:24:44

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acabei de ver o filme...

achei bom. e nada mais. não tem nada de... especial, digamos assim.

 

dark_angel, para mim, a mexicana tb foi a única personagem que me comoveu...

 

e sinceramente, não sei pq cate blanchett foi indicada ao oscar por melhor atriz coadjuvante. o que ela faz no filme para merecer essa indicação?

na minha opnião, ela não fez nada que a levasse a tal mérito...

 

 

 
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ela gemeu o filme inteiro. o chamado 'coadjuvante de luxo'.

 

o que eu vi no filme foi um repeteco sem brilho, da estrutura dos outros filmes dele. o principal mensagem que o Iñárritu tentou passar - a Babel - ficou apenas no contraste entre as culturas, sem nenhum 'choque' entre elas (não sei se é isso o que eu quero dizer, mas enfim). a sensação foi de "uau, um filme que mostra situações dramáticas em 4 países diferentes". feito de maneira esquemática...

 

algo próximo do que o KMF (porém, não cheguei a desgostar dessa maneira) disse a seguir:

 

"Depois de Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, tudo me leva a crer que o próximo filme de Alejandro Gonzalez Iñarritu mostrará o efeito devastador de um peido sobre as vidas de um grupo de 20 personagens."
rubysun2007-01-28 02:53:43
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BABEL 8/10 - Mais um filme relevante e tocante de Alejandro Gonzalez Iñarritu, bem inferior a "21 Gramas" bem é verdade ( ainda não tive a oportunidade de rever por completo "Amores Brutos" ), mas ainda assim uma peça importante dentro da sua filmografia. Aqui Iñarritu não constrói um quebra-cabeça a fim de mostrar como cada história se liga ( os elos são bem simples, o intuito não é pregar surpresas ), mas procura mostrar como cada pequeno drama dentro do nosso universo pode ocasionar consequências tão devastadoras para cada um desses indivíduos. É um filme sobre a falta de comunicação, a falta de compreensão, a falta do toque, do saber ouvir; é um drama que nos leva a refletir sobre a importância de estender a mão ao próximo, afinal não estamos sozinhos ... ainda bem que não estamos sozinhos. Diferentemente de "Crash" não é um filme racista sobre o preconceito e as nossas diferenças, mas é um drama sobre aquilo que nos une, aquilo que nos aproxima, independente da raça que temos, da língua que falamos ou do país que vivemos.

"Babel" é um filme que se divide em 4 tramas: a 1ª mostra a rotina de uma família simplória de muçulmanos retratados de maneira real como pessoas de verdade que procuram sobreviver diante das alternativas que lhe são possíveis até o momento em que o tiro de um rifle disparado ocasionalmente por um dos filhos parece condená-los profundamente ( e todos aqueles pequenos detalhes, como a preferência por um dos filhos e aquilo que os dois garotos parecem esconder fazem toda a diferença no final ).

A 2ª trama mostra o casal Pitt/Blanchett que amargurados com a perda do 3º filho tenta juntar os cacos de uma relação que parece estar cada vez mais perto do fim com uma viagem ao deserto marroquino, porém ao ser atingida por um tiro ocasional passamos a acompanhar o drama dele em tentar mantê-la viva tentando superar os conflitos com os outros turistas assim como a dificuldade de se comunicar com os moradores da região, mas acima de tudo estamos falando do seu mais profundo desejo de ter uma 2ª chance ao lado da pessoa que ele ama.

 

A 3ª trama é a que tenho mais ressalvas que se trata do núcleo mexicano que a princípio começa muito bem quando acompanhamos a babá de duas crianças americanas ( filhos de Pitt/Blachett ) sendo obrigada a atravessar a fronteira com ela para poder acompanhar a festa de casamento do seu filho, ou seja, acompanhamos toda aquela harmonia entre a família, o calor humano dos mexicanos e a maneira como eles buscam se divertir. Tudo começa a ruir quando na volta o roteiro manipula as ações de uma maneira muito forçada desde a fuga até mesmo a procura de uma ajuda no meio do deserto como se fizesse questão de criar uma situação forjada para justificar o desfecho e embora a atuação da atriz mexicana seja muito poderosa, fica a sensação de que aqui nada foi muito natural.

