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Mr. Scofield
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Olha meu texto de Le Notti Bianche aqui (que, se não me engano está no MP também)

Aliás, o filme de Visconti é MUITO superior a Two Lovers.

Le Notti Bianche (Noites Brancas)

 

 

Seria o amor um

sentimento explicável, com características simples e descritíveis,

existente em sua plenitude somente em um mundo onde a realidade não

predomina sobre a imaginação?

O

que dizer então de suas gradações - o amar demais, por exemplo - uma

entrega total a subdivisão de um fluxo consciente utópico, onde o real

não existe mais? (embora cá entre nós seja praticamente impossível

imaginar algo em que ambas as esferas: realidade e fantasia sejam tão

disjuntas a esse ponto).

Em

Noites Brancas, uma obra prima de Luccino Visconti indicada por meu

amigo Foras, todos os estágios desse sentimento controverso são

expostos, independente de seus potenciais destruidores ou compositores

na determinação de nossa felicidade. Felicidade esta também instável,

frágil, perturbada. Visconti não nos poupa nem um segundo durante os

107 minutos de projeção. O diálogo de sombras com o espectador, as

alternâncias entre o preto e o branco, o cenário tristonho, as

expressões impotentes dos personagens diante de algo tão

grandioso...tudo fala através do filme, tudo compõe a reprodução dos

fragmentos que remetem a tal sentimento quando analisados como um todo.

É preciso cada gota da construção dos planos e dos artifícios

cinematográficos para compor uma estória que ilustra algo tão difícil

de se dizer em palavras.

Os

personagens são pessoas simples. Mário é tão simples que no início do

filme, Visconti simplesmente se recusa a lhe conferir imponência sobre

o cenário repleto de sombras e solidão. Ele é filmado à distância e

tragado por ela, sem qualquer relevância em relação a um cão à procura

de alimento ou a um grupo de pobres a perambular pelas ruas, ou mesmo

uma pequena ponte erguida sobre um riozinho que se estende

paralelamente ao asfalto.

Tão

simples quanto ele parece ser a adorável Natalia, cuja dilaceração

psicológica avançada (porém ainda assim progressiva) perante a ação da

emoção produzida pelo amor que sentia por um homem misterioso é tão

evidente que ficamos imaginando os limites e prejuízos que podem advir

de tal sentimento. A percepção de Mário não é de todo incorreta:

insanidade parece ser uma possibilidade. Erra, porém, diante do

poderoso "amor", que mal sabe ele a princípio, já o possuía, cegava e

corrompia todo seu ser.

E

quando totalmente à mercê de tal adversário, Mario decide lutar em um

round injusto, suas pequenas vitórias representam momentos belíssimos.

O que dizer da cena da dança no bar, coroada com uma beleza

incomparável, mas impregnada com as mesmas contradições discutidas

anteriormente: as diversas pessoas que se interpõem entre os dois

contrastada com a felicidade estampada nos olhares, que não deixam de

se cruzar como se o fluxo de energia fosse constante, a linda melodia

contagiante contraposta com o incômodo da moça em não saber dançar e os

movimentos desajeitados de Mario e Natalia, refletindo em cada segundo

nos passos, o sentimento.

Ou

dos inúmeros planos em que cenas se entrecruzam em microambientes

distintos, cuidadosamente mostrados por Visconti como porções que

captam todos os elementos em conjunto?

A

conclusão, por mais que sombria, também é contraditória, de certo modo.

E aqui, recomendo a quem não assistiu o filme a parar por aqui e ir

correndo procurar esse magnífico exemplar de como a arte pode ser

perfeita. Seria a personagem de Natalie cruel o suficiente para

envolver Mario em um ciclo de autodestruição e frustração infinito ou

portadora de um amor tão infinito que era capaz de resistir a todos os

tipos de tentações e manter a força perante o amado, mesmo com a

distância e a incerteza de sua volta?

