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Forum Cinema em Cena

Distrito 9


Nostromo
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Concordo. Mas reclamam do ditatismo' date=' do soco no estômago do filme. Mas isso não faz um filme ser ruim ou ser bom.


[/quote']

 

Graças ao ditatismo, o soco no estômago não teve efeito nenhum em mim, foi no máximo um peteleco na orelha. É como se um idiota estivesse me dizendo o que está errado, não tenho como levar a sério. E isso pode fazer um filme ser ruim.
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Pode ser que ele  quisesse que seu filme fosse aprecido não só pelos munidos de "sensibilidade pura" e achpu que valia pagar o preço.

 
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Bom, aí concordamos. Se ele quis fazer um filme para idiotas, ele conseguiu.

É, concordamos sim... em parte. acredito que ele tenha feito p/ idiotas, p/ os de sensibilidade pura  e simples e p/ qquer um que quisesse apreciar o filme.

Não creio que ele pensasse em discriminar platéia nenhuma.
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Mas discriminou. Os não idiotas.

Lembrando que quando falo "idiotas" me refiro à pessoas que precisam das metáforas/críticas sociais esfregadas na cara pra funcionar.

Ah! Mas daí  seria como se tu estivesse falando por todos os não idiotas.

Vai que há muitos deles que gostaram do filme... e pior, que tenham gostado exatamente pelas escancaradas  e famigeradas metáfora/críticas sociais ?!

 

Tu tá de má vontade, tu não citou nenhum ponto positivo do filme.

Acha mesmo que não tem nenhum?

 

 

By the way, sobre o que foi postado antes:

Tu costuma usar p/ barganha algo de valor. A coisa mais valiosa p/ um camarão era comida de gato, já que o fluído negro era raro demais ali p/ ser negociado. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Chris  pode  ter sim hibridado outras raças, inclusive os tais camarões que o acompanhavam.

Prova disso é ele dizer que sabia reverter a hibridação de Wikus...a não ser que tivesse mentindo p/ se safar.

Não se sabe muito sobre ele, mas não acho que seja mais uma raça que veio aqui tipo “queremos sua água”.

Acredito que tenham sido forçados a permanecer aqui  mesmo.

20 anos vivendo numa favela, sendo hostilizado seria um preço alto demais.

 
MariaShy2009-10-23 14:35:24
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não falo pelo peruca, mas eu, que também defendo os pontos dele, não achei o filme ruim. achei fraco, bem fraco, um médio pra baixo, quase chegando no ruim mesmo.

 

como falei, ele tem alguns bons momentos, que fazem parecer que o filme pode seguir uma regularidade boa, mas logo em seguida já cai, e fica mantendo assim.

 

mas a parte michael bay dele, como falaram, eu achei boa. a invasão do prédio, e o cara fugindo no final com o robo.
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Concordo. Mas reclamam do ditatismo' date=' do soco no estômago do filme. Mas isso não faz um filme ser ruim ou ser bom.

 

 

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Graças ao ditatismo, o soco no estômago não teve efeito nenhum em mim, foi no máximo um peteleco na orelha. É como se um idiota estivesse me dizendo o que está errado, não tenho como levar a sério. E isso pode fazer um filme ser ruim.

 

  Um idiota falando o que está errado? ué, se o que ele fala é verdade, e percebido por ti, então ele está percebendo o mundo a sua volta, como isto faz dele um idiota?

 

 A questão não é saber o que o cara quer passar, e portanto ser algo enjoativo, previsível, mas é conhecer, é, ao se abrir ao que é velho, entender seu próprio posicionamento perante o que é colocado. É a ponte entre você e o que lhe é dito. O fato de julgar-se já conhecedor de tal fato, de julgar tal fato já enjoativo de tanto explorado e de tanto você estar mais além, pode ser seu muro, seu distanciamento do objeto que o idiota está a falar. Pode ser sua ignorância, pode ser seu ponto que o faz "idiota". Ou seja, de tanto estar oposto ao "idiota", tornou-se um(não está em questão se e quem é idiota, só pra frisar, e sim a situação em discussão), uma imagem do idiota.

 

Veja só, você diz que já entendeu o que o filme quis dizer, mas continua discriminando, ao taxar de idiota quem utiliza-se de mensagens escancaradas. O filme envolve a incapacidade do homem de viver sem hierarquizar, sem discriminar e assim subjugar outros(sejam eles animais humanos, não humanos, extra terrestres...), e você ainda está hierarquizando com valores que tu julgas elevado ou não.

