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Amor Sem Escalas, de Jason Reitman


MacGruber
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A felicidade é relativa e subjetiva. Essa é a riqueza da abordagem de "Amor Sem Escalas". Temos um homem que passa a vida inteira viajando, mas que em um determinado momento da vida reconsidera a possibilidade de enraizar-se; temos uma jovem que possui um conceito de felicidade compartilhada em uma vida a dois, mas que é convidada a tomar um choque de realidade e reavaliar esta sua postura; e outra mulher que possui alguns elementos que se tem como senso comum de felicidade, mas que sente-se frustrada e por isso aproveita-se de sua "second life". E esse conceito relativo e subjetivo também se nota no discurso dos empregados, afinal não existe verdade absoluta, mas nada impede que esse conceito padrão e clichê possa valer para eles. Mas é algo que não serve para todos. Felicidade é algo relativo e subjetivo. Thiago Lucio2010-01-25 08:55:53
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Eu acho que o filme não se trai não. O final é totalmente não-clichê' date=' além de pôr abaixo o argumento de vida conjugal, filhos e blá blá blá trazendo felicidade através da mãe de família sentimentalmente falhida da Vera Farmiga.[/quote']

 

O finalzinho tenta retomar o que ele tinha cagado antes. Seria tão mais legal se o Clooney mantivesse sua postura. Até porque o filme o apresenta como uma pessoa feliz. E é meio ridículo que uma pessoa esclarecida de mais de quarenta anos não saiba que poderia ser mais feliz criando raizes. Isso imbeciliza o personagem. E também discordo sobre a Farmiga. Ela é a que se salva. Claro que ela foi criada para inserir a mudança no Clooney, mas é a que parece ser a personagem mais adulta. Não acho que a família delaseja falida, ela apenas utiliza os "parenteses" para fazer a vida "na estrada" suportável. E ela gosta disso. Moralmente pode ser questionável, mas pessoas são felizes fora da moralidade também.

 

 

 

 

 

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Não vejo como uma pessoa suficientemente feliz no casamento (e isso significa estar emocionalmente envolvido com o parceiro) consiga manter relacionamentos paralelos por ai sem nenhuma culpa aparente. A personagem dela enganou bem e achei bacana como acabamos seduzidos por aquela personagem tanto quanto o Clooney.

 

O fato do cara estar satisfeito com a vida atual dele, não quer dizer que ele não cogitasse outras formas de felicidade. Ele queria experimentar uma vida a dois e achou que conseguiria isso com a Alex. O perigo de entrar em uma relação descompromissada é se apaixonar e querer algo mais da outra pessoa. Foi o que aconteceu com ele e pode acontecer com qualquer um.

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Não vejo como uma pessoa suficientemente feliz no casamento (e isso significa estar emocionalmente envolvido com o parceiro) consiga manter relacionamentos paralelos por ai sem nenhuma culpa aparente. A personagem dela enganou bem e achei bacana como acabamos seduzidos por aquela personagem tanto quanto o Clooney.

 

O fato do cara estar satisfeito com a vida atual dele' date=' não quer dizer que ele não cogitasse outras formas de felicidade. Ele queria experimentar uma vida a dois e achou que conseguiria isso com a Alex. O perigo de entrar em uma relação descompromissada é se apaixonar e querer algo mais da outra pessoa. Foi o que aconteceu com ele e pode acontecer com qualquer um.[/quote']

 

Isso e mais.

 

Na situação em que ele foi em busca de algo mais com Farmiga ele já tinha como ruína a forma de vida que ele levava, já que neste ponto estava estipulado que o trabalho dele seria fixo. A cena do personagem no apart hotel mostra o quanto ele não tinha nenhuma âncora para se fixar. Como então ele sobreviveria àquela mudança? Una a isso o casamento da irmã, a influência da jovem que tanto queria criar raízes e a paixão que surgiu de sua parte para com Farmiga e o resultado foi a mudança de pensamento que ele sofreu.

 

O filme poderia ser clichê aí e entregar que a felicidade real é essa. Mas não. Ele dá um tapa nisso tudo e foge do clichê mostrando um inverso disso na personagem da Farmiga (sobre a qual, concordo com o que disse a Scarlet: Se a vida com alguma estabilidade de relacionamento lhe proporcionasse felicidade plena, ela não assumiria aquela postura).

 

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Não vejo como uma pessoa suficientemente feliz no casamento (e isso significa estar emocionalmente envolvido com o parceiro) consiga manter relacionamentos paralelos por ai sem nenhuma culpa aparente. A personagem dela enganou bem e achei bacana como acabamos seduzidos por aquela personagem tanto quanto o Clooney.

 

O fato do cara estar satisfeito com a vida atual dele' date=' não quer dizer que ele não cogitasse outras formas de felicidade. Ele queria experimentar uma vida a dois e achou que conseguiria isso com a Alex. O perigo de entrar em uma relação descompromissada é se apaixonar e querer algo mais da outra pessoa. Foi o que aconteceu com ele e pode acontecer com qualquer um.[/quote']

 

1) Isso é o seu conceito de felicidade no casamento. Aparentemente não é o dela, já que em momento algum ela parece se arrepender do que fez.