 

E o personagem de Mastroianni,

não menos controverso, com relação a linda moça morena que parece

encantada com ele, mas sofre de sua fúria incontida por um amor não

correspondido em relação a outra mulher? Só há espaço no coração para

um grande amor? Seria o final tão questionado pela simpatia de tal

protagonista uma punição exatamente pelo descaso com relação a outras

relações que poderia ter desenvolvido?

 

[/quote']

 

muito bom; não sei se acho muito superior, não sei nem se acho superior, na verdade... não sei responder isso. 06

 

mas a pergunta se deu, porque pela primeira vez que vi, me lembrou muito o filme do Visconti. lembro que à época comentei com o Thico que deu uma pesquisada e descobriu que o filme do Gray também havia sido inspirado no conto do Dostoiévski. questão de curiosidade, apenas.

batgody2009-08-30 18:57:20

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Scofa gostando do Phoenix 13

 

já viu Noites Brancas do Visconti' date=' Scofa?

 

[/quote']

Mas eu mudei minha opinião do Phoenix há algum tempo já. Acho a atuação dele em Walk the Line fabulosa (aliás, esse é um dos meus filmes preferidos).

Noites Brancas é fenomenal, assisti por indicação do Foras há algum tempo atrás, top 92. Agradeço a ele até hoje por ela.

 

isso pra mim é uma novidade, lembro do ódio que tu nutria por ele. 06

 

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Tsc tsc' date=' comparando Two Lovers a Noites Brancas... De novo. ::%29[/quote']

onde?

¬¬

 

Olha meu texto de Le Notti Bianche aqui (que, se não me engano está no MP também)
Aliás, o filme de Visconti é MUITO superior a Two Lovers.

[/quote']

Mais de uma vez eu te pedi pra colocar o teu texto lá. Claro, isso foi antes de começar a roubá-los de qualquer lugar. ::%29 Agora tá: http://multiplot.wordpress.com/2009/08/30/noites-brancas-le-notti-bianche-luchino-visconti-1957/
Forasteiro2009-08-30 20:05:15
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Scofa gostando do Phoenix 13

 

já viu Noites Brancas do Visconti' date=' Scofa?

 

[/quote']

Mas eu mudei minha opinião do Phoenix há algum tempo já. Acho a atuação dele em Walk the Line fabulosa (aliás, esse é um dos meus filmes preferidos).

Noites Brancas é fenomenal, assisti por indicação do Foras há algum tempo atrás, top 92. Agradeço a ele até hoje por ela.

 

isso pra mim é uma novidade, lembro do ódio que tu nutria por ele. 06

É verdade, ela durou por algum tempo mesmo, sempre achei ele inexpressivo. 06

Mas também ele estava com a criatura mais insossa no mundo (Russel Crowe, esse sim, detestável a níveis astronômicos) em Gladiator, nos que não gosto The Village e Sinais (e muito menos de sua interpretação), que eram os trabalhos dele que conhecia.

 

E Foras, eu realmente não me lembro do pedido. Com certeza eu teria concordado se eu me lembrasse. Mas, pra compensar, tem uma citação do seu nome no comentário, você viu? emorike

Mr. Scofield2009-08-30 20:12:28

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Estou doido pra ver o novo filme do James Gray e poder me juntar à discussão. Enquanto isso, vou fazer um comentário rápido sobre esse:

 

u84194cppbd.jpg

 

2,5/4

 

O mote é conhecido. Epidemia transforma as pessoas em zumbis sanguinários, matando os não infectados um a um. Tem umas coisas interessantes, mas eu achei o filme surpreendentemente convencional.

 

Tem dois aspectos que eu destaco: primeiro, me agradam mais os filmes de horror onde a mixagem de som se sobressai à edição de som; segundo, a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim.

 
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Estou doido pra ver o novo filme do James Gray e poder me juntar à discussão. Enquanto isso' date=' vou fazer um comentário rápido sobre esse:

 

u84194cppbd.jpg

 

2,5/4

 

O mote é conhecido. Epidemia transforma as pessoas em zumbis sanguinários, matando os não infectados um a um. Tem umas coisas interessantes, mas eu achei o filme surpreendentemente convencional.

 

Tem dois aspectos que eu destaco: primeiro, me agradam mais os filmes de horror onde a mixagem de som se sobressai à edição de som; segundo, a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim.

