Members bat Posted August 30, 2009 Members Report Share Posted August 30, 2009 Tsc tsc' date=' comparando Two Lovers a Noites Brancas... De novo. [/quote'] onde? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted August 30, 2009 Members Report Share Posted August 30, 2009 Olha meu texto de Le Notti Bianche aqui (que, se não me engano está no MP também) Aliás, o filme de Visconti é MUITO superior a Two Lovers. Le Notti Bianche (Noites Brancas) Seria o amor um sentimento explicável, com características simples e descritíveis, existente em sua plenitude somente em um mundo onde a realidade não predomina sobre a imaginação? O que dizer então de suas gradações - o amar demais, por exemplo - uma entrega total a subdivisão de um fluxo consciente utópico, onde o real não existe mais? (embora cá entre nós seja praticamente impossível imaginar algo em que ambas as esferas: realidade e fantasia sejam tão disjuntas a esse ponto). Em Noites Brancas, uma obra prima de Luccino Visconti indicada por meu amigo Foras, todos os estágios desse sentimento controverso são expostos, independente de seus potenciais destruidores ou compositores na determinação de nossa felicidade. Felicidade esta também instável, frágil, perturbada. Visconti não nos poupa nem um segundo durante os 107 minutos de projeção. O diálogo de sombras com o espectador, as alternâncias entre o preto e o branco, o cenário tristonho, as expressões impotentes dos personagens diante de algo tão grandioso...tudo fala através do filme, tudo compõe a reprodução dos fragmentos que remetem a tal sentimento quando analisados como um todo. É preciso cada gota da construção dos planos e dos artifícios cinematográficos para compor uma estória que ilustra algo tão difícil de se dizer em palavras. Os personagens são pessoas simples. Mário é tão simples que no início do filme, Visconti simplesmente se recusa a lhe conferir imponência sobre o cenário repleto de sombras e solidão. Ele é filmado à distância e tragado por ela, sem qualquer relevância em relação a um cão à procura de alimento ou a um grupo de pobres a perambular pelas ruas, ou mesmo uma pequena ponte erguida sobre um riozinho que se estende paralelamente ao asfalto. Tão simples quanto ele parece ser a adorável Natalia, cuja dilaceração psicológica avançada (porém ainda assim progressiva) perante a ação da emoção produzida pelo amor que sentia por um homem misterioso é tão evidente que ficamos imaginando os limites e prejuízos que podem advir de tal sentimento. A percepção de Mário não é de todo incorreta: insanidade parece ser uma possibilidade. Erra, porém, diante do poderoso "amor", que mal sabe ele a princípio, já o possuía, cegava e corrompia todo seu ser. E quando totalmente à mercê de tal adversário, Mario decide lutar em um round injusto, suas pequenas vitórias representam momentos belíssimos. O que dizer da cena da dança no bar, coroada com uma beleza incomparável, mas impregnada com as mesmas contradições discutidas anteriormente: as diversas pessoas que se interpõem entre os dois contrastada com a felicidade estampada nos olhares, que não deixam de se cruzar como se o fluxo de energia fosse constante, a linda melodia contagiante contraposta com o incômodo da moça em não saber dançar e os movimentos desajeitados de Mario e Natalia, refletindo em cada segundo nos passos, o sentimento. Ou dos inúmeros planos em que cenas se entrecruzam em microambientes distintos, cuidadosamente mostrados por Visconti como porções que captam todos os elementos em conjunto? A conclusão, por mais que sombria, também é contraditória, de certo modo. E aqui, recomendo a quem não assistiu o filme a parar por aqui e ir correndo procurar esse magnífico exemplar de como a arte pode ser perfeita. Seria a personagem de Natalie cruel o suficiente para envolver Mario em um ciclo de autodestruição e frustração infinito ou portadora de um amor tão infinito que era capaz de resistir a todos os tipos de tentações e manter a força perante o amado, mesmo com a distância e a incerteza de sua volta? E o personagem de Mastroianni, não menos controverso, com relação a linda moça morena que parece encantada com ele, mas sofre de sua fúria incontida por um amor não correspondido em relação a outra mulher? Só há espaço no coração para um grande amor? Seria o final tão questionado pela simpatia de tal protagonista uma punição exatamente pelo descaso com relação a outras relações que poderia ter desenvolvido? [/quote'] muito bom; não sei se acho muito superior, não sei nem se acho superior, na verdade... não sei responder isso. mas a pergunta se deu, porque pela primeira vez que vi, me lembrou muito o filme do Visconti. lembro que à época comentei com o