 

Na verdade, o problema, pelo que vejo, não está no filme, e sim nos espectadores, que, ao passo de já terem um acervo de filmes e conhecimentos sobre o tema e até mais profundo que o tema(segundo o julgamento dos mesmos), criam um muro, uma barreira contra aquilo que acreditam já saber(eu mesmo já não estou disposto a acolher certas expressões que já julgo saber, posso ouvi-las mas sempre como respeito e não como um acréscimo, algo de valor).  O filme será bom a quem estiver disposto a aceitar a metáfora(mesmo que já a tenha visto por diversas vezes), a ver a mensagem como algo novo(para os ditos idiotas que defino de abstraidos de conhecimentos tão importante para o ser como pensante social), como algo reforçado, ou como algo a somar as demais obras que, com metáforas mais elaboradas e mais profundas, falam do assunto , ou como algo a reverter a visão e o posicionamento do espectador. O filme será ruim a quem não estiver disposto a aceitar a metáfora por justamente já ter ciencia da mensagem e além da mensagem e assim julgando-na raza, insuficiênte, inócua, ou por não concordar em ponto nenhum com a mensagem. Mas o ponto certo é que a metáfora é escancarada, beirando a inexistencia dela, é até uma metáfora grosseira, que pode deixar a mensagem raza, dependendo do espectador.

Gustavo Adler2009-10-23 15:38:27

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eu recoloquei para ficar mais de acordo com o que está discutido!

 

Bem, dependendo da cultura do cidadão. Se ele mora em uma cultura que cuspir na cara é como um beijo a distância IUAuiAuiAIU, se você quiser manter relações no mínimo diplomáticas com ele, é bom que aceite o cuspe e até devolva IUuaIuia

 

 

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cara, a mensagem só ganha significado conforme a qualidade do sujeito em passa-la. sensacionalismo no cinema eu não aturo. eu não criei muro nenhum, não acho nada enjoativo, falei que a premissa é boa, a execução, não.

 

ele se preocupa tanto em passar a mensagem de uma forma clara, mastigada, que sacrifica para o espectador a possibilidade de qualquer infiltração mais pessoal que tu poderia dar. é estático, tu ta lendo o filme, não vivendo ele. tu ta acompanhando a forma parcial e exagerada de uma cabeça sobre um tema, te impossibilitando de pensar por conta própria. Ele pensa por ti e acabou. Acho uma merda. 

 

 
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cara' date=' a mensagem só ganha significado conforme a qualidade do sujeito em passa-la. sensacionalismo no cinema eu não aturo. eu não criei muro nenhum, não acho nada enjoativo, falei que a premissa é boa, a execução, não.

 

ele se preocupa tanto em passar a mensagem de uma forma clara, mastigada, que sacrifica para o espectador a possibilidade de qualquer infiltração mais pessoal que tu poderia dar. é estático, tu ta lendo o filme, não vivendo ele. tu ta acompanhando a forma parcial e exagerada de uma cabeça sobre um tema, te impossibilitando de pensar por conta própria. Ele pensa por ti e acabou. Acho uma merda. 

 

 
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O filme não foi feito para vc pensar, o Diretor mostra desde o começo que aquilo é a opinião dele e nem quer saber o que o espectador acha, se Wikus é o mocinho ou não, se Chris é a salvação e etc, o filme simplesmente atropela mesmo qualquer tentativa de manifestação contrária, mesmo pq o filme foi destinado ao mercado americano e eles como eu não tem idéia nenhuma do que foi o Apartheid e nem como os zimbabuanos  são tratados por lá. O atropelo na narração é acidental e muito bem realizado na minha opinião, o que está escrito nos livros não tem nenhum valor de quem esteve e está nessa situação.

 

A Lista de Schindler tbm segue o mesmo caminho, Spielberg não quer ver o espectador duvidar de sua opinião e atropela mesmo e o famoso bate e assopra.

 

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cara' date=' a mensagem só ganha significado conforme a qualidade do sujeito em passa-la. sensacionalismo no cinema eu não aturo. eu não criei muro nenhum, não acho nada enjoativo, falei que a premissa é boa, a execução, não.