 
[/quote']

Eba, esse eu já vi e comentei no meu blog na época...meu comentário é MUITO viajante na maionese (a do Alexei é beeeeeeeeeeeem mais sóbria), mas vou postar aqui também pra gente discutir... 01

Ah, Alex, me responde uma coisa pro cinéfilo ignorante aqui? 06 Como sei reconhecer a diferença entre mixagem e edição de som? É que não tenho a menor idéia do que você quis dizer... 08

REC

Qual

a condição real do homem? Seríamos seres constantemente vigiados por

Deus, que nos dita seus ensinamentos para sermos dotados de felicidade

e façamos as pessoas felizes? Por outro lado, estaríamos sob a

supervisão de um demônio latente, que cuidadosamente aguarda à

espreita, pronto para nos atacar na medida em que nos distanciamos mais

do primeiro? Ou seríamos simples indivíduos à mercê do caos imposto por

duas entidades sobrenaturais que nos impõem suas características

"preferidas" de acordo com nossas alternâncias psicológicas?

 

Em

[Rec] a resposta para essas perguntas é única e assustadora: somos nós

mesmos, dependendo do ponto de vista, a unificação das três idéias

acima representadas. Quando nos deparamos com a intensidade da cena

onde avistamos as sombras tênues dos humanos por trás do isolamento do

prédio onde todos os eventos importantes do filme ocorrem, a visão das

roupas brancas dos trajes protetores nos remete a uma espécie

incoerente de "Deus maligno", aquele com poder de salvar, resgatar as

almas, criaturas, mas que não se importa, não faz nada diante do abismo

que se encontram em seu microcosmo porque está externo à ele.

 

E

parece que ele, nesse momento, os isolara conforme um deus antigo e

temido, como se fossem o resultado de algo que deu terrivelmente

errado, servindo de janela para os não afetados pelos erros e pecados.

O prédio contém a soberania do caos, a ditadura do horror, o resultado

dos erros cometidos dos outros. "Dê graças a Deus por você estar fora

do prédio...eles morrerão para que "aquilo" não venha até você."

 

Por

outro lado, a face demoníaca do caos ataca livremente, em um mundo sem

regras, onde pode demonstrar sua fúria sem restrições, sem obstáculos.

Um vírus, uma ameaça biológica ou uma possessão direta e terrível. E

toma tudo, um por um, destrói tudo que vive nesse microcosmo (que em

determinado momento do filme parece o único universo existente, pela

importância) a seu belprazer.

 

Mas

seriam essas pessoas vítimas? Criaturas escolhidas para experimentar a

ira de seres infinitamente mais poderosos servindo de espelho para

outros seres em decadência fora de tal universo?

 

Na

verdade, os humanos possuem todos estes atributos. São intrinsecamente

vítimas, deuses e demônios, ao mesmo tempo. Balagueró e Plaza convidam

você para participar desse banquete do caos, da materialização do

inferno na Terra.

 

O

cenário: Uma reportagem feita por uma tv local que objetiva fazer um

documentário sobre o corpo de bombeiros, relatando suas atividades

noturnas. Ao investigar um chamado ocorrido em um prédio sobre um

acontecimento relacionado aos gritos de uma senhora em um dos

apartamentos, eles jamais imaginariam que o mundo se restringiria a tal

prédio, que os seres viventes se transformariam nessa partição do

universo físico e que o terror assolaria e provocaria uma destruição

tão grande.

 

Filmado em primeira pessoa (com um dos personagens portando uma câmera), [Rec] lembra bastante o recente Cloverfield e Witch Blair Project,

filmes cuja origem parecem advir do sucesso de um filme de 1980 (que

possivelmente se inspirou em outro e assim por diante) chamado Cannibal Holocaust...mas isso é outra história.

 

 

 

Mr. Scofield2009-09-02 21:12:30

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Je T'aime, Je T'aime (Eu te Amo, Eu te Amo) - Resnais, 1968

 

Há uma paixão a mim intrínseca na apreciação de filmes que tratam da temática da distorção do tempo. Esse Resnais, do maravilhoso ano de 1968, trata da temática ao meu ver mais como destruição das estruturas tradicionais da narrativa linear do que como uma grande experiência físico-temporal e suas consequências, como Primer.