 

2) Aí é que está. Ele falou claramente que não queria nada disso. Esse lance de ter encontrado "a" mulher e mudar um comportamento da vida inteira não me desceu bem.

 

 

 

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Não vejo como uma pessoa suficientemente feliz no casamento (e isso significa estar emocionalmente envolvido com o parceiro) consiga manter relacionamentos paralelos por ai sem nenhuma culpa aparente. A personagem dela enganou bem e achei bacana como acabamos seduzidos por aquela personagem tanto quanto o Clooney.

 

O fato do cara estar satisfeito com a vida atual dele' date=' não quer dizer que ele não cogitasse outras formas de felicidade. Ele queria experimentar uma vida a dois e achou que conseguiria isso com a Alex. O perigo de entrar em uma relação descompromissada é se apaixonar e querer algo mais da outra pessoa. Foi o que aconteceu com ele e pode acontecer com qualquer um.[/quote']

 

Pois é. Ela não estava feliz em seu casamento e/ou era egoísta o bastante para trair sem possuir remorso, como ela reforça em seu discurso final, mostrando-se uma mulher madura. Pelo menos o que ela entende como maturidade. Por isso até acho ela muito mais engajada em seu estilo de vida do que o próprio Ryan. Pessoas felizes em seus casamentos não traem. Ah sim, entendo que existam pessoas que pensam de maneira diferente, acham que fidelidade e felicidade são conceitos independentes e tal, mas não concordo. Mas esse não é o ponto. Ela estava confortável com a sua vida dupla.

 

Ele também estava muito confortável em seu estilo de vida. Estava feliz, mas isso não o impediu de procurar uma outra perspectiva, um outro estilo de vida que fosse igualmente satisfatório e feliz. Mais uma vez, o conceito de felicidade é relativo e subjetivo. A partir do momento em que resolver participar da vida de sua família, ele identificou uma oportunidade de aproveitar deste mesmo conceito de felicidade, só esqueceu de combinar com Alex.
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Mais uma vez, não me parece que uma pessoa afim de um "casinho" e nada mais aceitasse acompanhar o então amante a um evento familiar do sujeito, com direito a ser apresentada como namorada dele e correndo o risco de ser descoberta. Ela não teria ido tão longe se não estivesse interessada em algo mais. Se fosse só pelo sexo casual, não teríamos acreditado no envolvimento dos dois. Ela teria parecido fria e distante quando ele demonstrava interesse em estreitar os laços.

 

Eu entendi que não era a primeira vez que ela traía o marido e duvido que fazendo isso frequentemente, ela mantivesse tais relações no mesmo nível da que teve com Ryan. E se ela se expunha habitualmente com suas relações extra-conjugais,conclui-se que não estava nem ai para as consequencias, pouco ligando para o que acontecesse com seu casamento, demonstrando aí uma indiferença que claramente indica infelicidade conjugal.

 

 

 

 

 

Outra coisa: não foi ela mesma quem deu o endereço a ele?

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Mais uma vez' date=' não me parece que uma pessoa afim de um "casinho" e nada mais aceitasse acompanhar o então amante a um evento familiar do sujeito, com direito a ser apresentada como namorada dele e correndo o risco de ser descoberta. Ela não teria ido tão longe se não estivesse interessada em algo mais. Se fosse só pelo sexo casual, não teríamos acreditado no envolvimento dos dois. Ela teria parecido fria e distante quando ele demonstrava interesse em estreitar os laços.

 

Eu entendi que não era a primeira vez que ela traía o marido e duvido que fazendo isso frequentemente, ela mantivesse tais relações no mesmo nível da que teve com Ryan. E se ela se expunha habitualmente com suas relações extra-conjugais,conclui-se que não estava nem ai para as consequencias, pouco ligando para o que acontecesse com seu casamento, demonstrando aí uma indiferença que claramente indica infelicidade conjugal.

 

 

 

 

 

Outra coisa: não foi ela mesma quem deu o endereço a ele?[/quote']

 

você nunca ouviu falar de casais poligamicos? 03

 

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Mais uma vez, não me parece que uma pessoa afim de um "casinho" e nada

mais aceitasse acompanhar o então amante a um evento familiar do

sujeito, com direito a ser apresentada como namorada dele e correndo o

risco de ser descoberta. Ela não teria ido tão longe se não estivesse

interessada em algo mais. Se fosse só pelo sexo casual, não teríamos

acreditado no envolvimento dos dois. Ela teria parecido fria e distante

quando ele demonstrava interesse em estreitar os laços.

 

Daí, ou ela teve interesse em algo mais, ou tem desejo de viver uma vida falsa, uma vida de outra pessoa.

 

De qualquer forma, independente de a criatura ser feliz na vagabundagem ou não, o fato é simples: não foram as raízes que ela criou em si (com marido e filhos) que lhe proporcionaram a tal felicidade.

 

E é isso quebra aquilo que Clooney chegou a cogitar. Quebrou o clichê e então o filme não se traiu, mantendo Clooney no estilo de vida dele, mas de uma forma diferenciada.