 

A 4ª e última trama é a que se passa no Japão e passamos a conhecer uma jovem japonesa, surda-muda, que se não bastasse passar por todas as inseguranças em função da adolescência ainda precisa enfrentar a entranheza das pessoas diante da sua condição o que vai deixando-a ainda mais deprimida forçando-a a tomar algumas atitudes precipitadas, incluindo usando seu corpo de maneira gratuita. Parece uma história fora de contexto com as outras ( o elo de ligação busca mostrar que foi o pai da menina que vendeu o rifle pro vendedor muçulmano ), mas ainda mais aqui a comunicação ( e não estou falando do falar necessariamente ) parece ser a única saída para que tanto pai e filha possa seguir em frente e superar os traumas do passado.

 

Em geral, é um filme tocante, menos marcante que "21 Gramas", mas ainda assim um filme relevante. A Academia pode querer corrigir o erro cometido o ano passado, afinal os americanos devem achar que "Crash" é o canto deles contra o preconceito sendo que na verdade é justamente o contrário, e Iñarritu mostra como tratar desses assuntos com imparcialidade. Mais cedo ou mais tarde vc vai conferir "Babel", só espero que vc não precise assistir o filme para começar a praticar as lições deixadas pelo filme.
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BABEL 8/10 - Mais um filme relevante e tocante de Alejandro Gonzalez Iñarritu' date=' bem inferior a "21 Gramas" bem é verdade ( ainda não tive a oportunidade de rever por completo "Amores Brutos" ), mas ainda assim uma peça importante dentro da sua filmografia. Aqui Iñarritu não constrói um quebra-cabeça a fim de mostrar como cada história se liga ( os elos são bem simples, o intuito não é pregar surpresas ), mas procura mostrar como cada pequeno drama dentro do nosso universo pode ocasionar consequências tão devastadoras para cada um desses indivíduos. É um filme sobre a falta de comunicação, a falta de compreensão, a falta do toque, do saber ouvir; é um drama que nos leva a refletir sobre a importância de estender a mão ao próximo, afinal não estamos sozinhos ... ainda bem que não estamos sozinhos. Diferentemente de "Crash" não é um filme racista sobre o preconceito e as nossas diferenças, mas é um drama sobre aquilo que nos une, aquilo que nos aproxima, independente da raça que temos, da língua que falamos ou do país que vivemos.

"Babel" é um filme que se divide em 4 tramas: a 1ª mostra a rotina de uma família simplória de muçulmanos retratados de maneira real como pessoas de verdade que procuram sobreviver diante das alternativas que lhe são possíveis até o momento em que o tiro de um rifle disparado ocasionalmente por um dos filhos parece condená-los profundamente ( e todos aqueles pequenos detalhes, como a preferência por um dos filhos e aquilo que os dois garotos parecem esconder fazem toda a diferença no final ).

A 2ª trama mostra o casal Pitt/Blanchett que amargurados com a perda do 3º filho tenta juntar os cacos de uma relação que parece estar cada vez mais perto do fim com uma viagem ao deserto marroquino, porém ao ser atingida por um tiro ocasional passamos a acompanhar o drama dele em tentar mantê-la viva tentando superar os conflitos com os outros turistas assim como a dificuldade de se comunicar com os moradores da região, mas acima de tudo estamos falando do seu mais profundo desejo de ter uma 2ª chance ao lado da pessoa que ele ama.

 

A 3ª trama é a que tenho mais ressalvas que se trata do núcleo mexicano que a princípio começa muito bem quando acompanhamos a babá de duas crianças americanas ( filhos de Pitt/Blachett ) sendo obrigada a atravessar a fronteira com ela para poder acompanhar a festa de casamento do seu filho, ou seja, acompanhamos toda aquela harmonia entre a família, o calor humano dos mexicanos e a maneira como eles buscam se divertir. Tudo começa a ruir quando na volta o roteiro manipula as ações de uma maneira muito forçada desde a fuga até mesmo a procura de uma ajuda no meio do deserto como se fizesse questão de criar uma situação forjada para justificar o desfecho e embora a atuação da atriz mexicana seja muito poderosa, fica a sensação de que aqui nada foi muito natural.

 

A 4ª e última trama é a que se passa no Japão e passamos a conhecer uma jovem japonesa, surda-muda, que se não bastasse passar por todas as inseguranças em função da adolescência ainda precisa enfrentar a entranheza das pessoas diante da sua condição o que vai deixando-a ainda mais deprimida forçando-a a tomar algumas atitudes precipitadas, incluindo usando seu corpo de maneira gratuita. Parece uma história fora de contexto com as outras ( o elo de ligação busca mostrar que foi o pai da menina que vendeu o rifle pro vendedor muçulmano ), mas ainda mais aqui a comunicação ( e não estou falando do falar necessariamente ) parece ser a única saída para que tanto pai e filha possa seguir em frente e superar os traumas do passado.

