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500 Dias com Ela (500 Days of Summer)


MacGruber
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quando vcs falam alienada emocionalmente falam no sentido da incapacidade de despertar emoções ou na incapacidade de entende-las e se sensbilizar? se for no primeiro caso, acho que discordo, pq mesmo sabendo que o guri tava apaixonado por ela, ela também não conseguia se desligar dele, já que gostava, mesmo que de uma forma bem menos intensa. e logo ali adiante achou o cara que despertou tudo o que ele não tinha conseguido.

mas se falam da segunda opção, daí tudo bem, ela foi extremamente fria e tinha que ter evitado entrar sabendo que sintônia e perspectiva de ambos era totalmente desconexa.
Tensor2009-12-11 12:53:54
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eu não sei exatamente ao que o alexei se referia, concordei apenas com o termo. o "emocionalmente" foi por minha conta. usei esse termo no sentido de ela ter uma visão muito distorcida do que é o amor, o romance, essa coisa de não acreditar nas pessoas. ela é demasiada cética.

 

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Eu concordo que ela é alienada, em mais de uma acepção da palavra. Ela é alienada na forma como interage com o Tom, tomando para si as coisas boas que ele está disposto a oferecer, porém sem conceder a ela uma contrapartida justa. E também é alienada no sentido de não dar a si mesma o direito de usufruir do lado bom de estar apaixonada, de não se permitir sentir.

 

E acho que é daí que vem a beleza do final, como o Alexei tão sensivelmente (sem sacanagem, hehehe) descreveu na resenha dele.

 

 

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Eu concordo que ela é alienada' date=' em mais de uma acepção da palavra. Ela é alienada na forma como interage com o Tom, tomando para si as coisas boas que ele está disposto a oferecer, porém sem conceder a ela uma contrapartida justa. E também é alienada no sentido de não dar a si mesma o direito de usufruir do lado bom de estar apaixonada, de não se permitir sentir.

[/quote']

 

É exatamente isso que eu penso. E quem rompe a couraça emocional de Summer (e que a deixava emocionalmente desconectada, ou seja, alienada, alheia ao que se passa ao seu redor), a garota que cultivava longos cabelos negros com o mesmo desprendimento com que se livrava deles, é Tom. Ele proporciona a ela a habilidade da empatia, a um custo bem alto, é verdade.

 

O filme é um barato, muito inteligente e honesto também. E tem Pixies no karaokê e The Smiths, com as duas músicas que eu mais gosto deles (There Is A Light That Never Goes Out e Please, Please, Please Let Me Get What I Want). Aí é golpe baixo, né?

 
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A visão dela é distorcida?Pode ser distorcida em relação a maioria, a cultura, ao amor romântico; mas por que alienação? Não acho que seja alienada em nenhum caso, acho injusto tachá-la de "fria" e "culpada" por ter se envolvido com ele, tanto é que ela casou depois, ou seja, ela mesma se incorporou ao "parece sistema" vigente de relacionamentos. Ele também pode ser um alienado por se entregar tão obsessivamente a algo que ela sempre deixou claro não existir; a coisa da oficialização do namoro, que ficou combinado entre os dois não ser levada a sério justamente por ser "mais uma convenção" já mostra, acho, a diferença entre os dois, gritante, na intensidade do amor. O que gosto do filme é a inversão de papéis, ao atribuir ao homem justamente o que se convencionou rotular como algo "feminino": o amor romântico e a forma como as mulheres lidariam com isso. Acho que os dois tem seus motivos e são "normais", comuns, um não tem mais razão que o outro, enfim. pantalaimon2009-12-11 20:04:10

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Eu concordo que ela é alienada' date=' em mais de uma acepção da palavra. Ela é alienada na forma como interage com o Tom, tomando para si as coisas boas que ele está disposto a oferecer, porém sem conceder a ela uma contrapartida justa. E também é alienada no sentido de não dar a si mesma o direito de usufruir do lado bom de estar apaixonada, de não se permitir sentir.

[/quote']

 

Perfeito10

 

 
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Eu não acho que ela era insensível... podemos dizer egoísta ou até imatura emocionalmente, afinal ela estava interessada naquilo que de melhor Tom poderia oferecer, mas não "concordava" com os termos do "contrato" que aquela relação criava à medida que ia crescendo. O que eu vejo que ocorreu durante o filme foi esse processo de amadurecimento... com o tempo, ela percebeu que estar com uma outra pessoa não renega a sua própria individualidade, não a invalida como um ser único... assim como ele que percebeu o quanto se deixou levar pelo romantismo idealizado e emergiu na depressão como se nunca mais fosse se apaixonar e/ou descobrir o que era o amor de verdade. Tratam-se de duas pessoas especiais que se envolveram, mas que não foram feitas um para o outro. Essa é a tal reinvenção do clichê romântico.