Thico que deu uma pesquisada e descobriu que o filme do Gray também havia sido inspirado no conto do Dostoiévski. questão de curiosidade, apenas. batgody2009-08-30 18:57:20 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted August 30, 2009 Members Report Share Posted August 30, 2009 Scofa gostando do Phoenix já viu Noites Brancas do Visconti' date=' Scofa? [/quote'] Mas eu mudei minha opinião do Phoenix há algum tempo já. Acho a atuação dele em Walk the Line fabulosa (aliás, esse é um dos meus filmes preferidos). Noites Brancas é fenomenal, assisti por indicação do Foras há algum tempo atrás, top 92. Agradeço a ele até hoje por ela. isso pra mim é uma novidade, lembro do ódio que tu nutria por ele. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted August 30, 2009 Members Report Share Posted August 30, 2009 Tsc tsc' date=' comparando Two Lovers a Noites Brancas... De novo. [/quote']onde? ¬¬ Olha meu texto de Le Notti Bianche aqui (que, se não me engano está no MP também)Aliás, o filme de Visconti é MUITO superior a Two Lovers.[/quote'] Mais de uma vez eu te pedi pra colocar o teu texto lá. Claro, isso foi antes de começar a roubá-los de qualquer lugar. Agora tá: http://multiplot.wordpress.com/2009/08/30/noites-brancas-le-notti-bianche-luchino-visconti-1957/ Forasteiro2009-08-30 20:05:15 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Mr. Scofield Posted August 30, 2009 Author Report Share Posted August 30, 2009 Scofa gostando do Phoenix já viu Noites Brancas do Visconti' date=' Scofa? [/quote'] Mas eu mudei minha opinião do Phoenix há algum tempo já. Acho a atuação dele em Walk the Line fabulosa (aliás, esse é um dos meus filmes preferidos). Noites Brancas é fenomenal, assisti por indicação do Foras há algum tempo atrás, top 92. Agradeço a ele até hoje por ela. isso pra mim é uma novidade, lembro do ódio que tu nutria por ele. É verdade, ela durou por algum tempo mesmo, sempre achei ele inexpressivo. Mas também ele estava com a criatura mais insossa no mundo (Russel Crowe, esse sim, detestável a níveis astronômicos) em Gladiator, nos que não gosto The Village e Sinais (e muito menos de sua interpretação), que eram os trabalhos dele que conhecia. E Foras, eu realmente não me lembro do pedido. Com certeza eu teria concordado se eu me lembrasse. Mas, pra compensar, tem uma citação do seu nome no comentário, você viu? Mr. Scofield2009-08-30 20:12:28 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted August 30, 2009 Members Report Share Posted August 30, 2009 Eu vi. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted August 31, 2009 Members Report Share Posted August 31, 2009 SPOILER a hora que o Leonard olha pra câmera no final, é foda demais, dá pra sentir a dor do cara. batgody2009-09-01 01:15:11 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Gago Posted August 31, 2009 Members Report Share Posted August 31, 2009 O problema em comparar Amantes com Noites brancas é porque vocês preferem o do Visconti ou há algum outro motivo? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted August 31, 2009 Members Report Share Posted August 31, 2009 Não é um problema, eu só estava brincando com o Bat porque já havíamos falado disso tempos atrás. Ele os considera igualmente espetaculares, e eu acho que um está anos-luz à frente do outro. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Gago Posted August 31, 2009 Members Report Share Posted August 31, 2009 É que eu tinha pensado em outra coisa, mas viajei. De todo modo, eu deveria pensar com mais calma a respeito, mas é quase certo que prefiro o do Gray. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Thico Posted September 1, 2009 Members Report Share Posted September 1, 2009 Eu prefiro o Gray, fácil: http://www.cineplayers.com/critica.php?id=1695 Gosto bastante de Noites Brancas, mas tenho um pé atrás com a colocação dele na filmografia do Visconti. Enfim, não é o caso de desmerecer nenhum dos dois filmes. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted September 1, 2009 Members Report Share Posted September 1, 2009 Acabei perdendo o interesse pelo Visconti depois de Os Deuses Malditos, mas Noites Brancas nem é tão alien dentro da filmografia dele quanto eu pensava. Vagas Estrelas da Ursa é um que contradiz aquele estilão macro e se aproxima bem mais do intimismo do filme de 57 que de Morte em Veneza, O Leopardo.. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Alexei Posted September 2, 2009 Members Report Share Posted September 2, 2009 Estou doido pra ver o novo filme do James Gray e poder me juntar à discussão. Enquanto isso, vou fazer um comentário rápido sobre esse: 2,5/4 O mote é conhecido. Epidemia transforma as pessoas em zumbis sanguinários, matando os não infectados um a um. Tem umas coisas interessantes, mas eu achei o filme surpreendentemente convencional. Tem dois aspectos que eu destaco: primeiro, me agradam mais os filmes de horror onde a mixagem de som se sobressai à edição de som; segundo, a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted September 2, 2009 Members Report Share Posted September 2, 2009 sobre o Cloverfield, eu assino embaixo. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Mr. Scofield Posted September 2, 2009 Author Report Share Posted September 2, 2009 Estou doido pra ver o novo filme do James Gray e poder me juntar à discussão. Enquanto isso' date=' vou fazer um comentário rápido sobre esse: 2,5/4 O mote é conhecido. Epidemia transforma as pessoas em zumbis sanguinários, matando os não infectados um a um. Tem umas coisas interessantes, mas eu achei o filme surpreendentemente convencional. Tem dois aspectos que eu destaco: primeiro, me agradam mais os filmes de horror onde a mixagem de som se sobressai à edição de som; segundo, a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim. [/quote']Eba, esse eu já vi e comentei no meu blog na época...meu comentário é MUITO viajante na maionese (a do Alexei é beeeeeeeeeeeem mais sóbria), mas vou postar aqui também pra gente discutir... Ah, Alex, me responde uma coisa pro cinéfilo ignorante aqui? Como sei reconhecer a diferença entre mixagem e edição de som? É que não tenho a menor idéia do que você quis dizer... REC Qual a condição real do homem? Seríamos seres constantemente vigiados por Deus, que nos dita seus ensinamentos para sermos dotados de felicidade e façamos as pessoas felizes? Por outro lado, estaríamos sob a supervisão de um demônio latente, que cuidadosamente aguarda à espreita, pronto para nos atacar na medida em que nos distanciamos mais do primeiro? Ou seríamos simples indivíduos à mercê do caos imposto por duas entidades sobrenaturais que nos impõem suas características "preferidas" de acordo com nossas alternâncias psicológicas? Em [Rec] a resposta para essas perguntas é única e assustadora: somos nós mesmos, dependendo do ponto de vista, a unificação das três idéias acima representadas. Quando nos deparamos com a intensidade da cena onde avistamos as sombras tênues dos humanos por trás do isolamento do prédio onde todos os eventos importantes do filme ocorrem, a visão das roupas brancas dos trajes protetores nos remete a uma espécie incoerente de "Deus maligno", aquele com poder de salvar, resgatar as almas, criaturas, mas que não se importa, não faz nada diante do abismo que se encontram em seu microcosmo porque está externo à ele. E parece que ele, nesse momento, os isolara conforme um deus antigo e temido, como se fossem o resultado de algo que deu terrivelmente errado, servindo de janela para os não afetados pelos erros e pecados. O prédio contém a soberania do caos, a ditadura do horror, o resultado dos erros cometidos dos outros. "Dê graças a Deus por você estar fora do prédio...eles morrerão para que "aquilo" não venha até você." Por outro lado, a face demoníaca do caos ataca livremente, em um mundo sem regras, onde pode demonstrar sua fúria sem restrições, sem obstáculos. Um vírus, uma ameaça biológica ou uma possessão direta e terrível. E toma tudo, um por um, destrói tudo que vive nesse microcosmo (que em determinado momento do filme parece o único universo existente, pela importância) a seu belprazer. Mas seriam essas pessoas vítimas? Criaturas escolhidas para experimentar a ira de seres infinitamente mais poderosos servindo de espelho para outros seres em decadência fora de tal universo? Na verdade, os humanos possuem todos estes atributos. São intrinsecamente vítimas, deuses e demônios, ao mesmo tempo. Balagueró e Plaza convidam você para participar desse banquete do caos, da materialização do inferno na Terra. O cenário: Uma reportagem feita por uma tv local que objetiva fazer um documentário sobre o corpo de bombeiros, relatando suas atividades noturnas. Ao investigar um chamado ocorrido em um prédio sobre um acontecimento relacionado aos gritos de uma senhora em um dos apartamentos, eles jamais imaginariam que o mundo se restringiria a tal prédio, que os seres viventes se transformariam nessa partição do universo físico e que o terror assolaria e provocaria uma destruição tão grande. Filmado em primeira pessoa (com um dos personagens portando uma câmera), [Rec] lembra bastante o recente Cloverfield e Witch Blair Project, filmes cuja origem parecem advir do sucesso de um filme de 1980 (que possivelmente se inspirou em outro e assim por diante) chamado Cannibal Holocaust...mas isso é outra história. Mr. Scofield2009-09-02 