 

ele se preocupa tanto em passar a mensagem de uma forma clara, mastigada, que sacrifica para o espectador a possibilidade de qualquer infiltração mais pessoal que tu poderia dar. é estático, tu ta lendo o filme, não vivendo ele. tu ta acompanhando a forma parcial e exagerada de uma cabeça sobre um tema, te impossibilitando de pensar por conta própria. Ele pensa por ti e acabou. Acho uma merda. 

 

 
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Concordo em partes, o problema é que a mensagem era para se passar de forma clara, afinal, o ponto de vista dele é claro.  É esse o ponto.

 

Para ele não tem se não, a discriminação é aquilo ali visto no filme, clara. É  um filme para você mostrar para as crianças e dizer: "olha como é feio discriminar os seres desconhecidos..."

 

Tá, nem é bom usar o filme para tal intuito, mas o valor didático está ai, é como se fosse um filme de exemplos a não ser seguido, explorando uma natureza humana. É sensacionalista? talvez, mas foi bem explorado no sentido que a característica que levou e ainda leva o comportamento humano está bem desenhada no filme, está bem metaforizada. É um filme profundo na sua reflexão, mas é razo, unidimensional, na sua mensagem.

 

E o que disse e apaguei na mensagem anterior, digo aqui: a arte não necessáriamente tem que agradar, muitas vezes ela tem é que incomodar, desagradar, assim incitando o reconhecimento e a reposição do apreciador.

Gustavo Adler2009-10-24 00:57:04

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Só conseguir ver o filme hoje (ontem, na verdade).

 

Se fosse menos didático seria mais interessante. Acho que Distrito 9 tem explicações demais.

 

Mas gostei. Acho que é um dos melhores filmes de ficção científica dos últimos tempos. Apesar de não ser difícil ser um dos melhores no meio de tantas aberrações recentes...

 

 

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Aprendeu com o Michael Moore. Daí a (ótima) comparação.

 

 

 

 

Pior que eu e o Tensor fizemos essa associação com o Michael Moore logo na saída do cinema. Impossível não pensar nas esquerdolagens do Moore. Essa coisa de dizer mais do que o necessário é pontual na "obra" dele. 06.gifScarlet Rose2009-10-25 15:01:24

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Não vou comentar a crítica feita pelo filme. Acho que não precisa. Poderia ser menos explicadinho, mas é um bom filme, que causa impacto.

 

Só não digo que é ótimo por um motivo. Me deixou com uma sensação maniqueísta: o humanos maus x ETs coitadinhos, apesar de que os ETs reagem com violência ao serem tratados com violência. Mesmo assim, eu fiquei com a tal sensação. O bem e o mal até mais divididos do que em Distrito 9 não é necessariamente um problema pra mim, mas aqui não deu, talvez pela crítica que o filme se proponha a fazer.

 

Adorei os alienígenas tecnicamente.

 

3/5

 

Tensor sobre o JocaBoboca: cara ta se fazendo. quem não consegue aparecer por algo positivo, aposta na imbecilidade extrema. eu nem daria corda.

 

Também tô achando que é isso.

 

Lucy in the Sky2009-10-25 15:57:59

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3 - Quanto mais eu penso' date=' mais me incomoda o exagero das tais metáforas. Se era pro povão entender, o diretor realmente não tem fé nenhuma na humanidade. E o pior é que ele pode estar certo. Mas foda-se a humanidade, pra mim, ficou ruim, por isso reclamo.

[/quote']

 

Eu penso de forma um pouco diversa... É o primeiro filme do cara, acho razoável que ele resolvesse ser mais didático ou pouco mais "pedreirão" na abordagem das coisas...

 

A comparação é idiota, mas pensei em Shyamalan e O Sexto Sentido... ok, este é bem mais sofisticado em todos os sentidos do que Distrito 9 e, óbvio, um filme muito melhor, mas é impressionante como o Shyamalan ali esmiuçou tudo, jogando na cara do expectador, literalmente...

 

Qual o raciocínio? Faço algo com um quê de sofisticação, mas que todo mundo consegue acompanhar e, com isso, ganho confiança no mercado e consigo fazer filmes melhores e mais sofisticados. Foi assim com Shyamalan e penso que algo parecido pode ocorrer com Neill Blomkamp.