 

Em geral, é um filme tocante, menos marcante que "21 Gramas", mas ainda assim um filme relevante. A Academia pode querer corrigir o erro cometido o ano passado, afinal os americanos devem achar que "Crash" é o canto deles contra o preconceito sendo que na verdade é justamente o contrário, e Iñarritu mostra como tratar desses assuntos com imparcialidade. Mais cedo ou mais tarde vc vai conferir "Babel", só espero que vc não precise assistir o filme para começar a praticar as lições deixadas pelo filme.
[/quote']

 

Belo comentário, Thiago.

 

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Como ja disseram, Nao gostei nem desgostei. Esperava mais de Alejandro, esse filme nem se compara a amores brutos e 21 gramas que alias tem uma trama bem mais interessante.  Comparaçoes a Crash acho que sao inevitaveis alias acho que isso que Alejandro queria. Implantar uma historia tocante e mais "humana" no seu tipo de filmar, pra mim nao deu muito certo.

 

O filme tem sequencias lindas como a da festa no mexico e a da susan mijando na bacia.

 

 

Mais nao é isso tudo nao...

 

 

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Gostei muito, apesar de acha-lo um tanto quanto pretencioso quanto Crash, mas nao o comparo a Crash. Crash eh um lixo, trash.

 

Chorei em dois momentos no filme. Engracado como as criancas americanas se divertiram no mexico, cacando galinhas etc...

Blanchett esta mais linda que nunca, mas sem muito para fazer.

 

Gostei mais da mexicana, a japa tb eh boa.
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A única coisa que o filme peca' date=' é na história dos japoneses. Achei desnecessária. E o que aconteceu com o personagem de Gael Garcia Bernal?

Mas enfim, é um ótimo filme, BEM MELHOR que Crash
[/quote']

 

Eu já penso diferente. Para mim, a história da Chieko é a melhor.02

 

 

Eu já acho  a história da mexicana a melhor e concordo com o ricardjones, achei a da japonesa desnecessária. Mas discorodo dele no final, pq acho Crash infinitamente superior...
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A única coisa que o filme peca' date=' é na história dos japoneses. Achei desnecessária. E o que aconteceu com o personagem de Gael Garcia Bernal?

Mas enfim, é um ótimo filme, BEM MELHOR que Crash
[/quote']

 

Eu já penso diferente. Para mim, a história da Chieko é a melhor.02

 

 

Eu já acho  a história da mexicana a melhor e concordo com o ricardjones, achei a da japonesa desnecessária. Mas discorodo dele no final, pq acho Crash infinitamente superior...

 

A proposta do filme é demonstrar as diferentes línguas, a dificuldade da comunicação. Afinal, o nome da película é Babel. E a única história que atende a este fato é a da Chieko. As outras histórias nos remetem aos fênomenos de globalização e não de linguagem. Creio que é a história mais importante. Além disso, acredito que ela ficaria exepcional nas mãos da Coppola.

 

 
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Consegui enxergar dificuldade de comunicação em 3 histórias:

 

a da japa, que, depois da morte da mãe, ficou evidentemente traumatizada(quem sabe não ficou muda no sentido figurado com isso?), e tinha dificuldade enorme de conversar sobre seus problemas com o pai;

 

a do casal de americanos que, para conseguirem superar a questão que afligia a relação deles há anos, tiveram que ser atingidos por apenas uma bala;

 

a do gael garcia, que por não escolher bem suas palavras foi vítima da intransigência já tanto vista e conhecida.

 

Achei o filme bom, mas de melhor do ano passa longe pra mim. Por hora, estou torcendo para "os infiltrados" e "pequena missa sunshine".
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Babel (Alejandro González Iñárritu) - ***

 

Apenas assistível... Embora o tema da incomunicabilidade e incompreensão (base da consequência da história da Torre de Babel) esteja presente, nosso amigo chicano parece não saber como desenvolvê-lo adequadamente. O núcleo da japonesa, que tinha tudo para ser o melhor, acabou sendo o mais decepcionante de todos. Mas não é tudo... Iñarritu meleca a conclusão de todas as histórias o que compromete seriamente o resultado final. Felizmente o filme acaba se salvando um pouco por algumas cenas realmente bacanas e uma ou outra idéia realmente aproveitável...
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ô' date=' meu, nem coloque o nome do Coppola no tópico de babel. hehe. [/quote']

 

Me refiro 'A' Coppola e não AO Coppola. Sofia realizaria um excelente trabalho com a história da Chieko.

 

Sem dúvida... mas Sofia JAMAIS colocaria a cena da Japa nua desesperada para dar...
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