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Forum Cinema em Cena

Distrito 9


Nostromo
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Vc pensa que o filme é um grande pseudo-documentário' date=' sua tentativa de fazer algo surreal ficar com cara de realismo seria o contraste do filme mais interessante que eu vi, o que não queria dizer nada em nível de inovação ou algo fora do comum. Fazer alienígenas sociáveis em vez de massacrá-los ou ser massacrado pelo simples fator do ego e do medo da humanidade de ser inferior, não foi uma inovação, com uma pitada de humor “Homens de Preto” fez exatamente isso.

 

 

 

.

 

[/quote']

 

ai você não entendeu o filme. O que o filme relata, e o que é retratado na vida real aqui nas favelas do Rio, é o etnocentrismo, o antropocentrismo, e não o contrário, você trocou os alhos com os bugalhos!

 

E da-se a ver como os brasileiros procuram se esconder dessa nossa faceta podre, parece que quer esquecer dos problemas sociais de centenas de anos que geraram o contexto atual.

 

O fato é que a discriminação e exclusão é um problema humano-sistemico, e não local.

 

Vi semana passada' date=' e mesmo não curtindo o começo e o

fim do filme em ritmo de documentário (que acaba pecando em explicar

demais, mas também não achei o fim do mundo), mas gostei muito.

 

É incrível como o cara era meio alheio a tudo ali, vivendo o

mundinho perfeito dele (mulher, trabalho), mas ele é atirado em outro

mundo, um mundo pesado e mesmo assim, não consegui ver ele mudando de

consciência no decorrer do filme. Minha impressão é que mesmo se ele

achasse a cura, iria voltar pro mundinho dele (e possivelmente

trabalhando pra mesma empresa, fazendo as mesmas coisas, falando amém

pro sogro, como se nada tivesse acontecido). Achei isso um ponto

positivo. O filme não tenta o transformar num herói (pelo menos não vi

assim) e você acaba torcendo por alguém que está meio alheio a tudo,

mesmo ele estando no centro da bagunça. E os ETs ficaram legais.

 

Talvez diminua numa revisada (depende se a parte em doc passar a me incomodar mais ou não), mas no momento tá redondo.
[/quote']

Ele

briga pela própria sobrevivência e não vai muito além. Até consegue ver

o ET como uma criatura que não é uma coisa, chega a se sensibilizar,

mas continua sendo ele mesmo. Não tive a impressão de que ele voltaria

a sua vida exatamente como era antes se tivesse chance. Mas diria que

ele adotaria uma vida similar. Não consigo vê-lo na luta pelos direitos

dos ETs, se revoltando e brigando contra aquele sistema. Não acho que

ele tenha mudado significativamente com aquela experiência.

 

O personagem só estava ajudando o ET para se beneficiar, a mudança dele foi apenas constatar que os ET são "gente como a gente", e pronto, morre ai a mudança. Se ele voltasse, seria a mesma moral e julgamento bem próximo.

 

E

com relação ao final "mastigado"... hum.. sei não.. tem muito sherlock

holmes nesse tópico aqui... mas se no finalzinho do filme

simplesmente aparecesse um 'camarão' fazendo porr# nenhuma' date='

duvi-de-o-dó que alguém aqui deduziria que era o Wikus. 17

[/quote']

Depois

da cena da esposa, se apenas mostrassem um camarão, daria pra entender

que era o Wilkus (ou sei lá como é o nome dele). E nem precisava. A

bugiganga que ela segurava já indicava que ele estava vivo (e que ele

ia se transformar num camarão não havia dúvida). Não achei que ficou

ruim, mas o final poderia ser mais discreto sem ficar confuso.

 

exato. O final foi realmente sensacionalista, forçoso!

 

É

essa mesma a discordância. Eu só não acho que o filme de Shyamalan

possa ser comparado nesse nível com District 9 pelos motivos que citei

no post anterior. E discordo, justamente pelos motivos que citei que

Shyamalan precisava ser mais implícito. De resto, discordo

completamente. Desde quando QUERER fazer um filme mais explícito é

sinônimo de querer ter credibilidade no mercado?

Até porque A Vila

pelo que me lembro teve um fortíssimo merchandising (as propagandas

eram bombardeadas na televisão) e criou expectativas gigantescas. No

entanto, acredito que você creia em um Shyamalan muito mais maduro, se

não me engano.

Agora, realmente não acho que O Sexto Sentido tem

falhas a ponto de destruir o filme. Aliás, não detectei realmente

nenhuma falha. Acho que funciona perfeitamente, mas não creio que o

fiquei dissecando também, acho bobeira (nesse caso, porque o filme é

simplesmente uma estória, não tem muito a dizer por trás de tudo).

Considero um filmaço mesmo assim porque não acho que um filme tenha que

falar sobre os problemas da humanidade para ser excelente.

 

[/quote']

 

O problema é que Shyamalan não foi nem um pouco implícito... foi

explícito na cara dura. No mais, nunca afirmei que querer fazer um

filme mais explícito necessariamente significa querer mais

credibilidade no mercado. Joguei isso como uma possibilidade. Só o

diretor do filme pode dizer. Fato é que Distrito 9 está agradando a

gregos e troianos de forma geral, o que é um elemento embasador dessa

minha teoria...

 

Sim, creio em um Shyamalan mais maduro, o que não existe muuuito em Sexto Sentido, sendo este ápice, pra mim, em A Vila.  

 

Acredito que o público hoje em dia está muito desacostumado com figuras mais elaboradas e simbolos mais profundos. Um dia desses vi o the good, the bad and the ugly e certamente o público atual não entenderia o simbolismo humano no final.

 

Quanto a questão do líquido, achei muito forçado um liquido ser combustível e produzir a metarmofose,  deu a sensação que o diretor queria de algum jeito transpor o mundo do homem para o mundo dos aliens!

 

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O problema é que Shyamalan não foi nem um pouco implícito... foi explícito na cara dura. No mais' date=' nunca afirmei que querer fazer um filme mais explícito necessariamente significa querer mais credibilidade no mercado. Joguei isso como uma possibilidade. Só o diretor do filme pode dizer. Fato é que Distrito 9 está agradando a gregos e troianos de forma geral, o que é um elemento embasador dessa minha teoria...

 

Sim, creio em um Shyamalan mais maduro, o que não existe muuuito em Sexto Sentido, sendo este ápice, pra mim, em A Vila.  
[/quote']

Não, não, Dook. O que quis dizer naquele post é que acho que o fato dele ser explícito funciona bem para o tipo de filme proposto, meio investigativo. Citei o exemplo da Agatha Christie que acho que é o melhor para explicitar no que acredito, acho que é meio uma adaptação desse estilo.