Thiago Lucio2009-12-11 20:31:38
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eu não vi o que aconteceu com ela como "amadurecimento", mas sim, como ela mesmo disse pra ele à praça, que ela sentiu pelo cara o que não sentiu pelo Tom, ou algo desse gênero. o foi bem isso, não que ela tenha amadurecido, mudado, ela simplesmente foi nocauteada por algo que não tem lógica, como ela pensava ter. ali a alienação dela, deu lugar ao sentimento.

 

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Exato Thiago' date=' "não foram feitos um para o outro"; concordo. Vejo excesso dos dois lados, digo, os dois eram meio "radicais", tanto para o romantismo como para a descrença nele. [/quote']

 

Cara, não sei se estamos todos falando da mesma coisa. Por esse teu post, me parece que tu estás comparando "culpa" de um com "culpa" de outro. Certamente eu não estava fazendo esse tipo de análise, e tenho quase certeza de que os demais tb não estavam. Não tem nada a ver com quem foi mais responsável pelo sofrimento, pelo término, enfim, mas apenas de como o filme expõe o íntimo das duas partes, o sentimento excessivo, a falta de sentimento, e por aí vai... Desencana de guerra dos sexos, se era isso mesmo que tu estavas pensando.

 

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eu não vi o que aconteceu com ela como "amadurecimento"' date=' mas sim, como ela mesmo disse pra ele à praça, que ela sentiu pelo cara o que não sentiu pelo Tom, ou algo desse gênero. o foi bem isso, não que ela tenha amadurecido, mudado, ela simplesmente foi nocauteada por algo que não tem lógica, como ela pensava ter. ali a alienação dela, deu lugar ao sentimento.

[/quote']

 

Concordo

 

O filme é de uma justeza no que se envolve entre um casal, idealização, paixão e descrença...

 

Vi o filme sem espectativas, e me arrebatou, não esperava um filme tão clinico no amor, e por isso, tão belo. Muitas vezes, ao idealizarmos, extrapolamos para a parceira e jugamos impondo que ela(ou ele) esteja tão encantado como nós. Só que tratando-se de um fenômeno que surge sem explicação, como próprio constatou a Summer após ser conquistada(e aprisionada) pelo amor, sendo que antes ela não sabia o que era, e como disse o Tom, é impossível impor tão intima e espontâneo fenômeno, não se faz amar.

 

 Inovador o filme não é, mas é esse o ponto do filme, pois soube utilizar-se das ferramentas corriqueiras para expressar a sinceridade do relacionamento. E a irmã loirinha foi realmente desnecessário, assim como a parte documental, desnecessário e inutil.

 

É' date=' a irmã mais nova é bem desnecessaria. E concordo

que Adventureland é muito mais filme. Mas gostei bem desse. Não me

incomodam em nada diálogos espertinhos e personagens excêntricos, mesmo

porque a situação não é nada excêntrica. E nesse realmente ficou clara

a vontade de ser cool. Uma coisa que eu realmente não gostei foi o

lance de falar pênis. Puta coisa imbecilóide do caraleo. Aliás, os dois

são pessoas bem idiotas, no geral. O que não é necessariamente um

defeito, afinal eu gosto de Forrest Gump.06

 

[/quote']

 

Bom, eu achei uma ideia muito massa a brincadeira de gritar pênis, mas no meu caso falaria pau, buceta, sexo, suruba... Justamente quebrando com o arquétipo de casal em um parque conversando idealismos imaginário romantico.

 

Gustavo Adler2009-12-14 05:20:01

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Exato Thiago' date=' "não foram feitos um para o outro"; concordo. Vejo excesso dos dois lados, digo, os dois eram meio "radicais", tanto para o romantismo como para a descrença nele. [/quote']Cara, não sei se estamos todos falando da mesma coisa. Por esse teu post, me parece que tu estás comparando "culpa" de um com "culpa" de outro. Certamente eu não estava fazendo esse tipo de análise, e tenho quase certeza de que os demais tb não estavam. Não tem nada a ver com quem foi mais responsável pelo sofrimento, pelo término, enfim, mas apenas de como o filme expõe o íntimo das duas partes, o sentimento excessivo, a falta de sentimento, e por aí vai... Desencana de guerra dos sexos, se era isso mesmo que tu estavas pensando.