Discordo, Dook. O Sexto Sentido funciona em função do final e da construção a partir dele de um belíssimo filme estruturalmente. É como um subgênero que serve à construção de uma trama que proporciona mistério e suspense crescentes e revela uma surpresa no final. Nesse caso a obviedade (em certo nível) é um elemento NECESSÁRIO porque necessita-se dar pistas plausíveis e triáveis ao espectador para a descoberta final. Elas têm que ter a medida perfeita, não podem ser tão óbvias, tampouco indecifráveis. Um subgênero que Agatha Christie foi o maior gênio da história em minha opinião, são os filmes "investigativos", digamos, que fazem de você "refém" da estória como espectador, preso, envolvido com o mistério que a ronda. Outros filmes que utilizam a mesma linha são Garotas Selvagens, Identidade, Malícia, etc. Se você não aceita ou não gosta da premissa, não gostará de NENHUM desses filmes por não gostar do subgênero. Eles não são feitos com o objetivo de ficarem na sua cabeça ou uma revisitada e são válidos (e muito) do mesmo jeito. Até porque se precisássemos disso para fazer cinema, teríamos limitação da arte. O Sexto Sentido é excelente no que se propôs, assim como O Caso dos Dez Negrinhos, que é um dos melhores livros que já li na vida.

Não gosto de District 9 por vários motivos. Primeiro porque peca pela construção de um personagem absolutamente estúpido que protagoniza mudanças constantes de rumo, o tornando irreal DEMAIS. O personagem não sofre uma mudança progressiva de caráter, ele alterna períodos de instabilidade que impedem uma definição em qualquer momento do filme. Portanto, a parte da suposta "redenção" do personagem cai tão mal, mas tão mal que torna praticamente insuportável. Fora aquela parte de roupinha transformers que chega a ser ridícula.

Em segundo lugar, como já cansaram de citar, o didatismo da trama. A apologia ao Apartheid que só faltaram esfregar na minha cara, a parte pavorosa do final com a florzinha, dentre diversos outros. E aqui, muito cuidado com a comparação com o Sexto Sentido, onde tudo estava lá e você não havia enxergado. Não há falhas em SS, tudo se encaixa perfeitamente.

District 9 é para mim um desfile de efeitos visuais a qual tentaram meio que deixar um pouco diferente com a narrativa documental apoiada em um personagem fraquíssimo e uma estória com uma premissa espetacular. O resultado foi um desenvolvimento pavoroso e pra lá de besta.

É como se pegassem uma ideia maravilhosa e ARREBENTASSEM com ela em prol de um monte de coisas que tornassem o filme mais comercial (com draminhas exagerados tanto entre os ets e o protagonista e sua transformação/problemática com a mulher) e o fizessem um estouro de bilheteria e público.

Ah, e não me venham falar de homenagem à Mosca, comparar esse filme com este último chega a ser uma ofensa.

 

Outra, acabei de ver um dos melhores filmes do mundo, Paranormal Activity que também é o primeiro filme de seu diretor. E é incrivelmente melhor que esse troço aí com um orçamento mínimo e com um amadorismo de dizer pelamor de Deus.

 

Mr. Scofield2009-10-25 16:32:34

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3 - Quanto mais eu penso' date=' mais me incomoda o exagero das tais metáforas. Se era pro povão entender, o diretor realmente não tem fé nenhuma na humanidade. E o pior é que ele pode estar certo. Mas foda-se a humanidade, pra mim, ficou ruim, por isso reclamo.

[/quote']

 

Eu penso de forma um pouco diversa... É o primeiro filme do cara, acho razoável que ele resolvesse ser mais didático ou pouco mais "pedreirão" na abordagem das coisas...

 

A comparação é idiota, mas pensei em Shyamalan e O Sexto Sentido... ok, este é bem mais sofisticado em todos os sentidos do que Distrito 9 e, óbvio, um filme muito melhor, mas é impressionante como o Shyamalan ali esmiuçou tudo, jogando na cara do expectador, literalmente...

 

Qual o raciocínio? Faço algo com um quê de sofisticação, mas que todo mundo consegue acompanhar e, com isso, ganho confiança no mercado e consigo fazer filmes melhores e mais sofisticados. Foi assim com Shyamalan e penso que algo parecido pode ocorrer com Neill Blomkamp.