Quanto a District 9, isso é verdade, o filme tem agradado bastante mesmo, reconheço que sou exceção, eu realmente achei muito fraco.

Pois é, o que você enxerga como maturidade eu enxergo como estilos diferentes de filme, sabe? O Sexto Sentido tem uma proposta muito diferente de A Vila.

Como eu disse, acho que o fato de O Sexto Sentido ser a grosso modo uma "estória investigativa de suspense", e, portanto, limitado a um universo menor de possibilidades que A Vila seja retrato de maior maturidade no segundo caso. A abrangência do filme é escolha. Sem entrar no mérito de discutir a execução de A Vila, que acho fraca, talvez justamente pelas pretensões.

 

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Acredito que o público hoje em dia está muito desacostumado com figuras mais elaboradas e simbolos mais profundos. Um dia desses vi o the good' date=' the bad and the ugly e certamente o público atual não entenderia o simbolismo humano no final.

 

[/quote']

Eu nem acho essas figuras tão elaboradas assim no caso de District, Gustavo, mesmo gostando muito da CONCEPÇÃO desse universo.

Minha ressalva aqui é que acredito que a liberdade de compreensão cria obras absolutamente individuais e de vida própria, portanto sou radicalmente contra ideias como o público não entendeu ou coisas parecidas. Cada um entende um filme à sua maneira quando esses símbolos não são evidentes. Até pelo conceito de símbolos, que só ganham objetividade quando convencionados.

É incrível como existem situações que podem ser interpretadas de modos absolutamente opostos e soarem satisfatórias ou não. Um ótimo exemplo é Inland Empire do Lynch. Você realmente é capaz de dizer quem é a protagonista do filme, por mais complexa que seja sua análise? E o pior, será que isso realmente importa?

Você citou um exemplo interessantíssimo. The Good, The Bad and the Ugly independentemente da compreensão da simbologia que você abstraiu é muito bem falado tanto por público (independentemente de ser culto ou não) quanto pela crítica. Vamos pegar algumas referências como o imdb e o rotten (para ter um ponto de partida)... 9,0/10 no imdb com top #4 de TODOS os tempos com mais de 130000 votantes. Rotten - 8,8/10. Será que é por causa da simbologia que o filme está nas alturas? Ou porque de fato ENTRETÉM independente disso?

 

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Acredito que o público hoje em dia está muito desacostumado com figuras mais elaboradas e simbolos mais profundos. Um dia desses vi o the good' date=' the bad and the ugly e certamente o público atual não entenderia o simbolismo humano no final.

 

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Eu nem acho essas figuras tão elaboradas assim no caso de District, Gustavo, mesmo gostando muito da CONCEPÇÃO desse universo.

Minha ressalva aqui é que acredito que a liberdade de compreensão cria obras absolutamente individuais e de vida própria, portanto sou radicalmente contra ideias como o público não entendeu ou coisas parecidas. Cada um entende um filme à sua maneira quando esses símbolos não são evidentes. Até pelo conceito de símbolos, que só ganham objetividade quando convencionados.

É incrível como existem situações que podem ser interpretadas de modos absolutamente opostos e soarem satisfatórias ou não. Um ótimo exemplo é Inland Empire do Lynch. Você realmente é capaz de dizer quem é a protagonista do filme, por mais complexa que seja sua análise? E o pior, será que isso realmente importa?

Você citou um exemplo interessantíssimo. The Good, The Bad and the Ugly independentemente da compreensão da simbologia que você abstraiu é muito bem falado tanto por público (independentemente de ser culto ou não) quanto pela crítica. Vamos pegar algumas referências como o imdb e o rotten (para ter um ponto de partida)... 9,0/10 no imdb com top #4 de TODOS os tempos com mais de 130000 votantes. Rotten - 8,8/10. Será que é por causa da simbologia que o filme está nas alturas? Ou porque de fato ENTRETÉM independente disso?

 

Bem, acima de tudo, a arte é uma expressão, e pode ser agradável ou não, dependendo de quem expressa e quais as intenções e motivações!

 

Portanto, arte boa é um conceito muito pessoal, exclusivamente pessoal eu diria. Então como fazer para julgar uma obra boa ou ruim?(mais uma faceta da natureza humana, a disposição de julgar, de avaliar e isto está intimamente relacionado a capacidade do homem de excluir, sobrepujar...)

 

Ou pelo entretenimento, ou pela complexidade da mensagem exposta, pelo seu grau de simbolismo e profundidade. Eu tento correlacionar ambas, mas tem artes e filmes que adoro mas sabendo que é uma arte simples, uma flecha sem descrever nenhuma parabola para se alcançar o alvo, ou mesmo uma arte recorrente, cuja mensagem é a que a maioria deseja.

 

Quanto ao Distrito 9, para mim é escancarada a figura do distrito9, e tão escancarada que as frases dos civis entrevistados é a mesma dos civis que vivem em cidades afetadas pela desigualdade e pela violência. Basta olhar ao redor das grandes cidades brasileiras e verás a mesmissima reação repulsória e autoritária dos civis que se acham no direito de justiça.  E se olhar com olhos mais atentos, verás que assim como olhas para os camarões do filme atacando lixões e latas de gato, olhas para o gato que ataca os lixões, e olhas para uma criança escavucando um lixão(sendo que, como um documentário revela, uma dessas pessoas tem dominio, conhecimento, extremo sobre o meio que muitos não o tem sobre os seus) , e sendo tão escancarado a ponto de utilizar de rituais religiosos cuja as partes de outras espécies(e indivíduos da mesma espécie) é utilizada para obter a qualidade que veneras e que se acha no direito de tomar pra si. Quanto a mensagem e as intenções do diretor, do filme, me parecem claras que ele quis justamente nos fazer sensibilizar quanto a disciminação, a exclusão, o apartheid.

 

Quanto ao simbolismo, por exemplo, no the good, the bad and the ugly, o final é revela justamente a mensagem que está no filme todo, o homem é a imagem que fazemos dele por toda as nossas vidas, e as nossas relações  estarão paltadas nessas imagens. E isto está resolvido e revelado em apenas um procedimento, um olhar e um apontar-disparar de armas(ato-reflexo) no embate final, mostrando que mesmo em um momento em que utilizamos do subconsciênte, do irracional, a imagem que construímos pauta nossas decisões. Mas será que um ato tão singelo e passível de passar desapercebido poderia suscitar aos espectadores de hoje a vontade de matar "o mal"(olhos de anjo) no disparar das armas no confronto final?