 

 

 

Eu falei da culpa porque achei a palavra alienada colocada de uma forma muito pejorativa, como se o problema do "fracasso" fosse da Summer por ela ser uma "heart breaker" sem escrúpulos; se não foi isso que você quis dizer, realmente, a discussão tomou outro rumo, mas tudo bem. Também não acho que exista a coisa da guerra dos sexos, não guerra, mas repito, acho interessante o Tom ser mais romântico que ela, quando esse estigma seria mais aplicável as mulheres, erroneamente, claro. Eu concordo com a maioria de vocês em vários aspectos, só não neste, da alienação, acho que porque me identifico muito com os dois.

 

 

 

Estreou por aqui agora, depois de já ter visto, mas irei conferir de novo, ;D. pantalaimon2009-12-14 10:10:12

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Exato Thiago' date=' "não foram feitos um para o outro"; concordo. Vejo excesso dos dois lados, digo, os dois eram meio "radicais", tanto para o romantismo como para a descrença nele. [/quote']Cara, não sei se estamos todos falando da mesma coisa. Por esse teu post, me parece que tu estás comparando "culpa" de um com "culpa" de outro. Certamente eu não estava fazendo esse tipo de análise, e tenho quase certeza de que os demais tb não estavam. Não tem nada a ver com quem foi mais responsável pelo sofrimento, pelo término, enfim, mas apenas de como o filme expõe o íntimo das duas partes, o sentimento excessivo, a falta de sentimento, e por aí vai... Desencana de guerra dos sexos, se era isso mesmo que tu estavas pensando.

 

 

 

Eu falei da culpa porque achei a palavra alienada colocada de uma forma muito pejorativa, como se o problema do "fracasso" fosse da Summer por ela ser uma "heart breaker" sem escrúpulos; se não foi isso que você quis dizer, realmente, a discussão tomou outro rumo, mas tudo bem. Também não acho que exista a coisa da guerra dos sexos, não guerra, mas repito, acho interessante o Tom ser mais romântico que ela, quando esse estigma seria mais aplicável as mulheres, erroneamente, claro. Eu concordo com a maioria de vocês em vários aspectos, só não neste, da alienação, acho que porque me identifico muito com os dois.

 

 

 

Estreou por aqui agora, depois de já ter visto, mas irei conferir de novo, ;D.

 

Eu não acho que a Summer seja uma espécie de trituradora de sentimentos, ou nada do tipo. Ela foi sincera com o cara sobre isso desde o início. Eu tava pensando mesmo era na própria Summer, independentemente de ter conhecido o Tom. Quando o filme começa, ela é uma pessoa que levanta um monte de muros pra não permitir que ninguém chegue muito perto dela. Ela acredita que se basta em si mesma, e não quer que isso mude. Daí vem a palavra alienação, que alias tem vários sentidos. Se fizeres uma busca rápida no Google, verás que ela se aplica a pelo menos meia dúzia de interpretações (e isso sem contar a financeira, de alienação de bens, etc.).

 

O outro uso que eu fiz de alienação, no sentido do egoísmo, até chega perto dessa questão de "culpa", afinal ela sabe que o Tom colocou o coração nas mãos dela, e vai deixando as coisas acontecerem, vai "dando corda". Aí fica uma interpretação de se ela já tinha passado por experiências suficientes para saber que não adianta dizer "não acredito em amor" pra convencer alguém. Eu, pelo menos, nunca levo a sério quando alguém me diz "ah, vou ficar 'fora do mercado' um tempo". Daqui a pouco já tá a pessoa de novo envolvida com alguém. Mas essa parte aqui eu considero bem menos importante (e interessante) do que aquilo que está no primeiro parágrafo.

 

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eu não vi aonde que o alienada foi usado de forma pejorativa, eu, por exemplo, tenho bastante empatia com ela, ao contrário de muitos, não desgostei dela (da personagem, porque a Zooey não dá), se fosse pra pegar no pé de alguém, seria do Tom que achei um bananão. mas não, essa idéia de "culpa" sequer havia passado na minha cabeça em momento algum a escrever aqui. analogicamente, os muros que o Marcelo (Jack Ryan) citou, ilustram a tal alienação emocional.

 

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Uma inesperada surpresa, um choque de realidade. Tem como culpar a mina pelo momento em que diz "nunca falei isso pra ninguém"?

 

 

Só não gostei da cena em que quando ele está feliz, vai assistir filme comendo pipoca, e quando está triste, vai assistir a filmes do Bergman (?), sozinho. 
Stradivarius2009-12-14 14:11:15
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