 

 

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Podemos até mesmo entender que a postura da Alex foi oposta a do Ryan. Enquanto ele passou a aceitar a possibilidade de enraizar-se, ela preferiu manter a sua vida dupla pq já tinha o entendimento que o outro tratava-se de um estilo de vida falido no qual ela não queria se submeter mais e/ou investir novamente. O que a interessava em Ryan é o que ele lhe oferecia de diferente, embora concorde com a Scarlet que existe a possibilidade dela ter se interessado, mas talvez tenha se "acovardado" em investir naquilo.

 

O que eu acho mais rico no filme é justamente isso: todos reviram seus conceitos. A Natalie pensava em uma vida a dois, acabou investindo na carreira; Ryan mantinha-se no ar, mas quis enraizar-se; Alex quis manter a sua vida dupla; os próprios desempregados, apoiaram-se na família, mas temos o caso daquela que se suicidou. Não existe uma verdade absoluta. A felicidade é um conceito relativo e subjetivo.
Thiago Lucio2010-01-25 18:26:26
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É um progresso e tanto pro Jason Reitman depois de Juno e Thank You for Smoking. É muito contido, sem querer ser cool ou algo assim e honesto nas lições de moral que passa. O filme cai, sim, a partir do casamento da irmã, mas continuei curtindo mesmo assim. Elenco está ótimo, mas quem se destaca mesmo é a Vera Farmiga, roubando todas as cenas em que aparece.

 

Sobre Oscar e outras premiações... who cares?
Lumière2010-01-25 20:05:46
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Eu gostei das duas. Ambas ótimas nos papéis, e é sempre bom ver personagens femininas desse tipo.

 

Sobre o filme, achei bem legal. É uma sessão que vale a pena, numa história onde facilmente se encontra identificação com determinadas situações e onde a direção do Reitman tem um tom apropriado. E eu sou um dos que gostam da persona do Clooney.
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E eu sou um dos que gostam da persona do Clooney.

 

2. Indo além: acho que ele entregou seu melhor trabalho aqui.

 

Acho Syriana.

 

O fato de ele tentar ser charmoso sempre atrapalha ele às vezes.

 

---

 

 

em Burn After Readind ele tb está bacana... tb esqueceu um pouco de tentar ser charmoso.

 

(respondendo pelo post debaixo)

Veras2010-01-27 00:54:43

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O Artur Xexéo esculhambou o filme em sua coluna de O Globo (edição de hoje). Ele falou que o filme foi feito para fazer merchan de uma empresa aérea e de uma empresa de hotéis. E ainda disse que o final do filme é previsível.

 

Discordo. Assisti e achei um bom filme.

Eduardo2010-01-27 02:09:19

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Filme muito bom, adorei, mas achei superestimado, acho que não merece esse burburinho todo da mídia e da crítica, Reitman prova ser um bom diretor, tem estilo, mas não sei se este filme é melhor que Juno.

 

Clooney está bem, Vera está super natural e Anna ainda tem muito o que aprender, mas tem futuro.

 

Filme que provavelmente entrará no meu Top 10 10.

 

03

 

 
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O Artur Xexéo esculhambou o filme em sua coluna de O Globo (edição de hoje). Ele falou que o filme foi feito para fazer merchan de uma empresa aérea e de uma empresa de hotéis. E ainda disse que o final do filme é previsível.

 

Discordo. Assisti e achei um bom filme.

 

Da American Airlines..até comentei isso com o pessoal..mas em todo o caso não foi gratuito pq tinha a ver com a história..e qto ao final previsível..o que seria um final não previsível neste caso?

 

 

 

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Eu não acho que o filme se traia. Sim, Clooney era bem certo sobre o estilo de vida que levava e estava feliz daquela forma, mas a mudança na empresa acarretaria no fim dessa vida, e ele se encontra então sem qualquer perspectiva do que será daquele momento em diante. Nada mais normal então do que enfraquecer e repensar suas opções e opiniões, ou mesmo tentar algo diferente para ver se funciona. Então ele tenta.

 

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Mais uma vez' date=' não me parece que uma pessoa afim de um "casinho" e nada

 

mais aceitasse acompanhar o então amante a um evento familiar do

 

sujeito, com direito a ser apresentada como namorada dele e correndo o

 

risco de ser descoberta. Ela não teria ido tão longe se não estivesse

 

interessada em algo mais. Se fosse só pelo sexo casual, não teríamos

 

acreditado no envolvimento dos dois. Ela teria parecido fria e distante

 

quando ele demonstrava interesse em estreitar os laços.

 

[/quote']Daí, ou ela teve interesse em algo mais, ou tem desejo de viver uma vida falsa, uma vida de outra pessoa.De qualquer forma, independente de a criatura ser feliz na vagabundagem ou não, o fato é simples: não foram as raízes que ela criou em si (com marido e filhos) que lhe proporcionaram a tal felicidade. E é isso quebra aquilo que Clooney chegou a cogitar. Quebrou o clichê e então o filme não se traiu, mantendo Clooney no estilo de vida dele, mas de uma forma diferenciada.

 

 

 

 

 

 

Perfeito 10.gif

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