Gustavo Adler2009-10-27 20:49:34

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Cara' date=' a merda toda é que o "documentário" aquele se dá ao trabalho de dizer que não se sabe o paradeiro do cara, que uns dizem que ele foi capturado, outros que morreu, bla bla bla, pra logo depois esfregar na tua cara "tá aqui, ele é esse aqui, ele tá vivo, tá solto, tá esperando o outro voltar, agora vc sabe tudo e não precisa pensar nem ficar em dúvida".
[/quote']

 

Muito bem observado esse ponto. Eu não tava levando em consideração esse lance da especulação do documentário... que foi por água abaixo em poucos segundos.
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Mas todo e qualquer filme tem erro desse tipo mesmo. Nem acho que isso seja algo que desmereça ele.

 

 

 

 

 

Mas esse não foi um erro que derrubou o filme' date=' foi ridículo, foi, mas... Eu tava agüentando o filme até o momento que entrou uma tal de namorada do Wikus e depois toda aquela série de eventos de "Os Mutantes - Caminhos do Coração" foram de doer o meu Rim, talvez a intenção fosse fazer um humor-romântico no final, mas foi ridículo ao extremo.

 

 

 

 

 

ai você não entendeu o filme. O que o filme relata, e o que é retratado na vida real aqui nas favelas do Rio, é o etnocentrismo, o antropocentrismo, e não o contrário, você trocou os alhos com os bugalhos!

 

 

 

E da-se a ver como os brasileiros procuram se esconder dessa nossa faceta podre, parece que quer esquecer dos problemas sociais de centenas de anos que geraram o contexto atual.

 

 

 

O fato é que a discriminação e exclusão é um problema humano-sistemico, e não local.

 

 

 

 

 

No começo eu pensei que fosse mais um documentário sobre o Brasil e suas favelas, mas quando vi que os alienígenas aprendiam rápido, me enganei...
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Mas todo e qualquer filme tem erro desse tipo mesmo. Nem acho que isso seja algo que desmereça ele.

 

 

Mas esse não foi um erro que derrubou o filme' date=' foi ridículo, foi, mas... Eu tava agüentando o filme até o momento que entrou uma tal de namorada do Wikus e depois toda aquela série de eventos de "Os Mutantes - Caminhos do Coração" foram de doer o meu Rim, talvez a intenção fosse fazer um humor-romântico no final, mas foi ridículo ao extremo. [/quote']

A mulher é esposa do Wikus. Ela aparece no início do filme, dizendo que ele gosta de fabricar coisas pra ela, e outras menções são feitas ao casamento. Não existe humor-romântico (que eu entendo como comédia romântica) nem tentativa. Você deve ter entrado na sala errada. 09

 

Lucy in the Sky2009-10-28 12:14:47

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Mas todo e qualquer filme tem erro desse tipo mas quando vi que os alienígenas aprendiam rápido' date=' me enganei...[/quote']

 

 

Bingo, ai está o que o filme relatou, não parece com uma daquelas criaturas civis brancas da africa que viviam pedindo pro governo tirar as outras que vieram do espaço? 06

 

essa frase poderia tar no filme 06

 

Mas todo e qualquer filme tem erro desse tipo

mesmo. Nem acho que isso seja algo que desmereça ele.

 

 

Mas esse não foi um erro que derrubou o filme' date=' foi ridículo,

foi, mas... Eu tava agüentando o filme até o momento que entrou uma tal

de namorada do Wikus e depois toda aquela série de eventos de "Os

Mutantes - Caminhos do Coração" foram de doer o meu Rim, talvez a

intenção fosse fazer um humor-romântico no final, mas foi ridículo ao

extremo. [/quote']

A mulher é esposa

do Wikus. Ela aparece no início do filme, dizendo que ele gosta de

fabricar coisas pra ela, e outras menções são feitas ao casamento. Não

existe humor-romântico (que eu entendo como comédia romântica) nem

tentativa. Você deve ter entrado na sala errada. 09

 

 

acho que ele viu outro filme, crepusculo, sei lá 06

 

e sobre a questão do pseudo-documentário ter afirmado que não se sabe o paradeiro do homi, e no final o homi camarão aparecer, é fruto de um dos pontos mais falhos que acho do filme, que é a falta de coragem do diretor em deixar seguir o pseudo-documentario o mais integro. Ao inserir cenas que fogem do documentário acabou por causar um efeito contraditório e um "vacuo".

Gustavo Adler2009-10-28 14:05:32

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Bem, acima de tudo, a arte é uma expressão, e pode ser agradável ou não, dependendo de quem expressa e quais as intenções e motivações!

 

Portanto, arte boa é um conceito muito pessoal, exclusivamente pessoal eu diria. Então como fazer para julgar uma obra boa ou ruim?(mais uma faceta da natureza humana, a disposição de julgar, de avaliar e isto está intimamente relacionado a capacidade do homem de excluir, sobrepujar...)

 

Ou pelo entretenimento, ou pela complexidade da mensagem exposta, pelo seu grau de simbolismo e profundidade. Eu tento correlacionar ambas, mas tem artes e filmes que adoro mas sabendo que é uma arte simples, uma flecha sem descrever nenhuma parabola para se alcançar o alvo, ou mesmo uma arte recorrente, cuja mensagem é a que a maioria deseja.

 

Quanto ao Distrito 9, para mim é escancarada a figura do distrito9, e tão escancarada que as frases dos civis entrevistados é a mesma dos civis que vivem em cidades afetadas pela desigualdade e pela violência. Basta olhar ao redor das grandes cidades brasileiras e verás a mesmissima reação repulsória e autoritária dos civis que se acham no direito de justiça.  E se olhar com olhos mais atentos, verás que assim como olhas para os camarões do filme atacando lixões e latas de gato, olhas para o gato que ataca os lixões, e olhas para uma criança escavucando um lixão(sendo que, como um documentário revela, uma dessas pessoas tem dominio, conhecimento, extremo sobre o meio que muitos não o tem sobre os seus) , e sendo tão escancarado a ponto de utilizar de rituais religiosos cuja as partes de outras espécies(e indivíduos da mesma espécie) é utilizada para obter a qualidade que veneras e que se acha no direito de tomar pra si. Quanto a mensagem e as intenções do diretor, do filme, me parecem claras que ele quis justamente nos fazer sensibilizar quanto a disciminação, a exclusão, o apartheid.