Aqui o personagem principal é um homem de languidez notável a olhos nus cujo passado permanece dragado em um envoltório lúgubre e misterioso.

 

Ele é selecionado por um grupo de pesquisadores para fazer uma viagem no tempo que duraria cerca de um minuto e ele voltaria 1 ano no passado. Ao adentrar a câmara sinistra e ter como líquido circulante nas veias em larga quantidade, além do sangue normal, uma substância de efeitos soníferos e atordoantes chamada de "alguma letra"- 5, a experiência se inicia.

 

No entanto, como era de se esperar, tudo dá terrivelmente errado e o rapaz trafega por imagens entrecortadas de suas vivências. A segmentação do passado com sonhos, fantasias, repetições inconscientese seus envolvimentos amorosos constróem aos poucos um quebra cabeças de digestão aceitável, mas que falta um pouco de brilho. O final é previsível, mas a estória prende e possui alguns momentos de destaque, mas não é muito diferente do que já vi por aí.

 

 

 

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Ah, Alex, me responde uma coisa pro cinéfilo ignorante aqui? 06 Como sei reconhecer a diferença entre mixagem e edição de som? É que não tenho a menor idéia do que você quis dizer... 08

[/quote']

 

Bom, não sou o Alexei e nem especialista, mas a Edição é como a edição de um filme. É onde o cara escolhe que som (entre os já obtidos) deve vir em cada hora, faz Lip synch para dublagens de externas, etc. Enfim, ele edita o som para casar com a imagem.

 

Já a mixagem trata de equalizar volumes, juntar trilha com efeitos sonoros, separação de canal, etc. Ou seja, faz um "mix" das diversas trilhas já devidamente selecionadas e ajustadas com a imagem (feito na edição).

 

Em um exemplo rasteiro: supomos que tenhamos uma cena de um trem vindo em direção à câmera, com uma trilha triunfante. 

 

Na edição, se garante separadamente que 1) O som gravado do trem está de acordo com a imagem. 2) A trilha sonora também.

 

Na mixagem, une-se os dois sons, faz com que o volume do trem aumente enquanto esse se aproxima, joga para os canais laterais/traseiros quando ele "passa" pela câmera, etc.

 

Isso é o que eu acho que é (posso estar errado) e realmente a linha é tênue...06. Eu tenho dúvida se a separação de canais é mixagem ou edição.

 

 

Ahhh, e pra complementar, eu não vi REC multi-canal e não posso opinar sobre a mixagem do mesmo, mas esses filmes POV tentem a ser fodas neste quesito. Cloverfield, por exemplo, tem um trabalho muito bom neste aspecto (e a edição é fodona também).

Perucatorta2009-09-02 21:50:32

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segundo' date=' a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim.[/quote']

 

De fato, esse detalhe é bem mais pungente em REC do que em Cloverfield . O filme todo, na verdade, é melhor. Mas entre todos dessa nova safra, talvez Diário dos mortos seja o mais feliz nesse detalhe em específico. Mas eu não tenho tanta certeza.

Gago2009-09-02 22:21:39

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Também não sou nenhum especialista, mas a idéia que eu tenho de edição de som e de imagem de som é a mesma do Ugarde, Scofa. O exemplo que ele deu foi muito bom, o meu seria muito mais simplório: numa lasagna, o designer (ou editor) de som cuidaria das camadas do prato (tipo de queijo, ponto da massa, quantidade de molho...), e o mixador, da montagem desse mesmo prato (o equilíbrio entre as camadas, para que uma não usurpe o lugar da outra).

 

Levantei essa questão porque os filmes de horror atuais dependem muito do desenho sonoro para assustar, o que é uma subversão de princípios, na minha opinião. Também como o Ugarde falou, os filmes nesse formato (REC, Cloverfield, A Bruxa de Blair) tendem a caprichar na mixagem de som, não se apoiando tanto nas muletas sonoras da edição de som.