21:12:30 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Mr. Scofield Posted September 2, 2009 Author Report Share Posted September 2, 2009 Je T'aime, Je T'aime (Eu te Amo, Eu te Amo) - Resnais, 1968 Há uma paixão a mim intrínseca na apreciação de filmes que tratam da temática da distorção do tempo. Esse Resnais, do maravilhoso ano de 1968, trata da temática ao meu ver mais como destruição das estruturas tradicionais da narrativa linear do que como uma grande experiência físico-temporal e suas consequências, como Primer. Aqui o personagem principal é um homem de languidez notável a olhos nus cujo passado permanece dragado em um envoltório lúgubre e misterioso. Ele é selecionado por um grupo de pesquisadores para fazer uma viagem no tempo que duraria cerca de um minuto e ele voltaria 1 ano no passado. Ao adentrar a câmara sinistra e ter como líquido circulante nas veias em larga quantidade, além do sangue normal, uma substância de efeitos soníferos e atordoantes chamada de "alguma letra"- 5, a experiência se inicia. No entanto, como era de se esperar, tudo dá terrivelmente errado e o rapaz trafega por imagens entrecortadas de suas vivências. A segmentação do passado com sonhos, fantasias, repetições inconscientese seus envolvimentos amorosos constróem aos poucos um quebra cabeças de digestão aceitável, mas que falta um pouco de brilho. O final é previsível, mas a estória prende e possui alguns momentos de destaque, mas não é muito diferente do que já vi por aí. KarenENZYPE and tashafb1 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Perucatorta Posted September 2, 2009 Members Report Share Posted September 2, 2009 Ah, Alex, me responde uma coisa pro cinéfilo ignorante aqui? Como sei reconhecer a diferença entre mixagem e edição de som? É que não tenho a menor idéia do que você quis dizer... [/quote'] Bom, não sou o Alexei e nem especialista, mas a Edição é como a edição de um filme. É onde o cara escolhe que som (entre os já obtidos) deve vir em cada hora, faz Lip synch para dublagens de externas, etc. Enfim, ele edita o som para casar com a imagem. Já a mixagem trata de equalizar volumes, juntar trilha com efeitos sonoros, separação de canal, etc. Ou seja, faz um "mix" das diversas trilhas já devidamente selecionadas e ajustadas com a imagem (feito na edição). Em um exemplo rasteiro: supomos que tenhamos uma cena de um trem vindo em direção à câmera, com uma trilha triunfante. Na edição, se garante separadamente que 1) O som gravado do trem está de acordo com a imagem. 2) A trilha sonora também. Na mixagem, une-se os dois sons, faz com que o volume do trem aumente enquanto esse se aproxima, joga para os canais laterais/traseiros quando ele "passa" pela câmera, etc. Isso é o que eu acho que é (posso estar errado) e realmente a linha é tênue.... Eu tenho dúvida se a separação de canais é mixagem ou edição. Ahhh, e pra complementar, eu não vi REC multi-canal e não posso opinar sobre a mixagem do mesmo, mas esses filmes POV tentem a ser fodas neste quesito. Cloverfield, por exemplo, tem um trabalho muito bom neste aspecto (e a edição é fodona também). Perucatorta2009-09-02 21:50:32 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Gago Posted September 2, 2009 Members Report Share Posted September 2, 2009 segundo' date=' a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim.[/quote'] De fato, esse detalhe é bem mais pungente em REC do que em Cloverfield . O filme todo, na verdade, é melhor. Mas entre todos dessa nova safra, talvez Diário dos mortos seja o mais feliz nesse detalhe em específico. Mas eu não tenho tanta certeza. Gago2009-09-02 22:21:39 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Alexei Posted September 3, 2009 Members Report Share Posted September 3, 2009 Também não sou nenhum especialista, mas a idéia que eu tenho de edição de som e de imagem de som é a mesma do Ugarde, Scofa. O exemplo que ele deu foi muito bom, o meu seria muito mais simplório: numa lasagna, o designer (ou editor) de som cuidaria das camadas do prato (tipo de queijo, ponto da massa, quantidade de molho...), e o mixador, da montagem desse mesmo prato (o equilíbrio entre as camadas, para que uma não usurpe o lugar da outra). Levantei essa questão porque os filmes de horror atuais dependem muito do desenho sonoro para assustar, o que é uma subversão de princípios, na minha opinião. Também como o Ugarde falou, os filmes nesse formato (REC, Cloverfield, A Bruxa de Blair) tendem a caprichar na mixagem de som, não se apoiando tanto nas muletas sonoras da edição de som. Sim, vi Amantes. Vou comentar lá no tópico dele mesmo, OK? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Alexei Posted September 3, 2009 Members Report Share Posted September 3, 2009 Ah, Alex, me responde uma coisa pro cinéfilo ignorante aqui? Como sei reconhecer a diferença entre mixagem e edição de som? É que não tenho a menor idéia do que você quis dizer... [/quote'](...)Isso é o que eu acho que é (posso estar errado) e realmente a linha é tênue.... Eu tenho dúvida se a separação de canais é mixagem ou edição.(...) Essa é, realmente, uma questão interessante, nunca havia pensado nela. Me parece - parece mesmo, pois não sou do ramo - que a separação de canais é trabalho de mixagem, pois tanto o isolamento das camadas de som quanto sua fusão em um ou mais canais fazem parte do mesmo processo, estão apenas em sentidos opostos. Eles não cuidam da confecção do som em si, que é trabalho do editor. Mas eu posso estar completamente errado! Haha Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Nacka Posted September 3, 2009 Report Share Posted September 3, 2009 Já a mixagem trata de equalizar volumes' date=' juntar trilha com efeitos sonoros, separação de canal, etc. Ou seja, faz um "mix" das diversas trilhas já devidamente selecionadas e ajustadas com a imagem (feito na edição).Em um exemplo rasteiro: supomos que tenhamos uma cena de um trem vindo em direção à câmera, com uma trilha triunfante. Na edição, se garante separadamente que 1) O som gravado do trem está de acordo com a imagem. 2) A trilha sonora também.Na mixagem, une-se os dois sons, faz com que o volume do trem aumente enquanto esse se aproxima, joga para os canais laterais/traseiros quando ele "passa" pela câmera, etc.Isso é o que eu acho que é (posso estar errado) e realmente a linha é tênue.... Eu tenho dúvida se a separação de canais é mixagem ou edição.Ahhh, e pra complementar, eu não vi REC multi-canal e não posso opinar sobre a mixagem do mesmo, mas esses filmes POV tentem a ser fodas neste quesito. Cloverfield, por exemplo, tem um trabalho muito bom neste aspecto (e a edição é fodona também).[/quote'] É isso mesmo. Eu também não vi REC assim, mas Quarentena é irreprensível neste particular. Visto: A Lula e a Baleia do Noah Baumbach - Começa promissor com os filhos precisando conviver com a solidão comum àqueles que crescem meio que largados pelos pais (apesar da enganosa "participação" dos dois) e as descobertas da adolescência mas falha na conclusão e não só do filme em si, algumas cenas dão a impressão de não terem sido concluídas o que dá um aspecto meio "quebrado" ao ritmo sem necessariamente isso ser bom. Tive a impressão que tudo podia ir além e não foi, potencial tinha. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted September 3, 2009 Members Report Share Posted September 3, 2009 esse filme do Baumbach eu vi há muuuuito, foi pra reserva mental. só consigo lembrar da sensação de ter gostado. depois vi o Margot at the Wedding que, apesar de ser um filme bem esquisito, eu gostei bastante, mais até do que a Lula e a Baleia que tem mais cartaz. esse diretor me parece interessante. o trailer do novo dele é bacana também. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted September 3, 2009 Members Report Share Posted September 3, 2009 segundo' date=' a seqüência final do filme, que é tremendamente inteligente (salvo pelo momento-onde-tudo-se-explica, que antecede o final) ao mostrar o fetiche pela câmera da nossa Geração Youtube, me remeteu diretamente a Cloverfield, embora seja bem mais eficaz que o filme americano, pelo menos pra mim.[/quote'] De fato, esse detalhe é bem mais pungente em REC do que em Cloverfield . O filme todo, na verdade, é melhor. Mas entre todos dessa nova safra, talvez Diário dos mortos seja o mais feliz nesse detalhe em específico. Mas eu não tenho tanta certeza. por uma unha eu prefiro [REC] ao do mestre Romero. mesmo que o espanhol dê uma degringolada com aquele final-final. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Perucatorta Posted September 3, 2009 Members Report Share Posted September 3, 2009 Qual final-final? A explicação do "fenômeno"? Porque se tu não gostou do que acontece depois disso, tá todo mundo louco, oba. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted September 3, 2009 Members Report Share Posted September 3, 2009 Qual final-final? A explicação do "fenômeno"? Porque se tu não gostou do que acontece depois disso' date=' tá todo mundo louco, oba. [/quote'] that´s it. aquela sensação de "não precisava disso" é bem forte ali, meio broxante até. mas eu não consigo desmerecer filmes por seus finais, apenas. então, ainda gosto bastante desse aí. batgody2009-09-03 16:40:51 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Recommended Posts
Join the conversation
You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.