 

Quanto ao simbolismo, por exemplo, no the good, the bad and the ugly, o final é revela justamente a mensagem que está no filme todo, o homem é a imagem que fazemos dele por toda as nossas vidas, e as nossas relações  estarão paltadas nessas imagens. E isto está resolvido e revelado em apenas um procedimento, um olhar e um apontar-disparar de armas(ato-reflexo) no embate final, mostrando que mesmo em um momento em que utilizamos do subconsciênte, do irracional, a imagem que construímos pauta nossas decisões. Mas será que um ato tão singelo e passível de passar desapercebido poderia suscitar aos espectadores de hoje a vontade de matar "o mal"(olhos de anjo) no disparar das armas no confronto final?

[/quote']

Olha, Gustavo, eu já te disse isso antes e torno a repetir. É realmente ótimo discutir qualquer assunto com você. Além de ponderado você não fica dando voltas em cima do mesmo ponto e sempre adiciona detalhes reflexivos.

Antes de adentrar o que disse sobre o filme acho legal comentar minha opinião sobre esse parágrafo:

 

...Ou pelo entretenimento, ou pela complexidade da mensagem exposta, pelo seu grau de simbolismo e profundidade.

 

Não vejo problema em classificar uma obra como boa ou ruim DESDE que se tenha em mente que aquela classificação é subjetiva, não pode ser elevada ao grau da generalização. Dito isto, acho interessante que os critérios que usa para denominar uma obra como boa ou ruim, os três que citou são extremamente abrangentes. E, portanto, permitem uma amplitude tão grande de possibilidades que soam como uma resposta que não parece resposta, hehe.

Por exemplo, se tentarmos definir entretenimento com certeza cairemos em conceitos diferentes, porque ele depende de um elemento EXTREMAMENTE subjetivo: suas experiências pessoais e seus traços e características de personalidade. Elas definem o que te entretém e o que não entretém.

Complexidade de mensagem exposta? Hm...pior ainda. Primeiro porque a captação da complexidade (que é o que realmente importa) depende de quem assiste e não de quem produz. E isso ocorre porque, mesmo se absorvêssemos as mensagens da mesma forma, ainda assim daríamos valores diferentes a pontos diferentes. Há situações e discussões que podem ser complexificadas ao extremo mas que simplesmente não me interessam tanto ou não gosto delas. E não há explicação racional para isso.

O terceiro acho que está linkado ao primeiro. Eu AMO simbologias, sou capaz de ficar dias discutindo sobre metáforas e significados ocultos e conhecer outros pontos de vista. Tem gente que acha um porre ficar pensando e refletindo.

Mesmo assim, com todos esses pontos, eu jamais definiria meu gosto por qualquer filme com diretrizes desse tipo, prefiro ser mais específico em minha formação e imaginar porque gosto de ver isso e não aquilo. A verdade é que explicar porque você gosta de um filme é uma tarefa árdua demais para ser limitada a essas três características por mais que sejam abrangentes.

Quanto a District 9 acho que se enquadra exatamente no que disse anteriormente. Entendo o que diz e acho lindo, mas no filme soa mal, porque é forçado, porque não gosto do desenvolvimento da trama focado em um personagem como Wikus (que considero estúpido DEMAIS para ser elemento central de um assunto tão interessante, tanto em sua construção, quanto em suas nuances de personalidade). E aí digo o que é mais claro no mundo pra mim: não me importo com o que você diz, mas COMO você diz. Eu não me importo se ele faz alusão ao apartheid ou a Hitler ou whatever. Acho a execução do filme desastrosa e apelativa para dramas paralelos feitos "para emocionar". Foi o que marcou para mim.

 

Quanto a The Good, The Bad and the Ugly, apesar de sua bela interpretação e compreensão do filme, tenha certeza que não é a única razão para gostarem do final do filme. Inclusive, acredito que muitos tenham gostado SIMPLESMENTE por causa do tipo interpretado por Clint Eastwood, que é um personagem muito forte no filme e muito interessante, realmente. Isso as torna menos crédulas do que você? Acho que de jeito nenhum. Se elas se entreteram, acabou por aí. Não é necessário entender uma simbologia (se é que há uma) para gostar de um filme, isso não torna as pessoas menores.

 

Mr. Scofield2009-10-28 18:35:11

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Bem, acima de tudo, a arte é uma expressão, e pode ser agradável ou não, dependendo de quem expressa e quais as intenções e motivações!

 

Portanto, arte boa é um conceito muito pessoal, exclusivamente pessoal eu diria. Então como fazer para julgar uma obra boa ou ruim?(mais uma faceta da natureza humana, a disposição de julgar, de avaliar e isto está intimamente relacionado a capacidade do homem de excluir, sobrepujar...)

 

Ou pelo entretenimento, ou pela complexidade da mensagem exposta, pelo seu grau de simbolismo e profundidade. Eu tento correlacionar ambas, mas tem artes e filmes que adoro mas sabendo que é uma arte simples, uma flecha sem descrever nenhuma parabola para se alcançar o alvo, ou mesmo uma arte recorrente, cuja mensagem é a que a maioria deseja.

 

Quanto ao Distrito 9, para mim é escancarada a figura do distrito9, e tão escancarada que as frases dos civis entrevistados é a mesma dos civis que vivem em cidades afetadas pela desigualdade e pela violência. Basta olhar ao redor das grandes cidades brasileiras e verás a mesmissima reação repulsória e autoritária dos civis que se acham no direito de justiça.  E se olhar com olhos mais atentos, verás que assim como olhas para os camarões do filme atacando lixões e latas de gato, olhas para o gato que ataca os lixões, e olhas para uma criança escavucando um lixão(sendo que, como um documentário revela, uma dessas pessoas tem dominio, conhecimento, extremo sobre o meio que muitos não o tem sobre os seus) , e sendo tão escancarado a ponto de utilizar de rituais religiosos cuja as partes de outras espécies(e indivíduos da mesma espécie) é utilizada para obter a qualidade que veneras e que se acha no direito de tomar pra si. Quanto a mensagem e as intenções do diretor, do filme, me parecem claras que ele quis justamente nos fazer sensibilizar quanto a disciminação, a exclusão, o apartheid.

 

Quanto ao simbolismo, por exemplo, no the good, the bad and the ugly, o final é revela justamente a mensagem que está no filme todo, o homem é a imagem que fazemos dele por toda as nossas vidas, e as nossas relações  estarão paltadas nessas imagens. E isto está resolvido e revelado em apenas um procedimento, um olhar e um apontar-disparar de armas(ato-reflexo) no embate final, mostrando que mesmo em um momento em que utilizamos do subconsciênte, do irracional, a imagem que construímos pauta nossas decisões. Mas será que um ato tão singelo e passível de passar desapercebido poderia suscitar aos espectadores de hoje a vontade de matar "o mal"(olhos de anjo) no disparar das armas no confronto final?