 

Sim, vi Amantes. Vou comentar lá no tópico dele mesmo, OK?
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Ah, Alex, me responde uma coisa pro cinéfilo ignorante aqui? 06 Como sei reconhecer a diferença entre mixagem e edição de som? É que não tenho a menor idéia do que você quis dizer... 08


[/quote']

(...)
Isso é o que eu acho que é (posso estar errado) e realmente a linha é tênue...06. Eu tenho dúvida se a separação de canais é mixagem ou edição.

(...)


 

Essa é, realmente, uma questão interessante, nunca havia pensado nela.

 

Me parece - parece mesmo, pois não sou do ramo - que a separação de canais é trabalho de mixagem, pois tanto o isolamento das camadas de som quanto sua fusão em um ou mais canais fazem parte do mesmo processo, estão apenas em sentidos opostos. Eles não cuidam da confecção do som em si, que é trabalho do editor.

 

Mas eu posso estar completamente errado! Haha
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Já a mixagem trata de equalizar volumes' date=' juntar trilha com efeitos sonoros, separação de canal, etc. Ou seja, faz um "mix" das diversas trilhas já devidamente selecionadas e ajustadas com a imagem (feito na edição).

Em um exemplo rasteiro: supomos que tenhamos uma cena de um trem vindo em direção à câmera, com uma trilha triunfante. 

Na edição, se garante separadamente que 1) O som gravado do trem está de acordo com a imagem. 2) A trilha sonora também.

Na mixagem, une-se os dois sons, faz com que o volume do trem aumente enquanto esse se aproxima, joga para os canais laterais/traseiros quando ele "passa" pela câmera, etc.

Isso é o que eu acho que é (posso estar errado) e realmente a linha é tênue...06. Eu tenho dúvida se a separação de canais é mixagem ou edição.


Ahhh, e pra complementar, eu não vi REC multi-canal e não posso opinar sobre a mixagem do mesmo, mas esses filmes POV tentem a ser fodas neste quesito. Cloverfield, por exemplo, tem um trabalho muito bom neste aspecto (e a edição é fodona também).
[/quote']

 

É isso mesmo.  Eu também não vi REC assim, mas Quarentena é irreprensível neste particular.

 

 

Visto: A Lula e a Baleia do Noah Baumbach - Começa promissor com os filhos precisando conviver com a solidão comum àqueles que crescem meio que largados pelos pais (apesar da enganosa "participação" dos dois) e as descobertas da adolescência mas falha na conclusão e não só do filme em si, algumas cenas dão a impressão de não terem sido concluídas o que dá um aspecto meio "quebrado" ao ritmo sem necessariamente isso ser bom.

 

Tive a impressão que tudo podia ir além e não foi, potencial tinha.

 

 

 

 
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esse filme do Baumbach eu vi há muuuuito, foi pra reserva mental. só consigo lembrar da sensação de ter gostado. depois vi o Margot at the Wedding que, apesar de ser um filme bem esquisito, eu gostei bastante, mais até do que a Lula e a Baleia que tem mais cartaz. esse diretor me parece interessante. o trailer do novo dele é bacana também.

 

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segundo' date=' a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim.[/quote']

 

De fato, esse detalhe é bem mais pungente em REC do que em Cloverfield . O filme todo, na verdade, é melhor. Mas entre todos dessa nova safra, talvez Diário dos mortos seja o mais feliz nesse detalhe em específico. Mas eu não tenho tanta certeza.

 

por uma unha eu prefiro [REC] ao do mestre Romero. mesmo que o espanhol dê uma degringolada com aquele final-final.

 

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Qual final-final? A explicação do "fenômeno"?

 

Porque se tu não gostou do que acontece depois disso' date=' tá todo mundo louco, oba.

 

[/quote']

 

that´s it.

 

aquela sensação de "não precisava disso" é bem forte ali, meio broxante até. mas eu não consigo desmerecer filmes por seus finais, apenas. então, ainda gosto bastante desse aí.

batgody2009-09-03 16:40:51

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