Discordo, Dook. O Sexto Sentido funciona em função do final e da construção a partir dele de um belíssimo filme estruturalmente. É como um subgênero que serve à construção de uma trama que proporciona mistério e suspense crescentes e revela uma surpresa no final. Nesse caso a obviedade (em certo nível) é um elemento NECESSÁRIO porque necessita-se dar pistas plausíveis e triáveis ao espectador para a descoberta final. Elas têm que ter a medida perfeita, não podem ser tão óbvias, tampouco indecifráveis. Um subgênero que Agatha Christie foi o maior gênio da história em minha opinião, são os filmes "investigativos", digamos, que fazem de você "refém" da estória como espectador, preso, envolvido com o mistério que a ronda. Outros filmes que utilizam a mesma linha são Garotas Selvagens, Identidade, Malícia, etc. Se você não aceita ou não gosta da premissa, não gostará de NENHUM desses filmes por não gostar do subgênero. Eles não são feitos com o objetivo de ficarem na sua cabeça ou uma revisitada e são válidos (e muito) do mesmo jeito. Até porque se precisássemos disso para fazer cinema, teríamos limitação da arte. O Sexto Sentido é excelente no que se propôs, assim como O Caso dos Dez Negrinhos, que é um dos melhores livros que já li na vida.

Não gosto de District 9 por vários motivos. Primeiro porque peca pela construção de um personagem absolutamente estúpido que protagoniza mudanças constantes de rumo, o tornando irreal DEMAIS. O personagem não sofre uma mudança progressiva de caráter, ele alterna períodos de instabilidade que impedem uma definição em qualquer momento do filme. Portanto, a parte da suposta "redenção" do personagem cai tão mal, mas tão mal que torna praticamente insuportável. Fora aquela parte de roupinha transformers que chega a ser ridícula.

Em segundo lugar, como já cansaram de citar, o didatismo da trama. A apologia ao Apartheid que só faltaram esfregar na minha cara, a parte pavorosa do final com a florzinha, dentre diversos outros. E aqui, muito cuidado com a comparação com o Sexto Sentido, onde tudo estava lá e você não havia enxergado. Não há falhas em SS, tudo se encaixa perfeitamente.

District 9 é para mim um desfile de efeitos visuais a qual tentaram meio que deixar um pouco diferente com a narrativa documental apoiada em um personagem fraquíssimo e uma estória com uma premissa espetacular. O resultado foi um desenvolvimento pavoroso e pra lá de besta.

É como se pegassem uma ideia maravilhosa e ARREBENTASSEM com ela em prol de um monte de coisas que tornassem o filme mais comercial (com draminhas exagerados tanto entre os ets e o protagonista e sua transformação/problemática com a mulher) e o fizessem um estouro de bilheteria e público.

Ah, e não me venham falar de homenagem à Mosca, comparar esse filme com este último chega a ser uma ofensa.

 

Outra, acabei de ver um dos melhores filmes do mundo, Paranormal Activity que também é o primeiro filme de seu diretor. E é incrivelmente melhor que esse troço aí com um orçamento mínimo e com um amadorismo de dizer pelamor de Deus.

 

 

bem, a mudança do personagem principal não foi de fato uma mudança!

 

ele só se tornou herói quando esteve sob a parede(quando a quem poderia ajuda-lo estava prestes a morrer)!

 

A relação dele com o Christopher foi sempre de interesse.

 

Acabo de me lembrar, realmente, o início do personagem, como funcionário  de auto escalão da MNU, me deixou realmente constrangido um pouco, mas o filme e sua premissa me fizeram esquece-lo. Foi um ponto negativo mas não destrutivo pro filme, mesmo porque isso é muito subjetivo. Realmente o personagem inicial era muito caricato, e uma caricatura escancarada de uma persona já bem conhecida(não preciso dizer que foi Hitler), o que deixa o filme um pouco cômico, fora do tom que a premissa e o filme levam!

 

Dizer que houve mal e bem, definitivamente não houve esse unilateralismo. 

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Peruca, acho que teremos como constatar sua teoria em muito breve...

 

 

24/10/2009 13h10

Diretor de Distrito 9 fará ficção científica

Da Redação

 

Neill%20Blomkamp

Foto: Divulgação
O nome de Neill Blomkamp ficou em evidência depois de sua estreia no cinema em Distrito 9, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros. Por isso, seu passe está sendo disputado por produtores em Hollywood e, de acordo com a Variety, quem fechou a produção de seu próximo trabalho foi a Media Rights Capital, que se comprometeu com o projeto seguinte do cineasta, ainda sem nome.