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Olha, Gustavo, eu já te disse isso antes e torno a repetir. É realmente ótimo discutir qualquer assunto com você. Além de ponderado você não fica dando voltas em cima do mesmo ponto e sempre adiciona detalhes reflexivos.

Antes de adentrar o que disse sobre o filme acho legal comentar minha opinião sobre esse parágrafo:

 

...Ou pelo entretenimento, ou pela complexidade da mensagem exposta, pelo seu grau de simbolismo e profundidade.

 

Não vejo problema em classificar uma obra como boa ou ruim DESDE que se tenha em mente que aquela classificação é subjetiva, não pode ser elevada ao grau da generalização. Dito isto, acho interessante que os critérios que usa para denominar uma obra como boa ou ruim, os três que citou são extremamente abrangentes. E, portanto, permitem uma amplitude tão grande de possibilidades que soam como uma resposta que não parece resposta, hehe.

Por exemplo, se tentarmos definir entretenimento com certeza cairemos em conceitos diferentes, porque ele depende de um elemento EXTREMAMENTE subjetivo: suas experiências pessoais e seus traços e características de personalidade. Elas definem o que te entretém e o que não entretém.

Complexidade de mensagem exposta? Hm...pior ainda. Primeiro porque a captação da complexidade (que é o que realmente importa) depende de quem assiste e não de quem produz. E isso ocorre porque, mesmo se absorvêssemos as mensagens da mesma forma, ainda assim daríamos valores diferentes a pontos diferentes. Há situações e discussões que podem ser complexificadas ao extremo mas que simplesmente não me interessam tanto ou não gosto delas. E não há explicação racional para isso.

O terceiro acho que está linkado ao primeiro. Eu AMO simbologias, sou capaz de ficar dias discutindo sobre metáforas e significados ocultos e conhecer outros pontos de vista. Tem gente que acha um porre ficar pensando e refletindo.

Mesmo assim, com todos esses pontos, eu jamais definiria meu gosto por qualquer filme com diretrizes desse tipo, prefiro ser mais específico em minha formação e imaginar porque gosto de ver isso e não aquilo. A verdade é que explicar porque você gosta de um filme é uma tarefa árdua demais para ser limitada a essas três características por mais que sejam abrangentes.

Quanto a District 9 acho que se enquadra exatamente no que disse anteriormente. Entendo o que diz e acho lindo, mas no filme soa mal, porque é forçado, porque não gosto do desenvolvimento da trama focado em um personagem como Wikus (que considero estúpido DEMAIS para ser elemento central de um assunto tão interessante, tanto em sua construção, quanto em suas nuances de personalidade). E aí digo o que é mais claro no mundo pra mim: não me importo com o que você diz, mas COMO você diz. Eu não me importo se ele faz alusão ao apartheid ou a Hitler ou whatever. Acho a execução do filme desastrosa e apelativa para dramas paralelos feitos "para emocionar". Foi o que marcou para mim.

 

Quanto a The Good, The Bad and the Ugly, apesar de sua bela interpretação e compreensão do filme, tenha certeza que não é a única razão para gostarem do final do filme. Inclusive, acredito que muitos tenham gostado SIMPLESMENTE por causa do tipo interpretado por Clint Eastwood, que é um personagem muito forte no filme e muito interessante, realmente. Isso as torna menos crédulas do que você? Acho que de jeito nenhum. Se elas se entreteram, acabou por aí. Não é necessário entender uma simbologia (se é que há uma) para gostar de um filme, isso não torna as pessoas menores.

 

 

Xii, essa discussão vai longe. lá vai mais tijoladas de bla bla bla!

 

bem, concordo com tudo que você falou sobre julgar uma arte. Não falei que é um problema, mas sim que é um instinto nosso, veja sua e a minha mensagem, estamos ai tentando definir bases para critérios que julgamos ser norteadores ou não para valorizar o filme. Se é impossível julgar o filme de fato, por que o julgamos? por que julgamos tudo o que vemos? até uma pedra está sobre nosso julgamento, e ai extrapolo, até meu amigo está sobre meu julgamento.

 

Sobre o Distrito 9, aah, concordo e ate apontei que não gostei do tipo do personagem quando antes de contaminado, achei que realmente estava muito caricato a ponto da irrealidade. Mas ao meu ver, ao colocar o personagem sempre em postura egoísta, o diretor expos bem os movimentos de uma pessoa que se encontra em uma posição moral contrária a que ele nascera, e também a posição de muitas relações que envolve social, ambiental e moral. O que mais está em jogo é o egoismo de cada integrante.

 

Sobre o the good, the bad and the ugly, acho que o público gostou e se apegou ao ator do Clint Eastwood justamente por fazer a mesma imagem que o filme suscitou. Justamente pelo fato do filme instigar o público nesse intento, ao trabalhar com a imagem dos personagens, ele instigou a nossa formulação das imagens(claro que grande parte da responsabilidade reside na capacidade dos atores). Uma coisa não está desligada da outra. É por isso que acho que muitos de hoje em dia achariam o filme entediante, prolongado, arrastado em muitas cenas... e bla bla bla, porque não fariam o elo em sua imaginação com a do filme.

 

Como você disse, complexidade e entretenimento é uma questão totalmente subjetiva e pessoal, dependendo das experiências de cada um, e como o público hoje tem experiências bem diferentes da do público daquela época, dai se espera também uma aceitação diferente do filme!

 

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Distrito 9 usou a plataforma James Cameron de fazer filmes, ecelentes efeitos especiais, ação na medida certa e romance filé.

 

E cara, para quem trabalha em empresa sabe muito bem que tá cheio de babacas como o Wikus por aí.

 

E pow, as pessoas do Doc realmente não sabe onde e como está o Wikus, quem sabe disso é nós, quando vai cair a ficha que o Doc é a opinião dos outros e depois passa para a aventura de um homem só, fruto de  nepotismo, egoísta, criado com a vovó, ele é um dos protagonistas mais denso que ví desde Tyler Durden do Clube da Luta. ambos vivem em seu mundo perfeito¿ até levarem aquela porrada que desfaz todo o seu muro de proteção, Wikus começa limpo e fica sujo, Tyler começa sujo e fica limpo.

 

 

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Amigo, mas aí é que está o problema....

 

... pouco interessa se as pessoas que viram o documentário não sabem do paradeiro de Wikus...

 

...O fato de nós, expectadores da sala de cinema, sabermos o fim que ele levou, quebrou as pernas de toda a especulação e clima de mistério criado pelo documentário.

 

Nesse ponto concordo com o colega Jack Ryan.
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Não penso que a flor no final seja um mero elemento de ligação. Penso que simboliza a humanidade do wikus fisicamente transformado, a sua capacidade para ainda assim sentir empatia pela sua antiga esposa. Não consigo compreender em que medida esse aspecto do argumento inferioriza a intelectualidade dos cinéfilos.

 

Começo a compreender que os agressores são sempre os mesmos. Tenham ou não gostado do filme primam por pugnar contra as opiniões dos restantes, imputando culpas aos neófitos do fórum.  Vejo também que palavras como 'metáfora' são aceites em determinados tópicos e ridicularizadas noutros.

 

Já basta, a esses sujeitinhos só há uma coisa a dizer: não sejam mal-educados porque já são suficientemente ignorantes. E isto meus caros não se trata de um insulto mas tão somente a mera constatação de um facto, que apenas um ignorante poderia tomar por insulto (por lhe ser difícil enfrentar um espelho).

 

quiescente2009-10-30 20:49:14

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Vejo também que palavras como 'metáfora' são aceites em determinados tópicos e ridicularizadas noutros.

Fala-se em metáforas ao comentar um determinado filme. Mas quando se trata de outro filme' date=' talvez não tenha sentido falar em metáforas.

Não penso que a flor no final seja um mero elemento de ligação. Penso

que simboliza a humanidade do wikus fisicamente transformado, a sua

capacidade para ainda assim sentir empatia pela sua antiga esposa. Não

consigo compreender em que medida esse aspecto do argumento inferioriza

a intelectualidade dos cinéfilos.

A transformação de Wikus em nenhum momento passa a idéia de que ele perderia seus sentimentos humanos (o filme mostra claramente que os ETs sentem assim como a gente). Mas não vi problema em chamar a atenção para o fato de que Wikus ainda estava apaixonado pela esposa e com os pensamentos na vida que ele deixou. A forma como foi feito é que poderia ter se beneficiado de alguma discrição.

 

Começo a compreender que os agressores são sempre os mesmos. Tenham ou

não gostado do filme primam por pugnar contra as opiniões dos

restantes' date=' imputando culpas aos neófitos do fórum.[/quote']

Pois é... O pessoal aqui formou uma liga do mal pra espalhar o terror pelo fórum.  13

 

 

(adoro dividir o post em quotes. posso? 06)

 

 

Lucy in the Sky2009-10-31 09:19:51

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Não penso que a flor no final seja um mero elemento de ligação. Penso que simboliza a humanidade do wikus fisicamente transformado' date=' a sua capacidade para ainda assim sentir empatia pela sua antiga esposa. Não consigo compreender em que medida esse aspecto do argumento inferioriza a intelectualidade dos cinéfilos.

 

Começo a compreender que os agressores são sempre os mesmos. Tenham ou não gostado do filme primam por pugnar contra as opiniões dos restantes, imputando culpas aos neófitos do fórum.  Vejo também que palavras como 'metáfora' são aceites em determinados tópicos e ridicularizadas noutros.

 

Já basta, a esses sujeitinhos só há uma coisa a dizer: não sejam mal-educados porque já são suficientemente ignorantes. E isto meus caros não se trata de um insulto mas tão somente a mera constatação de um facto, que apenas um ignorante poderia tomar por insulto (por lhe ser difícil enfrentar um espelho).

 

[/quote']

Quiescente, continuo achando um elemento de ligação para evidenciar que Wikus estava vivo, o que já era óbvio na cena que a mulher havia recebido a flor (quem mais teria mandado uma flor naqueles moldes?). Aliás, TUDO o que falou já estava implícito nesta primeira cena, uma vez que quem faz questão de construir uma flor para dar para a esposa, já possui empatia por ela INDEPENDENTE da última cena. Pense se no filme não existisse essa última cena. Algo perderia o sentido? Você abstrairia outra coisa senão o que disse antes? Para mim essas coisas eram óbvias do mesmo jeito.

Quanto a opinião dos outros, gostaria que prestasse atenção ao tópico e visse que não é só isso que existe aqui, existem pessoas com opiniões contrárias a quem gostou e estão evidenciando sem agredir os outros (assim como o oposto).

Agressões são sempre indesejadas e se você já chama (a quem quer que seja) de ignorantes, está descendo ao mesmo nível dos que critica, e, portanto, alimentando o ciclo.

E qualquer pessoa que é chamada de ignorante está recebendo um insulto, isso sim é factual e não sua opinião sobre tais pessoas.

Portanto, para receber respeito, é preciso tê-lo também e aceitar a opinião de quem não gostou do filme e saber que em um tópico de discussão haverá pessoas que discordarão de você.

Mr. Scofield2009-10-31 10:13:08

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Amigo' date=' mas aí é que está o problema....

 

... pouco interessa se as pessoas que viram o documentário não sabem do paradeiro de Wikus...

 

...O fato de nós, expectadores da sala de cinema, sabermos o fim que ele levou, quebrou as pernas de toda a especulação e clima de mistério criado pelo documentário.

 

Nesse ponto concordo com o colega Jack Ryan.
[/quote']

 

Pow, que clima de mistério, não ficou evidente que o povo estava p. da vida devido ele ter ajudado um Alien, ter destruído o prédio da MNU, matar uma porrada de gente e tacar o terror na cidade, além de ter virado um híbrido humano-alien, depois de quase uma hora de ação, vc se pergunta pelo mistério do doc, achando que um final com uma simples flor jogou tudo fora, putz, é caçar piolho em cabeça de careca.

 

Blomkamp fez muito bem, colocou uma pergunta e logo respondeu, sem criar expectativas nenhuma ou forçar uma seqüencia, mesmo pq seria frustrante para ele e nós, se o filme não respondesse nada e fosse um fracasso, aí a casa do Blomkamp caia e o cara iria jogar no lixo a sua grande oportunidade de entrar na mainstream.

 

Peter Jackson acreditou e o  público aplaudiu, pronto missão concluída, só resta agora o cri-cri do povo chato.

 

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Não penso que a flor no final seja um mero elemento de ligação. Penso que simboliza a humanidade do wikus fisicamente transformado' date=' a sua capacidade para ainda assim sentir empatia pela sua antiga esposa. Não consigo compreender em que medida esse aspecto do argumento inferioriza a intelectualidade dos cinéfilos.

Começo a compreender que os agressores são sempre os mesmos. Tenham ou não gostado do filme primam por pugnar contra as opiniões dos restantes, imputando culpas aos neófitos do fórum.  Vejo também que palavras como 'metáfora' são aceites em determinados tópicos e ridicularizadas noutros.