Sabe-se que será um projeto de ficção científica e as filmagens devem começar em meados de 2010, com produção de Bill Block, o primeiro a se comprometer com a distribuição de Distrito 9. A MRC também se comprometeu a dar a Blomkamp total liberdade de criação, além do compromisso de não restringir o lançamento do longa somente ao mercado norte-americano. Agora, Blomkamp começará a trabalhar no roteiro do novo projeto, bem como na concepção visual e efeitos especiais. O longa deve ser modesto em comparação aos filmes do gênero, mas certamente custará mais do que os míseros US$ 30 milhões de Distrito 9 - produzido por Peter Jackson (O Senhor dos Anéis), que já faturou US$ 184 milhões ao redor do planeta.

“A MRC está permitindo que eu faça o filme que quero e isso é o mais importante”,disse Blomkamp à Variety. “Espero que ele seja comercial, mas será algo mais singular, vindo diretamente de mim. Estava aprendendo o processo em Distrito 9, sob as asas de Peter Jackson, que tinha controle, mas também me deixou fazer o filme que queria”. O diretor afirma que não se assusta com a liberdade criativa, especialmente agora que não contará com a ajuda de Jackson. “Não estou interessado em grandes orçamentos ou grandes espetáculos criativos que alguns diretores jovens são atraídos”, explica o cineasta sul-africano. “Acredito que este será um filme único, um reflexo de mim. Será outro projeto de ficção científica, diferente de Distrito 9”, promete.
Dr. Calvin2009-10-26 08:06:19
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Eu penso de forma um pouco diversa... É o primeiro filme do cara' date=' acho razoável que ele resolvesse ser mais didático ou pouco mais "pedreirão" na abordagem das coisas...

 

A comparação é idiota, mas pensei em Shyamalan e O Sexto Sentido... ok, este é bem mais sofisticado em todos os sentidos do que Distrito 9 e, óbvio, um filme muito melhor, mas é impressionante como o Shyamalan ali esmiuçou tudo, jogando na cara do expectador, literalmente...

 

Qual o raciocínio? Faço algo com um quê de sofisticação, mas que todo mundo consegue acompanhar e, com isso, ganho confiança no mercado e consigo fazer filmes melhores e mais sofisticados. Foi assim com Shyamalan e penso que algo parecido pode ocorrer com Neill Blomkamp.
[/quote']


Discordo, Dook. O Sexto Sentido funciona em função do final e da construção a partir dele de um belíssimo filme estruturalmente. É como um subgênero que serve à construção de uma trama que proporciona mistério e suspense crescentes e revela uma surpresa no final. Nesse caso a obviedade (em certo nível) é um elemento NECESSÁRIO porque necessita-se dar pistas plausíveis e triáveis ao espectador para a descoberta final. Elas têm que ter a medida perfeita, não podem ser tão óbvias, tampouco indecifráveis. 

 

(...)

 

 E aqui, muito cuidado com a comparação com o Sexto Sentido, onde tudo estava lá e você não havia enxergado. Não há falhas em SS, tudo se encaixa perfeitamente.

 

Eu li e reli e tentei achar onde você discorda do meu post... Por fim, cheguei a conclusão de que a única razão da discordância, em sua essência, refere-se à estrutura narrativa de ambos os filmes, completamente diferentes, já que um tem twist e o outro, não.

 

Porém não era disso que estava falando. As comparações se deram no campo do debut no cinema, onde tanto Shyamalan quanto Blomkamp esfregaram demais na nossa cara elementos da trama que deveriam estar mais implícitos. E, em minha exposição, tinha dito que talvez isto deve-se ter dado em função de uma necessidade dos diretores de criar uma credibilidade não só com o mercado, mas para com o público em geral (que, sim, gosta das coisas mastigadinhas e jogadas na cara), para que pudessem, a partir daí, fazer outros filmes que não estivessem tão presos às convenções.

 

Ah, sim... O Sexto Sentido tem inúmeras falhas, sim senhor... algumas, se analisadas friamente, DESTRÓEM o filme por completo. Mas aqui não é o lugar para dissercamos o filme do Shyamalan.
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É engraçado que algumas pessoas se sente desconforto com o sucesso dos outros. Blomkamp conseguiu fzr um filme dentro de uma favela e sobre aliens, cara, ele tinha tudo para fazer mais um filme nada sobre a desigualdade social, com Zé pequenos e Cap Nascimentos, mas conseguiu fzr um BlockBuster com um orçamento humilde nos padrões atuais. O cara é fera.

 

Quer bater o martelo em falhas que passou despercebido por 99% do público, fica chato e patético.

 

 

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