Já basta, a esses sujeitinhos só há uma coisa a dizer: não sejam mal-educados porque já são suficientemente ignorantes. E isto meus caros não se trata de um insulto mas tão somente a mera constatação de um facto, que apenas um ignorante poderia tomar por insulto (por lhe ser difícil enfrentar um espelho).
[/quote']

é o orgulho ferido, arrogancia, a necessidade de se sentir o macaco alfa do grupo 03

 

quando se percebe que não se tem um linguagar igual ao do outro, ou julga-o de inferior, analfabeto, relegando-o a sola do seu sapato, ou julga-o culto, com pretenções de ser estrela. São incapazes de ouvir e procurar aprender o novo.
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  • 2 weeks later...
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Não penso que a flor no final seja um mero elemento de ligação. Penso que simboliza a humanidade do wikus fisicamente transformado' date=' a sua capacidade para ainda assim sentir empatia pela sua antiga esposa. Não consigo compreender em que medida esse aspecto do argumento inferioriza a intelectualidade dos cinéfilos.

Começo a compreender que os agressores são sempre os mesmos. Tenham ou não gostado do filme primam por pugnar contra as opiniões dos restantes, imputando culpas aos neófitos do fórum.  Vejo também que palavras como 'metáfora' são aceites em determinados tópicos e ridicularizadas noutros.

Já basta, a esses sujeitinhos só há uma coisa a dizer: não sejam mal-educados porque já são suficientemente ignorantes. E isto meus caros não se trata de um insulto mas tão somente a mera constatação de um facto, que apenas um ignorante poderia tomar por insulto (por lhe ser difícil enfrentar um espelho).
[/quote']

 

Onde eu assino? 10

 

O filme me surpreendeu, achei que seria apenas mais um filme de ficção cientifica sem compromisso com nada. É muito mais do que isto, é uma porrada de crítica ao comportamento sádico da humanidade contra os negros, judeus, pobres representa as minorias como o Pablo disse em sua crítica. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Eu só queria ver uma vez a humanidade se dar mal de vez em um filme de ficção cientifica, queria ver uma volta destes aliens com tudo para aniquilar uma humanidade tão sádica, xenofobica, racista, gananciosa, fria e ignorante. Isto sim seria um final feliz, seria uma forma do bem vencer. Às vezes eu não vejo mais a bondade no espírito humano, vejo em nós e em mim mesmo não como homens e sim como demônios, monstros da criação. Ao ver tudo que já tivemos na história, sinto vergonha ao mal que fazemos com nos mesmos, a natureza e tudo que cobiçamos. Percebo que não merecemos salvação, não merecemos nada além de um buraco. Uma grande cova para esta humanidade insensata, torpe, doente e egoísta até a alma. O filme mostra humanos malignos e o pior que não é ficção e sim somos os seres mais malignos que filme poderia inventar. Ao ver o filme em nenhum momento torcemos por nós e sim pelos Ets.
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Não vou comentar a crítica feita pelo filme. Acho que não precisa. Poderia ser menos explicadinho' date=' mas é um bom filme, que causa impacto.

Só não digo que é ótimo por um motivo. Me deixou com uma sensação maniqueísta: o humanos maus x ETs coitadinhos, apesar de que os ETs reagem com violência ao serem tratados com violência. Mesmo assim, eu fiquei com a tal sensação. O bem e o mal até mais divididos do que em Distrito 9 não é necessariamente um problema pra mim, mas aqui não deu, talvez pela crítica que o filme se proponha a fazer.

Adorei os alienígenas tecnicamente.


3/5


Tensor sobre o JocaBoboca:
cara ta se fazendo. quem não consegue aparecer por algo positivo, aposta na imbecilidade extrema. eu nem daria corda.

Também tô achando que é isso.

[/quote']

 

A maldade humana aqui é maniqueísta?  Quem dera se fosse verdade. Mas acho que somos até mais maldosos, de uma maneira até muitas vezes inconsciente das nossas ações.  <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Tem duvida da nossa maldade. Aposto que todos quando eram crianças faziam sadismo com seres vivos. Que criança não adorava pegar fogo e queimar insetos só por diversão. Troque aqui insentos por  “camarões”, sem falar que muitos aqui do público feminino acreditam que o mundo seria melhor sem as baratas. 06

 

Nossa alma é negra, perversa a tal ponto que nem notamos, até na alimentação somos perversos e nem percebemos. Não comemos por necessidade como os animais e sim por diversão em muitos casos. Nossa maldade sobrepuja a necessidade, nossa ganância é mais importante do que a consciência. Infelizmente somos assim. A poluição ainda é mesma em décadas no nosso planeta e mesmo com o risco, que já é inevitável do fim do pólo norte, não sentimos remorso ou senso de compaixão com centenas de espécies ou nossa própria. As pessoas acham muito bonitinho o Knut, mas não estão nem ai para o seu modo de vida destrutivo que mata milhares de ursos polares.

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Não vou comentar a crítica feita pelo filme. Acho que não precisa. Poderia ser menos explicadinho' date=' mas é um bom filme, que causa impacto.

 

Só não digo que é ótimo por um motivo. Me deixou com uma sensação maniqueísta: o humanos maus x ETs coitadinhos, apesar de que os ETs reagem com violência ao serem tratados com violência. Mesmo assim, eu fiquei com a tal sensação. O bem e o mal até mais divididos do que em Distrito 9 não é necessariamente um problema pra mim, mas aqui não deu, talvez pela crítica que o filme se proponha a fazer.

 

Adorei os alienígenas tecnicamente.

 

3/5

 

Tensor sobre o JocaBoboca: cara ta se fazendo. quem não consegue aparecer por algo positivo, aposta na imbecilidade extrema. eu nem daria corda.

 

Também tô achando que é isso.

 

[/quote']

 

A maldade humana aqui é maniqueísta?  Quem dera se fosse verdade. Mas acho que somos até mais maldosos, de uma maneira até muitas vezes inconsciente das nossas ações.  

 

Tem duvida da nossa maldade. Aposto que todos quando eram crianças faziam sadismo com seres vivos. Que criança não adorava pegar fogo e queimar insetos só por diversão. Troque aqui insentos por  “camarões”, sem falar que muitos aqui do público feminino acreditam que o mundo seria melhor sem as baratas. 06

 

Nossa alma é negra, perversa a tal ponto que nem notamos, até na alimentação somos perversos e nem percebemos. Não comemos por necessidade como os animais e sim por diversão em muitos casos. Nossa maldade sobrepuja a necessidade, nossa ganância é mais importante do que a consciência. Infelizmente somos assim. A poluição ainda é mesma em décadas no nosso planeta e mesmo com o risco, que já é inevitável do fim do pólo norte, não sentimos remorso ou senso de compaixão com centenas de espécies ou nossa própria. As pessoas acham muito bonitinho o Knut, mas não estão nem ai para o seu modo de vida destrutivo que mata milhares de ursos polares.

 

Falou td, mas hj o churras na praia tava bom pra caramba.

 

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Não vou comentar a

crítica feita pelo filme. Acho que não precisa. Poderia ser menos

explicadinho' date=' mas é um bom filme, que causa impacto.

 

Só não digo

que é ótimo por um motivo. Me deixou com uma sensação maniqueísta: o

humanos maus x ETs coitadinhos, apesar de que os ETs reagem com

violência ao serem tratados com violência. Mesmo assim, eu fiquei com a

tal sensação. O bem e o mal até mais divididos do que em Distrito 9 não

é necessariamente um problema pra mim, mas aqui não deu, talvez pela

crítica que o filme se proponha a fazer.

 

Adorei os alienígenas tecnicamente.

 

3/5

 

Tensor sobre o JocaBoboca: cara ta se fazendo. quem não consegue aparecer por algo positivo, aposta na imbecilidade extrema. eu nem daria corda.

 

Também tô achando que é isso.

 

[/quote']

 

A maldade humana aqui é maniqueísta?  Quem

dera se fosse verdade. Mas acho que somos até mais maldosos, de uma

maneira até muitas vezes inconsciente das nossas ações.  

 

Tem

duvida da nossa maldade. Aposto que todos quando eram crianças faziam

sadismo com seres vivos. Que criança não adorava pegar fogo e queimar

insetos só por diversão. Troque aqui insentos por  “camarões”, sem falar que muitos aqui do público feminino acreditam que o mundo seria melhor sem as baratas. 06

 

Nossa

alma é negra, perversa a tal ponto que nem notamos, até na alimentação

somos perversos e nem percebemos. Não comemos por necessidade como os

animais e sim por diversão em muitos casos. Nossa maldade sobrepuja a

necessidade, nossa ganância é mais importante do que a consciência.

Infelizmente somos assim. A poluição ainda é mesma em décadas no nosso

planeta e mesmo com o risco, que já é inevitável do fim do pólo norte,

não sentimos remorso ou senso de compaixão com centenas de espécies ou

nossa própria. As pessoas acham muito bonitinho o Knut, mas não estão

nem ai para o seu modo de vida destrutivo que mata milhares de ursos

polares.

[/quote']

 

O filme me deu uma sensação de simplismo e parcialidade na forma como coloca o conflito.

 

 

 

As pessoas têm maldade em si mesmas e os Camarões estão numa posição de desvantagem, mas não é tão simples assim.

 

 

Tome como exemplo o que acontece nas favelas do nosso país. Os pobres

estão lá, massacrados. Mas quando alguns deles saem e nos aterrorizam,

nós não gostamos, e estamos certos em não gostar. Nem é correto dizer

que os pobres criminosos são todos apenas vítimas ou apenas ruins, nem

é certo dizer o mesmo sobre nós. O filme traz uma realidade assim e se

posiciona apenas de um lado.

 

 

 

Algo que me chamou a atenção logo no início é que a presença dos ETs causou impacto naquela região, situação da qual o filme não se preocupou em tratar.

 

 

 

Um documentário, que é o que Distrito 9 finge ser, não deveria ser assim.

 

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O filme me deu uma sensação de simplismo e parcialidade na forma como coloca o conflito.

As pessoas têm maldade em si mesmas e os Camarões estão numa posição de desvantagem' date=' mas não é tão simples assim.

Tome como exemplo o que acontece nas favelas do nosso país. Os pobres estão lá, massacrados. Mas quando alguns deles saem e nos aterrorizam, nós não gostamos, e estamos certos em não gostar. Nem é correto dizer que os pobres criminosos são todos apenas vítimas ou apenas ruins, nem é certo dizer o mesmo sobre nós. O filme traz uma realidade assim e se posiciona apenas de um lado.

Algo que me chamou a atenção logo no início é que a presença dos ETs causou impacto naquela região,
situação da qual o filme não se preocupou em tratar.

Um documentário, que é o que Distrito 9 finge ser, não deveria ser assim.
[/quote']

 

O filme não foi assim tão parcial como diz uma vez que foi um humano, que colaborou no regresso do Alien e seu filho, para trazer ajuda a seu povo. Claro que isto foi quando ele esta em condições semelhantes com a dos aliens. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Não achei parcialidade na história, uma vez que os comportamentos humanos se motivavam como um reflexo da natureza animalesca de competição por espaço. Só que é uma competição xenofobica extremista, que não visa apenas à sobrevivência e subjugar como os donos de tudo. O filme mostra uma humanidade egocêntrica, que mesmo quando supostamente assumem uma missão humanitária de auxilio aos aliens, já que a verdadeira motivação era roubar a tecnologia armamentista. Aqui temos uma clara referência aos americanos no Iraque, que não estão por causa da libertação da ditadura de Saddam Hussein ou as armas de destruição em massa e sim a riqueza do petróleo.

 

Não acho que a pretensão do filme desde o início fosse se centrar única e exclusivamente como um filme documentário de ficção científica. Foi mais para mostrar a principio a ótica humana, para com os aliens como um grande evento “social”.

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O filme não foi assim tão parcial como diz uma vez que foi um humano' date=' que colaborou no regresso do Alien e seu filho, para trazer ajuda a seu povo. Claro que isto foi quando ele esta em condições semelhantes com a dos aliens.[/quote']

Ele só ajudou porque estava interessado. Assim não conta. Se formos dizer algo em favor de Wikus, acho melhor dizer que ele aprendeu a ver os ETs "como gente". Apesar de que não significa muita coisa, se considerarmos a forma como tratamos a outras pessoas.

 

 

Não acho que a pretensão do filme desde o início fosse se centrar única e exclusivamente como um filme documentário de ficção científica. Foi mais para mostrar a principio a ótica humana' date=' para com os aliens como um grande evento “social”. [/quote']

Faz sentido... Mas o tom de documentário, junto com a parcialidade que eu enxerguei nele, não desceram bem.

 

Ainda tenho minhas dúvidas sobre Distrito 9. Quando o DVD chegar em 12,90 eu vou comprar e rever. Talvez numa revisada melhore. Talvez piore...

 

 

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